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03 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA

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MICROECONOMIA E MACROECONOMIA 
AULA 03 – MICROECONOMIA 
Microeconomia é o campo de estudos da Economia que observa mercados específicos, o 
equilíbrio parcial, as partes que compõem um todo. 
Mercado, Equilíbrio de Mercado e Estruturas de Mercado 
Professora: Heloísa de Puppi e Silva 
 
CONTEÚDO 
1. MERCADO (OFERTA X DEMANDA) 
2. LÓGICA DO MERCADO (PRODUÇÃO X CONSUMO) 
3. FUNÇÃO DA OFERTA X FUNÇÃO DA DEMANDA (PREÇO E QUANTIDADE) 
4. EQUILÍBRIO DE MERCADO 
5. EXCESSO DE DEMANDA E EXCESSO DE OFERTA (PREÇO E QUANTIDADE) 
6. A EQUAÇÃO DA OFERTA X A EQUAÇÃO DA DEMANDA 
7. DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA NO MERCADO 
8. ESTRUTURAS DE MERCADO 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
Sistemas Econômicos (Economia Mista) 
Ambientes da Competitividade para posicionamento Estratégico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A maioria dos sistemas econômicos verificados hoje no mundo são caracterizados 
por uma Economia Mista, em que há mercados e a participação do governo. No mercado 
se formam os preços de bens e serviços, pela interação existente entre forças de oferta e 
de demanda. Indivíduos organizados em famílias e empresas buscam sua sobrevivência, 
como vimos anteriormente nas Aulas 01 e 02. Então, nós nos conhecemos, conhecemos o 
mundo em que vivemos e nos posicionamos estrategicamente para sobreviver na 
sociedade. 
Em estratégia empresarial, cruzamos informações sobre o ambiente interno e o 
ambiente externo à empresa. O estudo sobre o funcionamento dos mercados diz respeito 
ao ambiente externo à empresa. Quando conhecemos o comportamento dos 
consumidores, demanda, e dos produtores, oferta, reduzimos as incertezas sobre o 
Fluxo Real 
Fluxo Monetário $ 
Fluxo Circular da Renda 
Empresas 
Mercado de Bens e 
Serviços 
Mercado de 
Fatores 
Famílias 
Oferta 
Oferta 
Demanda 
Oferta $ 
Demanda 
Oferta $ Demanda $ 
Demanda $ 
Governo 
posicionamento estratégico e avançamos em nossa curva de aprendizagem, 
estabelecendo uma vantagem competitiva. Conhecer o funcionamento dos mercados reduz 
o “achismo” ou o “acho que” sobre o comportamento das pessoas em relação ao consumo 
ou à produção de determinado bem ou serviço. 
A competitividade empresarial é a capacidade da empresa sobreviver no mercado 
e ela possui três ambientes: o empresarial, o estrutural e o sistêmico. A empresa possui 
total domínio sobre as variáveis do ambiente empresarial, interno, porque dizem respeito 
ao seu próprio comportamento e funcionamento. Uma empresa age da mesma forma que 
um indivíduo que conhece suas habilidades, potencialidades, capacidades e se comporta 
de modo a se satisfazer. O mercado em que a empresa está inserida é um ambiente externo 
e caracteriza o ambiente estrutural, ou seja, da Estrutura de Mercado, sobre o qual a 
empresa não detém total controle sobre as variáveis, mas pode exercer influência por sua 
forma de se comportar. Já o ambiente sistêmico é externo e a empresa não tem controle 
ou participação alguma sobre as variáveis. O sistema econômico diz respeito ao ambiente 
externo e sistêmico da competitividade. A empresa precisa conhecer para se posicionar, 
mas sozinha não tem capacidade de alterar comportamentos ou variáveis. A 
competitividade empresarial ainda será tema da Aula 04. 
Competitividade Empresarial 
Ambiente Empresarial 
Ambiente Estrutural 
Ambiente Sistêmico 
 
 
 
 
1 MERCADO (OFERTA X DEMANDA) 
Oferta 
Demanda 
 
 
 
 
 
 
 
 
Redução do Risco, 
planejamento, orçamento, 
cenários, Sobrevivência dos 
indivíduos na vida em 
sociedade. 
Variáveis internas e variáveis externas. 
Análise da Competitividade. 
Sou consumidor, tenho uma 
estrutura de consumo e 
represento a Demanda. Quanto eu 
quero consumir a cada 
possibilidade de preço que se 
verificar? 
Sou produtor, tenho uma estrutura 
produtiva e represento a Oferta. 
Quanto eu quero produzir a cada 
possibilidade de preço que se 
verificar? 
Vou ao mercado verificar 
quanto a demanda está apta e 
disposta a pagar pelo meu bem 
ou serviço. 
Vou ao mercado. 
Vou ao mercado verificar quanto a oferta 
está apta e disposta a receber pelo bem ou 
serviço que quero adquirir. 
Mercado é o encontro das forças de Oferta e de Demanda. Assim, também 
podemos dizer que o mercado se forma com o encontro dos agentes: produtores e 
consumidores, ou, ainda, dizemos que se trata do encontro de duas estruturas, uma de 
consumo e outra de produção. Os preços se formam no mercado quando Oferta e Demanda 
entram em acordo. Mas, importa dizer que só há possibilidade de ocorrer uma transação 
de troca, compra e venda, se a Oferta e a Demanda estiverem em equilíbrio de mercado, o 
que muitas vezes pode oscilar, visto que há fatores que alteram tais estruturas 
consumidoras e produtivas. 
Para estudar o funcionamento dos mercados precisamos fazer algumas suposições 
teóricas, que ajudam a reduzir o número de variáveis que nos deparamos no dia a dia. 
Estudar mercados em meio a todas as variáveis é complexo e a sistematização de uma 
informação com todas as variáveis possíveis e imagináveis do ambiente interno e externo 
à empresa exigiria cálculos sofisticados e um número elevado de pessoas disponíveis para 
este trabalho. Como isto não é possível, a cada variável observada, vamos considerar a 
suposição coeteris paribus, mantidas as demais variáveis constantes. 
Além disto, teremos que considerar uma Concorrência Perfeita, também chamada 
de Concorrência Pura. Ela é uma Estrutura de Mercado, tida como suposição teórica, ou 
seja, não se verifica na prática. Para fazermos deslocamentos nas curvas de oferta e de 
demanda, temos que considerar uma Concorrência Perfeita, em que há muitos 
compradores, muitos consumidores, bens homogêneos e não há barreiras à entrada e à 
saída de compradores e consumidores dos mercados. 
Vamos entender como isto acontece. É possível considerar a existência de muitos 
produtores, muitos consumidores. No entanto, se levarmos em consideração o gosto e as 
preferências dos consumidores, os bens não podem ser considerados homogêneos. Em 
um primeiro momento, até podem “parecer” homogêneos, veja o mercado de commodities 
em sites, mas sempre há uma certa diferenciação, como a preferência de realizar uma 
transação com uma ou com outra pessoa, pela confiança que ela lhe transmite. Também 
podemos pensar no mercado de docinhos, como brigadeiros, por exemplo. Parece um 
produto homogêneo, mas todos nós sabemos aqueles que são mais gostosos aos nossos 
paladares. 
Barreiras à entrada ou a saída existem a todo momento. O custo de oportunidade 
na entrada de um mercado, o custo de saída, o custo de mudança de bens e serviços, são 
barreiras aos nossos comportamentos. Por exemplo, se você quiser ingressar no mercado 
de docinhos o investimento inicial é barato e não exige formalidade, poderia começar a 
produção de brigadeiros hoje e vender no dia seguinte. No entanto, há um custo de 
oportunidade. O que você teria que deixar de fazer para realizar esta atividade? Mesmo 
que baixo, qual seria seu investimento inicial? Estas são barreiras à entrada. Já as barreiras 
à saída estão relacionadas ao ato de desconstruir uma estrutura produtiva, vender todo 
maquinário, pagar todos os tributos, encargos sociais, “zerar” fluxo de caixa e passivos 
trabalhistas. Pense em trazer todo o fluxo de caixa da sua empresa para o valor presente, 
vender toda sua estrutura produtiva e honrar seus compromissos fiscais. Muitas vezes esta 
conta fecha no vermelho e você não pode ficar devendo se não encontrar uma forma de 
pagar. Por isso, muitas vezes empresas operam próximo ao negativo, mas continuam 
“girando”, porque o encerramento poderia colocá-laem dívida sem a possibilidade de 
pagamento. Aparentemente, abrir uma empresa é mais barato que fechar uma empresa. 
Vamos falar de custo de mudança. Todas as vezes que desejarmos alterar uma 
linha de produção, teremos que realizar um esforço, nem que seja o de aprendizagem. Da 
mesma forma, nós consumidores, temos custos de mudança com a troca de produtos e 
serviços. Quando você trabalha com uma operadora de telecomunicações e deseja trocar, 
terá que utilizar seu tempo para registrar o encerramento de sua atividade com uma 
operadora e também terá que utilizar seu tempo para iniciar com outra operadora. Isto é 
custo de oportunidade. Além disso, pode ser que tenha que trocar de aparelhos, aguardar 
visitas técnicas. Você quer se desgastar com isto? O que poderia fazer com este tempo? 
Muitas vezes nos limitamos a pensar apenas as questões financeiras que envolvem 
o comportamento do produtor e do consumidor. Mas, no entanto, há outros aspectos do 
comportamento humano que nos impedem de transitar livremente pelos mercados e dá a 
necessidade de fazer a suposição de uma Concorrência Perfeita, para estudá-los. 
 
2 LÓGICA DO MERCADO (PRODUÇÃO X CONSUMO) 
Oferta de mercado 
Demanda de mercado 
 
Ao se encontrarem no mercado, os Agentes da Oferta e da Demanda se deparam 
com diversas situações. Por isso, estudamos na Aula 02, Oferta e Demanda 
separadamente. É o encontro do comportamento do produtor com o comportamento do 
consumidor que determina o funcionamento dos mercados. Mas, as lógicas do produtor e 
do consumidor não deixam de existir. Ao se encontrarem, determinam a lógica da formação 
de preços no mercado. 
Lembre-se que a Oferta é uma estrutura produtiva e está de acordo com a vontade, 
o desejo e a capacidade do produtor. A Demanda é uma estrutura de consumo e está de 
acordo com a vontade, o desejo e a capacidade do consumidor. Ambos desejam a melhor 
satisfação, ou maximização dos resultados. 
Tanto a oferta quanto a demanda apresentam limites. Ou seja, esgotam a 
capacidade de produzir e esgotam a capacidade de consumir. Lembre-se a Lei dos 
Rendimentos Decrescente e da Lei da Utilidade Marginal Decrescente. Estes dois agentes 
irão se comportar de acordo com seus desejos e limites. Lembre-se que os limites estão 
expressos pelas curvas e não pelas retas. 
Vimos que na Oferta, a quantidade ofertada do bem x (Qox) está em função do 
preço (Px) e que a quantidade demandada do bem x (Qdx) está em função do preço (Px). 
Então, Qox = f(Px) e Qdx = f(Px). Ambas relacionam preço e quantidade do bem x. No 
entanto, para o produtor, quanto maior o preço mais ele consegue produzir do bem e para 
o consumidor, quanto maior o preço menos ele consegue adquirir de um bem. Vamos 
buscar compreendê-las, primeiramente, escrevendo as Curvas de Oferta e de Demanda 
em um mesmo gráfico. Como este gráfico reúne oferta e demanda, ele é um gráfico de 
Mercado do bem x. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P1 
Q1 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
Q2 
P2 
0 
Oferta do Bem x 
Ox 
P1 
Q2 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
Q1 
P2 
0 
Demanda do Bem x 
Dx 
Px 
Qx 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
0 
Mercado do Bem x 
Ox 
Dx 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preço do Bem x 
Quantidade do Bem x 0 
Demanda do Bem x 
P1 
P2 
Q1 Q2 
P2 
P1 
P2 
P2 
Q1 Q2 
mais inelástica mais elástica 
Dx = f(R; Pi; G; S; ...) 
Preço do Bem x 
Quantidade do Bem x 0 
Oferta do Bem x 
P1 
P2 
Q1 Q2 
P2 
P1 
P2 
P2 
Q1 Q2 
mais inelástica mais elástica 
Ox = f(πx; Pi; S; T; ...) 
Preço do Bem x 
Quantidade do Bem x 0 
Mercado do Bem x 
Px 
 Qx 
P2 
P2 
Dx = f(R; Pi; G; S; ...) 
Ox = f(πx; Pi; S; T; ...) 
 
3 FUNÇÃO DA OFERTA X FUNÇÃO DA DEMANDA (PREÇO E QUANTIDADE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
Quantidade ofertada é igual à quantidade demandada 
 
Veja que ao se encontrarem, as forças de Oferta e de Demanda estabelecem um 
ponto de Equilíbrio de Mercado. Ele ocorre quando os desejos, aptidões e as vontades de 
produzir e adquirir a quantidade de um determinado bem são as mesmas, considerando os 
mesmos preços dos interesses contrários das forças de Oferta e de Demanda. 
Neste ponto, consumidor e produtor concordam em preço e quantidade. Neste 
caso, pode ocorrer uma transação de troca. A transação é a verificação da compra e venda 
pelo acordo de um determinado preço por uma determinada quantidade. 
Quando a vontade, o desejo, a capacidade e a aptidão de produzir um bem ou 
serviço em um período de tempo equivalem, em preço (Px) e quantidade (Qox = Qdx), à 
vontade, ao desejo, à capacidade e à aptidão de adquirir determinado bem em um período 
de tempo, há o Equilíbrio de Mercado. Assim: 
 
 
 
 
Qox = a + b(Px) 
OFERTA 
Preço do Bem x (Px) <> Quantidade do Bem x (Qox) 
Qox = f(Px) 
DEMANDA 
Preço do Bem x (Px) <> Quantidade do Bem x (Qdx) 
Qdx = f(Px) 
Qdx = a - b(Px) 
Qx = f(Px) 
MERCADO 
Para um Px >>> Qox = Qdx 
EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como, a um determinado preço, a soma das ofertas individuais determina a oferta 
de mercado e, ao mesmo preço, a soma das demandas individuais determina a demanda 
de mercado, temos uma teia de relações entre os diversos produtores e consumidores que 
participam de um mercado. O gráfico abaixo mostra porque ocorre de algumas pessoas 
comprarem uma camiseta branca por $20,00 e outras $100,00. Suponha que o bem x são 
camisetas brancas. Há diversos tipos, marcas, tecidos, cortes, preços, produtores e 
consumidores. Alguns ofertam mais barato e outros mais caro, alguns pagam mais outros 
menos. Estes comportamentos em conjunto determinam o mercado de camisetas brancas. 
Nele há diversos equilíbrios de acordos entre os diversos produtores e consumidores. 
Mas se desejarmos ter uma informação sobre o total de camisetas brancas 
produzidas, termos que somar toda a produção (Qx) e multiplicar pelo preço (Px) que cada 
uma foi vendida. Seria somar a receita obtida por cada empresa com a venda de camisetas 
brancas. Este valor confere a produção em valores monetários ($) de camisetas brancas. 
Nem todos os setores e produtos da economia podem ser mensurados pela quantidade 
produzida e vendida. Por isso, calculamos o produto pelo valor monetário de cada mercado. 
A soma da produção de todos os mercados da economia é o Produto Interno Bruto (PIB) 
de um país. 
 
 
 
 
 
 
PE 
QE 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
0 
Mercado do Bem x 
Ox 
Dx 
Equilíbrio de Mercado 
Qox = Qdx 
Px 
Preço do Bem x 
Quantidade do Bem x Qox1 Qox2 0 
Ox1 + Ox2 = OxM 
QoxM 
Px 
Preço do Bem x 
Quantidade do Bem x 
Mercado do Bem x 
Qdx1 Qdx2 0 
Dx1 + Dx2 = DxM 
QdxM 
Comportamento individual e 
comportamento do mercado. 
 
5 EXCESSO DE DEMANDA E EXCESSO DE OFERTA (PREÇO E QUANTIDADE) 
 
Excesso de oferta 
Excesso de demanda 
 
Observe que qualquer preço acima do preço de Equilíbrio de Mercado gera um 
excesso de Oferta em relação à demanda, o que provocará uma pressão para baixo nos 
preços. Por outro lado, qualquer preço abaixo do preço de Equilíbrio de Mercado gera um 
excesso de Demanda em relação à Oferta, o que provoca uma pressão nos preços paracima. 
Isto é simples de entender. Para qualquer preço acima do preço de equilíbrio (Px > 
PE), há maior quantidade ofertada que demandada (Qox > Qdx). Quando há muita oferta 
de um bem e poucas pessoas querendo comprar o que ocorre com o preço? Cai. As 
empresas baixam os preços e escoam estoques. 
Se ocorrer o contrário, quando o preço está abaixo do preço de equilíbrio (Px < PE) 
a quantidade ofertada é menor que a quantidade demandada (Qox < Qdx). Neste caso, a 
demanda deseja adquirir mais unidades do bem, mas a oferta não consegue produzir este 
volume por este preço, então o preço aumentará até encontrar o equilíbrio novamente. 
Quando há muita gente querendo comprar e pouca produção o que acontece com o preço? 
Sobe. Se isto ocorrer de modo generalizado nos mercados da economia há inflação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 A EQUAÇÃO DA OFERTA X A EQUAÇÃO DA DEMANDA 
 
PE 
QE 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
0 
Mercado do Bem x 
Ox 
Dx 
Equilíbrio de Mercado 
Qdx < Qox 
PE 
QE 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
0 
Mercado do Bem x 
Ox 
Dx 
Equilíbrio de Mercado 
Px > PE 
Px < PE 
Qox < Qdx 
É possível compreender Equilíbrio de Mercado por meio de esboço gráfico e da 
resolução de sistemas de equações e pelos conceitos firmados a partir de bases teóricas 
sobre oferta e demanda. 
Ainda sobre a observação do Equilíbrio de Mercado, vamos realizá-la a partir das 
equações de Oferta (Qox = a + bPx) e de Demanda (Qdx = a – bPx). Como no Equilíbrio 
de Mercado as quantidades para determinado preço transacionado de um bem são as 
mesmas (Qox = Qdx), é possível igualar as equações. Dessa forma, é possível encontrar o 
preço e a quantidade de Equilíbrio de Mercado. 
Vamos fazer um exemplo de cálculo de preço e quantidade de equilíbrio de 
mercado caso tenhamos as equações da oferta e da demanda. 
 Suponha que Qox = 20 + 5Px e que Qdx = 80 – 10Px; então 
 Este é um sistema de duas equações e duas variáveis; e 
 Se em equilíbrio Qox = Qdx, então, substituindo as equações; temos 
 20 + 5Px = 80 – 10Px, e para resolver, isolamos Px; de forma que 
 5Px + 10Px = 80 – 20; e 
 15Px = 60; e 
 Px = 60/15; então 
 Px de equilíbrio é = 4,00$. 
 
 Para encontrar a quantidade de equilíbrio, basta substituir o preço em qualquer uma das duas 
equações, de oferta ou de demanda: 
 Na oferta, temos Qox = 20 + 5(4,00), então Qox = 20 + 20; e 
 Qox de equilíbrio é = 40 unidades. 
 Na demanda, temos Qdx = 80 – 10(4,00), então Qdx = 80 – 40; e 
 Qdx de equilíbrio é = 40 unidades. 
 Então o preço e a quantidade de equilíbrio de mercado são respectivamente, $4,00 para 40 
unidades do bem x. Veja o gráfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA NO MERCADO 
 
Deslocamentos de oferta e de demanda 
 
As situações de excesso de oferta e excesso de demanda mostram que nem 
sempre o Mercado está em uma situação de equilíbrio. Isto porque, conforme vimos na 
4,00 
40 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
0 
Mercado do Bem x 
Ox 
Dx 
Equilíbrio de Mercado 
Qox = Qdx 
Aula 02, há variáveis que provocam variações na estrutura produtiva ou na estrutura de 
consumo dos bens e serviços. Ou seja, há variáveis que deslocam as curvas de Oferta e 
de Demanda dos bens provocando desequilíbrios no Mercado, observados pelo excesso 
de Oferta em relação à Demanda ou excesso de Demanda em relação à Oferta. E aí? Aí, 
as pressões nos preços provocadas por essas situações restabelecerão um NOVO 
Equilíbrio de Mercado, com preços e quantidades diferentes das situações iniciais. 
O gráfico abaixo expressa a situação inicial de equilíbrio de mercado. Sobre ele 
faremos algumas suposições de variação da oferta e da demanda, na condição coeteris 
paribus e supondo uma concorrência perfeita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PE 
QE 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
0 
Mercado do Bem x 
Ox 
Dx 
Equilíbrio de Mercado 
Qox = Qdx 
O que alterou foi a capacidade produtiva, de acordo 
com o avanço tecnológico. Isto é expresso por um 
deslocamento da curva de oferta para a direita. Veja 
que o preço (Px) diminuiu de PE para PE’ e a 
quantidade (Qx) aumentou de QE para QE’. 
Assim: 
Ox’ é maior que Ox 
PE’ < PE; e 
QE’ > QE. 
QE 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
PE 
Mercado do Bem x 
QE’ 
Ox = f(πx; T; S; Pi; ...) 
Ox’ = f(πx; T ; S; Pi; ...) 
“coeteris paribus”!!! 
Suponha um avanço tecnológico, 
mantidas as variáveis πx; S e Pi 
constantes. 
Dx 
E 
E´ PE’ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que alterou foi a capacidade produtiva, de acordo 
com o período desfavorável à produção do bem x. 
Isto é expresso por um deslocamento da curva de 
oferta para a esquerda. Veja que o preço (Px) 
aumentou de PE para PE’ e a quantidade (Qx) 
diminuiu de QE para QE’. 
Assim: 
Ox’ é menor que Ox 
PE’ > PE; e 
QE’ < QE. 
QE’ 
Ox’ = f(πx; T; S; Pi; ...) Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
PE’ 
Mercado do Bem x 
QE 
Ox = f(πx; T; S; Pi; ...) 
“coeteris paribus”!!! 
Suponha uma sazonalidade desfavorável à 
produção do bem x, mantidas as variáveis 
πx; T e Pi constantes. 
Dx 
E’ 
E PE 
O que alterou foi a capacidade de consumir, de 
acordo com a redução da renda da população. Isto é 
expresso por um deslocamento da curva de 
demanda para a esquerda. Veja que o preço (Px) 
diminuiu de PE para PE’ e a quantidade (Qx) 
diminuiu de QE para QE’. 
Assim: 
Dx’ é menor que Dx 
PE’ < PE; e 
QE’ < QE. 
QE’ 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
PE’ 
Mercado do Bem x 
QE 
Ox 
“coeteris paribus”!!! 
Suponha uma redução no nível de renda da 
população, mantidas as variáveis S; G e Pi 
constantes. 
E 
E’ 
PE 
Dx = f(R; G; S; Pi; ...) 
Dx’ = f(R’ ; G; S; Pi; ...) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 ESTRUTURAS DE MERCADO 
 
Monopólio 
Oligopólio 
Concorrência monopolística 
Concorrência perfeita 
Oligopsônio 
Monopsônio 
 
O ambiente estrutural da Competitividade é determinado pelas Estruturas de 
Mercado existentes. São elas: Concorrência Perfeita, Concorrência Monopolística, 
Oligopólio, Monopólio, Oligopsônio e Monopsônio. A Estrutura de Mercado determina a 
influência da empresa nas decisões de preço e quantidade praticadas no mercado em que 
atua. Quanto mais concentrado o mercado, maior o poder de terminação ou de influência 
na empresa nos comportamentos de preço e na definição da quantidade. 
Estruturas de mercado são caracterizadas de acordo com o número de produtores, 
o número de compradores, a diferenciação dos bens e suas barreiras à entrada ou à saída 
do mercado. 
 
 
 
O que alterou foi a capacidade de consumir o bem x, 
de acordo com o aumento do preço dos outros bens 
(Pi). Isto é expresso por um deslocamento da curva 
de demanda para a direita. Veja que o preço (Px) 
aumentou de PE para PE’ e a quantidade (Qx) 
aumentou de QE para QE’. 
Assim: 
Dx’ é maior que Dx 
PE’ > PE; e 
QE’ > QE. 
QE’ 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
PE’ 
Mercado do Bem x 
QE 
Ox 
“coeteris paribus”!!! 
Suponha um aumento no preço dos outros 
bens (Pi), substitutos, mantidas as variáveis 
S; G e R constantes. 
E 
E’ 
PE 
Dx’ = f(R; G; S; Pi’ ; ...) 
Dx = f(R; G; S; Pi; ...) 
Número de 
ProdutoresNúmero de Consumidores 
Bens homogêneos e Bens 
diferenciados Barreiras à Entrada e 
Barreiras à Saída 
No início desta aula foi abordada a Concorrência Perfeita, também denominada de 
Concorrência Pura por alguns autores. Ela é uma suposição teórica que na prática tem 
maior relação com uma Concorrência Monopolítica. A Concorrência Monopolística é 
caracterizada por muitos produtores, muitos consumidores, baixa diferenciação dos bens, 
baixas barreiras à entrada e à saída. No entanto, há algumas empresas que têm grande 
participação de mercado e dominam o Market-share. Um exemplo seria o mercado de 
chocolates. Há muitos produtores, muitos compradores, caso desejasse você poderia 
realizar baixo investimento e iniciar a participação. Contudo há grandes corporações que 
dominam e se destacam neste mercado. 
A construção civil e o mercado de móveis também são concorrências 
monopolísticas. O termo “monopolística” está relacionado ao domínio de uma empresa ou 
de outra diante das demais. Nestes mercados há muitos produtores, muitos consumidores, 
há baixas barreiras à entrada e alguns produtores se destacam e dominam o mercado, 
participando inclusive da bolsa de valores. Pães, biscoitos, vassouras, entre outros, 
também são exemplos. Para entender melhor na prática, pergunte se é fácil começar a 
participar de um mercado ou se há necessidade de muito esforço e investimento inicial. 
Veja que, aparentemente, é simples participar do mercado de pães, biscoitos, vassouras, 
roupas, móveis, alimentação, entre outros. Você também pode pensar se você encontra 
fácil um produtor deste mercado, como se ele pudesse “existir em qualquer esquina”. 
Oligopólios se caracterizam por poucos produtores, muitos compradores e altas 
barreiras à entrada e à saída do mercado. Os bens podem ser homogêneos ou 
diferenciados. Há oligopólios como celulose e papel que exigem alto investimento inicial 
mas transformam produtos consideravelmente homogêneos. Você não encontra uma 
empresa de celulose e papel em qualquer esquina. 
São diversas as barreiras à entrada ou à saída de mercados. Elas sempre levam 
em consideração o custo de oportunidade, a curva de aprendizagem, o esforço e a relação 
entre custo e benefício. Para abrir uma empresa o produtor precisa estar apto e disposto a 
se dedicar a esta tarefa. Para isto ele considerará os padrões de competitividade exigidos 
em cada mercado como: aspectos legais, conhecimentos, técnicas, investimento inicial, 
nível da escala de produção, marketing, a relação com os produtores, a relação com os 
consumidores, entre outras variáveis. Para decidir sobre o ingresso em um mercado 
fazemos análises de competitividade, estruturamos planos de negócios e despendemos 
tempo. Costumo dizer em sala de aula que o melhor plano de negócios existente seria 
estimar as curvas de oferta e de demanda do mercado que desejamos participar. Como o 
conhecimento disponível para isto está aquém do esperado, seria prudente e suficiente 
utilizarmos esboços gráficos, com o comportamento do produtor e do consumidor e “colocar 
o maior número de variáveis envolvidas no papel”. Quando você enxerga e conhece o 
problema, melhora o processo de tomada de decisão, reduz riscos e incertezas sobre sua 
sobrevivência no mercado. 
Para desmistificar as barreiras à saída, pergunte para pessoas que possuem 
negócios, donos de empresas e produtores qual seria o esforço para sair do mercado que 
esta pessoa participa. Veja o que ela lhe responde. Ainda falaremos mais sobre 
competitividade empresarial na Aula 04. 
 Entendendo que uma Concorrência Monopolística possui muitos produtores e um 
Oligopólio possui muitos compradores, podemos nos perguntar como uma Concorrência 
Monopolística pode se tornar um Oligopólio. Trata-se de um processo de concentração de 
mercado que se origina na competição pela sobrevivência. Se a competitividade 
empresarial é a capacidade de a empresa sobreviver no mercado, cada vez que ela não for 
competitiva está em situação de risco e pode se unir ou se vender a outra. Ocorrem, então, 
os processos de fusões e aquisições. Isto significa que um volume maior de estruturas 
produtivas passa para o domínio de poucos. Oligopólio é o poder de poucos no mercado 
em que atuam. Uma empresa que participa de um oligopólio exerce maior influência em 
seu concorrente do que uma empresa que atua em uma Concorrência Monopolística. 
Compare a concentração de mercado com as competições de futebol. O que precisa para 
um time ser competitivo e permanecer na “primeira divisão” dos campeonatos? O que 
acontece se ele não for competitivo? A diferença é que uma empresa que não seja 
competitiva pode não ter a chance de se reorganizar e voltar a participar do mercado. Isto 
gera concentração de estruturas produtivas nas mãos de poucos e desemprego. Por isso 
existe a importância de estudarmos para continuarmos participando dos mercados. A 
competitividade é a luta diária de sobrevivência dos indivíduos e empresas na sociedade. 
O problema é que olhamos para isto como um emaranhado de informações e 
“achamos” que “todo mundo sabe de tudo”. Aí, isto se parece sem respostas e se torna 
cansativo sobreviver. Comece a perguntar, e a colocar as informações no papel, você verá 
que os esforços são muito mais simples do que imaginava. Poucas pessoas “colocam as 
informações no papel”. Isto quer dizer que poucas pessoas estudam de fato. Se você o 
fizer, já caminhou bastante para sua própria sobrevivência. Avance em sua própria curva 
de aprendizagem. Construa o seu conhecimento. Isto é válido para estratégias gerenciais. 
Faça esboços dos entes envolvidos, dos fluxos de informação, das variáveis e ambientes 
relacionados. As informações são assimétricas. Nem todas as informações estão 
disponíveis, mas nos cabe utilizar ao máximo as acessíveis. Domínio de informação é 
“poder”. Mas, normalmente, elas estão disponíveis e não sabemos onde encontra-las e 
como utilizá-las. Veremos fontes de dados e informações nas próximas aulas. 
Os mercados apresentam informações assimétricas. Ou seja, há firmas com maior 
conhecimento sobre dados e informações internas e externas e, por isso, com maiores 
chances de se posicionar estrategicamente e obter sucesso nos resultados de suas 
escolhas. A forma como a empresa levanta dados e informações, os processa, os 
compartilha e os utiliza para a tomada de decisão é um diferencial competitivo. 
Seguindo com as Estruturas de Mercado, o nível mais concentrado de poder de 
mercado é o Monopólio, em que há apenas um produtor para muitos compradores. Apenas 
uma empresa produz. Há monopólios naturais e monopólios estabelecidos por leis. O 
Governo pode instituir um monopólio por lei, como o caso da Petrobrás durante anos. 
Quando “se quebra” um monopólio legal, ele pode se tornar natural porque torna-se difícil 
o ingresso de outra empresa no mercado capaz de competir com aquela que esteve sobre 
a liderança durante anos. As distribuidoras de energia elétrica também possuem esta 
característica. Durante anos foram empresas Estatais e, depois do novo marco regulatório 
do setor, continuam dominando o mercado, quase como um monopólio natural, apesar de 
existir poucas competidoras, ou “subsidiárias”, terceirizadas, que parecem muito pequenas 
quando comparadas com aquelas que estão no poder há anos. Em monopólios apenas 
uma empresa decide sobre o preço a ser praticado no mercado e em um Sistema de 
Economia Mista pode existir agências regulatórias como verificado no Brasil, ANEEL, 
ANATEL, entre outras, que ponderam as precificações dos mercados, com o intuito de 
garantir o bem estar social e o acesso de pessoas de baixa renda. 
Para entender Oligopsônio e Monopsônio temos que olhar “para trás”na cadeia 
produtiva. Para Concorrência Monopolística, Oligopólio e Monopólio pensamos no número 
de produtores. Quando olhamos “para trás” pensamos no número de compradores ou 
consumidores e estes também podem exercer poder de compra no mercado, também 
chamado de poder de barganha. Normalmente Oligopólios e Monopólios são Monopsônios, 
um comprador para muitos vendedores, e Oligopsônios, poucos compradores para muitos 
vendedores. As montadoras caracterizam um oligopólio e também um oligopsônio, quando 
pensamos que existem diversos produtores de tecidos e que estes competem para ofertar 
às empresas. As montadoras possuem poder de negociação para frente e para trás na 
cadeia produtiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
1. Leia o Capítulo 2 – “Formação de Preços e Equilíbrio de Mercado”, do livro “Princípios de Economia: micro e 
macro”, de Flávio Ribas Tebchirani, da Editora IBPEX. 
 
 
2. Leia a Primeira Parte – “Princípios de Economia Aplicada”, do livro “Economia, Dinheiro e Poder Político” 
Princípios de Economia: micro e macro, de Gerson Lima, da Editora IBPEX. 
 
 
3. Esboce o gráfico do Mercado de Cosméticos, com as curvas de oferta e de demanda. Em seguida, mostre 
graficamente o que ocorreria com a demanda por cosméticos caso houvesse uma redução da renda da 
população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P 
Q 
O 
D 
E 
PE 
QE 
E’ 
QE’ 
PE’ 
D’ 
Mercado de Cosméticos 
Algodão, fiação, ... Tecidos para 
veículos 
Montadoras 
de Veículos 
Consumidores 
Oligopsônio Oligopólio 
4. Esboce graficamente o mercado do bem X (camisetas brancas) e o mercado do bem i (camisetas pretas). 
Mostre o que ocorre com o comportamento do consumidor do bem x, diante de um aumento do preço do bem i, 
provocado pelo aumento do custo de produção da tinta da camiseta preta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso ocorra um aumento no preço da camiseta branca, os consumidores preferirão adquirir camisetas brancas. 
A curva de demanda se desloca para a direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que alterou foi a capacidade produtiva, de acordo 
com o aumento do custo de produção do bem i. Isto 
é expresso por um deslocamento da curva de oferta 
para a esquerda. Veja que o preço (Px) aumentou de 
PE para PE’ e a quantidade (Qx) diminuiu de QE para 
QE’. 
Assim: 
Oi’ é menor que Oi 
PE’ > PE; e 
QE’ < QE. 
QE’ 
Oi’ = f(S; T; πx; Pi; ...) Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
PE’ 
Mercado do Bem i 
Camisetas Pretas 
QE 
Oi = f(πx; T; S; Pi; ...) 
“coeteris paribus”!!! 
Suponha um aumento do custo de produção 
(πx) do bem i (camisetas pretas), mantidas 
as variáveis S; T e Pi constantes. 
Dx 
E’ 
E PE 
O que alterou foi a capacidade de consumir o bem x, 
de acordo com o aumento do preço dos outros bens 
(Pi). Isto é expresso por um deslocamento da curva 
de demanda para a direita. Veja que o preço (Px) 
aumentou de PE para PE’ e a quantidade (Qx) 
aumentou de QE para QE’. 
Assim: 
Dx’ é maior que Dx 
PE’ > PE; e 
QE’ > QE. 
QE’ 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
PE’ 
Mercado do Bem x 
Camisetas Brancas 
QE 
Ox 
“coeteris paribus”!!! 
Se ocorrer um aumento no preço dos outros 
bens (Pi) – aumento da camiseta preta, bem 
substituto, mantidas as variáveis S; G e R 
constantes. 
E 
E’ 
PE 
Dx’ = f(R; G; S; Pi’ ; ...) 
Dx = f(R; G; S; Pi; ...) 
5. Sobre o mercado de alimentação, que empresas como Nestlè e Kraft participam, assinale a alternativa Correta. 
a. Trata-se de um Oligopólio. 
b. Quando os produtores de alimentos compram soja para os alimentos, o mercado é um 
Oligopsônio. 
c. A produção de alimentos é uma Concorrência Perfeita. 
d. A produção de bebidas para as pessoas é um Oligopólio. 
e. Tanto a produção de alimentos quanto de bebidas é uma concorrência monopolística. Há 
diversos produtores e consumidores, mas alguns se destacam. 
 
6. Sobre a estrutura de mercado de freezers e geladeiras, assinale a alternativa Correta. 
a. Trata-se de um Oligopólio. Poucos produtores e muitos compradores (atrelado à alta barreira à 
entrada no mercado) 
b. É um monopólio. 
c. Caracteriza-se como uma Concorrência Perfeita. 
d. Tem características de uma Concorrência Monopolística. 
 
7. Resolva as seguintes questões: 
 
a. Dadas as equações das Curvas de Oferta e de Demanda, determine o preço e a 
quantidade de Equilíbrio de Mercado. Esboce graficamente. 
QO = 24 + 6p 
QD = 80 – 12p 
Em equilíbrio, QOx = QDx 
 
2 equações e duas variáveis... então, substituindo, 
24 + 6px = 80 – 12px 
6px + 12 px = 80 – 24 
18px = 56 
px = 56/18 
px = 3,11 
 
substituindo o preço para encontrar a quantidade de equilíbrio: 
 Na curva de Oferta: 
QOx = 24 + 6(3,11) = 24 + 18,66 ► QOx = 42,7 
 Na curva de Demanda: 
QDx = 80 – 12(3,11) = 80 – 37,32 ► QDx = 42,7 
(marcaremos 42, no gráfico, considerando unidades inteiras) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b. Que demanda é mais elástica? A Curva A ou a Curva B? Esboce graficamente. 
 
(A) QD = 70 – 6p 
(B) QD = 70 – 18p 
 
Para resolver, basta atribuir valores a px. 
 
3,11 
42 
Preço do Bem x 
Quantidade do 
Bem x 
0 
Mercado do Bem x 
Ox 
Dx 
Equilíbrio de Mercado 
Qox = Qdx 
Se px = 0 ►►► QDA = 70 – 6(0) = 70 QDB = 70 – 18(0) = 70 
Se px = 1 ►►► QDA = 70 – 6(1) = 64 QDB = 70 – 18(1) = 52 
Se px = 2 ►►► QDA = 70 – 6(2) = 58 QDB = 70 – 18(2) = 34 
 
Considerações: 
 A cada unidade de acréscimo do preço para a demanda A, há uma redução de 6 unidades 
adquiridas. 
 A cada unidade de acréscimo do preço para a demanda B, há uma redução de 18 unidades 
adquiridas. 
 Comparando as duas curvas, a demanda B é mais sensível à variação de preços. Caso 
ocorra o aumento de uma unidade do preço, o consumidor deixa de comprar 18 unidades do 
bem. 
 Note que o coeficiente de inclinação da curva determina as variações da quantidade a cada 
unidade a mais adquirida do bem. 70 – 64 = 6 e 64 – 58 = 6; da mesma forma, 70 – 52 = 18 e 52 
– 34 = 18. Então, para determinar a elasticidade observe primeiramente o coeficiente de 
inclinação da curva. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLLOS, Marco Antonio Sandoval (Org.). Manual de 
economia. (Equipe dos Professores da USP). 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
 
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução a Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
 
VASCONCELLOS, Marco A S.; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. 3. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
 
 
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75
Demanda do Bem x (A e B)
DA DB

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