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Roda de Conversa 1 – Bolsa Família no SUS 
 
ATIVIDADE DE REAPROVEITAMENTO ALIMENTAR COM UM GRUPO DE MÃES 
BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM UMA UNIDADE SAÚDE DA 
FAMÍLIA (USF) DE JOÃO PESSOA-PB 
Ailma de Souza Barbosa 1, Verônica Ebrahim Queiroga2, Maria Betânia de Morais3, 
Denise Oliveira da Silva4, Patrícia Vasconcelos Leitão Moreira5 
João Pessoa/Paraíba 
ailmabarbosa@gmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO: Saúde é um bem apreciado pelos membros das famílias de camadas 
populares, sendo a mulher o principal agente de cuidados e os mesmos redobrados quando se 
trata das crianças, o que se expressa também em maior procura dos serviços de saúde. Tendo 
em vista que mães são responsáveis pela alimentação da criança e que muitas delas são 
beneficiárias do Programa Bolsa Família, foi observada necessidade de realizar atividade de 
educação em saúde para esse público-alvo a fim de estimular hábitos alimentares saudáveis e 
melhor aproveitamento dos alimentos. OBJETIVO: Relatar atividade de reaproveitamento 
alimentar com grupo de mães beneficiárias do Programa Bolsa Família na USF Timbó I- João 
Pessoa/PB. METODOLOGIA: Foram realizadas duas oficinas semanais utilizando 
metodologias ativas para facilitar a interação entre participantes. Atividade foi iniciada com 
conversa informal sobre alimentação saudável, higienização dos alimentos, cuidados na 
preparação e armazenamento. Posteriormente, foi demonstrado que é possível ter alimentação 
saudável, rica em nutrientes com baixo custo, através da preparação de receitas utilizando-se 
alimentos regionais em preparações diferentes, em alguns casos, o alimento na sua forma 
integral. Como alimento integral foi utilizado à casca da banana principal ingrediente na 
preparação da massa do bolo e para acompanhamento um saboroso suco das folhas do 
vegetal couve junto com suco de maracujá e limão, rico em vitaminas e minerais. No segundo 
dia da atividade foi preparado salada tropical e suco de abacaxi com hortelã, receita escolhida 
para estimular o consumo de frutas e verduras pelos usuários. Nesta receita, houve associação 
de alimentos de sabores e cores diferentes, fornecendo, além do sabor agridoce, um belo 
visual proporcionado pela variedade dos ingredientes: tomate, abacaxi, cebola, limão, sardinha 
e banana. A casca do abacaxi que sobrou do abacaxi utilizado na salada tropical foi 
reaproveitada como principal ingrediente na sua forma integral para o suco junto com folhas de 
hortelã. Ao final os participantes puderam degustar as receitas preparadas e expressar sua 
opinião sobre os conhecimentos adquiridos na atividade e inclusão das receitas no cotidiano da 
família. RESULTADOS ALCANÇADOS: Foi possível proporcionar aos participantes preparar 
receitas de forma inteligente, sem desperdício, com alto valor nutritivo, baixo custo, 
aproveitando todas as partes dos alimentos, inclusive o que normalmente é dispensado como 
caule, talos, cascas, folhas e sementes, considerando conceitos adequados de preparo, 
consistência, quantidades ideais das refeições e opções de diversificação alimentar 
contemplando necessidades nutricionais dos indivíduos. Troca de conhecimentos entre 
profissionais, usuários e estudantes, promoveu reflexão sobre hábitos alimentares, descoberta 
de novas utilizações de alimentos nutritivos, saudáveis, como também reaproveitando dos 
alimentos na sua forma integral. 
 
 
Acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família pela 
saúde: como fazer diferente? 
Ana Alice Almeida Santos Rocha 
1
, Fernanda Cristina Cavalcanti Rabello Wanderley
2
, Sémares 
Genuíno Vieira
3
 
Recife, PE 
ana_alice_almeida@hotmail.com 
Resumo 
O Programa Bolsa Família (PBF) vincula o recebimento do auxílio financeiro ao cumprimento 
de condicionalidades nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social com a finalidade de 
promover o acesso das famílias aos direitos sociais básicos. A Equipe de Saúde da Família 
(ESF), em especial, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) é fundamental no 
acompanhamento dessas condicionalidades a partir da oferta de ações de promoção da saúde, 
de alimentação saudável e no incentivo à participação das famílias nessas ações. Recife é 
divido em seis distritos sanitários (DS) e vem obtendo uma média de 23% de acompanhamento 
pelo setor saúde. O DS I apresentou nos últimos dois anos média de 53,7% de 
acompanhamento, superando o índice municipal. Na segunda vigência de 2011, o DS I teve 
32,1% de famílias acompanhadas. Esta redução foi o que motivou o Núcleo de Apoio à Saúde 
da Família Capibaribe (NASF), a partir de uma experiência prévia, a implantar o projeto piloto 
no DS I, que propõe o caminho inverso no acompanhamento das condicionalidades pelas ESF, 
tendo como objetivos elevar o percentual de acompanhamento dos beneficiários do PBF pelos 
ACS nas micro-regiões 1.2 e 1.3, bem como informar às famílias a importância do cumprimento 
das condicionalidades para a melhoria das condições de saúde e nutrição. A ação iniciou-se 
com o matriciamento dos ACS por ESF para mobilizá-los a realizar um levantamento das 
famílias de acordo com sua atual residência, sem se deter aos endereços que constam no 
cadastro, como era feito até o presente momento, visto que, os mesmos, em sua maioria, são 
desatualizados. O levantamento consistiu na obtenção do nome completo e do Número de 
Identificação Social (NIS) do responsável pelo cadastro por micro área. A partir dos dados 
obtidos, as famílias passaram a ser vinculadas no Sistema de Gestão do PBF ao ACS de 
referência, o que possibilitou a reorganização da impressão dos mapas de acompanhamento. 
Todos os ACS receberem os mapas com suas respectivas famílias e mobilizaram as mesmas a 
comparecerem a Unidade de Saúde da Família para realizar avaliação antropométrica (peso e 
altura), verificar a situação vacinal para os menores de 7 anos e orientar as gestantes sobre a 
importância do cumprimento do pré-natal. Após o prazo estipulado, os mapas foram devolvidos 
ao setor responsável para alimentação do Sistema de Gestão do PBF. A análise dos dados 
revelou que na 1ª vigência 2012 o índice de famílias acompanhadas foi de 56,4%, o que 
representa um aumento de 75,7%, quando comparado a última vigência de 2011 (32,1%). 
Considerando a relevância dos dados, sugere-se que a metodologia aplicada foi eficaz e 
possível de ser reproduzida nos demais distritos do município. A ampliação do 
acompanhamento das famílias pelas ESF resulta em melhoria dos indicadores de saúde, visto 
que as condicionalidades geram ações de promoção e prevenção da saúde, fortalecendo a 
atenção básica. 
 
 
 
 
INICIATIVAS INTERSETORIAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO 
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA 
Maria Janaína Cavalcante Nunes
1
, Denise Borges Barra de Azevedo
2
, ANGÉLICA 
RODRIGUES FAGUNDES 
3
, Rafaela Alves Silva
4
 
Coordenação de Vigilância Nutricional/ GVEDNT/SUVISA/SES-GO , 
3
 - Coordenação de 
Vigilância Nutricional/ GVEDNT/SUVISA/SES-GO , 
4
 - Coordenação de Vigilância Nutricional/ 
GVEDNT/SUVISA/SES-GO , 
5
 - Secretaria de Cidadania e Trabalho de Goiás 
mariajanaina@gmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO: O Programa Bolsa Família (PBF) objetiva a inclusão social das famílias em 
situação de pobreza e extrema pobreza, por meio da transferência de renda com 
condicionalidades na saúde, educação e assistência social. Utiliza o cadastro único para a 
seleção das famílias. Na 1ª vigência/2005, ano de implantação do programa a cobertura das 
famílias totalmente acompanhadas pelas equipes de atenção primária à saúde foi 1,03% 
(1.286), enquanto na 2ª vigência/2011 a cobertura foi 71,11% (180.875), resultando em um 
aumento de 70,08%. OBJETIVO: Elencar as causas do avanço nacobertura do PBF na Saúde 
em Goiás. METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento das ações desenvolvidas em Goiás 
pela equipe da Coord. de Vigilância Nutricional responsável pelo PBF na Saúde no período de 
julho de 2005 (início da 2ª. vigência) a dezembro de 2011 (final da 2ª.vigência) e parceiros, tais 
como: Coord. Estadual do PBF, Coordenação do PBF na Educação, 16 Regionais de Saúde, 
Ministério da Saúde (CGAN) e SMS de Goiás. Considerou-se registros “formais”, como os 
relatórios de gestão e de cursos de formação; ofícios e demais documentos encaminhados à 
Comissão Intergestores Bipartite e SMS; relatórios de auditoria; materiais técnicos e didáticos 
produzidos e distribuídos. Promoção de Seminários Intersetoriais do PBF; Oficinas de 
formação e aperfeiçoamento do PBF/Saúde e reuniões semestrais com os profissionais das 
regionais de saúde e municípios com baixa cobertura; Envio de relatórios eletrônicos semanais 
e ofícios semestrais constando a cobertura de todos os municípios e regionais de saúde; 
Custeio das ações de saúde pelo Ministério da Saúde e ações intersetoriais custeadas pelo 
IGDE. RESULTADOS ALCANÇADOS: Ao analisar os registros e impressões obtidas a partir do 
desenvolvimento das atividades, detectou-se que existem profissionais de saúde, não 
exclusivos do programa em sua maioria, responsáveis pelo desenvolvimento desta atividade no 
Estado, regionais e municípios; existência de integração intersetorial do trabalho nas áreas de 
saúde, educação e assistência social em âmbito estadual e na minoria dos municípios; 
Integração de conteúdos tradicionalmente abordados na atenção primária com o tema bolsa 
família na saúde, a exemplo dos estudos de caso reais utilizados nas oficinas de educação 
alimentar e nutricional e Seminários Intersetoriais do PBF obtidos à partir de registros do 
Sistema de Condicionalidades; elaboração, impressão e distribuição de materiais técnicos e 
educativos. Existem ainda vários desafios, como: ampliação na força de trabalho, melhoria na 
cobertura das famílias acompanhadas e na qualidade da atenção prestada, que dependem de 
qualificação dos profissionais atuantes e reestruturação das “Salas de crescimento e 
desenvolvimento” e ações voltadas para a “Saúde da mulher”; oferta de ações de educação em 
saúde mais eficazes e com metodologias adequadas à população; fortalecimento da gestão 
intersetorial das condicionalidades do PBF. 
 
 
 
PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE CRIANÇAS DE 6 MESES A 6 ANOS E 11 
MESES BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA ATENDIDAS 
EM UMA UNIDADE MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELÉM-PA NO ANO DE 
2010 
DÉBORA CELESTE CUNHA SANTA BRIGIDA 
1
, ANA MARIA GONÇALVES NASCIMENTO
2
, 
Celeste Alves Moura
3
, Adriana Simões Simões
4
, Izabella Syane Oliveira Pereira
5
 
UNIDADE DE SAÚDE DA CONDOR, BELÉM - PARÕ 
deborastabrigida@gmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) é um instrumento 
para obtenção de dados de monitoramento do Estado Nutricional das pessoas que frequentam 
as Unidades Básicas do SUS. O objetivo é avaliar o perfil nutricional de crianças (de 6 meses a 
6 anos e 11 meses) beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) atendidas em Unidades 
Básica de Saúde do Município de Belém-PA, em 2010. METODOLOGIA: Estudo transversal 
prospectivo utilizando dados do SISVAN. A população de estudo foi composta de crianças 
beneficiárias do PBF atendidas em UBS, em 2010. Para avaliação do estado nutricional foi 
utilizado o Índice de Massa Corporal para idade. Para análise estatística foram aplicados 
métodos estatísticos descritivos e inferências. RESULTADOS: A avaliação antropométrica foi 
realizada em 350 crianças. A Tabela 01 mostra que a maior parte apresentou algum tipo de 
inadequação em relação ao Índice de Massa Corporal: 0,57% apresentavam peso muito baixo; 
6,28%, baixo peso; 9,0%, risco nutricional; 73,1%, eutróficos e 10,28% obesidade. 
CONCLUSÃO: A situação é preocupante, pois 26,13% do grupo apresentaram IMC/idade 
inadequado. Isso ratifica a necessidade de implementar ações voltadas ao estímulo do 
consumo de alimentação saudável na infância, como forma de prevenir problemas de saúde e 
nutrição, principalmente beneficiários do PBF que tem que cumprir algumas condicionalidades, 
como participar de consultas na Unidade Básicas de Saúde, ao menos 2 vezes por ano, 
conforme o calendário mínimo do Ministério da Saúde. Tabela 01- Distribuição percentual do 
diagnóstico nutricional de crianças de 6 meses a 6 anos e 11 meses, de acordo com os 
critérios do SISVAN. Belém¬, PA,2010. Classificação N° % Peso muito baixo 2 0,57 Peso baixo 
22 6,28 Risco nutricional 32 9,00 Normal 258 73,71 Sobrepeso 36 10,28 TOTAL 350 100% 
Distrib Distribuição percentual do diagnóstico nutricional de crianças de 6 meses a 6 anos e 11 
meses, de acordo com os critérios do SISVAN. Belém-PA,2010. uição percentual do 
diagnóstico nutricional de crianças de 6 meses a 6 anos e 11 meses, de acordo com os 
critérios do SISVAN. Belém-PA,2010. REFERÊNCIAS: Ministério da Saúde (Brasil), Vigilância 
alimentar e nutricional: SISVAN. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos 
em serviços de saúde. Norma técnica. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Ministério da Saúde 
(Brasil), Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição - CGAN. Sistema de Vigilância 
Alimentar e Nutricional - SISVAN. Disponível em: http://nutricao.saude.qov.br/sisvan.php. 
Acesso em: 05/fev./2011. 
 
 
 
 
PERFIL ALIMENTAR E NUTRICIONAL DAS MULHERES BENEFICIÁRIAS 
DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA COM ÊNFASE NOS FATORES DE 
PROTEÇÃO E RISCO PARA DOÊNÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 
EMANUELA CATUNDA PERES 
1
, MARIA SOCORRO CARNEIRO LINHARES
2
, CÁSSIA DE 
ANDRADE ARAÚJO
3
 
SOBRAL-CEARÁ 
manuvignutsobral@gmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO O perfil de morbimortalidade do brasileiro vem se modificando ao longo do 
tempo e, caracteriza-se por uma redução da ocorrência de doenças infecciosas e um 
concomitante aumento de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças 
cardiovasculares, câncer, diabetes mellitus e hipertensão arterial, respondendo por 72% das 
mortes atuais em todo o mundo. Entre os fatores de riscos para essas doenças, a obesidade 
se constitui como uma importante associação. Nesse cenário, realizou-se uma pesquisa no 
município de Sobral, Ceará, sobre perfil epidemiológico das mulheres beneficiárias do 
Programa Bolsa Família (PBF) do referido município, com ênfase nas práticas de atividade 
física/corporais e hábitos alimentares enquanto fatores de proteção/risco para as doenças não 
transmissíveis (DCNT). OBJETIVO. O estudo objetivou a identificar a prevalência de excesso 
de peso e obesidade e relacionar a freqüência de consumo dos tipos de alimentos consumidos 
pelas mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). METOLOGIA. O estudo foi 
exploratório e descritivo, de abordagem quantitativa. Foram pesquisadas um universo de 897 
mulheres beneficiarias do referido programa na faixa etária de 20 a 45 anos. As principais 
categorias analisadas no estudo foram a escolaridade, o estado nutricional e o consumo 
alimentar com base no formulário do SISVAN Web, incluindo motivos. Para tabulação dos 
dados utilizou-se o sistema SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) e os resultados 
apresentados em tabelas e gráficos. RESULTADOS. A prevalência das mulheres do estudo 
com excesso de peso chega 64,3% e como obesidade 29,4%. Estas taxas, quando 
comparadas com as encontradas no VIGITEL em 2010, estão bem acima (44,3% e 15,5%, 
respectivamente). As mulheres com excesso de peso e sobrepeso, 20,70% consideram sua 
alimentação boa e 41,77% avaliaram sua alimentação como boa, porém reconhecemque 
precisa melhorar. Na investigação dos marcadores de padrão alimentar saudável, verificou-se, 
entre todas as estudadas, o consumo de alguns alimentos em cinco ou mais dias da semana, 
se distribuiu da seguinte maneira: frutas e hortaliças atingiu 28,6%, próximo resultado 
alcançado no VIGITEL (29,9%) e feijão 80,8%, bem mais elevado também do que nesse 
estudo(66,7%). No marcador de fator de risco alimentar, o consumo de refrigerante chega a 
6,76% das mulheres. Esta taxa é bem menor do a encontrada pelo VIGITEL(28,1%). Portanto 
foram repassadas as informações do padrão de consumo alimentar e estado nutricional para 
os profissionais de saúde da atenção básica, onde foram elaboradas estratégias tais como : 
teatro de rua, roda de conversa e educação alimentar acerca do tema. 
 
 
 
 
 
MONITORAMENTO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE ZERO A 
SETE ANOS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO 
PERÍODO DE 2008 E 2009 NO MUNICÍPIO DE PAULISTA-PE 
NANCY DE ARAUJO AGUIAR 
1
 
Paulista,PE 
nancyaguiar@hotmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO:O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa federal de transferência direta 
de renda a famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade social,O recebimento da renda é 
vinculado ao cumprimento de compromissos das famílias com as agendas da educação e da 
saúde.As famílias do PBF com crianças de 0 a 7 anos devem ser acompanhadas por uma 
Equipe de Saúde da Família ou pela UBS.A responsabilidade pelo acompanhamento dos 
beneficiários, no PBF, é competência das Secretarias Municipais de Saúde, realizado mediante 
utilização do SISVAN. A coleta, o processamento, a análise, a divulgação das informações 
coletadas devem fazer parte das ações da Atenção Básica, de forma contínua, com vistas a 
repensar a prática e qualificar a assistência prestada aos usuários diários da rede de saúde. O 
diagnóstico nutricional.O PBF faz parte da Estratégia Fome Zero e o SISVAN cumpre seu 
papel à medida que gera dados contínuos permitindo a utilização local das informações sobre o 
perfil nutricional para a estruturação do planejamento local das ações de alimentação e 
nutrição.Portanto, é de fundamental importância conhecer e divulgar situação nutricional das 
crianças de zero a sete anos beneficiárias do Programa Bolsa Família acompanhadas pela 
Atenção Básica do município.OBJETIVOS:O presente estudo tem como objetivo analisar o 
perfil do estado nutricional de crianças de zero a sete anos beneficiárias do Programa Bolsa 
Família (PBF) acompanhadas pelo setor saúde do município de Paulista, no período de 
2008/2009, utilizando o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) como base 
para o planejamento das ações de alimentação e nutrição do município.METODOLOGIA:As 
informações foram obtidas dos relatórios SISVAN.A população estudada foi de crianças de 
zero a sete anos beneficiárias do Programa Bolsa Família,sendo 4.192 crianças em 2008 e 
2.508 em 2009.Classificação do estado nutricional baseada(A/I),(P/I)e(IMC/I).Os dados foram 
processados e analisados no Epi-info versão 6.04 utilizando-se a diferenças de proporções e 
tendo o teste do qui-quadrado como medida de associação com nível de significância 
estatística de 5%.Resultados:Segundo P/I foi encontrado, para os anos estudados, déficit 
ponderal em 3,15% e 3,43% e peso elevado em 9,57% e 10,9%, respectivamente. Em relação 
a A/I foi verificado déficit estatural de 6,37% em 2008 e 6,74% em 2009. No que se refere ao 
IMC/I, em 2008 e 2009, foi detectada magreza em 5,2% e 5,3%, sobrepeso em 25% e 24,7% e 
obesidade em 5,8% e 6,7%, respectivamente. Os dados mostraram a coexistência de 
desnutrição e de sobrepeso e obesidade sendo este último em proporção maior.Os resultados 
sugerem que o benefício do PBF pode ser um importante fator na proteção contra a má 
nutrição ,no entanto deve ser aliado a ações de educação nutricional com vistas à alimentação 
saudável voltada ao consumo com respeito à alimentação regional. 
 
 
 
 
 
 
 
Pactuação dos Indicadores Nutricionais para a redução da desnutrição a 
partir das Condicionalidades da Saúde do Programa Bolsa Família (PBF). 
SHEILA BEATRIZ KICH WAGNER 
1
 
Unidade Básica de Saúde de Candelária, RS 
ntri_sheila@hotmail.com 
Resumo 
O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, com condicionalidades, 
destinado às famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que associa a transferência 
do beneficio financeiro o acesso aos direitos sociais básicos, como a saúde, a alimentação, a 
educação e a assistência social. A partir da inclusão na Programação Pactuada Integrada 
(PPI), dos indicadores desnutrição e condicionalidades da saúde, viu-se a oportunidade de 
integrar as duas ações, visando identificar e reduzir o número de crianças menores de 5 anos 
com estado nutricional baixo peso para a idade e muito baixo peso para a idade que 
compareciam nas unidades por demanda espontânea para cumprir as condicionalidades do 
PBF. Visto que a “desnutrição é uma doença carencial evolutiva, crônica, exclusivamente 
vinculada à idade da lactância, que sob o denominador comum da fome, afeta especificamente 
a nutrição e cujo substrato metabólico reside na alteração da função fundamental da célula: o 
crescimento”. (MARCONDES, 1976: 12). Para a realização da experiência foram avaliadas 
nutricionalmente em 2010, 1.186 crianças < 5 anos, sendo que destas 42 indivíduos, 3,55% 
estavam desnutridos, utilizando as variáveis peso/idade com base nos parâmetros da OMS 
(2006), consolidados a partir do registro mensal no Sistema de Vigilância Alimentar e 
Nutricional (SISVAN Web). Para a redução deste índice intensificou-se a realização de 
avaliações nutricionais individualizadas para a faixa etária, palestras e oficinas, a investigação 
prévia de patologias associadas e a aplicação do formulário de marcadores do consumo 
alimentar do SISVAN. A experiência conduziu o município a reduzir, em 2011, o índice de 
desnutrição para 2,83 %, 26 indivíduos, e aumentar o percentual de famílias com perfil saúde 
de 93,73% em 2010 para 95,79% em 2011. A infância é um período em que se desenvolve 
grande parte das potencialidades humanas. Dessa forma, a atitude de vigilância em saúde 
deve ser permanente e rotineira nas Unidades Básicas de Saúde, a fim de, prevenir distúrbios 
nutricionais de grande impacto em Saúde Pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação das condições nutricionais de crianças com base nos dados do 
SISVAN Web e do benefício do Programa Bolsa Família através da 
ferramenta do geoprocessamento. 
Alessandra Monestel 
1
, Elisete Navas Sanches Próspero
2
 
Itajaí/SC 
alesmonestel@hotmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO:A nutrição é um processo que tem influência direta nas condições de saúde, 
sendo a alimentação saudável uma dentre as diversas ações necessárias para a promoção da 
saúde da população. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) visa contribuir 
para a promoção de modos de vida saudáveis além de apresentar dados referentes às 
condições nutricionais da população assistida pelas Unidades de Saúde dos municípios 
brasileiros. Aliado a isso, foi criado o Programa Bolsa Família (PBF) para combater a pobreza e 
ampliar o acesso ao alimento por meio da transferência de renda mínima às famílias 
submetidas a condições adversas de vida. OBJETIVO: avaliar as condições nutricionais de 
crianças menores de 5 anos, residentes no município de Itajaí, no período de janeiro a 
dezembro de 2009, por meio da análise das informações geradas pelo Sistema Informatizado 
de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN Web) e pelo Programa Bolsa Família através do 
geoprocessamento. METODOLOGIA:Para tanto, foi realizado um estudo ecológico, cuja 
amostra foi composta por 3.327 crianças menores de 5 anos cadastradas no SISVAN Web. Os 
dados do SISVAN Web foram gerados e tratados em planilhas eletrônicas do Excel com a 
respectiva classificação dos índices nutricionais peso por idade (P/I), altura por idade (A/I) e 
índice de massa corporal por idade (IMC/I) de cada criança. RESULTADOS ALCANÇADOS: 
Um dos principais resultados foi a prevalência de déficits ponderais de 3,0% (P/I) e 3,7% (IMC), 
sendo que dos 3,0% de déficit ponderal em relação a P/I, 0,6% tiveram o diagnóstico de peso 
muito baixo (desnutrição grave), portanto casos de notificação compulsória no estado de Santa 
Catarina. No índice A/I, verificou-se 7,4% das crianças com baixa altura, representando um 
quadro de desnutrição crônica. O peso elevado foi encontrado em 11,4% dos casos em relação 
ao índice IMC/I. No que se refere às crianças beneficiárias do PBF, destacou-se a preocupante 
proporção de 12,3% de baixa estatura. As maiores prevalências de baixo peso e peso elevado, 
em todos os indicadores, estão distribuídas, na maioria, em bairros considerados de baixa 
condição socioeconômica. Diante dos resultados encontrados, com a ilustração nítida da 
transição nutricional acontecendo no município, demonstra-se a necessidade e a importância 
da vigilância nutricional. Constata-se também a necessidade de desenvolver estratégias e 
encontrar soluções, considerando o diagnóstico nutricional e a heterogeneidade de cada uma 
das zonas administrativas mapeadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roda de Conversa 2 – Vigilância Alimentar e Nutricional 
PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E GESTANTES REGISTRADAS NO 
SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL, GOIÁS 
Anathany Souza Sartes
1
, Maria Janaína Cavalcante Nunes
2
, Rafaela Alves Silva 
3
, ANGÉLICA 
RODRIGUES FAGUNDES 
4
 
Coordenação de Vigilância Nutricional/GVEDNT/SUVISA/SES-GO 
anathanysartes@hotmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) objetiva traçar o 
diagnóstico nutricional da população brasileira; identificar as áreas geográficas e grupos 
populacionais sob risco, avaliando as tendências temporais de evolução dos problemas 
nutricionais; oferecer auxílio ao planejamento e à execução de medidas para melhoria da 
situação alimentar e nutricional da população. OBJETIVO: Este relato de experiência visa 
avaliar os dados de estado nutricional de crianças e gestantes atendidas pelo SUS e 
registradas no SISVAN do Estado de Goiás. METODOLOGIA: Para análise das informações 
foram coletados dados do SISVAN em junho/2012, referentes aos anos de 2008 a 2011, sendo 
que anterior a este período o acompanhamento as informações eram inseridas em sistema off 
line instalado nos computadores e/ou era manual por meio de preenchimento de planilhas,e 
posteriormente enviadas à coordenação estadual pelos municípios mensalmente. Foi utilizado 
o índice peso por idade para crianças de zero a cinco anos, preconizado pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS), 2007 e para gestantes, Índice de Massa Corporal (IMC) por semana 
gestacional (WHO, 1995). RESULTADOS ALCANÇADOS: No período de 2008 a 2011 foram 
atendidas pela Atenção Primária à Saúde (APS) e registradas no SISVAN no Estado de Goiás, 
280.758 crianças de 0 a 5 anos (70.189,5/ano) e 15.467 gestantes (3.866,75/ano). Do total de 
crianças atendidas, 11.711 (4,17%) estavam com peso muito baixo ou baixo para idade; 
242.582 (86,36%) com peso adequado para idade, e 26.577 (9,46%) com peso elevado para 
idade. Houve aumento de 0,99% no total de crianças com peso elevado entre os anos de 2008 
e 2011. A prevalência de muito baixo e baixo peso para idade variou de 3,87% a 4,14% e a de 
peso adequado houve um déficit de 87,04% a 85,78%. Em relação às gestantes, 3897 
(25,17%) apresentaram baixo peso, 6396 (41,31%) peso adequado, e 5188 (33,51%) 
apresentaram sobrepeso ou obesidade, e verificou-se um acréscimo de 2,46% de sobrepeso e 
obesidade nas gestantes, entre o período investigado. O peso baixo e adequado tiveram uma 
redução de 25,19% para 24,95%, e 42,03% para 39,82%, respectivamente quando 
comparados no período de 2008 a 2011. Diante do exposto, é possível perceber um aumento 
da prevalência de muito baixo; baixo e peso adequado de crianças. Em relação às gestantes, 
destacou-se o déficit de baixo peso e peso adequado, aumento na prevalência de sobrepeso e 
obesidade. É indispensável o incentivo às práticas alimentares saudáveis para pessoas nas 
diversas fases do ciclo da vida da vida. A educação alimentar e nutricional é fundamental para 
a melhoria dos hábitos alimentares e consequente redução de desvios nutricionais e o 
monitoramento desses indicadores deve ser realizado periodicamente para que ocorra a 
melhor orientação nutricional ao indivíduo atendido como também para melhorar o 
planejamento das ações de saúde do município, regional de saúde e estado. 
 
 
 
Perfil nutricional de pacientes atendidos no Centro de Referência em 
Hipertensão e Diabetes da Atenção Básica de uma cidade da região 
Centro-Oeste do Brasil 
Bibiana Arantes Moraes 
1
, Juliana Martins de Souza
2
, Janaína Brair Dalazen
3
 
Rio Verde - Goiás 
bibiana13desetembro@hotmail.com 
Resumo 
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) tem se mostrado o problema nutricional de 
maior magnitude observado na população nos últimos anos. A diabetes mellito (DM) e a 
hipertensão arterial sistêmica (HAS) são DCNT que necessitam da intervenção nutricional para 
o controle dessas doenças. O centro de referência em HAS e DM (CRHD) é um local de 
atendimento multiprofissional em indivíduos portadores de diabetes e/ou hipertensão da rede 
de Atenção Básica do SUS, que visam o controle e a prevenção dessas patologias, assim, o 
profissional nutricionista deve conhecer o perfil nutricional dos pacientes atendidos no CRHD e 
desenvolver ações de acordo com o perfil da população e, se necessário realizar intervenção 
nutricional de modo individualizado e/ou coletivo buscando o controle e promoção da saúde. O 
relato de experiência tem como objetivo propor mudanças dos hábitos alimentares através do 
perfil nutricional encontrado nos pacientes atendidos no CHRD do município de Rio Verde-GO 
e, espera-se que a educação nutricional nos pacientes atendidos possa reeducar o hábito 
alimentar e, contribuir na dietoterapia adequada. Durante três meses (de abril à junho/2012) 
foram realizados atendimentos nutricional individualizado e/ou coletivos, nesse período foram 
avaliados o estado nutricional dos pacientes por meio do Índice de Massa Corporal e realizada 
atividades educativas visando a mudança do hábito alimentar. Nesse período foram atendidos 
63 pacientes, sendo a maioria do sexo feminino (65,1%). Dentre os pacientes atendidos 34,5% 
(n=22) apresentaram diabetes e hipertensão associados, 33,4% (n=21) mostram apenas 
hipertensão e 31,7% (n=20) apresentaram isoladamente o diabetes. Em relação ao perfil 
nutricional da população estudada, os pacientes apenas diabéticos apresentaram 35% (n=7) 
com obesidade grau I, 30% (n=6) com sobrepeso, 25% (n=5) eutróficos e 10% (n=2) com 
obesidade grau II. Já os pacientes hipertensos se mostraram na sua maioria com sobrepeso e 
obesidade I representando ambos 28,6% (n=6) dos pacientes avaliados, seguidos de 19% 
(n=4) com obesidade grau III, 14,3% (n=3) eutróficos e 9,5% (n=2) com obesidade grau II. E 
quanto aos pacientes que tinham diabetes e hipertensão associados 36,4% (n=8) estavam com 
sobrepeso, 22,8% (n=5) com obesidade grau I e, a eutrofia e obesidade grau I e II mostram-se 
ambos com 13,6% (n=3). Em concordância com os resultados, a maioria dos pacientesatendidos no CRHD, apresentaram sobrepeso ou obesidade, e mediante a esses dados, o 
profissional nutricionista tem que atuar o seu papel como educador, reconhecendo as 
dificuldades enfrentadas como o excesso de peso associado ao mal hábito alimentar 
contribuindo no surgimento das DCNT e desenvolver ações que contribuam para a saúde 
população. 
 
 
 
 
ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE HIPERTENSOS 
ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO 
DE JOÃO PESSOA, PB 
Clecia Kelly do Nascimento Oliveira 
1
, Silmery da Silva Brito
2
, Maria Genilde Campos das 
Chagas
3
, Edgar Tito de Oliveira Neto
4
, Jane Morais Barbosa de Freitas
5
, Tâmara Albuquerque 
Leite Guedes
6
, Thais Maíra de Mattos
7
 
João Pessoa - Paraíba 
clecia_kelly@hotmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) compõe o grupo das doenças crônicas 
não transmissíveis, que de uma forma geral caracterizam-se por apresentar extenso período de 
latência, tempo de evolução prolongado, lesões irreversíveis e complicações que podem 
acarretar incapacidade, em níveis variados, ou óbito (MARIATH, 2007). Diversos estudos têm 
avaliado o impacto das modificações dos hábitos alimentares na redução do risco 
cardiovascular. Dentre as medidas não-medicamentosas consideradas eficazes no tratamento 
da HAS, destacam-se manutenção do peso corporal em níveis adequados, redução da 
ingestão de sódio, maior ingestão de potássio, cessação do tabagismo, consumir dieta rica em 
frutas e vegetais e a redução do consumo de bebidas alcoólicas. (ALVAREZ, 2009). Este 
estudo justifica-se por ser fundamental conhecer a magnitude dos fatores de riscos de 
desenvolvimento de complicações relacionadas à HAS aos quais estes pacientes estão 
expostos, com a finalidade servir como instrumento de planejamento em saúde, capaz de 
subsidiar ações de alimentação e nutrição no âmbito do Sistema Único de Saúde, que possam 
intervir de forma eficaz nessa realidade, além de investigar a adesão deste grupo ao 
tratamento não-medicamentoso da HAS. OBJETIVO: Teve-se como objetivo avaliar o consumo 
alimentar, o estado nutricional e hábitos de vida de hipertensos, visando avaliar a adesão ao 
tratamento não-medicamentoso da HAS sob estes aspectos. METODOLOGIA: Participaram do 
estudo 29 mulheres hipertensas. Foram coletados dados antropométricos de peso, altura e 
circunferência da cintura, três recordatórios alimentares de 24 horas, além de informações 
sobre estilo de vida. Resultados alcançados: Quanto ao risco de complicações metabólicas 
13,8% apresentou risco elevado, 75,9% apresentou risco muito elevado e 10,3% não 
apresentou risco. 55,2% apresentou obesidade, 20,7% apresentou sobrepeso, 20,7% estava 
com o peso adequado, apenas 3,4% apresentou baixo peso. 72,4% dos entrevistados 
afirmaram ter diminuído o consumo de sal após ter recebido o diagnóstico de HAS, 3,4% 
consumia bebida alcoólica, 6,9% eram tabagistas. 68,9% dos entrevistados não praticavam 
atividade física. Quanto ao consumo alimentar, foi encontrado um consumo adequado dos 
alimentos do grupo dos cereais e de frutas. Foi encontrado um consumo equivalente ao dobro 
do recomendado de feijões, carnes e ovos, óleo e açúcar. O consumo de legumes e verduras, 
bem como o de leite e derivados, mostrou-se abaixo do recomendado. 
 
 
 
 
Avaliação do consumo de frutas, legumes e verduras por idosos 
vacinados contra a gripe na Unidade Básica de Saúde “Centro de Saúde 
Escola Geraldo de Paula Souza” 
Karoline Honorato Brunacio 
1
, Patrícia Helena Davanço Frare
2
, Raíssa do Vale Cardoso 
Lopes
3
, Andrea Wang Catalani
4
, Camila Capellette Barreto
5
, Samantha Caesar de Andrade
6
, 
Viviane Laudelino Vieira
7
 
Unidade Básica de Saúde Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza; São Paulo 
vivianevieira@usp.br 
Resumo 
INTRODUÇÃO:Observa-se que o aumento da população idosa brasileira vem ocorrendo de 
forma rápida. Considerando que o idoso dispõe de necessidades nutricionais características da 
idade, demandando cuidados especiais na qualidade de sua dieta, a alimentação é fator 
importante que influencia diretamente sua saúde. Frutas, legumes e verduras (FLV) são 
essenciais para uma dieta saudável, devendo estar presentes diariamente nas refeições, sendo 
o seu consumo em quantidade adequada relacionado à proteção da saúde e redução do risco 
de ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). OBJETIVO:Verificar a 
frequência do consumo de FLV entre idosos participantes da campanha de vacinação contra a 
gripe. METODOLOGIA:Estudo transversal realizado com 163 idosos de ambos os sexos 
vacinados no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza (CSEGPS), pertencente à 
Universidade de São Paulo. Entre os dias 15 de maio e 1 de junho de 2012, foram aplicados 
questionários identificando dados pessoais e referentes ao consumo de FLV aos idosos que 
aguardavam na fila para a vacinação. Após os questionamentos, foi entregue material 
informativo destacando a importância do consumo de FLV e divulgando o trabalho nutricional 
do Centro de Referência para a Prevenção e Controle de Doenças Associadas à Nutrição, 
existente no CSEGPS. A elaboração do banco de dados e a análise descritiva foram realizadas 
por meio do software Excel. RESULTADOS:A média de idade dos idosos avaliados foi de 73,0 
anos (DP=8,36anos), sendo 62,6% mulheres e 40,5% matriculados no CSEGPS. A maioria dos 
entrevistados (91,4%) relatou consumir frutas diariamente, sendo a média de frequência de 
consumo relatada de 2,4 vezes/dia (DP=1,23). Em relação às verduras e legumes, 73,0% e 
68,7% dos entrevistados, respectivamente, relataram consumir diariamente. A média de 
frequência de consumo referida para o grupo verduras e legumes foi de 1,2 vezes/dia 
(DPverd=0,68 e DPleg=0,67). Ao comparar as médias de consumo entre os sexos, observou-
se que mulheres consomem mais frequentemente FLV, sendo um possível motivo sua maior 
preocupação com a saúde. Observou-se que das pessoas que relataram consumir frutas 
diariamente, 60,7% também consumiram verduras e legumes todos os dias. Conclui-se que a 
maioria dos idosos entrevistados consome FLV diariamente, o que pode ser um fator protetor 
para DCNT. Ainda assim, há possibilidade de não adequação no consumo recomendado pelo 
Guia Alimentar para a População Brasileira de 3 porções/dia de frutas e 3 de legumes e 
verduras, visto que não foram avaliadas as quantidades de consumidas. Espera-se, com a 
realização do presente estudo, alertar o público atingido sobre a importância do consumo de 
FLV, almejando sua adequação com vistas à proteção contra DCNT. Além disso, pretende-se 
repetir tal pesquisa em futuras campanhas, incluindo a análise da quantidade consumida, a fim 
de verificar se houve melhora quanto à frequência do consumo de FLV e a adequação de 
acordo com as recomendações. 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PARTICIPANTES DA 
FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DA AGRICULTURA NO ESTADO DE 
PERNAMBUCO (FETAPE) 
RIJANE MARIA DE ANDRADE BARROS SANTOS 
1
, SILVANA ANELISA BEZERRA DE 
ANDRADE SOUZA 
2
 
Nazaré da Mata-PE 
rijanebarros@yahoo.com.br 
Resumo 
INTRODUÇÃO: A Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Estado de Pernambuco 
(FETAPE) é uma entidade sindical que representa e coordena os interesses dos trabalhadores 
rurais do estado, quer sejam pequenos proprietários, posseiros, assalariados, sem-terra e 
arrendário. A Coordenação Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável tem 
desenvolvido estratégias para cumprir as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e 
Nutrição, entre estas a quarta diretriz que diz respeito a “promoção de práticas alimentarese 
estilos de vida saudáveis” e tem atuado em diversos públicos. OBJETIVOS: O objetivo deste 
trabalho é apresentar os dados encontrados e as perspectivas futuras para o desenvolvimento 
de ações com os participantes da FETAPE. METODOLOGIA: A avaliação do estado nutricional 
foi realizada durante o evento promovido pela FETAPE “Salões regionais e estadual da 
agricultura familiar, assalariados (as) rurais e reforma agrária Euclides Nascimento 2012” na 
cidade de Nazaré da Mata no dia 17 de abril de 2012. É um estudo de corte transversal, 
quantitativo e descritivo. A amostra foi aleatória, contemplando indivíduos de ambos os sexos e 
de diversas faixas etárias participantes do evento. RESULTADOS ALCANÇADOS: Foram 
avaliadas 81 pessoas, sendo 32,1% do sexo masculino e 67,9% do sexo feminino. Dividimos a 
população em adultos e idosos, tendo 87,7% situado na faixa etária de 18-59 amos e 12,3% na 
faixa etária ˃ de 60 anos. Dividindo por sexo tivemos respectivamente do sexo masculino e 
feminino 92,3% e 85,5% na faixa etária de 18 – 59 anos e 7,7% e 14,5% na faixa etária ˃ de 60 
anos. Em relação ao estado nutricional segundo o Índice de Massa Corpórea (IMC) obtivemos 
2,5% de baixo peso, 32,1% de eutrofia, 39,5% de sobrepeso, 17,3% de obesidade grau I, 7,4% 
de obesidade grau II e 1,2% de obesidade grau III, nos entrevistados em geral. Separando por 
sexo tivemos respectivamente em relação ao sexo masculino e feminino: baixo peso (3,8% e 
1,8%), eutrofia (30,8% e 32,7%), sobrepeso (42,3% e 38,2%), obesidade grau I (15,4% e 
18,2%), obesidade grau II (7,7% e 7,3%) e obesidade grau III (0% e 1,8%). Avaliando a 
circunferência da cintura e consequentemente o risco de complicações metabólicas associadas 
à obesidade do sexo masculino observamos que 53,8% estavam fora da faixa de risco (CC˂94 
cm), 15,4% tinham risco elevado (CC = 94 -101 cm) e 30,8% tinham risco muito elevado (CC ≥ 
102 cm). Em relação ao sexo feminino 23,6% estavam fora da faixa de risco (CC ˂ 80 cm), 
27,3% tinham risco elevado (CC = 80 -87 cm) e 49,1% tinham risco muito elevado (CC ≥ 88 
cm). Este estudo servirá de base para realização de atividades futuras de promoção de 
práticas alimentares e estilos de vida saudáveis com o público avaliado. 
 
 
 
 
SISTEMA DE VIGILÂNCIA NUTRICIONAL NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE 
CURITIBA, UMA EXPERIÊNCIA DE 15 ANOS 
Angela Cristina Lucas de Oliveira 
1
, Nilton Willrich
2
, Anne Liz Dynkowski Zeghbi
3
, Maria Rosi 
Marques Galvão
4
, Karin Regina Luhm
5
 
Curitiba - Paraná 
angoliveira@sms.curitiba.pr.gov.br 
Resumo 
INTRODUÇÃO: o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) tem como objetivo 
principal o monitoramento da situação alimentar e nutricional de populações de risco, de modo 
a obter um perfil nutricional desta população e sua evolução ao longo do tempo. E por meio 
deste diagnóstico, nortear ações de enfrentamento das situações de risco, principalmente a 
desnutrição e a obesidade. É dentro desse contexto que o SISVAN-Escolar de Curitiba vem 
atuando e se consolidando ao longo de 15 anos de sucesso na vigilância nutricional dos 
escolares, por meio da parceria entre a Secretaria Municipal da Educação de Curitiba com a 
Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba. OBJETIVO: divulgar o perfil nutricional dos 
Escolares da Rede Pública de Ensino da Secretaria Municipal da Saúde, que compreende os 
anos de 1996 a 2011, com a intenção de sensibilizar os gestores públicos quanto a parceria 
entre o setor Saúde e Educação, na construção de uma escola mais saudável. 
METODOLOGIA: os dados antropométricos (peso e altura) dos alunos foram coletados 
anualmente pelos professores de Educação Física das escolas, os quais são devidamente 
capacitados para essa tarefa. As informações foram digitadas localmente e o banco de dados 
foi transferido para a equipe técnica de Vigilância Nutricional da Secretaria Municipal da Saúde, 
para análise e divulgação dos resultados. RESULTADOS ALCANÇADOS: o Sisvan-Escolar de 
Curitiba mostrou que em 15 anos ocorreram significativas mudanças no perfil nutricional dos 
escolares da rede municipal de ensino de Curitiba. O ano de 2011 segue a tendência global da 
epidemia da obesidade, com o aumento progressivo ao longo dos anos avaliados: a taxa de 
obesidade foi de 5,61% em 1996 e em 2011 este percentual aumentou para 13,38%. O 
aumento da taxa de obesidade de 12,36% em 2010 para 13,38% em 2011 foi estatisticamente 
significativa (p<0,00001). O somatório dos percentuais de sobrepeso e obesidade que 
corresponde ao percentual de excesso de peso somam 33,05% dos escolares avaliados no 
ano de 2011. A taxa de obesidade nas meninas é de 11,63% e nos meninos é acentuadamente 
maior, 19,03%. Em relação a baixa estatura, reduziu de 4,68% em 1996 para 2,28% em 2011, 
uma queda de 51,3%. A magreza na população de escolares vem apresentando queda 
expressiva desde 1996, com redução de 3,67% para 1,82% no ano de 2011, significando que, 
de forma global, atualmente a prevalência de magreza está dentro do esperado. A 
retroalimentação destas análises para as escolas tem trazido importantes subsídios para o 
planejamento das ações de Educação Alimentar e de Educação Física além da 
individualização da merenda escolar de acordo com o perfil nutricional de cada escola e 
também reforça a necessidade de empenhos contínuos nessa área e um olhar diferenciado 
para esse público vulnerável e exposto a diversas situações de risco comportamentais, como o 
sedentarismo e alimentação inadequada. 
 
 
 
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES DA 
REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE DIVINÓPOLIS-MG 
JULIANA MARA FLORES BICALHO 
1
, Luís Gustavo Campos
2
, Thaís Bueno Enes dos Santos
3
, 
Eduardo Sérgio da Silva
4
 
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE DIVINÓPOLIS - MG 
juflores_nutri@yahoo.com.br 
Resumo 
INTRODUÇÃO: Transformações significativas têm ocorrido nos padrões dietéticos e 
nutricionais de populações e estas mudanças vêm sendo analisadas como parte de um 
processo designado de transição nutricional. No Brasil a progressão da transição nutricional na 
população, é caracterizada fundamentalmente por redução nas prevalências dos déficits 
nutricionais e ocorrência mais expressiva de sobrepeso e obesidade. A obesidade é tema de 
crescente preocupação pelo aumento em sua prevalência, inclusive em crianças, e sua 
associação com diversas condições mórbidas. Esse estudo surgiu da parceira entre e a 
Universidade Federal de São João Del Rei Campus Centro-oeste, da Secretaria Municipal de 
Saúde e da Secretaria Municipal de Educação através do Programa de Educação para o 
Trabalho (PET) visando traçar um diagnóstico das crianças da comunidade escolar municipal e 
envolvendo acadêmicos, professores e profissionais de saúde de Divinópolis. O município de 
Divinópolis está situado no Estado de Minas Gerais e tem uma população total de 213.016 de 
habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010). Desse total, 13% estão 
compreendidos na faixa etária de 6 a 14 anos, público-alvo da pesquisa. OBJETIVO: O objetivo 
desde estudo foi identificar a prevalência de obesidade e sobrepeso em escolares de 6 a 14 
anos de idade da rede pública municipal de Divinópolis-MG. METODOLOGIA: Realizou-se um 
estudo de corte transversal com 1450 estudantes de 15 escolas urbanas e rurais nos anos de 
2010 e 2011. As escolas foram escolhidas por sorteio aleatório dentre as 36 que compõem a 
rede municipal de ensino. Inicialmente foi agendada uma reunião em cada escola com os pais 
ou responsáveis pelos estudantes para apresentar os objetivos do projeto e para assinatura do 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram utilizados os dados de idade, sexo, alturae peso para classificação do estado nutricional. O peso das crianças foi obtido através de 
pesagem única em balança de plataforma digital e a estatura através da média de três medidas 
em antropômetro portátil Altura Exata. Os dados foram analisados no programa WHO 
AnthroPlus utilizando Índice de massa corporal (IMC) por idade, classificando a criança em 
baixo IMC, eutrófica, sobrepeso ou obesa. Posteriormente, utilizou-se o Statistical Package for 
the Social Sciences (SPSS) 14.0 para análise dos dados. RESULTADOS: A amostra foi 
composta por 47,7% de alunos do sexo masculino e 51,5% do sexo feminino com 0,8% perda 
de dados. Foi observada uma prevalência de obesidade de 10,0% e de sobrepeso de 11,6%, 
de eutrofia 67,9% e baixo IMC para idade de 2,4%, 8,1% sem informação. É provável que em 
outras populações de mesma condição socioeconômica sejam encontradas prevalências 
semelhantes. Pode-se concluir que o excesso de peso na infância é um problema frequente em 
nossa amostra tanto quanto pode ser em outras populações e que a prevalência da obesidade 
infantil, é preocupante em nosso meio. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE ITAÚNA – 
MG ENTRE OS ANOS DE 2008 A 2011 
JULIANA MARA FLORES BICALHO 
1
 
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAÚNA - MG 
juflores_nutri@yahoo.com.br 
Resumo 
INTRODUÇÃO: Avaliação do crescimento permite conhecer o estado de bem-estar de crianças 
individualmente ou da sua comunidade. Acompanhar crianças desde o seu nascimento permite 
prevenir desvios do crescimento alertar sobre problemas gerais de saúde. O crescimento 
normal é condicionado a processos fisiológicos que dependem do atendimento de 
necessidades durante a vida fetal e infância. As questões alimentares são uma das grandes 
preocupações atuais da saúde pública, pois são observados crescentes casos de obesidade 
que chamam atenção e que alertam para riscos e para o modo em como o indivíduo se 
relaciona com a alimentação. O Brasil depara-se com novas epidemias de obesidade, diabetes, 
hipertensão, doenças cardíacas e outras. Destaca-se a obesidade por ser simultaneamente 
doença e fator de risco com taxa de prevalência em elevação inclusive entre crianças. Esse 
quadro vem sendo observado inclusive entre as crianças. OBJETIVO: Em consonância com 
Política Nacional de Alimentação e Nutrição e Pacto pela Vida foi despertado o interesse em 
traçar o diagnóstico nutricional entre as crianças menores de cinco anos acompanhadas pelo 
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) de 2008 a 2011 no município. 
MÉTODOS: Trata-se de um estudo realizado a partir dos dados dos relatórios das crianças 
menores de 5 anos avaliadas nas unidades de atenção primária à saúde em Itaúna pelo 
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). Foram acompanhadas 3.150 crianças 
menores de 5 de idade entre os anos de 2008 a 2011. Utilizou-se os dados demográficos idade 
(em meses) e sexo, e os dados antropométricos peso e estatura para classificação do estado 
nutricional. Os dados foram lançados no sistema informatizado online do Sisvan e foi definido 
como índice antropométrico de avaliação para este estudo o Índice de Massa Corporal (IMC) 
para idade para classificação do estado nutricional das crianças. Os parâmetros usados para 
classificação do estado nutricional de crianças menores de 5 anos foram: magreza acentuada 
quando escore-z < -3, magreza escore-z ≥-3 e <-2, eutrofia escore-z ≥-2 e ≤+1, risco de 
sobrepeso escore-z >+1 e ≤+2, sobrepeso escore-z >+2 e ≤+3 e obesidade score-z > +3. 
RESULTADOS: A amostra foi composta por 52% de crianças do sexo masculino e 48% 
feminino. De acordo com a classificação do estado nutricional foi observada uma prevalência 
de 2,9% de crianças com magreza acentuada, 2,5% com magreza, 63,4% eutrofia, 17,8% risco 
de sobrepeso, 7,6% sobrepeso e 5,8% obesidade. Ou seja, 5,4% apresentam déficit ponderal e 
31,2% excesso de peso em algum nível o que reflete o observado na transição nutricional em 
progressão no país. Estes resultados são significativos do estado nutricional de uma amostra 
de crianças de Itaúna que assim como acontece em Minas e no Brasil vem apresentando alta 
prevalência de excesso de peso e consequentemente de complicações relacionadas, 
característica da transição nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 10 ANOS DO DISTRITO 
SANITÁRIO NORTE DE GOIÂNIA (GOIÁS) 
KARINE ANUSCA MARTINS 
1
, Carla Cristina Morais
2
, Maria de Fátima Gil
3
, Carla Cristina da 
Conceição Ferreira
4
, Denise Nunes Barnabé
5
 
Faculdade de Nutrição / Universidade Federal de Goiás, 
4
 - Distrito Sanitário Norte - Secretaria 
Municipal de Saúde de Goiânia 
karineanusca@gmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO: A vigilância alimentar e nutricional (VAN), mesmo perante as dificuldades 
operacionais no Sistema Único de Saúde (SUS), norteia o planejamento da atenção nutricional, 
em diferentes momentos. Além disso, permite formular ações vinculadas à promoção da saúde 
e à alimentação adequada e saudável no âmbito de gestão do SUS. A atenção à saúde das 
crianças organiza-se tendo como eixo norteador o Programa de Atenção Integral da Saúde da 
Criança (PAISC). Neste sentido, para gerar dados relevantes desta faixa etária é necessário 
que o serviço de acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (CD) funcione 
corretamente nas unidades de saúde. Assim, os dados existentes do Sistema de Vigilância 
Alimentar e Nutricional (SISVAN), alimentados no município de Goiânia pelo Sistema de 
Controle do Atendimento Ambulatorial (SICAA), ainda que limitados, permitem a realização do 
diagnóstico do estado nutricional das crianças atendidas nos CD´s. OBJETIVO: Caracterizar o 
perfil nutricional das crianças de zero a 10 anos registrados no Sistema de Controle do 
Atendimento Ambulatorial das unidades de Saúde do Distrito Sanitário Norte (DSN). 
METODOLOGIA: Selecionaram-se os dados das unidades de saúde da área de abrangência 
do DSN, de janeiro a março, de julho a setembro de 2011 de crianças de zero a 10 anos 
cadastradas no SICAA de Goiânia e caracterizaram-se os índices Peso/Idade e Estatura/Idade 
(curvas da Organização Mundial de Saúde, preconizadas pelo Ministério da Saúde). 
RESULTADOS ALCANÇADOS: Para o total da amostra de zero a 10 anos (n= 5028), 4,00% 
(n=200) possuíam apenas registro de peso. Para o índice Estatura/Idade, do total da amostra, 
94,85% (n=4586) apresentavam estatura adequada para a idade. Todos os grupos avaliados 
[a) 0 a 2 anos; b) entre 2 e 5 anos; c) entre 5 e 10 anos] apresentaram-se com estatura 
adequada para idade, respectivamente: a) 94,75% (n=1643); b) 95,08% (n=1062) e c) 97,35% 
(n=992). Em relação ao índice Peso/Idade (P/I), observou-se que 86,70% (n=4369) do total da 
amostra estavam eutróficas, enquanto 9,74% (n=490) apresentavam peso elevado para a 
idade. Destaca-se que 9,39% (n=169) crianças menores de dois anos; 7,76% (n=91) de dois a 
menores de cinco anos e 12,00% (n=125) de cinco a menores de 10 anos apresentavam-se 
com excesso de peso para idade. Segundo dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF-
2008/09), uma em cada três crianças de cinco a nove anos de idade apresentava excesso de 
peso. Já o déficit de estatura, reduziu de 29,30%, segundo dados do Estudo Nacional da 
Despesa Familiar (ENDEF-1974/75) para 7,20% (POF-2008/09) entre meninos e de 26,70% 
para 6,30% nas meninas. A tendência global ao excesso de peso em faixas etárias cada vez 
menores indica a necessidade do fortalecimento de políticas públicas voltadas à promoção da 
saúde e prevenção de doenças. A avaliação do perfil nutricional das crianças atendidas nos 
serviços de CD utilizando-se as informações dossistemas de VAN é necessária e contribui em 
tal processo. 
 
 
 
CAMPANHA MUNICIPAL :DIA “D” SAÚDE DA CRINÇA EM OEIRAS PIAUÍ 
Érica Laís Moura Nunes 
1
 
Oeiras Piauí 
erica_moura_nutricionista@hotmail.com 
Resumo 
OBJETIVO: Intensificar as ações da 'Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)' em 
forma de chamada nutricional no campo das ações públicas voltadas à proteção e promoção 
da saúde das crianças de 06 a 59 meses. METODOLOGIA: Chamada nutricional no município 
de Oeiras- PI com o intuito de intensificar as ações de suplementação de vitamina A e ferro, 
cadastro no SISVAN WEB, atualização de vacinas, educação em saúde bucal e aplicação de 
flúor nas crianças residentes na zona urbana do município. Foi feito um levantamento 
quantitativo de crianças incluídas na faixa etária inclusas nos programas do PNAN. A 
campanha foi organizada pela Coordenação Municipal de Suplementação de Ferro e Vitamina 
A e SISVAN WEB com parceria da Coordenação Municipal de Imunização e Saúde na Escola. 
Os profissionais que atuaram na campanha foram o Enfermeiro, Nutricionista, Dentista, Técnico 
em Enfermagem, Agente Comunitário de Saúde e uma equipe de serviços gerais. Todos os 
procedimentos realizados foram protocolados nos formulários preconizados pelo Ministério da 
Saúde e foram alimentados no Sistema Federal correspondente a cada programa. Na estrutura 
do dia “D” possuía brinquedos, músicas infantis e lanche saudável, motivando a participação e 
interação das crianças com as equipes da saúde. RESULTADOS: De um levantamento 
quantitativo de 1000 crianças, foi atingida uma média de 900 crianças, que corresponde a um 
total de 90% ( oitenta por cento ) do que foi estimado. A campanha foi bem avaliada pela 
equipe da ESF, onde foi um momento de interação das equipes com outros profissionais da 
saúde. As atividades realizadas irão beneficiar a produção das equipes que fizeram a adesão 
ao PMAQ e preenchimento de requisitos para recebimento do selo UNICEF. CONCLUSÃO: a 
campanha teve uma relevante importância para a população, com a promoção e intensificação 
das ações do PNAN foi importante para alertar e sensibilizar uma vez que tais ações interferem 
diretamente na saúde das crianças beneficiadas garantindo segurança alimentar e nutricional 
de forma preventiva. A campanha foi bem avaliada pela equipe da ESF, onde foi um momento 
de interação das equipes com outros profissionais da saúde. Intensificação das ações junto as 
pactuaçõe dos programas, avanço na sistematização dos dados, aumento de cadastros no 
sistema do SISVAN WEB, melhora na produção das equipes junto ao PMAQ e preenchimento 
de requisitos para recebimento do selo UNICEF. Palavras-chave: vigilância nutricional; 
suplementação;ferro; vitamina A; política de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHAMADA NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MENORES DE UM ANO EM UMA 
CIDADE DO CENTRO-OESTE DO BRASIL: PLANEJAMENTO E 
PERSPECTIVAS. 
Tátila Lima de Oliveira 
1
, Juliana Martins de Souza
2
, Bibiana Arantes Moraes
3
 
Departamento de Nutrição, Secretaria Municipal de Saúde de Rio Verde-GO 
tatilinha@hotmail.com 
Resumo 
A alimentação adequada no primeiro ano de vida é fundamental para a saúde das crianças, e 
inclui: o início da amamentação na primeira hora de nascimento; aleitamento materno exclusivo 
nos primeiros seis meses de vida da criança, e continuado por dois anos ou mais com 
alimentos complementares seguros, regionais e apropriados para a idade. Com base na 
importância de conhecer as práticas alimentares na infância para fomentar ações de promoção 
do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável, foi realizada a Chamada 
Nutricional de crianças menores de um ano, no município de Rio Verde-GO, em 16 de junho de 
2012. Este relato de experiência objetiva descrever o planejamento desta Chamada Nutricional, 
realizada pelo Departamento de Nutrição da Secretaria Municipal de Saúde com o apoio do 
Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Coordenação de Atenção Básica, Faculdade de Nutrição 
(Universidade de Rio Verde), Faculdade de Enfermagem (Faculdade Objetivo), Secretaria 
Municipal de Comunicação e mídias locais, Tutores Municipais da Estratégia Nacional para 
Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), com recursos da Secretaria Municipal de 
Saúde e Financiamento das Ações de Alimentação e Nutrição (FAN/MS). O projeto foi 
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Rio Verde, sob parecer 
063/2011. O instrumento utilizado foi o questionário da Pesquisa Nacional de Aleitamento 
Materno, com questões referentes a alimentação nas ultimas 24horas, dados sobre o parto e 
maternos, foram acrescentadas questões sobre o bairro para posterior mapeamento, tipo de 
leite consumido, frequencia de consumo de frutas, consumo de macarrão instantâneo, 
detalhamento do consumo de outros alimentos, se não consumiu leite materno no dia anterior 
até que idade consumiu, se ontem recebeu apenas leite materno foi questionado se recebeu 
outros alimentos ou bebidas desde o nascimento, adicionada questão sobre pré-lacteos 
oferecidos na maternidade e se a criança ficou em creche. Os entrevistadores (acadêmicos de 
nutrição e enfermagem) foram sensibilizados sobre a relevância da pesquisa e treinados para 
aplicação dos questionários, bem como os supervisores de campo (nutricionistas do município, 
professores, tutores da ENPACS). Participaram cerca de 50 entrevistadores e 17 supervisores. 
A coleta de dados foi realizada no dia “D” da Campanha Nacional de Vacinação contra 
poliomietite nos 19 postos de vacinação, data e locais oportunos para abordar este público alvo 
de aproximadamente 3200 crianças menores de um ano, obtendo-se no dia D uma amostra de 
1006 crianças. Em fase de análise de dados, mas espera-se que os dados advindos dessa 
pesquisa possam auxiliar em campanhas, políticas e programas voltados para a melhoria dos 
indicadores de aleitamento materno e alimentação complementar, com melhoria das práticas 
na atenção básica, maternidades e creches, sendo fundamental que os desdobramentos das 
ações geradas a partir destes dados sejam também intersetoriais. 
 
 
 
 
 
 
SAL IODADO DIREITO DE TODOS-PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO 
SAL PARA CONSUMO HUMANO REALIZADO PELA VIGILÂNCIA 
SANITÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE-SUVISA/RN PALAVRAS 
CHAVES IODO, SAL, MONITORAMENTO 
Ivanaldo Leão de souza
1
, Lígia Pereira Filgueira 
2
, Polyana deOliveira Cacho 
3
 
SUbcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Rio Grande do Norte- SUVISA/RN 
liafilgueira@hotmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO:O Iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais por ser 
utilizado na síntese dos homônios tireoidianos: a triiodotironina (T4) e a tiroxina (T3). Estes 
hormônios têm dois importantes papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na 
manutenção do fluxo normal de energia. São muito importantes para o funcionamento de vários 
órgãos como o coração, fígado, rins, ovários e outros. Os Distúrbios por Deficiência de Iodo – 
DDI - são fenômenos naturais e permanentes, que estão amplamente distribuídos em várias 
regiões do mundo. Populações que vivem em áreas deficientes em iodo sempre terão o risco 
de apresentar os distúrbios causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os níveis de 
desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves. A deficiência de iodo pode 
causar cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias 
congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível – bócio (hipertrofia da glândula 
tireóide). Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos e 
nascimentode crianças com baixo peso, problemas no período gestacional, e aumento do risco 
de abortos e mortalidade materna. Associada a esses problemas, a deficiência deste 
micronutriente contribui para o aumento do gasto com atendimento em saúde e em educação, 
uma vez que incrementa as taxas de repetência e evasão escolar, e ainda proporciona a 
redução da capacidade para o trabalho. Portanto, direta ou indiretamente acarreta prejuízos 
sócio-econômicos ao país.OBJETIVO: O monitoramento do teor de iodo no sal destinado ao 
consumo humano tem por objetivo verificar se a iodação do sal está sendo realizada de forma 
segura e sob rigoroso controle e, além disso, avaliar se o sal oferecido á população é capaz de 
fornecer a quantidade necessária de iodo para prevenir e controlar os Distúrbios por 
Deficiência de Iodo – DDI. METODOLOGIA: O Rio Grande do Norte é o estado de maior 
produção de sal para consumo humano no Brasil e possui 35 empresas de beneficiamento de 
sal, sendo responsável por 97% da produção nacional. O monitoramento do sal no Rio Grande 
do Norte é realizado pela equipe de técnicos do Setor de Alimentos da Subcoordenadoria de 
Vigilância Sanitária - SUVISA/RN que trimestralmente coleta o produto em todas as unidades 
fabris e encaminha as amostras para análise no Laboratório Central – LACEN-RN. 
RESULTADOS: Em 2011 foram analisadas 474 amostras de sal e destas 99,8% apresentaram 
resultados satisfatórios com relação ao ter de iodo do sal. Os resultados demonstraram a 
importância do monitoramento na avaliação do teor de iodo no sal de forma que através dele 
foi possível constatar que o sal produzido no RN em 2011, em sua maioria, atendeu a 
legislação sanitária contribuindo na prevenção e controle de doenças associadas á deficiência 
ou excesso deste micronutriente. 
 
 
 
 
RODA DE CONVERSA 3 – PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E 
SAUDÁVEL 
 
GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE “VIDA SAUDÁVEL”: ABORDAGEM 
MULTIPROFISSIONAL EM UMA COMUNIDADE DO RECIFE – PE 
Amanda de Azevedo Araujo 
1
, Paula Roberta Vieira Eskinasi
2
, Wanda Rafaela Pinto Lopes
3
, 
Laís Harumi Sekitani
4
, Elda Azevedo Guerra
5
 
Unidade de Saúde da Família Córrego do Eucalipto, Recife. 
amanda_azevedo2@hotmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO: A obesidade foi reconhecida pela Organização de Mundial de Saúde como um 
importante problema de saúde pública e está associada a um grande número de doenças. 
Portanto, a prevenção e o diagnóstico precoce são importantes aspectos para a promoção da 
saúde e redução de morbimortalidade, pois pode interferir na duração e qualidade de vida, e 
ainda ter implicações diretas na aceitação social dos indivíduos quando excluídos da estética 
difundida pela sociedade contemporânea. A promoção da saúde pode ser definida como o 
processo de envolvimento da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida, 
incluindo uma maior participação no controle deste processo. As ações de promoção da saúde 
devem combinar três vertentes de atuação: incentivo, proteção e apoio, sendo a atenção 
básica um espaço privilegiado para o desenvolvimento de tais ações, por estar inserida 
próxima à comunidade e ter maior poder de compreensão de sua dinâmica social. O trabalho 
com grupo reside no poder de transformação subjetiva, a partir do escutar, falar, sentir, se 
posicionar e responsabilizar-se. Se configura na troca de conhecimentos, experiências e 
saberes entre a população e os profissionais, tendo a interação e educação em saúde como 
ponto principal. OBJETIVO: Atuar no campo da promoção da saúde, incentivando a prática de 
hábitos de vida saudáveis através de grupo de educação em saúde. METODOLOGIA: O grupo 
é composto por usuários, homens e mulheres, da comunidade do Córrego do Eucalipto, na 
cidade do Recife. As reuniões acontecem quinzenalmente e tem duração de duas horas. É um 
grupo aberto, no qual os participantes podem se inserir a qualquer momento caso haja um 
interesse. Os facilitadores ficam responsáveis por desenvolver trabalhos educativos que 
possibilitem o resgate da auto-estima, a visão crítica sobre a alimentação, mídia, propaganda 
de alimentos, o incentivo ao movimento, a inclusão social e identificação de aspectos 
emocionais que interferem na passagem para uma vida saudável. As atividades são realizadas 
como roda de conversa e oficinas, nas quais todos podem compartilhar experiências, emoções 
e sentimentos. RESULTADOS ALCANÇADOS: Durante os encontros, pode-se observar o 
interesse que começa a surgir nas mudanças de hábitos de vida e uma maior interação entre 
os participantes e os profissionais da unidade de saúde, permitindo um maior vínculo entre 
estes. A estrutura de funcionamento dos encontros possibilita a construção do processo de 
educação em saúde, na qual o diálogo entre o saber popular e saber técnico é constituído. Tais 
resultados vêm mostrando que essa estratégia, juntamente com o apoio de equipes 
multiprofissionais pode auxiliar na promoção da saúde e adoção de hábitos mais saudáveis no 
dia a dia. Tais iniciativas, poderiam ser mais contempladas na atenção primária e amplamente 
divulgadas, evitando assim, o surgimento de doenças crônicas não-transmissíveis e 
melhorando a qualidade de vida da população assistida. 
 
CUIDANDO DO CUIDADOR: Relato de experiência do ciclo de reuniões 
sobre alimentação saudável 
ANA SÍLVIA MARTINS DANTAS 
1
 
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO BOM PASTOR- NATAL- RN 
anasilviamr@hotmail.com 
Resumo 
INTRODUÇÃO: O aumento de doenças crônico-degenerativas também vem acometendo os 
funcionários do SUS. Diante dessa realidade foi desenvolvido um ciclo de reuniões sobre 
alimentação saudável junto aos funcionários da Unidade da Família do Bom Pastor- Natal/RN, 
ajudando o cuidador a se cuidar. OBJETIVOS: Conscientizar e estimulação do consumo de 
alimentos saudáveis, por meio de atividades de educação nutricional, junto aos funcionários da 
Unidade de Saúde, bem como prevenir ou minimizar o aparecimento de doenças crônico-
degenerativas. METODOLOGIA: As atividades educativas foram realizadas mensalmente por 
um período de seis meses junto aos funcionários da Unidade de Saúde. A metodologia foi 
participativa e os temas, sugeridos pelos funcionários, foram apresentados em slides seguidos 
de posterior discussões. Os temas abordados foram noções básicas de nutrição, higiene e 
práticas alimentares saudáveis preventivas e promotoras de saúde com foco nas doenças 
crônico-degenerativas. Os encontros aconteceram na própria unidade de saúde, após o 
término do atendimento aos usuários do SUS e durante o horário de expediente. 
RESULTADOS ALCANÇADOS: Durante o período de realização do trabalho educativo, os 
funcionários se mostravam com interesse participativo, tentando incorporar no seu cardápio 
usual os alimentos que continham efeitos funcionais para sua saúde. Dessa forma o 
funcionário passou a ter mais cuidado consigo, melhorando sua qualidade de vida e tornando-
se um potencial multiplicador de informações sobre alimentação saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cajá + Saúde: projeto de qualidade de vida e alimentação saudável 
Hellen Daniela de Sousa Coelho 
1
, Fabiana Rodrigues Lameira Belchior
2
, Ingrid Elisabeth Vidal 
de Oliveira
3
, Marcio Roberto de Lúcio
4
 
Prefeitura de Cajamar - Diretoria de Saúde 
hellencoelho@gmail.com 
Resumo 
Nos últimos anos, houve um aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, 
devido ao processo de transição nutricional, demográfica e epidemiologica no Brasil e no 
mundo. A alimentação desequilibrada e o sedentarismo são fatores de risco para os agravos 
dessas doenças, que podem ocasionar sériaslimitações aos indivíduos e sobrecarga do 
serviço público de saúde. Portanto, há a necessidade de se investir em ações de educação 
nutricional no sistema único de saúde, a fim de promover a prática de alimentação saudável. 
Metodologia: O diagnóstico inicial foi realizado em uma subamostra da população do município: 
dentre os funcionários da Prefeitura (n=228), os pacientes do Serviço de nutrição (n=85) e 
idosos frequentadores dos grupos de caminhadas (n=28). A intervenção ocorre por meio de 
Palestras e rodas de conversa de promoção à alimentação saudável, cada mês com um tema 
diferente; dinâmicas em grupo, sempre relacionado com o tema da palestra; conscientização 
sobre alimentação adequada; desenvolvimento de preparações saudáveis na cozinha 
experimental uma vez por mês, com a participação de chefs de cozinhas e o incentivo a prática 
de atividade física com o grupo de caminhada semanalmente. O diagnóstico de 
acompanhamento ocorre pelos dados de atendimento com clínico geral, enfermagem e 
nutricionista, por meio da aplicação de questionários de consumo alimentar e qualidade de 
vida, em sub amostras dos participantes do projeto. O projeto ocorre em 7 unidades de saúde: 
4 USF e 3 UBS. Principais resultados: No diagnóstico inicial verificou-se um alto risco de 
doenças coronarianas dentre os funcionários da prefeitura (77,9%), sendo que a maior parte 
apresenta excesso de peso (59,6%) e (14%) apresentam hipertensão, dados similares aos 
pacientes atendidos no Serviço de nutrição, (82%) apresentaram risco de doenças 
coronarianas, (53%) excesso de peso, (38,8%) hipertensão. Nos idosos o maior problema 
diagnosticado foi excesso de peso, além de alta prevalência de diabetes e hipertensão. Quanto 
ao consumo alimentar evidenciou-se baixa ingestão de frutas, verduras e água, além do modo 
de preparo não saudável das refeições. O cajá + saúde promove esclarecimento sobre mitos 
envolvendo os alimentos, conscientização de uma alimentação saudável, principalmente em 
casos de doenças como diabetes e hipertensão; nota-se interesse nas cozinhas experimentais, 
trazendo novas idéias e novas receitas,repercutindo de forma positiva em mudanças no hábito 
da população com preparações mais saudáveis e adequadas. Ao todo tiveram 3472 
participações nas atividades desenvolvidas pelo setor de nutrição. A expectativa é de aumentar 
o número de munícipes atendidos, com a colaboração de uma Universidade particular nas 
ações de promoção a saúde: Atividade Física e Alimentação Saudável, contando sempre com 
os profissionais da rede da Saúde do município de Cajamar (nutricionistas, enfermeiros, 
psicólogos, educadores físicos e médicos). 
 
 
 
 
Práticas educativas em nutrição: Vivência de construção e avaliação em 
um grupo de mulheres em Fortaleza,CE. 
Marjorie Rafaela LIma do Vale 
1
, Raquel Simões Monteiro Alves
2
, Luisilda Maria Dernier 
Martins Santana
3
 
CSF Parque São José - Fortaleza 
marjorievale@gmail.com 
Resumo 
O consumo de alimentos fontes de vitaminas e minerais importantes na prevenção e 
tratamento de carências nutricionais ainda é bastante reduzido no Brasil, principalmente na 
região Nordeste, como indicam estudos relacionados ao consumo de vitamina A realizados na 
década de 80 na cidade de Fortaleza. No estado do Ceará, segundo relatórios publicados pela 
Secretaria de Saúde do Estado, neoplasias e doenças cardiovasculares são consideradas as 
principais causas de mortalidade nos últimos anos, doenças estas que podem ter na 
alimentção um fator de prevenção. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) 
objetiva reduzir as vulnerabilidades relacionadas à alimentação e assegurar o direito humano à 
alimentação adequada. O fortalecimento de ações intersetoriais de promoção de saúde e 
prevenção de agravos se constitui como um importante mecanismo de potencialização destas 
estratégias. O presente estudo objetiva relatar a vivência em um grupo de mulheres na cidade 
de Fortaleza, CE. Estiveram envolvidos agentes comunitários de saúde, usuários, profissionais 
do NASF e da residência multiprofissional em saúde da família e comunidade e estudantes de 
graduação, somando 14 participantes. A temática havia sido sugerida pelas próprias usuárias 
em encontros prévios, tendo como foco o consumo, importância nutricional e técnicas de 
preparo de vegetais e hortaliças. O modelo de condução pedagógica adotado pelo grupo fez 
uso da proposta de comunidades de prática proposta por Wenger (1991), uma que vez valoriza 
os saberes e experiências do sujeito, estimula a partipação ativa dos atores envolvidos e 
fortalece as redes de comunicação entre os profissionais e os usuários, aspectos que 
notadamente contribuem para o sucesso de intervenções em nutrição. Como forma de 
avaliação somativa da metodologia proposta houve aplicação de um instrumento, abordando 
as dimensões cognitiva, afetiva e comportamental envolvidas no processo de aprendizagem. 
Na análise dos questionários pode ser percebido que o aspecto referente à dinâmica adotada, 
forma de abordagem do conteúdo e utilidade deste na prática diária obtiveram boas avaliações, 
fato que reafirma a importância da participação da comunidade na construção e 
desenvolvimento das temáticas abordadas nas atividades de grupo. Em relação a capacidade 
de repassar as informações trabalhadas, quase todas as respostas mostraram que as usuárias 
sentiam segurança e domínio da maioria dos conteúdos discutidos. Metade do grupo afirmou 
ter conseguido promover mudanças comportamentais após a realização do grupo, como 
introduzir novas hortaliças e mudar a técnica de higienização dos vegetais, as demais referiram 
ainda estarem tentando promover mudança nos hábitos. Pode-se concluir que este tipo de 
metodologia favorece o sucesso de atividades de intervenção em saúde, uma vez que 
aproxima o objeto de discussão da realidade dos usuários, sendo sugerida a reprodução de tal 
conceito em outros espaços na atenção básica. 
 
 
 
Práticas de Promoção da Alimentação Saudável no Estado do Rio de 
Janeiro 
Márcia Regina Mazalotti Teixeira
1
, Erika Santinoni
2
, Rosane de Araujo Nunes 
3
, Aline Pinto de 
Menezes
4
, Amélia Gomes Moreira Vaz
5
, Myrian Cruz
6
, Sônia Cristina Amancio da Silva
7
 
Secretaria de Estado de Saúde do Rio e Janeiro 
rosanearaujo.nunes@gmail.com 
Resumo 
Como estratégia para a descentralização das Políticas Nacionais de Promoção da Saúde 
(PNPS) foram publicados, pelo Ministério da Saúde (MS), editais de concorrência pública para 
o financiamento de propostas de ações vinculadas aos eixos da PNPS, onde configura a 
promoção da alimentação saudável. O Estado do Rio de Janeiro, desde 2007 comunica aos 
municípios o edital e estimula a participação dos mesmos no processo de seleção para 
qualificá-los na elaboração de projetos e ampliar as práticas de promoção da alimentação 
saudável em diferentes espaços (escolas, unidades básicas de saúde, espaços públicos e 
academias de saúde). A metodologia aplicada incluiu qualificação dos municípios sobre a 
construção de projetos realizada na Secretaria Estadual de Saúde, onde também puderam 
trocar experiências sobre práticas já executadas e ideias para novas ações. Foi realizada uma 
primeira aproximação, com 100% dos municípios contemplados nos editais, por meio de 
ligações telefônicas e emails para possibilitar a tabulação e atualização de contatos e 
endereços. Elaboramos como instrumento de monitoramento um questionário sobre itens 
relacionados aos projetos, tais como se o recurso financeiro foi disponibilizado, recursos 
humanos necessários, quais ações desenvolvidas e sobre fatores facilitadores e/ou 
dificultadores da elaboração e implementação

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