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AFECÇÕES DE MEDULA ESPINAL
DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL
Antes podia ser classificada em Hansen tipo 1 (extrusão) e tipo 2, atualmente a classificação é de 1 a 3. Tipo 1 – extrusão do disco, tipo 2 - deformação do disco que provoca a compressão, de forma lenta e progressiva, e tipo 3 – lesão superaguda, que não permanece compressão. 
Etiologia: o núcleo do disco apresenta metaplasia condroide, diminuído a capacidade de absorção de impactos, e se forçar demais provoca a ruptura do hámulo e compressão da medula. O local mais comum é em região toracolombar (T3-L3), por ser uma área de maior pressão, L7-S1 também é um ponto comum.
Geralmente o processo é agudo, mas pode ser crônico se houver a extrusão de pouco material, paciente não faz repouso e sai mais material depois. Dor intermitente. Raças condrosdistóficas e de menor porte são mais comuns. Leva um tempo para que ocorra a metaplasia, mas grande parte dos animais apresenta a alteração com mais de 2 anos (Duchshund pode ter com menos).
SC grau 1: animal anda mas tem muita dor, grau 2: apresenta certa ataxia, paresia e déficits; grau 3: animal não anda pela paraparesia. Grau 4: paraplegia e com incontinência. Grau 5: 
Maioria dos animais fica em grau 3,5. 
Se recomenda tratamento cirúrgico a partir do grau 2, a partir do 3 é indicado só o cirúrgico, porém o procedimento é muito arriscado, por isso o ideal seria tentar primeiro o tratamento para os pacientes que ainda andam. Tratamento médico se baseia por manter esse paciente em confinamento por pelo menos 3 semanas, tempo necessário mínimo para cicatrização do hámulo para que não saia mais matéria. O uso de anti-inflamatório é inútil se não realizar o confinamento, pois ele não sente dor e pode piorar o caso pode usar AINE, mas de preferência usar corticoide (prednisona, dexmetasona em casos mais graves: mais de 0,25mg/kg para a neurologia não tem responsividade pois já saturou todos os receptores e só aumenta a chance de efeitos colaterais. Tratamento médico recupera até 90% dos casos de grau 1 e 2.
Trauma agudo de medula grau V com menos de 8hrs de evolução o tratamento pode ser realizado pela administração IV de succinato sódico de metilprednisolona (acetato não pode fazer IV) e dexametasona IV.
Fisioterapia e acupuntura (para dor com certeza funciona) pode ser realizado. 
Antes de 2 anos com exceção do Duchsund desconfiar de outros diferenciais. 
TRAUMA MEDULAR
Tem como causas, externas brigas, atropelamentos, ... e internas DDIV.
Lesões Primárias: Lesões concussivas, Lesões compressivas, 
Lesões Secundárias: Eventos bioquímicos, Lesões isquêmicas, Desequilíbrio hidroeletrolítico
Fisiologia do trauma:
SC de início AGUDO, não progressivo, e ter cuidado ao exame, certificar que o paciente não tem fratura ou luxação, pois se for instável vai piorar, então não faz reação postural e palpação epaxial. Localizar a lesão baseado em NMS. Usar a nocicepção como fator de prognóstico, pois precisa de compressão de 80% da coluna torácica e 60% em lombar para que ocorra.
Pode ocorrer choque espinhal, período no qual as reações posturais e reflexos estão diminuídos ou ausentes em NMS (lesão toracolombar) logo após o trauma, porém esse processo na veterinária é agudo, ocorre em torno de 30min apenas, e como muitos pacientes chegam depois de bastante tempo, isso já se reverteu.
Mielomalácia progressiva avalia pelo reflexo de panículo (cutâneo de tronco), quando sinais progridem cranialmente dentro de 24-48h. animal costuma ter febre, letargia, leucocitose, muita dor, acontece principalmente em Cocker spaniel, e não tem como reverter por isso se opta pela eutanásia pois a progressão pode atingir nervo frênico e o paciente apresentar parada respiratória consciente. 
Prognóstico: baseado em nocicepção, sendo que a maioria das lesões caudais a L5 tem 100% de recuperação, pois é um ponto onde a medula já acabou, só tem raiz nervosa.
Tratamento: imobilização, glicocorticóides em dose alta (mais de 30mg/kg sabe-se que evita peroxidação lipídica, porém é controverso, pois é 5 vezes a dose alta imunossupressora, e há estudos que indicam que esse protocolo não ajuda e pode matar mais), dexametanosa e analgésico (não AINE). 
Manter o paciente em fluido, inibidores de ions (muitos efeitos colaterais), e glicocorticoides. Polietileno glicol testes. 
EMBOLISMO FIBROCARTILAGINOSO
Liberação de fragmentos de discos com metaplasia condroide do núcleo pulposo. E em metade dos casos é após exercício.
É um processo agudo, não progressivo, e assimétrico em sua maioria. Mais comum em L4-S3 e entre T3-L3, ou seja, em maioria, acomete membros pélvicos. Não gera DOR pois medula não tem receptores de DOR. 
SC é focal, com ausência de dor e reflexo cutâneo do tronco assimétrico.
Exame neurológico: Sinais assimétricos, Reflexo cutâneo do tronco, Comuns sinais de NMI
Mielografia, análise LCR (não indica nada) e RM, podem no máximo concluir que há edema, então diagnóstico é por exclusão. 
Critérios de diagnóstico: Principalmente cães de grande porte, Início agudo não progressivo, Óbvia assimetria de sinais neurológicos, Ausência de dor espinhal em 12 horas (depois pelo processo inflamatório pode ter dor), início de melhora clínica em 3 a 7 dias.
Tratamento: boa recuperação, mantendo esse animal em repouso. Indicação de exercícios precoces como caminhada e natação. Fase aguda (<8 horas) SSMP (proibido em certos lugares) ou dexametasona em casos graves.
Fatores de mau prognóstico Nenhuma melhora em 14 dias, Ausência de nocicepção (isquemia muito grande), Sinais de NMI (por morte de corpo celular não tem como regenerar). 
ABORDAGEM CLÍNICA DE PARESIA/PLEGIA CRÔNICA
Doença do disco intervertebral - tipo II Mielopatia mais comum em cães geriátricos de grande porte (diferentes da tipo 1 que acomete animais pequenos e jovens), com idade >5 anos. Doença de evolução crônica de semanas a meses, decorrente de metaplasia fibróide do disco (enfraquecimento do hámulo)
Sinais Clínicos Ataxia (pela compressão), Paresia, pode chegar a paralisia não ambulatória, Sinais crônicos e progressivos, Dor espinhal variável (muitos nem tem muita dor, pois é crônico então a medula se adapta até onde pode conforme evolui a protrusão).
Diagnóstico Resenha/Anamnese (crônico e progressivo), Exame neurológico, Diagnóstico por imagem: Radiografia simples (diminuição de eiv - sugestivo), Mielografia (ponto de compressão), Ressonância magnética/Tomografia
Tratamento: médico na maioria dos casos (não opera quem não anda) Anti-inflamatórios (prednisona, melhor prednisolona pra poupar o fígado do paciente), Omeprazol ou Ranitidina (pelo tratamento longo com cortisol), Fisioterapia, Acupuntura, Cirurgia, Outras considerações terapêuticas: Repouso nessa doença é contra-indicado, Tratamento médico pode ser apenas temporário, Cirurgia melhora a resposta (pacientes com paresia severa), Prognóstico varia dependendo de vários fatores (obesidade, displasia coxofemoral...).
SÍNDROME DA CAUDA EQUINA 
Também pode ser denominado por: Estenose lombossacra, e pode ocorre por Espondilopatia lombossacra (L7-S1) Instabilidade lombossacra (indicado por espondilose lombossacra no RX, mas não significa que causa a problemática, apenas indica a instabilidade, logo é um achado).
Sinais Clínicos Dor em lombossacra, Demonstra dor em palpação de L7-S1 e levantando a cauda (sinal mais consistente), Fraqueza (SEM ATAXIA, ou seja, não tem incoordenação pois a medula já acabou, e não tem lesão em nervo femoral, mas como atinge raiz isquiática há fraqueza), Claudicação uni ou bilateral como em DCF (erro de diagnóstico), Reflexo flexor diminuído (isquiático) e patelar normal ou aumentado (nesse caso por pseudo hiperlexia, já que o flexor tá diminuído causando um desequilíbrio), Hipotonia ou atonia da cauda, Incontinência urinária/fecal
Diagnóstico Resenha (Pastor Alemão ou raças de grande porte, idosos), Anamnese (Dor, dificuldade de subir degraus, Hipotonia/atonia da cauda, Exame físico Dor em região lombossacra, Imagem (RX diagnosticaroutras causas; Epidurografia, TC, RM exames avançados mais pra pacientes que vão ser submetidos a cirurgia), EMG.
Tratamento Médico com restrição de movimento por 8 semanas, uso de anti-inflamatórios – prednisona; e cirúrgico para os que não responderem bem ao tratamento médico. Infiltrado de corticoide, precisa anestesiar o paciente e só melhora depois de três aplicações. 
Prognóstico desfavorável caso haja incontinência
Tratamento clínico oferece melhora temporária
Tratamento cirúrgico – maior probabilidade de melhora, deve ser associado com restrição de atividades por 3 meses
DISCOESPONDILITE
Infecção dos discos intervertebrais – mais comum em LS e torácica Mais comum em cães de grande porte
Microrganismos mais comumente envolvidos Brucella sp, Staphylococcus sp, Streptococcus sp
Imunossupressão? Foco de infecção? Não se sabe exatamente qual a causa.
Sinais Clínicos Sinais sistêmicos de infecção: febre, apatia, anorexia, perda de peso, Dor espinhal (porque afeta osso), Podem apresentar outros déficits neurológico devido a compressão de estruturas medulares. Porque a infecção do disco em si não causa problema, mas devido a lise óssea, formação de osteófitos causa problemas. 
Diagnóstico Radiografias (pode não pegar na aguda TC), Hemocultura e urocultura
Tratamento Antibióticos por 6 a 8 semanas, inicial IV por 7 dias depois via oral: Cefalosporinas (se não souber o microrganismo)
Ideal - Usar resultado do antibiograma Tetraciclinas com aminoglicosídeos (Brucella)
ESPONDILOMIELOPATIA CERVICAL OU SÍNDROME DE WOBBLER
Vários nomes para a mesma doença, indica a falta de conhecimento
Doença de cães adultos de grande porte Raça mais comum em Doberman
Fisiopatologia pacientes com estenose congênita do canal medular em região cervical , pode estar associado a Protrusão discal e Instabilidade articular e aumento nos ligamentos (compressão).
Sinais clínicos Sinais geralmente > 3-4 anos (média de 6 anos), Ataxia – membros torácicos espásticos e membros pélvicos fraqueza (há pacientes que já nascem com ataxia, porém esses indivíduos não vivem muito e tem morte súbita com 1-2 anos). Movimento em 2 tempos (a compressão entre C5 e C6 promove compressão do nervo musculocutâneo, mas o radial escapa da compressão, não há flexão de bíceps gerando passos curtos sem flexionar o membro), Tetraparesia, Hiperestesia cervical.
Diagnóstico Radiografias simples de pouco valor diagnóstico se usado como teste único, Mielografia normal e tração, TC e RM
Tratamento Conservador com Restrição de atividades e Prednisona 1 mg/kg SID diminuindo em 4 semanas
Cirúrgico Fenda ventral (slot) e Laminectomia dorsal
Outras causas de paresia/plegia crônica Neoplasias espinhais (mais comum em processos espinhosos torácicos), Mielopatia degenerativa (fisioterapia retarda a degeneração) e Hiperostose espinhal difusa.

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