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Roda de Conversa 1 – Bolsa Família no SUS ATIVIDADE DE REAPROVEITAMENTO ALIMENTAR COM UM GRUPO DE MÃES BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA (USF) DE JOÃO PESSOA-PB Ailma de Souza Barbosa 1, Verônica Ebrahim Queiroga2, Maria Betânia de Morais3, Denise Oliveira da Silva4, Patrícia Vasconcelos Leitão Moreira5 João Pessoa/Paraíba ailmabarbosa@gmail.com Resumo INTRODUÇÃO: Saúde é um bem apreciado pelos membros das famílias de camadas populares, sendo a mulher o principal agente de cuidados e os mesmos redobrados quando se trata das crianças, o que se expressa também em maior procura dos serviços de saúde. Tendo em vista que mães são responsáveis pela alimentação da criança e que muitas delas são beneficiárias do Programa Bolsa Família, foi observada necessidade de realizar atividade de educação em saúde para esse público-alvo a fim de estimular hábitos alimentares saudáveis e melhor aproveitamento dos alimentos. OBJETIVO: Relatar atividade de reaproveitamento alimentar com grupo de mães beneficiárias do Programa Bolsa Família na USF Timbó I- João Pessoa/PB. METODOLOGIA: Foram realizadas duas oficinas semanais utilizando metodologias ativas para facilitar a interação entre participantes. Atividade foi iniciada com conversa informal sobre alimentação saudável, higienização dos alimentos, cuidados na preparação e armazenamento. Posteriormente, foi demonstrado que é possível ter alimentação saudável, rica em nutrientes com baixo custo, através da preparação de receitas utilizando-se alimentos regionais em preparações diferentes, em alguns casos, o alimento na sua forma integral. Como alimento integral foi utilizado à casca da banana principal ingrediente na preparação da massa do bolo e para acompanhamento um saboroso suco das folhas do vegetal couve junto com suco de maracujá e limão, rico em vitaminas e minerais. No segundo dia da atividade foi preparado salada tropical e suco de abacaxi com hortelã, receita escolhida para estimular o consumo de frutas e verduras pelos usuários. Nesta receita, houve associação de alimentos de sabores e cores diferentes, fornecendo, além do sabor agridoce, um belo visual proporcionado pela variedade dos ingredientes: tomate, abacaxi, cebola, limão, sardinha e banana. A casca do abacaxi que sobrou do abacaxi utilizado na salada tropical foi reaproveitada como principal ingrediente na sua forma integral para o suco junto com folhas de hortelã. Ao final os participantes puderam degustar as receitas preparadas e expressar sua opinião sobre os conhecimentos adquiridos na atividade e inclusão das receitas no cotidiano da família. RESULTADOS ALCANÇADOS: Foi possível proporcionar aos participantes preparar receitas de forma inteligente, sem desperdício, com alto valor nutritivo, baixo custo, aproveitando todas as partes dos alimentos, inclusive o que normalmente é dispensado como caule, talos, cascas, folhas e sementes, considerando conceitos adequados de preparo, consistência, quantidades ideais das refeições e opções de diversificação alimentar contemplando necessidades nutricionais dos indivíduos. Troca de conhecimentos entre profissionais, usuários e estudantes, promoveu reflexão sobre hábitos alimentares, descoberta de novas utilizações de alimentos nutritivos, saudáveis, como também reaproveitando dos alimentos na sua forma integral. Acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família pela saúde: como fazer diferente? Ana Alice Almeida Santos Rocha 1 , Fernanda Cristina Cavalcanti Rabello Wanderley 2 , Sémares Genuíno Vieira 3 Recife, PE ana_alice_almeida@hotmail.com Resumo O Programa Bolsa Família (PBF) vincula o recebimento do auxílio financeiro ao cumprimento de condicionalidades nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social com a finalidade de promover o acesso das famílias aos direitos sociais básicos. A Equipe de Saúde da Família (ESF), em especial, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) é fundamental no acompanhamento dessas condicionalidades a partir da oferta de ações de promoção da saúde, de alimentação saudável e no incentivo à participação das famílias nessas ações. Recife é divido em seis distritos sanitários (DS) e vem obtendo uma média de 23% de acompanhamento pelo setor saúde. O DS I apresentou nos últimos dois anos média de 53,7% de acompanhamento, superando o índice municipal. Na segunda vigência de 2011, o DS I teve 32,1% de famílias acompanhadas. Esta redução foi o que motivou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família Capibaribe (NASF), a partir de uma experiência prévia, a implantar o projeto piloto no DS I, que propõe o caminho inverso no acompanhamento das condicionalidades pelas ESF, tendo como objetivos elevar o percentual de acompanhamento dos beneficiários do PBF pelos ACS nas micro-regiões 1.2 e 1.3, bem como informar às famílias a importância do cumprimento das condicionalidades para a melhoria das condições de saúde e nutrição. A ação iniciou-se com o matriciamento dos ACS por ESF para mobilizá-los a realizar um levantamento das famílias de acordo com sua atual residência, sem se deter aos endereços que constam no cadastro, como era feito até o presente momento, visto que, os mesmos, em sua maioria, são desatualizados. O levantamento consistiu na obtenção do nome completo e do Número de Identificação Social (NIS) do responsável pelo cadastro por micro área. A partir dos dados obtidos, as famílias passaram a ser vinculadas no Sistema de Gestão do PBF ao ACS de referência, o que possibilitou a reorganização da impressão dos mapas de acompanhamento. Todos os ACS receberem os mapas com suas respectivas famílias e mobilizaram as mesmas a comparecerem a Unidade de Saúde da Família para realizar avaliação antropométrica (peso e altura), verificar a situação vacinal para os menores de 7 anos e orientar as gestantes sobre a importância do cumprimento do pré-natal. Após o prazo estipulado, os mapas foram devolvidos ao setor responsável para alimentação do Sistema de Gestão do PBF. A análise dos dados revelou que na 1ª vigência 2012 o índice de famílias acompanhadas foi de 56,4%, o que representa um aumento de 75,7%, quando comparado a última vigência de 2011 (32,1%). Considerando a relevância dos dados, sugere-se que a metodologia aplicada foi eficaz e possível de ser reproduzida nos demais distritos do município. A ampliação do acompanhamento das famílias pelas ESF resulta em melhoria dos indicadores de saúde, visto que as condicionalidades geram ações de promoção e prevenção da saúde, fortalecendo a atenção básica. INICIATIVAS INTERSETORIAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA Maria Janaína Cavalcante Nunes 1 , Denise Borges Barra de Azevedo 2 , ANGÉLICA RODRIGUES FAGUNDES 3 , Rafaela Alves Silva 4 Coordenação de Vigilância Nutricional/ GVEDNT/SUVISA/SES-GO , 3 - Coordenação de Vigilância Nutricional/ GVEDNT/SUVISA/SES-GO , 4 - Coordenação de Vigilância Nutricional/ GVEDNT/SUVISA/SES-GO , 5 - Secretaria de Cidadania e Trabalho de Goiás mariajanaina@gmail.com Resumo INTRODUÇÃO: O Programa Bolsa Família (PBF) objetiva a inclusão social das famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, por meio da transferência de renda com condicionalidades na saúde, educação e assistência social. Utiliza o cadastro único para a seleção das famílias. Na 1ª vigência/2005, ano de implantação do programa a cobertura das famílias totalmente acompanhadas pelas equipes de atenção primária à saúde foi 1,03% (1.286), enquanto na 2ª vigência/2011 a cobertura foi 71,11% (180.875), resultando em um aumento de 70,08%. OBJETIVO: Elencar as causas do avanço nacobertura do PBF na Saúde em Goiás. METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento das ações desenvolvidas em Goiás pela equipe da Coord. de Vigilância Nutricional responsável pelo PBF na Saúde no período de julho de 2005 (início da 2ª. vigência) a dezembro de 2011 (final da 2ª.vigência) e parceiros, tais como: Coord. Estadual do PBF, Coordenação do PBF na Educação, 16 Regionais de Saúde, Ministério da Saúde (CGAN) e SMS de Goiás. Considerou-se registros “formais”, como os relatórios de gestão e de cursos de formação; ofícios e demais documentos encaminhados à Comissão Intergestores Bipartite e SMS; relatórios de auditoria; materiais técnicos e didáticos produzidos e distribuídos. Promoção de Seminários Intersetoriais do PBF; Oficinas de formação e aperfeiçoamento do PBF/Saúde e reuniões semestrais com os profissionais das regionais de saúde e municípios com baixa cobertura; Envio de relatórios eletrônicos semanais e ofícios semestrais constando a cobertura de todos os municípios e regionais de saúde; Custeio das ações de saúde pelo Ministério da Saúde e ações intersetoriais custeadas pelo IGDE. RESULTADOS ALCANÇADOS: Ao analisar os registros e impressões obtidas a partir do desenvolvimento das atividades, detectou-se que existem profissionais de saúde, não exclusivos do programa em sua maioria, responsáveis pelo desenvolvimento desta atividade no Estado, regionais e municípios; existência de integração intersetorial do trabalho nas áreas de saúde, educação e assistência social em âmbito estadual e na minoria dos municípios; Integração de conteúdos tradicionalmente abordados na atenção primária com o tema bolsa família na saúde, a exemplo dos estudos de caso reais utilizados nas oficinas de educação alimentar e nutricional e Seminários Intersetoriais do PBF obtidos à partir de registros do Sistema de Condicionalidades; elaboração, impressão e distribuição de materiais técnicos e educativos. Existem ainda vários desafios, como: ampliação na força de trabalho, melhoria na cobertura das famílias acompanhadas e na qualidade da atenção prestada, que dependem de qualificação dos profissionais atuantes e reestruturação das “Salas de crescimento e desenvolvimento” e ações voltadas para a “Saúde da mulher”; oferta de ações de educação em saúde mais eficazes e com metodologias adequadas à população; fortalecimento da gestão intersetorial das condicionalidades do PBF. PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE CRIANÇAS DE 6 MESES A 6 ANOS E 11 MESES BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA ATENDIDAS EM UMA UNIDADE MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELÉM-PA NO ANO DE 2010 DÉBORA CELESTE CUNHA SANTA BRIGIDA 1 , ANA MARIA GONÇALVES NASCIMENTO 2 , Celeste Alves Moura 3 , Adriana Simões Simões 4 , Izabella Syane Oliveira Pereira 5 UNIDADE DE SAÚDE DA CONDOR, BELÉM - PARÕ deborastabrigida@gmail.com Resumo INTRODUÇÃO: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) é um instrumento para obtenção de dados de monitoramento do Estado Nutricional das pessoas que frequentam as Unidades Básicas do SUS. O objetivo é avaliar o perfil nutricional de crianças (de 6 meses a 6 anos e 11 meses) beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) atendidas em Unidades Básica de Saúde do Município de Belém-PA, em 2010. METODOLOGIA: Estudo transversal prospectivo utilizando dados do SISVAN. A população de estudo foi composta de crianças beneficiárias do PBF atendidas em UBS, em 2010. Para avaliação do estado nutricional foi utilizado o Índice de Massa Corporal para idade. Para análise estatística foram aplicados métodos estatísticos descritivos e inferências. RESULTADOS: A avaliação antropométrica foi realizada em 350 crianças. A Tabela 01 mostra que a maior parte apresentou algum tipo de inadequação em relação ao Índice de Massa Corporal: 0,57% apresentavam peso muito baixo; 6,28%, baixo peso; 9,0%, risco nutricional; 73,1%, eutróficos e 10,28% obesidade. CONCLUSÃO: A situação é preocupante, pois 26,13% do grupo apresentaram IMC/idade inadequado. Isso ratifica a necessidade de implementar ações voltadas ao estímulo do consumo de alimentação saudável na infância, como forma de prevenir problemas de saúde e nutrição, principalmente beneficiários do PBF que tem que cumprir algumas condicionalidades, como participar de consultas na Unidade Básicas de Saúde, ao menos 2 vezes por ano, conforme o calendário mínimo do Ministério da Saúde. Tabela 01- Distribuição percentual do diagnóstico nutricional de crianças de 6 meses a 6 anos e 11 meses, de acordo com os critérios do SISVAN. Belém¬, PA,2010. Classificação N° % Peso muito baixo 2 0,57 Peso baixo 22 6,28 Risco nutricional 32 9,00 Normal 258 73,71 Sobrepeso 36 10,28 TOTAL 350 100% Distrib Distribuição percentual do diagnóstico nutricional de crianças de 6 meses a 6 anos e 11 meses, de acordo com os critérios do SISVAN. Belém-PA,2010. uição percentual do diagnóstico nutricional de crianças de 6 meses a 6 anos e 11 meses, de acordo com os critérios do SISVAN. Belém-PA,2010. REFERÊNCIAS: Ministério da Saúde (Brasil), Vigilância alimentar e nutricional: SISVAN. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde. Norma técnica. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Ministério da Saúde (Brasil), Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição - CGAN. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Disponível em: http://nutricao.saude.qov.br/sisvan.php. Acesso em: 05/fev./2011. PERFIL ALIMENTAR E NUTRICIONAL DAS MULHERES BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA COM ÊNFASE NOS FATORES DE PROTEÇÃO E RISCO PARA DOÊNÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EMANUELA CATUNDA PERES 1 , MARIA SOCORRO CARNEIRO LINHARES 2 , CÁSSIA DE ANDRADE ARAÚJO 3 SOBRAL-CEARÁ manuvignutsobral@gmail.com Resumo INTRODUÇÃO O perfil de morbimortalidade do brasileiro vem se modificando ao longo do tempo e, caracteriza-se por uma redução da ocorrência de doenças infecciosas e um concomitante aumento de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes mellitus e hipertensão arterial, respondendo por 72% das mortes atuais em todo o mundo. Entre os fatores de riscos para essas doenças, a obesidade se constitui como uma importante associação. Nesse cenário, realizou-se uma pesquisa no município de Sobral, Ceará, sobre perfil epidemiológico das mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) do referido município, com ênfase nas práticas de atividade física/corporais e hábitos alimentares enquanto fatores de proteção/risco para as doenças não transmissíveis (DCNT). OBJETIVO. O estudo objetivou a identificar a prevalência de excesso de peso e obesidade e relacionar a freqüência de consumo dos tipos de alimentos consumidos pelas mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). METOLOGIA. O estudo foi exploratório e descritivo, de abordagem quantitativa. Foram pesquisadas um universo de 897 mulheres beneficiarias do referido programa na faixa etária de 20 a 45 anos. As principais categorias analisadas no estudo foram a escolaridade, o estado nutricional e o consumo alimentar com base no formulário do SISVAN Web, incluindo motivos. Para tabulação dos dados utilizou-se o sistema SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) e os resultados apresentados em tabelas e gráficos. RESULTADOS. A prevalência das mulheres do estudo com excesso de peso chega 64,3% e como obesidade 29,4%. Estas taxas, quando comparadas com as encontradas no VIGITEL em 2010, estão bem acima (44,3% e 15,5%, respectivamente). As mulheres com excesso de peso e sobrepeso, 20,70% consideram sua alimentação boa e 41,77% avaliaram sua alimentação como boa, porém reconhecemque precisa melhorar. Na investigação dos marcadores de padrão alimentar saudável, verificou-se, entre todas as estudadas, o consumo de alguns alimentos em cinco ou mais dias da semana, se distribuiu da seguinte maneira: frutas e hortaliças atingiu 28,6%, próximo resultado alcançado no VIGITEL (29,9%) e feijão 80,8%, bem mais elevado também do que nesse estudo(66,7%). No marcador de fator de risco alimentar, o consumo de refrigerante chega a 6,76% das mulheres. Esta taxa é bem menor do a encontrada pelo VIGITEL(28,1%). Portanto foram repassadas as informações do padrão de consumo alimentar e estado nutricional para os profissionais de saúde da atenção básica, onde foram elaboradas estratégias tais como : teatro de rua, roda de conversa e educação alimentar acerca do tema. MONITORAMENTO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE ZERO A SETE ANOS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO PERÍODO DE 2008 E 2009 NO MUNICÍPIO DE PAULISTA-PE NANCY DE ARAUJO AGUIAR 1 Paulista,PE nancyaguiar@hotmail.com Resumo INTRODUÇÃO:O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa federal de transferência direta de renda a famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade social,O recebimento da renda é vinculado ao cumprimento de compromissos das famílias com as agendas da educação e da saúde.As famílias do PBF com crianças de 0 a 7 anos devem ser acompanhadas por uma Equipe de Saúde da Família ou pela UBS.A responsabilidade pelo acompanhamento dos beneficiários, no PBF, é competência das Secretarias Municipais de Saúde, realizado mediante utilização do SISVAN. A coleta, o processamento, a análise, a divulgação das informações coletadas devem fazer parte das ações da Atenção Básica, de forma contínua, com vistas a repensar a prática e qualificar a assistência prestada aos usuários diários da rede de saúde. O diagnóstico nutricional.O PBF faz parte da Estratégia Fome Zero e o SISVAN cumpre seu papel à medida que gera dados contínuos permitindo a utilização local das informações sobre o perfil nutricional para a estruturação do planejamento local das ações de alimentação e nutrição.Portanto, é de fundamental importância conhecer e divulgar situação nutricional das crianças de zero a sete anos beneficiárias do Programa Bolsa Família acompanhadas pela Atenção Básica do município.OBJETIVOS:O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil do estado nutricional de crianças de zero a sete anos beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) acompanhadas pelo setor saúde do município de Paulista, no período de 2008/2009, utilizando o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) como base para o planejamento das ações de alimentação e nutrição do município.METODOLOGIA:As informações foram obtidas dos relatórios SISVAN.A população estudada foi de crianças de zero a sete anos beneficiárias do Programa Bolsa Família,sendo 4.192 crianças em 2008 e 2.508 em 2009.Classificação do estado nutricional baseada(A/I),(P/I)e(IMC/I).Os dados foram processados e analisados no Epi-info versão 6.04 utilizando-se a diferenças de proporções e tendo o teste do qui-quadrado como medida de associação com nível de significância estatística de 5%.Resultados:Segundo P/I foi encontrado, para os anos estudados, déficit ponderal em 3,15% e 3,43% e peso elevado em 9,57% e 10,9%, respectivamente. Em relação a A/I foi verificado déficit estatural de 6,37% em 2008 e 6,74% em 2009. No que se refere ao IMC/I, em 2008 e 2009, foi detectada magreza em 5,2% e 5,3%, sobrepeso em 25% e 24,7% e obesidade em 5,8% e 6,7%, respectivamente. Os dados mostraram a coexistência de desnutrição e de sobrepeso e obesidade sendo este último em proporção maior.Os resultados sugerem que o benefício do PBF pode ser um importante fator na proteção contra a má nutrição ,no entanto deve ser aliado a ações de educação nutricional com vistas à alimentação saudável voltada ao consumo com respeito à alimentação regional. Pactuação dos Indicadores Nutricionais para a redução da desnutrição a partir das Condicionalidades da Saúde do Programa Bolsa Família (PBF). SHEILA BEATRIZ KICH WAGNER 1 Unidade Básica de Saúde de Candelária, RS ntri_sheila@hotmail.com Resumo O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, com condicionalidades, destinado às famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que associa a transferência do beneficio financeiro o acesso aos direitos sociais básicos, como a saúde, a alimentação, a educação e a assistência social. A partir da inclusão na Programação Pactuada Integrada (PPI), dos indicadores desnutrição e condicionalidades da saúde, viu-se a oportunidade de integrar as duas ações, visando identificar e reduzir o número de crianças menores de 5 anos com estado nutricional baixo peso para a idade e muito baixo peso para a idade que compareciam nas unidades por demanda espontânea para cumprir as condicionalidades do PBF. Visto que a “desnutrição é uma doença carencial evolutiva, crônica, exclusivamente vinculada à idade da lactância, que sob o denominador comum da fome, afeta especificamente a nutrição e cujo substrato metabólico reside na alteração da função fundamental da célula: o crescimento”. (MARCONDES, 1976: 12). Para a realização da experiência foram avaliadas nutricionalmente em 2010, 1.186 crianças < 5 anos, sendo que destas 42 indivíduos, 3,55% estavam desnutridos, utilizando as variáveis peso/idade com base nos parâmetros da OMS (2006), consolidados a partir do registro mensal no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN Web). Para a redução deste índice intensificou-se a realização de avaliações nutricionais individualizadas para a faixa etária, palestras e oficinas, a investigação prévia de patologias associadas e a aplicação do formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN. A experiência conduziu o município a reduzir, em 2011, o índice de desnutrição para 2,83 %, 26 indivíduos, e aumentar o percentual de famílias com perfil saúde de 93,73% em 2010 para 95,79% em 2011. A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades humanas. Dessa forma, a atitude de vigilância em saúde deve ser permanente e rotineira nas Unidades Básicas de Saúde, a fim de, prevenir distúrbios nutricionais de grande impacto em Saúde Pública. Avaliação das condições nutricionais de crianças com base nos dados do SISVAN Web e do benefício do Programa Bolsa Família através da ferramenta do geoprocessamento. Alessandra Monestel 1 , Elisete Navas Sanches Próspero 2 Itajaí/SC alesmonestel@hotmail.com Resumo INTRODUÇÃO:A nutrição é um processo que tem influência direta nas condições de saúde, sendo a alimentação saudável uma dentre as diversas ações necessárias para a promoção da saúde da população. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) visa contribuir para a promoção de modos de vida saudáveis além de apresentar dados referentes às condições nutricionais da população assistida pelas Unidades de Saúde dos municípios brasileiros. Aliado a isso, foi criado o Programa Bolsa Família (PBF) para combater a pobreza e ampliar o acesso ao alimento por meio da transferência de renda mínima às famílias submetidas a condições adversas de vida. OBJETIVO: avaliar as condições nutricionais de crianças menores de 5 anos, residentes no município de Itajaí, no período de janeiro a dezembro de 2009, por meio da análise das informações geradas pelo Sistema Informatizado de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN Web) e pelo Programa Bolsa Família através do geoprocessamento. METODOLOGIA:Para tanto, foi realizado um estudo ecológico, cuja amostra foi composta por 3.327 crianças menores de 5 anos cadastradas no SISVAN Web. Os dados do SISVAN Web foram gerados e tratados em planilhas eletrônicas do Excel com a respectiva classificação dos índices nutricionais peso por idade (P/I), altura por idade (A/I) e índice de massa corporal por idade (IMC/I) de cada criança. RESULTADOS ALCANÇADOS: Um dos principais resultados foi a prevalência de déficits ponderais de 3,0% (P/I) e 3,7% (IMC), sendo que dos 3,0% de déficit ponderal em relação a P/I, 0,6% tiveram o diagnóstico de peso muito baixo (desnutrição grave), portanto casos de notificação compulsória no estado de Santa Catarina. No índice A/I, verificou-se 7,4% das crianças com baixa altura, representando um quadro de desnutrição crônica. O peso elevado foi encontrado em 11,4% dos casos em relação ao índice IMC/I. No que se refere às crianças beneficiárias do PBF, destacou-se a preocupante proporção de 12,3% de baixa estatura. As maiores prevalências de baixo peso e peso elevado, em todos os indicadores, estão distribuídas, na maioria, em bairros considerados de baixa condição socioeconômica. Diante dos resultados encontrados, com a ilustração nítida da transição nutricional acontecendo no município, demonstra-se a necessidade e a importância da vigilância nutricional. Constata-se também a necessidade de desenvolver estratégias e encontrar soluções, considerando o diagnóstico nutricional e a heterogeneidade de cada uma das zonas administrativas mapeadas. Roda de Conversa 2 – Vigilância Alimentar e Nutricional PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E GESTANTES REGISTRADAS NO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL, GOIÁS Anathany Souza Sartes 1 , Maria Janaína Cavalcante Nunes 2 , Rafaela Alves Silva 3 , ANGÉLICA RODRIGUES FAGUNDES 4 Coordenação de Vigilância Nutricional/GVEDNT/SUVISA/SES-GO anathanysartes@hotmail.com Resumo INTRODUÇÃO: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) objetiva traçar o diagnóstico nutricional da população brasileira; identificar as áreas geográficas e grupos populacionais sob risco, avaliando as tendências temporais de evolução dos problemas nutricionais; oferecer auxílio ao planejamento e à execução de medidas para melhoria da situação alimentar e nutricional da população. OBJETIVO: Este relato de experiência visa avaliar os dados de estado nutricional de crianças e gestantes atendidas pelo SUS e registradas no SISVAN do Estado de Goiás. METODOLOGIA: Para análise das informações foram coletados dados do SISVAN em junho/2012, referentes aos anos de 2008 a 2011, sendo que anterior a este período o acompanhamento as informações eram inseridas em sistema off line instalado nos computadores e/ou era manual por meio de preenchimento de planilhas,e posteriormente enviadas à coordenação estadual pelos municípios mensalmente. Foi utilizado o índice peso por idade para crianças de zero a cinco anos, preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 2007 e para gestantes, Índice de Massa Corporal (IMC) por semana gestacional (WHO, 1995). RESULTADOS ALCANÇADOS: No período de 2008 a 2011 foram atendidas pela Atenção Primária à Saúde (APS) e registradas no SISVAN no Estado de Goiás, 280.758 crianças de 0 a 5 anos (70.189,5/ano) e 15.467 gestantes (3.866,75/ano). Do total de crianças atendidas, 11.711 (4,17%) estavam com peso muito baixo ou baixo para idade; 242.582 (86,36%) com peso adequado para idade, e 26.577 (9,46%) com peso elevado para idade. Houve aumento de 0,99% no total de crianças com peso elevado entre os anos de 2008 e 2011. A prevalência de muito baixo e baixo peso para idade variou de 3,87% a 4,14% e a de peso adequado houve um déficit de 87,04% a 85,78%. Em relação às gestantes, 3897 (25,17%) apresentaram baixo peso, 6396 (41,31%) peso adequado, e 5188 (33,51%) apresentaram sobrepeso ou obesidade, e verificou-se um acréscimo de 2,46% de sobrepeso e obesidade nas gestantes, entre o período investigado. O peso baixo e adequado tiveram uma redução de 25,19% para 24,95%, e 42,03% para 39,82%, respectivamente quando comparados no período de 2008 a 2011. Diante do exposto, é possível perceber um aumento da prevalência de muito baixo; baixo e peso adequado de crianças. Em relação às gestantes, destacou-se o déficit de baixo peso e peso adequado, aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade. É indispensável o incentivo às práticas alimentares saudáveis para pessoas nas diversas fases do ciclo da vida da vida. A educação alimentar e nutricional é fundamental para a melhoria dos hábitos alimentares e consequente redução de desvios nutricionais e o monitoramento desses indicadores deve ser realizado periodicamente para que ocorra a melhor orientação nutricional ao indivíduo atendido como também para melhorar o planejamento das ações de saúde do município, regional de saúde e estado. Perfil nutricional de pacientes atendidos no Centro de Referência em Hipertensão e Diabetes da Atenção Básica de uma cidade da região Centro-Oeste do Brasil Bibiana Arantes Moraes 1 , Juliana Martins de Souza 2 , Janaína Brair Dalazen 3 Rio Verde - Goiás bibiana13desetembro@hotmail.com Resumo As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) tem se mostrado o problema nutricional de maior magnitude observado na população nos últimos anos. A diabetes mellito (DM) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são DCNT que necessitam da intervenção nutricional para o controle dessas doenças. O centro de referência em HAS e DM (CRHD) é um local de atendimento multiprofissional em indivíduos portadores de diabetes e/ou hipertensão da rede de Atenção Básica do SUS, que visam o controle e a prevenção dessas patologias, assim, o profissional nutricionista deve conhecer o perfil nutricional dos pacientes atendidos no CRHD e desenvolver ações de acordo com o perfil da população e, se necessário realizar intervenção nutricional de modo individualizado e/ou coletivo buscando o controle e promoção da saúde. O relato de experiência tem como objetivo propor mudanças dos hábitos alimentares através do perfil nutricional encontrado nos pacientes atendidos no CHRD do município de Rio Verde-GO e, espera-se que a educação nutricional nos pacientes atendidos possa reeducar o hábito alimentar e, contribuir na dietoterapia adequada. Durante três meses (de abril à junho/2012) foram realizados atendimentos nutricional individualizado e/ou coletivos, nesse período foram avaliados o estado nutricional dos pacientes por meio do Índice de Massa Corporal e realizada atividades educativas visando a mudança do hábito alimentar. Nesse período foram atendidos 63 pacientes, sendo a maioria do sexo feminino (65,1%). Dentre os pacientes atendidos 34,5% (n=22) apresentaram diabetes e hipertensão associados, 33,4% (n=21) mostram apenas hipertensão e 31,7% (n=20) apresentaram isoladamente o diabetes. Em relação ao perfil nutricional da população estudada, os pacientes apenas diabéticos apresentaram 35% (n=7) com obesidade grau I, 30% (n=6) com sobrepeso, 25% (n=5) eutróficos e 10% (n=2) com obesidade grau II. Já os pacientes hipertensos se mostraram na sua maioria com sobrepeso e obesidade I representando ambos 28,6% (n=6) dos pacientes avaliados, seguidos de 19% (n=4) com obesidade grau III, 14,3% (n=3) eutróficos e 9,5% (n=2) com obesidade grau II. E quanto aos pacientes que tinham diabetes e hipertensão associados 36,4% (n=8) estavam com sobrepeso, 22,8% (n=5) com obesidade grau I e, a eutrofia e obesidade grau I e II mostram-se ambos com 13,6% (n=3). Em concordância com os resultados, a maioria dos pacientesatendidos no CRHD, apresentaram sobrepeso ou obesidade, e mediante a esses dados, o profissional nutricionista tem que atuar o seu papel como educador, reconhecendo as dificuldades enfrentadas como o excesso de peso associado ao mal hábito alimentar contribuindo no surgimento das DCNT e desenvolver ações que contribuam para a saúde população. ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE HIPERTENSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA, PB Clecia Kelly do Nascimento Oliveira 1 , Silmery da Silva Brito 2 , Maria Genilde Campos das Chagas 3 , Edgar Tito de Oliveira Neto 4 , Jane Morais Barbosa de Freitas 5 , Tâmara Albuquerque Leite Guedes 6 , Thais Maíra de Mattos 7 João Pessoa - Paraíba clecia_kelly@hotmail.com Resumo INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) compõe o grupo das doenças crônicas não transmissíveis, que de uma forma geral caracterizam-se por apresentar extenso período de latência, tempo de evolução prolongado, lesões irreversíveis e complicações que podem acarretar incapacidade, em níveis variados, ou óbito (MARIATH, 2007). Diversos estudos têm avaliado o impacto das modificações dos hábitos alimentares na redução do risco cardiovascular. Dentre as medidas não-medicamentosas consideradas eficazes no tratamento da HAS, destacam-se manutenção do peso corporal em níveis adequados, redução da ingestão de sódio, maior ingestão de potássio, cessação do tabagismo, consumir dieta rica em frutas e vegetais e a redução do consumo de bebidas alcoólicas. (ALVAREZ, 2009). Este estudo justifica-se por ser fundamental conhecer a magnitude dos fatores de riscos de desenvolvimento de complicações relacionadas à HAS aos quais estes pacientes estão expostos, com a finalidade servir como instrumento de planejamento em saúde, capaz de subsidiar ações de alimentação e nutrição no âmbito do Sistema Único de Saúde, que possam intervir de forma eficaz nessa realidade, além de investigar a adesão deste grupo ao tratamento não-medicamentoso da HAS. OBJETIVO: Teve-se como objetivo avaliar o consumo alimentar, o estado nutricional e hábitos de vida de hipertensos, visando avaliar a adesão ao tratamento não-medicamentoso da HAS sob estes aspectos. METODOLOGIA: Participaram do estudo 29 mulheres hipertensas. Foram coletados dados antropométricos de peso, altura e circunferência da cintura, três recordatórios alimentares de 24 horas, além de informações sobre estilo de vida. Resultados alcançados: Quanto ao risco de complicações metabólicas 13,8% apresentou risco elevado, 75,9% apresentou risco muito elevado e 10,3% não apresentou risco. 55,2% apresentou obesidade, 20,7% apresentou sobrepeso, 20,7% estava com o peso adequado, apenas 3,4% apresentou baixo peso. 72,4% dos entrevistados afirmaram ter diminuído o consumo de sal após ter recebido o diagnóstico de HAS, 3,4% consumia bebida alcoólica, 6,9% eram tabagistas. 68,9% dos entrevistados não praticavam atividade física. Quanto ao consumo alimentar, foi encontrado um consumo adequado dos alimentos do grupo dos cereais e de frutas. Foi encontrado um consumo equivalente ao dobro do recomendado de feijões, carnes e ovos, óleo e açúcar. O consumo de legumes e verduras, bem como o de leite e derivados, mostrou-se abaixo do recomendado. Avaliação do consumo de frutas, legumes e verduras por idosos vacinados contra a gripe na Unidade Básica de Saúde “Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza” Karoline Honorato Brunacio 1 , Patrícia Helena Davanço Frare 2 , Raíssa do Vale Cardoso Lopes 3 , Andrea Wang Catalani 4 , Camila Capellette Barreto 5 , Samantha Caesar de Andrade 6 , Viviane Laudelino Vieira 7 Unidade Básica de Saúde Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza; São Paulo vivianevieira@usp.br Resumo INTRODUÇÃO:Observa-se que o aumento da população idosa brasileira vem ocorrendo de forma rápida. Considerando que o idoso dispõe de necessidades nutricionais características da idade, demandando cuidados especiais na qualidade de sua dieta, a alimentação é fator importante que influencia diretamente sua saúde. Frutas, legumes e verduras (FLV) são essenciais para uma dieta saudável, devendo estar presentes diariamente nas refeições, sendo o seu consumo em quantidade adequada relacionado à proteção da saúde e redução do risco de ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). OBJETIVO:Verificar a frequência do consumo de FLV entre idosos participantes da campanha de vacinação contra a gripe. METODOLOGIA:Estudo transversal realizado com 163 idosos de ambos os sexos vacinados no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza (CSEGPS), pertencente à Universidade de São Paulo. Entre os dias 15 de maio e 1 de junho de 2012, foram aplicados questionários identificando dados pessoais e referentes ao consumo de FLV aos idosos que aguardavam na fila para a vacinação. Após os questionamentos, foi entregue material informativo destacando a importância do consumo de FLV e divulgando o trabalho nutricional do Centro de Referência para a Prevenção e Controle de Doenças Associadas à Nutrição, existente no CSEGPS. A elaboração do banco de dados e a análise descritiva foram realizadas por meio do software Excel. RESULTADOS:A média de idade dos idosos avaliados foi de 73,0 anos (DP=8,36anos), sendo 62,6% mulheres e 40,5% matriculados no CSEGPS. A maioria dos entrevistados (91,4%) relatou consumir frutas diariamente, sendo a média de frequência de consumo relatada de 2,4 vezes/dia (DP=1,23). Em relação às verduras e legumes, 73,0% e 68,7% dos entrevistados, respectivamente, relataram consumir diariamente. A média de frequência de consumo referida para o grupo verduras e legumes foi de 1,2 vezes/dia (DPverd=0,68 e DPleg=0,67). Ao comparar as médias de consumo entre os sexos, observou- se que mulheres consomem mais frequentemente FLV, sendo um possível motivo sua maior preocupação com a saúde. Observou-se que das pessoas que relataram consumir frutas diariamente, 60,7% também consumiram verduras e legumes todos os dias. Conclui-se que a maioria dos idosos entrevistados consome FLV diariamente, o que pode ser um fator protetor para DCNT. Ainda assim, há possibilidade de não adequação no consumo recomendado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira de 3 porções/dia de frutas e 3 de legumes e verduras, visto que não foram avaliadas as quantidades de consumidas. Espera-se, com a realização do presente estudo, alertar o público atingido sobre a importância do consumo de FLV, almejando sua adequação com vistas à proteção contra DCNT. Além disso, pretende-se repetir tal pesquisa em futuras campanhas, incluindo a análise da quantidade consumida, a fim de verificar se houve melhora quanto à frequência do consumo de FLV e a adequação de acordo com as recomendações. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PARTICIPANTES DA FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DA AGRICULTURA NO ESTADO DE PERNAMBUCO (FETAPE) RIJANE MARIA DE ANDRADE BARROS SANTOS 1 , SILVANA ANELISA BEZERRA DE ANDRADE SOUZA 2 Nazaré da Mata-PE rijanebarros@yahoo.com.br Resumo INTRODUÇÃO: A Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Estado de Pernambuco (FETAPE) é uma entidade sindical que representa e coordena os interesses dos trabalhadores rurais do estado, quer sejam pequenos proprietários, posseiros, assalariados, sem-terra e arrendário. A Coordenação Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável tem desenvolvido estratégias para cumprir as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, entre estas a quarta diretriz que diz respeito a “promoção de práticas alimentarese estilos de vida saudáveis” e tem atuado em diversos públicos. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é apresentar os dados encontrados e as perspectivas futuras para o desenvolvimento de ações com os participantes da FETAPE. METODOLOGIA: A avaliação do estado nutricional foi realizada durante o evento promovido pela FETAPE “Salões regionais e estadual da agricultura familiar, assalariados (as) rurais e reforma agrária Euclides Nascimento 2012” na cidade de Nazaré da Mata no dia 17 de abril de 2012. É um estudo de corte transversal, quantitativo e descritivo. A amostra foi aleatória, contemplando indivíduos de ambos os sexos e de diversas faixas etárias participantes do evento. RESULTADOS ALCANÇADOS: Foram avaliadas 81 pessoas, sendo 32,1% do sexo masculino e 67,9% do sexo feminino. Dividimos a população em adultos e idosos, tendo 87,7% situado na faixa etária de 18-59 amos e 12,3% na faixa etária ˃ de 60 anos. Dividindo por sexo tivemos respectivamente do sexo masculino e feminino 92,3% e 85,5% na faixa etária de 18 – 59 anos e 7,7% e 14,5% na faixa etária ˃ de 60 anos. Em relação ao estado nutricional segundo o Índice de Massa Corpórea (IMC) obtivemos 2,5% de baixo peso, 32,1% de eutrofia, 39,5% de sobrepeso, 17,3% de obesidade grau I, 7,4% de obesidade grau II e 1,2% de obesidade grau III, nos entrevistados em geral. Separando por sexo tivemos respectivamente em relação ao sexo masculino e feminino: baixo peso (3,8% e 1,8%), eutrofia (30,8% e 32,7%), sobrepeso (42,3% e 38,2%), obesidade grau I (15,4% e 18,2%), obesidade grau II (7,7% e 7,3%) e obesidade grau III (0% e 1,8%). Avaliando a circunferência da cintura e consequentemente o risco de complicações metabólicas associadas à obesidade do sexo masculino observamos que 53,8% estavam fora da faixa de risco (CC˂94 cm), 15,4% tinham risco elevado (CC = 94 -101 cm) e 30,8% tinham risco muito elevado (CC ≥ 102 cm). Em relação ao sexo feminino 23,6% estavam fora da faixa de risco (CC ˂ 80 cm), 27,3% tinham risco elevado (CC = 80 -87 cm) e 49,1% tinham risco muito elevado (CC ≥ 88 cm). Este estudo servirá de base para realização de atividades futuras de promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis com o público avaliado. SISTEMA DE VIGILÂNCIA NUTRICIONAL NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CURITIBA, UMA EXPERIÊNCIA DE 15 ANOS Angela Cristina Lucas de Oliveira 1 , Nilton Willrich 2 , Anne Liz Dynkowski Zeghbi 3 , Maria Rosi Marques Galvão 4 , Karin Regina Luhm 5 Curitiba - Paraná angoliveira@sms.curitiba.pr.gov.br Resumo INTRODUÇÃO: o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) tem como objetivo principal o monitoramento da situação alimentar e nutricional de populações de risco, de modo a obter um perfil nutricional desta população e sua evolução ao longo do tempo. E por meio deste diagnóstico, nortear ações de enfrentamento das situações de risco, principalmente a desnutrição e a obesidade. É dentro desse contexto que o SISVAN-Escolar de Curitiba vem atuando e se consolidando ao longo de 15 anos de sucesso na vigilância nutricional dos escolares, por meio da parceria entre a Secretaria Municipal da Educação de Curitiba com a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba. OBJETIVO: divulgar o perfil nutricional dos Escolares da Rede Pública de Ensino da Secretaria Municipal da Saúde, que compreende os anos de 1996 a 2011, com a intenção de sensibilizar os gestores públicos quanto a parceria entre o setor Saúde e Educação, na construção de uma escola mais saudável. METODOLOGIA: os dados antropométricos (peso e altura) dos alunos foram coletados anualmente pelos professores de Educação Física das escolas, os quais são devidamente capacitados para essa tarefa. As informações foram digitadas localmente e o banco de dados foi transferido para a equipe técnica de Vigilância Nutricional da Secretaria Municipal da Saúde, para análise e divulgação dos resultados. RESULTADOS ALCANÇADOS: o Sisvan-Escolar de Curitiba mostrou que em 15 anos ocorreram significativas mudanças no perfil nutricional dos escolares da rede municipal de ensino de Curitiba. O ano de 2011 segue a tendência global da epidemia da obesidade, com o aumento progressivo ao longo dos anos avaliados: a taxa de obesidade foi de 5,61% em 1996 e em 2011 este percentual aumentou para 13,38%. O aumento da taxa de obesidade de 12,36% em 2010 para 13,38% em 2011 foi estatisticamente significativa (p<0,00001). O somatório dos percentuais de sobrepeso e obesidade que corresponde ao percentual de excesso de peso somam 33,05% dos escolares avaliados no ano de 2011. A taxa de obesidade nas meninas é de 11,63% e nos meninos é acentuadamente maior, 19,03%. Em relação a baixa estatura, reduziu de 4,68% em 1996 para 2,28% em 2011, uma queda de 51,3%. A magreza na população de escolares vem apresentando queda expressiva desde 1996, com redução de 3,67% para 1,82% no ano de 2011, significando que, de forma global, atualmente a prevalência de magreza está dentro do esperado. A retroalimentação destas análises para as escolas tem trazido importantes subsídios para o planejamento das ações de Educação Alimentar e de Educação Física além da individualização da merenda escolar de acordo com o perfil nutricional de cada escola e também reforça a necessidade de empenhos contínuos nessa área e um olhar diferenciado para esse público vulnerável e exposto a diversas situações de risco comportamentais, como o sedentarismo e alimentação inadequada. PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE DIVINÓPOLIS-MG JULIANA MARA FLORES BICALHO 1 , Luís Gustavo Campos 2 , Thaís Bueno Enes dos Santos 3 , Eduardo Sérgio da Silva 4 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE DIVINÓPOLIS - MG juflores_nutri@yahoo.com.br Resumo INTRODUÇÃO: Transformações significativas têm ocorrido nos padrões dietéticos e nutricionais de populações e estas mudanças vêm sendo analisadas como parte de um processo designado de transição nutricional. No Brasil a progressão da transição nutricional na população, é caracterizada fundamentalmente por redução nas prevalências dos déficits nutricionais e ocorrência mais expressiva de sobrepeso e obesidade. A obesidade é tema de crescente preocupação pelo aumento em sua prevalência, inclusive em crianças, e sua associação com diversas condições mórbidas. Esse estudo surgiu da parceira entre e a Universidade Federal de São João Del Rei Campus Centro-oeste, da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Educação através do Programa de Educação para o Trabalho (PET) visando traçar um diagnóstico das crianças da comunidade escolar municipal e envolvendo acadêmicos, professores e profissionais de saúde de Divinópolis. O município de Divinópolis está situado no Estado de Minas Gerais e tem uma população total de 213.016 de habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010). Desse total, 13% estão compreendidos na faixa etária de 6 a 14 anos, público-alvo da pesquisa. OBJETIVO: O objetivo desde estudo foi identificar a prevalência de obesidade e sobrepeso em escolares de 6 a 14 anos de idade da rede pública municipal de Divinópolis-MG. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo de corte transversal com 1450 estudantes de 15 escolas urbanas e rurais nos anos de 2010 e 2011. As escolas foram escolhidas por sorteio aleatório dentre as 36 que compõem a rede municipal de ensino. Inicialmente foi agendada uma reunião em cada escola com os pais ou responsáveis pelos estudantes para apresentar os objetivos do projeto e para assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram utilizados os dados de idade, sexo, alturae peso para classificação do estado nutricional. O peso das crianças foi obtido através de pesagem única em balança de plataforma digital e a estatura através da média de três medidas em antropômetro portátil Altura Exata. Os dados foram analisados no programa WHO AnthroPlus utilizando Índice de massa corporal (IMC) por idade, classificando a criança em baixo IMC, eutrófica, sobrepeso ou obesa. Posteriormente, utilizou-se o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 14.0 para análise dos dados. RESULTADOS: A amostra foi composta por 47,7% de alunos do sexo masculino e 51,5% do sexo feminino com 0,8% perda de dados. Foi observada uma prevalência de obesidade de 10,0% e de sobrepeso de 11,6%, de eutrofia 67,9% e baixo IMC para idade de 2,4%, 8,1% sem informação. É provável que em outras populações de mesma condição socioeconômica sejam encontradas prevalências semelhantes. Pode-se concluir que o excesso de peso na infância é um problema frequente em nossa amostra tanto quanto pode ser em outras populações e que a prevalência da obesidade infantil, é preocupante em nosso meio. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE ITAÚNA – MG ENTRE OS ANOS DE 2008 A 2011 JULIANA MARA FLORES BICALHO 1 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAÚNA - MG juflores_nutri@yahoo.com.br Resumo INTRODUÇÃO: Avaliação do crescimento permite conhecer o estado de bem-estar de crianças individualmente ou da sua comunidade. Acompanhar crianças desde o seu nascimento permite prevenir desvios do crescimento alertar sobre problemas gerais de saúde. O crescimento normal é condicionado a processos fisiológicos que dependem do atendimento de necessidades durante a vida fetal e infância. As questões alimentares são uma das grandes preocupações atuais da saúde pública, pois são observados crescentes casos de obesidade que chamam atenção e que alertam para riscos e para o modo em como o indivíduo se relaciona com a alimentação. O Brasil depara-se com novas epidemias de obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e outras. Destaca-se a obesidade por ser simultaneamente doença e fator de risco com taxa de prevalência em elevação inclusive entre crianças. Esse quadro vem sendo observado inclusive entre as crianças. OBJETIVO: Em consonância com Política Nacional de Alimentação e Nutrição e Pacto pela Vida foi despertado o interesse em traçar o diagnóstico nutricional entre as crianças menores de cinco anos acompanhadas pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) de 2008 a 2011 no município. MÉTODOS: Trata-se de um estudo realizado a partir dos dados dos relatórios das crianças menores de 5 anos avaliadas nas unidades de atenção primária à saúde em Itaúna pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). Foram acompanhadas 3.150 crianças menores de 5 de idade entre os anos de 2008 a 2011. Utilizou-se os dados demográficos idade (em meses) e sexo, e os dados antropométricos peso e estatura para classificação do estado nutricional. Os dados foram lançados no sistema informatizado online do Sisvan e foi definido como índice antropométrico de avaliação para este estudo o Índice de Massa Corporal (IMC) para idade para classificação do estado nutricional das crianças. Os parâmetros usados para classificação do estado nutricional de crianças menores de 5 anos foram: magreza acentuada quando escore-z < -3, magreza escore-z ≥-3 e <-2, eutrofia escore-z ≥-2 e ≤+1, risco de sobrepeso escore-z >+1 e ≤+2, sobrepeso escore-z >+2 e ≤+3 e obesidade score-z > +3. RESULTADOS: A amostra foi composta por 52% de crianças do sexo masculino e 48% feminino. De acordo com a classificação do estado nutricional foi observada uma prevalência de 2,9% de crianças com magreza acentuada, 2,5% com magreza, 63,4% eutrofia, 17,8% risco de sobrepeso, 7,6% sobrepeso e 5,8% obesidade. Ou seja, 5,4% apresentam déficit ponderal e 31,2% excesso de peso em algum nível o que reflete o observado na transição nutricional em progressão no país. Estes resultados são significativos do estado nutricional de uma amostra de crianças de Itaúna que assim como acontece em Minas e no Brasil vem apresentando alta prevalência de excesso de peso e consequentemente de complicações relacionadas, característica da transição nutricional. PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 10 ANOS DO DISTRITO SANITÁRIO NORTE DE GOIÂNIA (GOIÁS) KARINE ANUSCA MARTINS 1 , Carla Cristina Morais 2 , Maria de Fátima Gil 3 , Carla Cristina da Conceição Ferreira 4 , Denise Nunes Barnabé 5 Faculdade de Nutrição / Universidade Federal de Goiás, 4 - Distrito Sanitário Norte - Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia karineanusca@gmail.com Resumo INTRODUÇÃO: A vigilância alimentar e nutricional (VAN), mesmo perante as dificuldades operacionais no Sistema Único de Saúde (SUS), norteia o planejamento da atenção nutricional, em diferentes momentos. Além disso, permite formular ações vinculadas à promoção da saúde e à alimentação adequada e saudável no âmbito de gestão do SUS. A atenção à saúde das crianças organiza-se tendo como eixo norteador o Programa de Atenção Integral da Saúde da Criança (PAISC). Neste sentido, para gerar dados relevantes desta faixa etária é necessário que o serviço de acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (CD) funcione corretamente nas unidades de saúde. Assim, os dados existentes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), alimentados no município de Goiânia pelo Sistema de Controle do Atendimento Ambulatorial (SICAA), ainda que limitados, permitem a realização do diagnóstico do estado nutricional das crianças atendidas nos CD´s. OBJETIVO: Caracterizar o perfil nutricional das crianças de zero a 10 anos registrados no Sistema de Controle do Atendimento Ambulatorial das unidades de Saúde do Distrito Sanitário Norte (DSN). METODOLOGIA: Selecionaram-se os dados das unidades de saúde da área de abrangência do DSN, de janeiro a março, de julho a setembro de 2011 de crianças de zero a 10 anos cadastradas no SICAA de Goiânia e caracterizaram-se os índices Peso/Idade e Estatura/Idade (curvas da Organização Mundial de Saúde, preconizadas pelo Ministério da Saúde). RESULTADOS ALCANÇADOS: Para o total da amostra de zero a 10 anos (n= 5028), 4,00% (n=200) possuíam apenas registro de peso. Para o índice Estatura/Idade, do total da amostra, 94,85% (n=4586) apresentavam estatura adequada para a idade. Todos os grupos avaliados [a) 0 a 2 anos; b) entre 2 e 5 anos; c) entre 5 e 10 anos] apresentaram-se com estatura adequada para idade, respectivamente: a) 94,75% (n=1643); b) 95,08% (n=1062) e c) 97,35% (n=992). Em relação ao índice Peso/Idade (P/I), observou-se que 86,70% (n=4369) do total da amostra estavam eutróficas, enquanto 9,74% (n=490) apresentavam peso elevado para a idade. Destaca-se que 9,39% (n=169) crianças menores de dois anos; 7,76% (n=91) de dois a menores de cinco anos e 12,00% (n=125) de cinco a menores de 10 anos apresentavam-se com excesso de peso para idade. Segundo dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF- 2008/09), uma em cada três crianças de cinco a nove anos de idade apresentava excesso de peso. Já o déficit de estatura, reduziu de 29,30%, segundo dados do Estudo Nacional da Despesa Familiar (ENDEF-1974/75) para 7,20% (POF-2008/09) entre meninos e de 26,70% para 6,30% nas meninas. A tendência global ao excesso de peso em faixas etárias cada vez menores indica a necessidade do fortalecimento de políticas públicas voltadas à promoção da saúde e prevenção de doenças. A avaliação do perfil nutricional das crianças atendidas nos serviços de CD utilizando-se as informações dossistemas de VAN é necessária e contribui em tal processo. CAMPANHA MUNICIPAL :DIA “D” SAÚDE DA CRINÇA EM OEIRAS PIAUÍ Érica Laís Moura Nunes 1 Oeiras Piauí erica_moura_nutricionista@hotmail.com Resumo OBJETIVO: Intensificar as ações da 'Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)' em forma de chamada nutricional no campo das ações públicas voltadas à proteção e promoção da saúde das crianças de 06 a 59 meses. METODOLOGIA: Chamada nutricional no município de Oeiras- PI com o intuito de intensificar as ações de suplementação de vitamina A e ferro, cadastro no SISVAN WEB, atualização de vacinas, educação em saúde bucal e aplicação de flúor nas crianças residentes na zona urbana do município. Foi feito um levantamento quantitativo de crianças incluídas na faixa etária inclusas nos programas do PNAN. A campanha foi organizada pela Coordenação Municipal de Suplementação de Ferro e Vitamina A e SISVAN WEB com parceria da Coordenação Municipal de Imunização e Saúde na Escola. Os profissionais que atuaram na campanha foram o Enfermeiro, Nutricionista, Dentista, Técnico em Enfermagem, Agente Comunitário de Saúde e uma equipe de serviços gerais. Todos os procedimentos realizados foram protocolados nos formulários preconizados pelo Ministério da Saúde e foram alimentados no Sistema Federal correspondente a cada programa. Na estrutura do dia “D” possuía brinquedos, músicas infantis e lanche saudável, motivando a participação e interação das crianças com as equipes da saúde. RESULTADOS: De um levantamento quantitativo de 1000 crianças, foi atingida uma média de 900 crianças, que corresponde a um total de 90% ( oitenta por cento ) do que foi estimado. A campanha foi bem avaliada pela equipe da ESF, onde foi um momento de interação das equipes com outros profissionais da saúde. As atividades realizadas irão beneficiar a produção das equipes que fizeram a adesão ao PMAQ e preenchimento de requisitos para recebimento do selo UNICEF. CONCLUSÃO: a campanha teve uma relevante importância para a população, com a promoção e intensificação das ações do PNAN foi importante para alertar e sensibilizar uma vez que tais ações interferem diretamente na saúde das crianças beneficiadas garantindo segurança alimentar e nutricional de forma preventiva. A campanha foi bem avaliada pela equipe da ESF, onde foi um momento de interação das equipes com outros profissionais da saúde. Intensificação das ações junto as pactuaçõe dos programas, avanço na sistematização dos dados, aumento de cadastros no sistema do SISVAN WEB, melhora na produção das equipes junto ao PMAQ e preenchimento de requisitos para recebimento do selo UNICEF. Palavras-chave: vigilância nutricional; suplementação;ferro; vitamina A; política de saúde. CHAMADA NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MENORES DE UM ANO EM UMA CIDADE DO CENTRO-OESTE DO BRASIL: PLANEJAMENTO E PERSPECTIVAS. Tátila Lima de Oliveira 1 , Juliana Martins de Souza 2 , Bibiana Arantes Moraes 3 Departamento de Nutrição, Secretaria Municipal de Saúde de Rio Verde-GO tatilinha@hotmail.com Resumo A alimentação adequada no primeiro ano de vida é fundamental para a saúde das crianças, e inclui: o início da amamentação na primeira hora de nascimento; aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida da criança, e continuado por dois anos ou mais com alimentos complementares seguros, regionais e apropriados para a idade. Com base na importância de conhecer as práticas alimentares na infância para fomentar ações de promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável, foi realizada a Chamada Nutricional de crianças menores de um ano, no município de Rio Verde-GO, em 16 de junho de 2012. Este relato de experiência objetiva descrever o planejamento desta Chamada Nutricional, realizada pelo Departamento de Nutrição da Secretaria Municipal de Saúde com o apoio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Coordenação de Atenção Básica, Faculdade de Nutrição (Universidade de Rio Verde), Faculdade de Enfermagem (Faculdade Objetivo), Secretaria Municipal de Comunicação e mídias locais, Tutores Municipais da Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), com recursos da Secretaria Municipal de Saúde e Financiamento das Ações de Alimentação e Nutrição (FAN/MS). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Rio Verde, sob parecer 063/2011. O instrumento utilizado foi o questionário da Pesquisa Nacional de Aleitamento Materno, com questões referentes a alimentação nas ultimas 24horas, dados sobre o parto e maternos, foram acrescentadas questões sobre o bairro para posterior mapeamento, tipo de leite consumido, frequencia de consumo de frutas, consumo de macarrão instantâneo, detalhamento do consumo de outros alimentos, se não consumiu leite materno no dia anterior até que idade consumiu, se ontem recebeu apenas leite materno foi questionado se recebeu outros alimentos ou bebidas desde o nascimento, adicionada questão sobre pré-lacteos oferecidos na maternidade e se a criança ficou em creche. Os entrevistadores (acadêmicos de nutrição e enfermagem) foram sensibilizados sobre a relevância da pesquisa e treinados para aplicação dos questionários, bem como os supervisores de campo (nutricionistas do município, professores, tutores da ENPACS). Participaram cerca de 50 entrevistadores e 17 supervisores. A coleta de dados foi realizada no dia “D” da Campanha Nacional de Vacinação contra poliomietite nos 19 postos de vacinação, data e locais oportunos para abordar este público alvo de aproximadamente 3200 crianças menores de um ano, obtendo-se no dia D uma amostra de 1006 crianças. Em fase de análise de dados, mas espera-se que os dados advindos dessa pesquisa possam auxiliar em campanhas, políticas e programas voltados para a melhoria dos indicadores de aleitamento materno e alimentação complementar, com melhoria das práticas na atenção básica, maternidades e creches, sendo fundamental que os desdobramentos das ações geradas a partir destes dados sejam também intersetoriais. SAL IODADO DIREITO DE TODOS-PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO SAL PARA CONSUMO HUMANO REALIZADO PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE-SUVISA/RN PALAVRAS CHAVES IODO, SAL, MONITORAMENTO Ivanaldo Leão de souza 1 , Lígia Pereira Filgueira 2 , Polyana deOliveira Cacho 3 SUbcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Rio Grande do Norte- SUVISA/RN liafilgueira@hotmail.com Resumo INTRODUÇÃO:O Iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais por ser utilizado na síntese dos homônios tireoidianos: a triiodotironina (T4) e a tiroxina (T3). Estes hormônios têm dois importantes papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia. São muito importantes para o funcionamento de vários órgãos como o coração, fígado, rins, ovários e outros. Os Distúrbios por Deficiência de Iodo – DDI - são fenômenos naturais e permanentes, que estão amplamente distribuídos em várias regiões do mundo. Populações que vivem em áreas deficientes em iodo sempre terão o risco de apresentar os distúrbios causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os níveis de desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves. A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível – bócio (hipertrofia da glândula tireóide). Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos e nascimentode crianças com baixo peso, problemas no período gestacional, e aumento do risco de abortos e mortalidade materna. Associada a esses problemas, a deficiência deste micronutriente contribui para o aumento do gasto com atendimento em saúde e em educação, uma vez que incrementa as taxas de repetência e evasão escolar, e ainda proporciona a redução da capacidade para o trabalho. Portanto, direta ou indiretamente acarreta prejuízos sócio-econômicos ao país.OBJETIVO: O monitoramento do teor de iodo no sal destinado ao consumo humano tem por objetivo verificar se a iodação do sal está sendo realizada de forma segura e sob rigoroso controle e, além disso, avaliar se o sal oferecido á população é capaz de fornecer a quantidade necessária de iodo para prevenir e controlar os Distúrbios por Deficiência de Iodo – DDI. METODOLOGIA: O Rio Grande do Norte é o estado de maior produção de sal para consumo humano no Brasil e possui 35 empresas de beneficiamento de sal, sendo responsável por 97% da produção nacional. O monitoramento do sal no Rio Grande do Norte é realizado pela equipe de técnicos do Setor de Alimentos da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária - SUVISA/RN que trimestralmente coleta o produto em todas as unidades fabris e encaminha as amostras para análise no Laboratório Central – LACEN-RN. RESULTADOS: Em 2011 foram analisadas 474 amostras de sal e destas 99,8% apresentaram resultados satisfatórios com relação ao ter de iodo do sal. Os resultados demonstraram a importância do monitoramento na avaliação do teor de iodo no sal de forma que através dele foi possível constatar que o sal produzido no RN em 2011, em sua maioria, atendeu a legislação sanitária contribuindo na prevenção e controle de doenças associadas á deficiência ou excesso deste micronutriente. RODA DE CONVERSA 3 – PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE “VIDA SAUDÁVEL”: ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL EM UMA COMUNIDADE DO RECIFE – PE Amanda de Azevedo Araujo 1 , Paula Roberta Vieira Eskinasi 2 , Wanda Rafaela Pinto Lopes 3 , Laís Harumi Sekitani 4 , Elda Azevedo Guerra 5 Unidade de Saúde da Família Córrego do Eucalipto, Recife. amanda_azevedo2@hotmail.com Resumo INTRODUÇÃO: A obesidade foi reconhecida pela Organização de Mundial de Saúde como um importante problema de saúde pública e está associada a um grande número de doenças. Portanto, a prevenção e o diagnóstico precoce são importantes aspectos para a promoção da saúde e redução de morbimortalidade, pois pode interferir na duração e qualidade de vida, e ainda ter implicações diretas na aceitação social dos indivíduos quando excluídos da estética difundida pela sociedade contemporânea. A promoção da saúde pode ser definida como o processo de envolvimento da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida, incluindo uma maior participação no controle deste processo. As ações de promoção da saúde devem combinar três vertentes de atuação: incentivo, proteção e apoio, sendo a atenção básica um espaço privilegiado para o desenvolvimento de tais ações, por estar inserida próxima à comunidade e ter maior poder de compreensão de sua dinâmica social. O trabalho com grupo reside no poder de transformação subjetiva, a partir do escutar, falar, sentir, se posicionar e responsabilizar-se. Se configura na troca de conhecimentos, experiências e saberes entre a população e os profissionais, tendo a interação e educação em saúde como ponto principal. OBJETIVO: Atuar no campo da promoção da saúde, incentivando a prática de hábitos de vida saudáveis através de grupo de educação em saúde. METODOLOGIA: O grupo é composto por usuários, homens e mulheres, da comunidade do Córrego do Eucalipto, na cidade do Recife. As reuniões acontecem quinzenalmente e tem duração de duas horas. É um grupo aberto, no qual os participantes podem se inserir a qualquer momento caso haja um interesse. Os facilitadores ficam responsáveis por desenvolver trabalhos educativos que possibilitem o resgate da auto-estima, a visão crítica sobre a alimentação, mídia, propaganda de alimentos, o incentivo ao movimento, a inclusão social e identificação de aspectos emocionais que interferem na passagem para uma vida saudável. As atividades são realizadas como roda de conversa e oficinas, nas quais todos podem compartilhar experiências, emoções e sentimentos. RESULTADOS ALCANÇADOS: Durante os encontros, pode-se observar o interesse que começa a surgir nas mudanças de hábitos de vida e uma maior interação entre os participantes e os profissionais da unidade de saúde, permitindo um maior vínculo entre estes. A estrutura de funcionamento dos encontros possibilita a construção do processo de educação em saúde, na qual o diálogo entre o saber popular e saber técnico é constituído. Tais resultados vêm mostrando que essa estratégia, juntamente com o apoio de equipes multiprofissionais pode auxiliar na promoção da saúde e adoção de hábitos mais saudáveis no dia a dia. Tais iniciativas, poderiam ser mais contempladas na atenção primária e amplamente divulgadas, evitando assim, o surgimento de doenças crônicas não-transmissíveis e melhorando a qualidade de vida da população assistida. CUIDANDO DO CUIDADOR: Relato de experiência do ciclo de reuniões sobre alimentação saudável ANA SÍLVIA MARTINS DANTAS 1 UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO BOM PASTOR- NATAL- RN anasilviamr@hotmail.com Resumo INTRODUÇÃO: O aumento de doenças crônico-degenerativas também vem acometendo os funcionários do SUS. Diante dessa realidade foi desenvolvido um ciclo de reuniões sobre alimentação saudável junto aos funcionários da Unidade da Família do Bom Pastor- Natal/RN, ajudando o cuidador a se cuidar. OBJETIVOS: Conscientizar e estimulação do consumo de alimentos saudáveis, por meio de atividades de educação nutricional, junto aos funcionários da Unidade de Saúde, bem como prevenir ou minimizar o aparecimento de doenças crônico- degenerativas. METODOLOGIA: As atividades educativas foram realizadas mensalmente por um período de seis meses junto aos funcionários da Unidade de Saúde. A metodologia foi participativa e os temas, sugeridos pelos funcionários, foram apresentados em slides seguidos de posterior discussões. Os temas abordados foram noções básicas de nutrição, higiene e práticas alimentares saudáveis preventivas e promotoras de saúde com foco nas doenças crônico-degenerativas. Os encontros aconteceram na própria unidade de saúde, após o término do atendimento aos usuários do SUS e durante o horário de expediente. RESULTADOS ALCANÇADOS: Durante o período de realização do trabalho educativo, os funcionários se mostravam com interesse participativo, tentando incorporar no seu cardápio usual os alimentos que continham efeitos funcionais para sua saúde. Dessa forma o funcionário passou a ter mais cuidado consigo, melhorando sua qualidade de vida e tornando- se um potencial multiplicador de informações sobre alimentação saudável. Cajá + Saúde: projeto de qualidade de vida e alimentação saudável Hellen Daniela de Sousa Coelho 1 , Fabiana Rodrigues Lameira Belchior 2 , Ingrid Elisabeth Vidal de Oliveira 3 , Marcio Roberto de Lúcio 4 Prefeitura de Cajamar - Diretoria de Saúde hellencoelho@gmail.com Resumo Nos últimos anos, houve um aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, devido ao processo de transição nutricional, demográfica e epidemiologica no Brasil e no mundo. A alimentação desequilibrada e o sedentarismo são fatores de risco para os agravos dessas doenças, que podem ocasionar sériaslimitações aos indivíduos e sobrecarga do serviço público de saúde. Portanto, há a necessidade de se investir em ações de educação nutricional no sistema único de saúde, a fim de promover a prática de alimentação saudável. Metodologia: O diagnóstico inicial foi realizado em uma subamostra da população do município: dentre os funcionários da Prefeitura (n=228), os pacientes do Serviço de nutrição (n=85) e idosos frequentadores dos grupos de caminhadas (n=28). A intervenção ocorre por meio de Palestras e rodas de conversa de promoção à alimentação saudável, cada mês com um tema diferente; dinâmicas em grupo, sempre relacionado com o tema da palestra; conscientização sobre alimentação adequada; desenvolvimento de preparações saudáveis na cozinha experimental uma vez por mês, com a participação de chefs de cozinhas e o incentivo a prática de atividade física com o grupo de caminhada semanalmente. O diagnóstico de acompanhamento ocorre pelos dados de atendimento com clínico geral, enfermagem e nutricionista, por meio da aplicação de questionários de consumo alimentar e qualidade de vida, em sub amostras dos participantes do projeto. O projeto ocorre em 7 unidades de saúde: 4 USF e 3 UBS. Principais resultados: No diagnóstico inicial verificou-se um alto risco de doenças coronarianas dentre os funcionários da prefeitura (77,9%), sendo que a maior parte apresenta excesso de peso (59,6%) e (14%) apresentam hipertensão, dados similares aos pacientes atendidos no Serviço de nutrição, (82%) apresentaram risco de doenças coronarianas, (53%) excesso de peso, (38,8%) hipertensão. Nos idosos o maior problema diagnosticado foi excesso de peso, além de alta prevalência de diabetes e hipertensão. Quanto ao consumo alimentar evidenciou-se baixa ingestão de frutas, verduras e água, além do modo de preparo não saudável das refeições. O cajá + saúde promove esclarecimento sobre mitos envolvendo os alimentos, conscientização de uma alimentação saudável, principalmente em casos de doenças como diabetes e hipertensão; nota-se interesse nas cozinhas experimentais, trazendo novas idéias e novas receitas,repercutindo de forma positiva em mudanças no hábito da população com preparações mais saudáveis e adequadas. Ao todo tiveram 3472 participações nas atividades desenvolvidas pelo setor de nutrição. A expectativa é de aumentar o número de munícipes atendidos, com a colaboração de uma Universidade particular nas ações de promoção a saúde: Atividade Física e Alimentação Saudável, contando sempre com os profissionais da rede da Saúde do município de Cajamar (nutricionistas, enfermeiros, psicólogos, educadores físicos e médicos). Práticas educativas em nutrição: Vivência de construção e avaliação em um grupo de mulheres em Fortaleza,CE. Marjorie Rafaela LIma do Vale 1 , Raquel Simões Monteiro Alves 2 , Luisilda Maria Dernier Martins Santana 3 CSF Parque São José - Fortaleza marjorievale@gmail.com Resumo O consumo de alimentos fontes de vitaminas e minerais importantes na prevenção e tratamento de carências nutricionais ainda é bastante reduzido no Brasil, principalmente na região Nordeste, como indicam estudos relacionados ao consumo de vitamina A realizados na década de 80 na cidade de Fortaleza. No estado do Ceará, segundo relatórios publicados pela Secretaria de Saúde do Estado, neoplasias e doenças cardiovasculares são consideradas as principais causas de mortalidade nos últimos anos, doenças estas que podem ter na alimentção um fator de prevenção. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) objetiva reduzir as vulnerabilidades relacionadas à alimentação e assegurar o direito humano à alimentação adequada. O fortalecimento de ações intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de agravos se constitui como um importante mecanismo de potencialização destas estratégias. O presente estudo objetiva relatar a vivência em um grupo de mulheres na cidade de Fortaleza, CE. Estiveram envolvidos agentes comunitários de saúde, usuários, profissionais do NASF e da residência multiprofissional em saúde da família e comunidade e estudantes de graduação, somando 14 participantes. A temática havia sido sugerida pelas próprias usuárias em encontros prévios, tendo como foco o consumo, importância nutricional e técnicas de preparo de vegetais e hortaliças. O modelo de condução pedagógica adotado pelo grupo fez uso da proposta de comunidades de prática proposta por Wenger (1991), uma que vez valoriza os saberes e experiências do sujeito, estimula a partipação ativa dos atores envolvidos e fortalece as redes de comunicação entre os profissionais e os usuários, aspectos que notadamente contribuem para o sucesso de intervenções em nutrição. Como forma de avaliação somativa da metodologia proposta houve aplicação de um instrumento, abordando as dimensões cognitiva, afetiva e comportamental envolvidas no processo de aprendizagem. Na análise dos questionários pode ser percebido que o aspecto referente à dinâmica adotada, forma de abordagem do conteúdo e utilidade deste na prática diária obtiveram boas avaliações, fato que reafirma a importância da participação da comunidade na construção e desenvolvimento das temáticas abordadas nas atividades de grupo. Em relação a capacidade de repassar as informações trabalhadas, quase todas as respostas mostraram que as usuárias sentiam segurança e domínio da maioria dos conteúdos discutidos. Metade do grupo afirmou ter conseguido promover mudanças comportamentais após a realização do grupo, como introduzir novas hortaliças e mudar a técnica de higienização dos vegetais, as demais referiram ainda estarem tentando promover mudança nos hábitos. Pode-se concluir que este tipo de metodologia favorece o sucesso de atividades de intervenção em saúde, uma vez que aproxima o objeto de discussão da realidade dos usuários, sendo sugerida a reprodução de tal conceito em outros espaços na atenção básica. Práticas de Promoção da Alimentação Saudável no Estado do Rio de Janeiro Márcia Regina Mazalotti Teixeira 1 , Erika Santinoni 2 , Rosane de Araujo Nunes 3 , Aline Pinto de Menezes 4 , Amélia Gomes Moreira Vaz 5 , Myrian Cruz 6 , Sônia Cristina Amancio da Silva 7 Secretaria de Estado de Saúde do Rio e Janeiro rosanearaujo.nunes@gmail.com Resumo Como estratégia para a descentralização das Políticas Nacionais de Promoção da Saúde (PNPS) foram publicados, pelo Ministério da Saúde (MS), editais de concorrência pública para o financiamento de propostas de ações vinculadas aos eixos da PNPS, onde configura a promoção da alimentação saudável. O Estado do Rio de Janeiro, desde 2007 comunica aos municípios o edital e estimula a participação dos mesmos no processo de seleção para qualificá-los na elaboração de projetos e ampliar as práticas de promoção da alimentação saudável em diferentes espaços (escolas, unidades básicas de saúde, espaços públicos e academias de saúde). A metodologia aplicada incluiu qualificação dos municípios sobre a construção de projetos realizada na Secretaria Estadual de Saúde, onde também puderam trocar experiências sobre práticas já executadas e ideias para novas ações. Foi realizada uma primeira aproximação, com 100% dos municípios contemplados nos editais, por meio de ligações telefônicas e emails para possibilitar a tabulação e atualização de contatos e endereços. Elaboramos como instrumento de monitoramento um questionário sobre itens relacionados aos projetos, tais como se o recurso financeiro foi disponibilizado, recursos humanos necessários, quais ações desenvolvidas e sobre fatores facilitadores e/ou dificultadores da elaboração e implementação
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