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Introdução à Sociologia
Então vamos aprender uma ciência nova... 
Que é então a Sociologia e o que diabos nós temos a ver com isso?
Você já se perguntou...
O que você considera como natural em sua vida?
Por que você tem que vir na escola?
Por que as pessoas pensam de uma forma e não de outra?
Por que existe desigualdade e desemprego?
O que é ser um cidadão e que direitos você tem?
Por que existem movimentos sociais com interesses tão diversos como o movimento gay, o movimento negro? 
O que é revolução?
O que é cultura e como isso aparece no seu cotidiano?
OBS: Esta aula é elaborada com apoio no seguinte livro: TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia Para o Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2010.
A sociologia é uma ciência que faz parte das Ciências Sociais, aquelas que lidam com diferentes aspectos da vida humana em sociedade. 
Várias áreas do conhecimento podem ser colocadas neste quadro, como a economia, a psicologia, a linguística, a arqueologia entre outras.
Em nosso curso iremos tratar, além da sociologia, com apenas outras três ciências sociais (tanto é que por vezes será difícil separar uma da outra).
Teremos 4 módulos ao longo do ano, cada um sobre um tema sociológico específico.
Sociedade – A evolução dos homens (Introdução à Sociologia e à Antropologia)
Economia – O trabalho dos homens (Trabalho e Globalização)
Política – O poder dos homens (Política e Cidadania)
Cultura – As ciências dos homens (Cultura e Mídia)
Uma das tarefas da sociologia é nos ajudar a pensar para além do senso comum, aquelas opiniões gerais que ouvimos no cotidiano sobre qualquer coisa. Melhor dizendo, a sociologia, e as ciências humanas podem nos ajudar a questionar nossas certezas.
“Todo pobre é ladrão!”
“As coisas nunca mudam, pois ELES estão no poder!”
“Este filme é uma porcaria! Por que? Por que ele é chato.”
Mas acho que o escritor David Foster Wallace pode me ajudar a explicar melhor isso...
Aqui vai mais uma historinha didática. Tem dois caras sentados num bar nas profundezas remotas do Alasca. Um dos caras é religioso, o outro é ateu, e eles estão discutindo a existência de Deus com aquela intensidade característica que surge lá pela quarta cerveja. Aí o ateu diz: “Olha, não é que me faltem motivos concretos para não acreditar em Deus. Não é como se eu nunca tivesse experimentado essa coisa toda de Deus e orações. Agora mesmo no mês passado eu estava longe do acampamento quando fui pego de surpresa por aquela nevasca terrível, não conseguia ver nada, fiquei totalmente perdido, estava 45 graus abaixo de zero, e aí decidi tentar exatamente isso: caí de joelhos na neve e gritei ‘Oh Deus, se é que existe Deus, estou perdido nessa nevasca e vou morrer se você não me ajudar!’” Aí o sujeito religioso encara o ateu, todo intrigado: “Bem, depois disso você deve ter começado a acreditar”, ele diz, “afinal de contas você está aqui, vivo.” O ateu revira os olhos, como se o religioso fosse um tremendo paspalho: “Não, cara, só aconteceu que uns esquimós apareceram do nada e me mostraram para que lado ficava o acampamento”.
[...] O cara não religioso está perfeitamente confiante em seu repúdio de qualquer possibilidade de que os esquimós possam ter alguma relação com sua oração pedindo socorro. É verdade que muitos religiosos também parecem ter uma certeza arrogante de suas próprias interpretações. [...] mas o fato é que o problema dos dogmáticos religiosos é exatamente o mesmo do ateu dessa história – a arrogância, a certeza cega, uma tacanhice que representa uma prisão tão completa que o prisioneiro nem se dá conta de que está trancafiado. Estou querendo dizer que o verdadeiro significado do mantra “ensinar a pensar” nas ciências humanas tem a ver com isso: ser um pouco menos arrogante, ter um pouco mais de “consciência crítica” a respeito de mim mesmo e minhas certezas... pois no fim das contas uma porcentagem enorme das coisas a respeito das quais estou inclinado a automaticamente ter certeza acaba se revelando ilusória ou completamente equivocada.
WALLACE, David Foster. “Isto é Água”. In: Ficando Longe do Fato de Já Estar Meio que Longe de Tudo. São Paulo: Cia das Letras, 2012.
Surgimento da Sociologia: contexto histórico.
O interesse em uma ciência da sociedade começa a se desenhar com eventos localizados no séc. XVIII, no cenário europeu de transição do feudalismo para o capitalismo, considerando o contexto de países como França e Inglaterra. Mas é no séc. XIX que a Sociologia irá se estabelecer como saber acadêmico.
Eventos históricos determinantes:
A) Revolução Industrial
Surgimento de novas formas de propriedade e organização do trabalho (concentração de recursos na mão do empresário).
Urbanização crescente.
Desaparição do artesão e do proprietário rural e surgimento do proletariado submetido a jornadas longas de trabalho envolvendo mulheres e crianças mediante salário irrisório.
Surgimento da Sociologia: contexto histórico.
B) Movimento Iluminista
Interesse transformador e crítico em relação ao estabelecimento de conhecimento sobre a sociedade. A vida humana, suas formas de organização e as instituições humanas podem e devem ser conhecidas pela razão.
C) Revolução Francesa
Alteração drástica em termos políticos (queda do antigo regime e da monarquia absolutista) e sociais (ascensão da burguesia e queda do feudalismo abrindo caminho para o desenvolvimento industrial e a consolidação do capitalismo na França)
Reivindicação de direitos individuais (Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão)
Surgimento da Sociologia: contexto histórico.
Pensadores como Saint-Simon e Auguste Comte dão os primeiros contornos da sociologia na França.
Auguste Comte 1798 - 1857
E o simpático Saint-Simon (1760 – 1825)
Surgimento da Sociologia: contexto histórico.
Em seu surgimento, a sociologia tem o interesse de explicar os fenômenos sociais no sentido de dar ordem ao estado de coisas deixado pela revolução francesa. Esta ciência deve ser como uma “física social” e explicar as regras que regem as sociedades, com o interesse de garantir o progresso sem que se abale a ordem.
De certo modo, ambos consideram o pensamento científico um caminho seguro para a explicação e a ordenação da sociedade. 
Comte inclusive propunha com o positivismo um modo de pensar em que as ciências assumiriam o valor da religião como forma de explicação do mundo.
Por vezes alguns problemas não podem ser simplesmente vistos como problemas particulares ou individuais. 
Por exemplo, imagine uma cidade com 100 mil habitantes onde cerca de 500 pessoas não tem trabalho. Este problema poderia ser sanado com o desenvolvimento de habilidades e capacidades de cada um. Seria então um problema pessoal.
Mas e se temos um país com 50 milhões de habitantes com 5 milhões de desempregados?
Aí o problema é de escala maior, pois a parcela de pessoas em situação de desemprego é muito maior. Aí cabe uma análise mais profunda da estrutura social e econômica dessa sociedade, ou seja, não é um problema apenas de ordem individual. 
Das questões individuais às questões sociais.
Indivíduo ou Coletivo?
Quem vêm primeiro o indivíduo ou o coletivo?
.
Podemos dizer que indivíduo e coletivo estão entrelaçados: um existe e se modifica por conta do outro, afinal todo indivíduo nasce em algum tipo de coletivo e o coletivo é produto dos indivíduos.
O pessoal da democracia corinthiana parece representar bem isso. 
Hein? Demo que?
Veja o filme: http://www.youtube.com/watch?v=MNyRGt95cWw
13
A noção de indivíduo é uma construção recente, ou ainda, um produto da modernidade.
Em sociedades tradicionais a identidade de cada um, suas práticas, seu modo de pensar e agir, se define em especial pelo grupo (o coletivo) do qual faz parte. 
Indivíduo ou Coletivo?
Pense por exemplo no mundo de O Senhor dos Aneis. Cada indivíduo tem um identidade muito forte em relação ao grupo (ou a raça) a qual faz parte. Inclusive o filme mostra diversasvezes alguns conflitos entre diferentes grupos, como uma certa rivalidade entre anões e elfos por exemplo.
Nossos amigos aí do lado não se orgulham muito de serem hobbits? Essa noção de pertencimento a um coletivo é por vezes exaltada na obra.
Eventos como a Reforma Protestante (séc. XVI), o iluminismo, o desenvolvimento do pensamento liberal e a ascensão do capitalismo (séc. XVIII) contribuíram para essa ascensão da noção de indivíduo, ou seja, considerar uma pessoa como alguém singular, particular e não apenas como parte de um grupo do qual faça parte.
Pense contudo em como o coletivo interfere em suas ações individuais?
Quantas vezes você riu ou aplaudiu alguém pois outros estavam fazendo isso?
Você já julgou alguém por conta de algo que seus familiares ou colegas de classe pensam?
E o ato de votar, decisão individual, não é também fruto de nossa interação com os outros?
E você, de quais coletivos faz parte e como isso influência a sua individualidade?
Indivíduo ou Coletivo?

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