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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DISCIPLINA: HISTÓRIA MODERNA: DAS TRANSFORMAÇÕES DO FEUDALISMO ÀS REFORMAS RELIGIOSAS PROFESSORA: JOSÉLIA DE CASTRO SILVA Resenha: ANDERSON, Perry. Linhagens do Estados absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004. P.15-41 Nome: Aline Araujo da Silva Matrícula: 201703374061 O autor inicia o texto advertindo que até a contemporaneidade, nenhuma corrente historiográfica foi capaz de evidenciar o ponto de partida da formação das monarquias absolutistas na Europa. Sabe-se apenas que a crise econômica e da sociedade europeia durante os séculos XIV e XV, a decadência das relações de suserania e vassalagem e deterioração do modo de produção feudal contribuíram para a centralização do poder e consequentemente, formação dessas monarquias. Ainda, o autor acredita ser importante pontuar que a marcação da passagem do sistema feudal para o absolutismo, é algo difícil com que trabalhar, pois as práticas econômicas e políticas características desses sistemas se sobrepuseram ao longo do tempo. O fim da servidão não significou a extinção das relações feudais, e pensar que um evento foi consequência de outro, é um erro bastante comum de se cometer. Mas transformações marcantes já eram visíveis. O absolutismo trouxe consigo os exércitos regulares, burocracia, sistema tributário, codificação do direito e mercado unificado, ainda que primitivo. As classes também se adaptavam às mudanças, como a aristocracia feudal que apesar de tudo, manteve-se até o fim do absolutismo, como classe política e economicamente dominante. Ao contrário do proposto por Marx e Engels, a monarquia absolutista não funcionava como um árbitro entre a aristocracia e a burguesia; era, no entanto, retrato de uma nobreza apavorada com a ascensão da sua antagonista. O texto evidencia o feudalismo como sistema detentor de uma unidade econômica e dominação política. Ao passo que a servidão ruía, essa unidade de coerção política e econômica, que estava saindo das mãos dos senhores feudais, passou a deslocar-se para a centralização num degrau superior: o Estado Absolutista. A diluição a nível de aldeia passou a ser uma centralização a nível nacional. O texto aborda ainda, como a dispersão de poder nas relações feudais favorecia o comércio nas cidades medievais, o que causava diretamente a ascensão da burguesia. Ainda, indústrias urbanas como ferro, papel e têxteis também se desenvolveram em paralelo à depressão feudal. Ainda, o texto aponta que as “novas” monarquias ergueram-se quase que simultaneamente (Luís XI na França, Fernando e Isabel na Espanha, Henrique VII na Inglaterra e Maximiliano na Áustria) frutos do reagrupamento feudal contra o campesinato, após a dissolução da servidão. Secundariamente, a burguesia evoluindo em direção às manufaturas pré-industriais também exerceram influência importante na formação dessas monarquias. O autor finaliza a introdução do seu livro expondo detalhadamente a contribuição da aplicação do direito romano e a modernização judiciária, que serviram apenas para centralizar mais ainda o poder nas mãos dos monarcas, além de discorrer sobre a importância do comércio e da guerra para manutenção desse sistema, que viria a vigorar até o século XIX.
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