Buscar

macroeconomia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Lista de exercícios do sai valendo nota
	
	O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), é:
	
	
	
	
	um indicador socioeconômico;
	
	
	um indicador das sociedades sem fins lucrativos ;
	
	
	um indicador das sociedades sem fins lucrativos nacionais e internacionais ;
	
	
	um indicador social;
	
	
	um indicador econômico;
		O produto Interno Bruto, a preço de mercado, equivale a:
	
	
	
	
	Produto Interno Líquido a preço de mercado + amortização de empréstimos externos
	
	
	Produto Nacional Líquido a preço de mercado + dívida externa bruta
	
	
	Produto Interno Líquido a custo de fatores + impostos indiretos + depreciação ¿ subsídios
	
	
	Produto Interno Bruto a custo de fatores + renda líquida enviada ao exterior.
	
	
	Produto Nacional Bruto a preço de mercado + impostos indiretos ¿ subsídios
		Tendo-se uma interseção entre as curvas de oferta e de demanda agregadas, sendo que esta curva de oferta está no pleno emprego dos fatores de produção, assim, todo e qualquer aumento da demanda (cuja curva se deslocará para a direita e para cima) irá gerar:
	
	
	
	
	Queda da oferta
	
	
	Queda da oferta e dos preços
	
	
	Queda dos preços
	
	
	Aumento da oferta
	
	
	Aumento dos preços
		A inflação também pode se causada por aumentos autônomos nos preços de matérias-primas básicas, os chamados choques de matérias-primas (crise do petróleo, choques agrícolas). Política adotada: Controle direto de preços (via política salarial rígida, fiscalização sobre os lucros dos oligopólios, controle de preços dos produtos). Assinale a alternativa correta:
	
	
	
	
	Inflação de Demanda: O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos preços dos produtos.
	
	
	Hiperinflação: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes.
	
	
	Inflação de Demanda: Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda deteriora-se e portanto há um estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis).
	
	
	Inflação de Expectativas: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes.
	
	
	Inflação de Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes.
		Assinale a afirmativa correta.
	
	
	
	
	em termos gerais, pode-se dizer que o PIB potencial indica a capacidade de crescimento da economia a curto prazo, enquanto que o PIB efetivo mostra as oscilações do PIB a longo prazo
	
	
	o PIB efetivo e o PIB potencial mostram as oscilações do PIB a longo prazo
	
	
	em termos gerais, pode-se dizer que o PIB potencial indica a capacidade de crescimento da economia a longo prazo, enquanto que o PIB efetivo mostra as oscilações do PIB a curto prazo
	
	
	o PIB efetivo e o PIB potencial sempre devem coincidir
	
	
	em termos gerais, pode-se dizer que o PIB potencial e o PIB efetivo mostram as oscilações do PIB a curto prazo
		A situação ideal para a economia de um país crescer e desenvolver se traduz quando
	
	
	
	
	O PIB tiver resultado positivo
	
	
	A população consumir sua remuneração total na aquisição de bens
	
	
	O governo gastar mais que arrecada
	
	
	A inflação for persistente em preços controlados pelo governo
	
	
	As importações sendo maiores que as exportações se coeteris paribus
		Leia atentamente as considerações a seguir e assinale a afirmativa correta a respeito da taxa de juros, poupança e dos bancos.
I- A taxa de juros expressa o prêmio de espera que um indivíduo aufere por renunciar ao consumo presente em favor do consumo futuro.
II- A taxa de juros é determinada pela igualdade entre a oferta (poupança) e a demanda (investimento) dos fundos disponíveis para empréstimo.
III- Os bancos cumprem apenas o papel de repassadores das poupanças dos outros agentes depositadas nos bancos. A poupança é claramente uma condição necessária para o investimento.
	
	
	
	
	I e III são falsas e II é verdadeira
	
	
	I, II e III são falsas
	
	
	I, II e III são verdadeiras
	
	
	I e II são verdadeiras e III é falsa
	
	
	I e II são falsas e III é verdadeira
	
	O Banco Central do Brasil tem como uma de suas atribuições:
	
	
	
	
	fiscalizar os repasses de recursos pelo BNDES.
	
	
	acompanhar as transações em bolsas de valores.
	
	
	assegurar o resgate dos contratos de previdência privada.
	
	
	garantir a liquidez dos títulos de emissão do Tesouro Nacional.
	
	
	receber os recolhimentos compulsórios dos bancos.
		Sobre os indicadores macroeconômicos, assinale a resposta verdadeira:
	
	
	
	
	Suponha que hoje o dólar fechou com a cotação de R$ 3,30. Se amanhã esse valor passar para R$ 2,50, terá ocorrido uma valorização do real.
	
	
	Quando há mais gente querendo comprar um bem do que há capacidade para produzir esse bem, os preços sobem. Essa inflação é chamada de ¿inflação de custos¿.
	
	
	A taxa SELIC, que encontra-se atualmente no valor de 14,25% ao ano, representa a taxa média normalmente paga pelos consumidores em financiamentos e para contrair empréstimos junto ao setor bancário.
	
	
	Um dos principais ¿inimigos¿ históricos do governo brasileiro na área econômica é a inflação. Nesse sentido, O Banco Central tem como meta inflação de 0% ao ano (IPCA), aceitando no máximo 2% ao ano.
	
	
	
		Quest.: 10
	
		A fórmula que expressa a relação de trocas é:
	
	
	
	
	Relação de troca = índice dos preços de exportação + 1
                             índice dos preços de importação
	
	
	Relação de troca = índice dos preços de importação X 100
                             índice dos preços de exportação
	
	
	Relação de troca = índice dos preços de exportação X 100
                             índice dos preços de importação
	
	
	Relação de troca = índice dos preços de exportação  - 1
                             índice dos preços de importação
	
	
	Relação de troca = índice de preços de exportação - índice de preços de importação
Aula 1 sia
Estudo leitura capitulo 1 Macroeconomia 
A Microeconomia estuda como as famílias e empresas tomam decisões e como interagem nos mercados. Basicamente estuda a relação entre vendedores e compradores, ou seja, entre a oferta e a demanda.
O encontro entre os ofertantes e os demandantes acaba por determinar o preço do produto comercializado. A determinação dos preços é a essência da Microeconomia.
Já a Macroeconomia parte da relação entre a oferta e a demanda na determinação dos preços, mas consiste no estudo da Economia como um todo e tem por objetivo explicar as mudanças que afetam o seu funcionamento, procura explicar, por exemplo, por que a renda média é elevada em alguns países e baixa em outros, por que os preços sobem rapidamente em algumas épocas e permanecem estáveis em outras e por que a produção e o emprego aumentam em alguns anos e se contraem em outros.
Produto Interno Bruto (PIB)
Para monitorar o desempenho da economia em sua totalidade, os órgãos estatísticos calculam o Produto Interno Bruto (PIB), que vem a ser a produção total de um país ou de regiões.
Uma vez que a produção que está sendo calculada é a produção vendida, o PIB de um país pode também ser mensurado através da despesa total dos compradores na aquisição dos bens e serviços produzidos na sua economia.
O dinheiro gerado nas vendas totais no país vem a ser o total dos recursos financeiros que todos têm para viver.
É a renda total de um país e indica se uma economia vai bem ou vai mal; se a população conta com mais ou menos recursos financeiros para viver. O PIB pode ser então mensurado aindaatravés da renda total.
O PIB é o indicador mais utilizado na avaliação do desempenho de uma economia. Por ser a medição de estatísticas sobre a produção total do país, é acompanhado por responsáveis pela política econômica, por homens de negócio e pela comunidade financeira.
Mais precisamente, o PIB pode ser definido como o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em um país, em um dado período de tempo, geralmente o ano civil.
O PIB soma vários tipos de produtos em uma economia em um valor total. É preciso atentar para o termo “valor”. Isto porque surge sempre uma dúvida inicial quando se diz que o PIB é a soma de tudo que é produzido no país.
O PIB pode ser expresso através de três óticas: da produção, da despesa e da renda.
PIB pela ótica da produção
Sendo o PIB uma medida de produto, não se pode chegar ao seu valor simplesmente somando todas as receitas registradas no país. Assim, todos os bens e serviços produzidos no ano devem apenas ser contados uma vez.
Muitos bens passam por vários estágios de produção, antes de chegar às mãos do cliente final.
Para se evitar a dupla contagem, é preciso que se retirem os bens que são usados em estágios intermediários da produção — bens intermediários — dos cálculos dos bens finais e serviços, que são aqueles comprados pelo usuário final, e não por quem vai revendê-los ou promover uma transformação produtiva neles.
Um exemplo seria a produção do pão. Antes de o pão chegar às mãos do cliente final, ele passa por vários estágios intermediários do processo de produção: os agricultores produzem o trigo e o vendem ao moinho, que o utiliza na produção de farinha de trigo, que por sua vez é vendida à padaria. O padeiro produz o pão com a farinha e outros ingredientes para vendê-lo ao consumidor final.
Se o PIB tivesse considerado os valores do trigo e farinha utilizados na fabricação do pão, os produtos intermediários estariam sendo contados mais de uma vez. Isto porque no valor da farinha de trigo vendida, o seu fabricante incluiu os gastos totais, dentre os quais a despesa com o trigo, além do seu lucro.
Por sua vez, o padeiro considerou os gastos totais, dentre os quais a despesa com a farinha de trigo, além do seu lucro. Portanto, no valor do pão, já estão incluídos os valores do trigo e da farinha de trigo, que não precisam mais ser contabilizados. Somente o valor final do pão é incluído no PIB.
É nesse sentido que se diz que os bens intermediários são excluídos do cálculo do PIB.
Mas é bom que se diga que se parte da produção, como por exemplo, da farinha de trigo, for vendida ao consumidor final, seu valor será incluído no cálculo do PIB. Assim, o PIB só vai considerar os bens finais, isto é, os que irão para os consumidores finais.
Só a produção elaborada dentro do país é contada. Quando um estrangeiro ganha renda no Brasil, ela é contada no PIB brasileiro, mas não a renda recebida por brasileiros no exterior.
Só os produtos produzidos no período corrente são contados. Produtos produzidos no passado não são contados.
O PIB mede duas coisas ao mesmo tempo: a renda total de todas as pessoas da economia e a despesa total com os bens e serviços produzidos na economia.
O PIB consegue medir tanto a renda total como a despesa total porque, na verdade, para a economia como em seu todo, a renda deve ser igual à despesa.
PIB pela ótica da despesa
Pela ótica da despesa, o PIB é expresso pela seguinte equação:
Renda (y) = consumo + investimento (I) + compras do governo (G) + exportações liquidas (EL)
Onde: O Consumo é a despesa das famílias em bens duráveis (automóveis e eletrodomésticos, por exemplo) e não duráveis (alimentos e vestuários, por exemplo) e serviços, com exceção da compra de novas moradias. O Investimento é a compra de bens que serão usados no futuro para produzir mais bens e serviços. É a soma das compras de capital (maquinas e equipamentos), estoques de produtos não utilizados e edificações. As COMPRAS DO GOVERNO incluem os gastos em bens e serviços dos governos municipais, estaduais e federais, os salários dos funcionários do governo e as despesas em obras públicas. As EXPORTAÇÕES LIQUIDAS são iguais às compras, por parte dos estrangeiros, de bens e produtos produzidos internamente (exportações) menos as compras internas de bens estrangeiros (importações). Por exemplo, uma venda feita por uma empresa nacional a um comprador de outro país aumenta as exportações líquidas.
Como falamos o PIB pode ser expresso por três óticas, já vimos duas. A terceira ótica e não menos importante é a da renda.
Para entender melhor a ótica da renda do PIB, é necessário introduzir os conceitos de fatores ou recursos de produção.
Fatores ou recursos de produção
 Para entender melhor a ótica da renda do PIB, é necessário introduzir os conceitos de fatores ou recursos de produção. Os fatores de produção são: 
 As reservas naturais ou terra (solo, subsolo, águas etc.);
 O trabalho (ou mão de obra), que corresponde à parcela da população que se encontra disponível para o trabalho; 
 O capital, que inclui máquinas, equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, edificações e construções, equipamentos de transporte etc.; 
 A capacidade tecnológica (know-how), que é o conjunto de habilidades e conhecimentos que dão sustentação ao processo de produção; 
 A capacidade empresarial, fator que mobiliza, aglutina e combina os demais fatores de produção de forma a atingir o objetivo de produzir. Esses fatores de produção são utilizados e remunerados pelas empresas que produzem os produtos. As famílias (proprietárias dos fatores de produção) adquirem os produtos e são remuneradas pela utilização dos fatores de produção como o trabalho, recebendo salários, por exemplo.
 PIB pela ótica da renda
Pela ótica da renda, o PIB pode ser calculado pela soma da remuneração dos fatores de produção utilizados na obtenção de todos os bens e serviços, durante o ano.
 A produção de bens e serviços tem custo porque os recursos devem ser alocados para a produção desses bens e serviços. Estes custos geram as rendas dos proprietários dos fatores de produção.
Renda (Y) = componentes da renda (salários, renda de autônomos, juros, lucros e aluguéis) + impostos indiretos, depreciação e renda líquida enviada ao exterior.
PIB real
Como já vimos, o PIB mede a despesa total em bens e serviços em todos os mercados de uma economia. Se a despesa total aumenta de um ano para o outro, pelo menos uma das duas situações pode ter ocorrido:
1) A economia está produzindo uma quantidade maior de bens e serviços e/ou
2) os bens e serviços estão sendo vendidos a preços mais elevados.
Quando os economistas estudam mudanças ao longo do tempo, esses dois efeitos devem ser separados. Ou seja, eles desejam estabelecer uma medida da quantidade de bens e serviços produzidos na economia que não sejam afetados pelas variações nos preços desses bens e serviços.
Para isso, os economistas usam uma medida chamada de PIB real, que responde à seguinte questão hipotética:
Qual seria o valor dos bens e serviços produzidos este ano se os avaliássemos aos preços vigentes em algum outro ano específico?
Avaliando a produção a preços fixos em níveis passados, por exemplo, o PIB real mostra como a produção geral de bens e serviços da economia muda com o passar do tempo.
Vale ressaltar que o crescimento econômico corresponde ao aumento do PIB. Como o cálculo do PIB é realizado pela multiplicação do preço pela quantidade, seu crescimento pode se dar tanto pelo aumento dos preços como pelo aumento das quantidades.
Como no PIB real o que interessa é verificar se houve aumento das quantidades produzidas, a solução é imaginar que não houve aumento dos preços, ou seja, a ocorrência de inflação, pois desta forma, se houver variação do PIB, o aumento decorre de variação nas quantidades.
PIB real e nominal
Para se calcular o PIB real (a preços constantes) e nominal (a preços correntes), veremos, a seguir, o exemplo de uma economia que produz apenas dois bens:carne e frango.
	Ano
	Preço do frango
	Quantidade de frango (Kg)
	Preço da carne
	Quantidade de carne (Kg)
	2008
	R$10
	100
	R$20
	80
	2009
	R$20
	200
	R$30
	100
	2010
	R$30
	300
	R$40
	200
No caso do PIB nominal, usam-se os preços correntes (que vigoram em cada ano) para atribuir um valor à produção de bens e serviços.
2008 R$ 10 por kg de frango x 100 kg frango + R$ 20 por kg carne x 80 kg de carne = R$ 2.600
2009 R$ 20 por kg de frango x 200 kg frango + R$ 30 por kg carne x 100 kg de carne = R$ 7.000
2010 R$ 30 por de kg frango x 300 kg frango + R$ 40 por kg carne x 200 kg de carne = R$ 17.000
Os dados do exemplo apresentado mostram que houve aumento contínuo do PIB real nos anos apresentados. O cálculo foi feito tomando-se o ano de 2008 como base e em todos os anos os cálculos foram feitos com preços constantes, com no ano base.
Cálculo do PIB real (ano base 2008)
2008 R$ 10 por kg de frango x 100 kg de frango + R$ 20 por kg de carne x 80 kg de carne = R$ 2.600
2009 R$ 10 por kg de frango x 200 kg de frango + R$ 20 por kg de carne x 100 kg de carne = R$ 4.000
2010 R$ 10 por kg de frango x 300 kg de frangos + R$ 20 por kg de carne x 200 kg de carne = R$ 7.000
Deflator do PIB
Até este ponto, vimos a avaliação da evolução do valor do PIB (PIB nominal), e a evolução da quantidade produzida (PIB real). Podemos agora ver também como as variações dos níveis de preços podem ser aferidas, através do cálculo do chamado deflator.
 
O deflator do PIB é calculado de forma a refletir apenas os aumentos dos preços dos bens e serviços. É uma medida do nível de preços calculada como a razão entre o PIB nominal e o PIB real multiplicada por cem.
Deflator do PIB= PIB nominal x 100
                                PIB real
Cálculo do deflator do PIB
Ano
2008 R$ 2.600/R$ 2.600 x 100 =100 
2009 R$ 7.000/R$ 4.000 x 100 =175 
2010 R$ 17.000/R$ 7.000 x 100 =243
Como o PIB nominal e o PIB real devem ser iguais no ano-base, o deflator do PIB para o ano-base é sempre igual a 100. 
O deflator do PIB é um número adimensional que mostra apenas o patamar em que se encontra a média dos preços dos produtos que foram considerados no cálculo do PIB nominal. O exemplo mostra os níveis de preços a partir do patamar de 100.
Inflação
A inflação se refere a uma situação em que o nível geral de preços da economia aumenta. A taxa de inflação é a mudança percentual do nível de preços de um período para o outro. Ao empregar o deflator, a taxa de inflação entre dois anos consecutivos é calculada da seguinte forma
Taxa de inflação do ano 2 = deflator do PIB no ano 2 - deflator do ano 1 x 100
 deflator do PIB no ano 1
Usando o exemplo da tela anterior, considerado o deflator do PIB, aumentou em 2009 de 100 para 175, como é calculada a taxa de inflação?
100 x (175-100)/100 ou 75%.
Em 2010, o deflator do PIB aumentou de 175 para 243, como é calculada taxa de inflação?
 100 x (243-175 ) / 175 = 39%
O deflator do PIB é uma medida usada pelos economistas para monitorar o nível médio de preços na economia e, consequentemente, a taxa de inflação dos produtos que entraram no cálculo do PIB.
O deflator do PIB tem esse nome porque pode ser empregado para obter a inflação do PIB nominal, ou seja, “deflacionar” o PIB nominal em virtude da elevação de preços.
O que você entende de PIB como medida do bem estar?
Para considerarmos o PIB como medida do bem-estar, precisamos, inicialmente, entender este conceito.
Considerando-se o conceito de bem-estar econômico, pode-se afirmar que o crescimento econômico aumenta o bem-estar, na medida em que o aumento e a diversificação da produção permitem à população contar com mais produtos à sua disposição, bem como contar com a introdução de novos produtos (o celular e a internet são exemplos)..
Todavia, o PIB pode não captar alterações do bem-estar social, que apresenta um conceito mais amplo, envolvendo aspectos qualitativos como condições de saúde, educação, não violência urbana, distribuição de renda etc.
PIB per capita
O PIB per capita, que é o PIB total dividido pelo número de habitantes, pode ser considerado uma medida natural do bem-estar econômico do indivíduo médio.
Todavia, existem críticas quanto à validade do PIB per capita como medida perfeita do bem-estar, por não levar em consideração aspectos qualitativos da educação, saúde, lazer, qualidade do meio ambiente e distribuição de renda.
Em síntese, podemos afirmar que o PIB per capita é uma boa medida do bem-estar econômico para a maioria dos propósitos, mas não para todos os propósitos.
Uma maneira de avaliar a utilidade do PIB como medida do bem-estar econômico é examinar dados internacionais do PIB. Países pobres e ricos têm níveis muito diferentes de PIB per capita. Se um PIB elevado se traduz em melhor padrão de vida, deve-se observar que o PIB está fortemente correlacionado com medidas de qualidade de vida.
Nos países ricos, como os EUA, Japão, Canadá, Suécia, Noruega, Alemanha, Inglaterra, Suíça e França, as pessoas têm expectativa de vida de 80 anos, quase toda a população sabe ler, grande parte usa internet regularmente, a taxa de mortalidade infantil e desnutrição é baixa e há acesso à água tratada.
Já em países pobres como o Haiti, Paquistão, Somália, Nigéria e Bangladesch, a expectativa de vida é de 60 anos, grande parte da população é analfabeta, o uso da internet é raro, as taxas de mortalidade infantil e desnutrição são altas e não há acesso à água tratada, dentre outros aspectos que denotam baixa qualidade de vida ou sua ausência.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
Um indicador utilizado para avaliar o bem-estar do ponto de vista social é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado periodicamente pelas Nações Unidas.
Trata-se de um índice calculado a partir de uma média de indicadores sociais (taxa de alfabetização, nível de escolaridade e expectativa de vida) e econômicos (PIB real per capita). São considerados no cálculo do IDH os seguintes indicadores:
Índice de esperança de vida, esperança de vida ao nascer em anos;
Índice de educação;
Taxa de alfabetização de adultos (2/3 do índice);
Taxa de escolaridade bruta conjunta do 1º, 2º e 3º graus (1/3 do índice);
Índice do PIB: PIB real per capita, em dólares ajustados pelo poder de compra dos países.
Para a maioria dos países, a classificação a partir do IDH apresenta alto grau de correlação com o PIB per capita.
Os maiores contrastes são registrados nos países árabes produtores de petróleo, que apresentam IDH baixo e estão entre os países mais ricos do mundo. Já os países que integram a União Soviética apresentam IDH proporcionalmente mais elevado que o PIB per capita.
Exercícios propostos
Analise as situações abaixo e marque quais não são inclusas no PIB e justifique sua resosta
Compra e venda de ações sim ou não?
As transações financeiras e as transferências de renda não estão incluídas no PIB porque não envolvem produção.
Por exemplo: compra e venda de ações, debêntures, títulos da dívida pública, pois consistem em transferências de renda entre particulares ou agentes públicos;
Renda recebida por brasileiros no exterior sio ou não
Só a produção elaborada dentro do país é contada. Quando um estrangeiro ganha renda no Brasil, ela é contada no PIB brasileiro, mas não a renda recebida por brasileiros no exterior.
Resumo do Conteúdo
Nesta aula, você:
Entendeu a importância do PIB como medidor do crescimento da economia de um país;
Aprendeu a calcular o PIB nominal, o PIB real, o deflator do PIB e a taxa de inflação;
Analisou as limitações do PIB como indicador do bem-estar social de um país.
Aula 2 sia O Cálculo da inflação através dos índices de preço
Índice de preço e inflação 
Na aula 1, vimos que os economistas usam o ProdutoInterno Bruto (PIB) para medir as quantidades de bens e serviços que a economia produz.
Nesta aula, vamos examinar como os economistas medem o custo de vida geral, ou seja, como verificam de quanto aumentou ou diminuiu a despesa média da sociedade, em decorrência das alterações dos preços em geral. As variações dos preços são observadas através dos índices de preços.
Índices de preços
São estatísticas que visam monitorar mudanças no custo de vida dos consumidores ao longo do tempo, o aumento do índice de preços significa que um consumidor gasta mais dinheiro para manter o mesmo padrão de vida.
Inflação
Ocorre quando há elevação do nível geral de preços e a equivalente desvalorização do valor da moeda (valor do dinheiro).
O processo inflacionário
Falar em inflação é falar do aumento geral dos preços.
Embora a variação dos preços possa ser diferente para cada produto, a variação do índice geral reflete a média dessas variações. 
A inflação não se limita a um grupo específico de bens ou de serviços.
Quando se instala efetivamente ela alcança, praticamente, todos os produtos, ainda que com intensidades variadas, trata-se de um processo dinâmico de preços em alta, e não de uma situação estática de preços altos.
No processo inflacionário, os índices de preços mudam de patamar, reproduzindo-se em níveis cada vez mais altos.
É um processo de alta dos preços em geral, persistente e continuada.
A cada período de tempo, deteriora-se o valor da moeda, ou seja, as pessoas compram menos produtos com o mesmo valor de dinheiro, em suma, a inflação é o aumento contínuo e generalizado de preços.
Como a inflação é calculada
A mensuração da inflação é feita através de índices, calculados a partir de preços coletados em intervalos de tempo regulares, ponderados por suas relativas importâncias nos gastos do consumidor, os índices atendem a diferentes objetivos e têm diferentes níveis de abrangência setorial ou espacial.
Os principais índices calculados no Brasil são apurados pelas instituições relacionadas a seguir:
	IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
	FGV - RJ (Fundação Getúlio Vargas)
	FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
	Calcula o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e o INPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são os índices de preço ao consumidor em âmbito nacional.
	Calcula, dentre outros, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) e o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), que são índices gerais de preços, calculados como médias ponderadas de outros índices.
	Calcula o IPC (Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo).
Diferenças entre os índices de preços
Da cesta de produtos considerada, que define se o índice de preços é de varejo ou atacado;
Das faixas de renda cobertas expressas em termos de salários mínimos;
Da abrangência nacional ou regional
Do período de coleta
Do período de divulgação
ATENÇÃO
O Índice de Preços ao Consumidor, que se refere aos preços no varejo, reflete o nível dos preços dos produtos ou serviços no ato da venda final.
Etapas para definição do índice de preços.
São cinco as etapas consideradas para a elaboração do índice de preços ao consumidor, como veremos no seguinte exemplo:
A primeira etapa no cálculo deste índice é a escolha dos itens que compõem a cesta de produtos adquiridos por um consumidor típico, que tem determinada faixa de renda.
Suponha que os produtos adquiridos por ele sejam apenas arroz e feijão. Se o consumidor compra mais arroz do que feijão, o preço do arroz deve ter um peso maior no cálculo do custo de vida, pois ele é mais importante para o consumidor do que o feijão, por exemplo. Suponha ainda, para finalizar esta etapa, que a cesta do consumidor seja composta por 4 kg de arroz e 2 kg de feijão.
A segunda etapa é a coleta de preços de cada um dos bens e serviços escolhidos em cada instante do tempo.
No exemplo a seguir, vamos considerar três anos diferentes: 2010, 2011 e 2012.
	Os preços do arroz são:
	Os preços do feijão são:
	R$10 em 2010
	R$20 em 2010
	R$20 em 2011
	R$30 em 2011
	R$30 em 2012
	R$40 em 2012.
A terceira etapa corresponde ao cálculo do custo da cesta de bens e serviços, utilizando os preços coletados em diferentes momentos.
Em 2010: O valor da cesta era de R$ 80,00. Sendo, R$ 40,00 de arroz (4kg X 10,00 cada kg) + R$ 40,00 de feijão (2kg X 20,00 cada kg).
Em 2011: O valor da cesta era de R$ 140,00. Sendo, R$ 80,00 de arroz (4kg X 20,00 cada kg) + R$ 60,00 de feijão (2kg X 30,00 cada kg).
Em 2012: O valor da cesta era de R$ 200,00. Sendo, R$ 40,00 de arroz (4kg X 30,00 cada kg) + R$ 40,00 de feijão (2kg X 40,00 cada kg).
Ao manter constante a cesta de bens (4 kg de arroz e 2 kg de feijão), pode-se apurar que o aumento da despesa do consumidor ocorrerá somente em decorrência do aumento do nível de preços, como se pode ver no cálculo a seguir na quarta etapa.
A quarta etapa consiste na escolha de um ano base (no caso, 2010) e cálculo do índice.
 Valores de cada ano:
 2010 - R$80 2011 - R$140 2012 - R$200
Índice de preços ao consumidor = 80 X 100 
 80 
O resultado do índice de preços ao consumidor, tendo 2010 como ano corrente e ano base, é igual a 100.
Índice de preços ao consumidor = 140 X 100 
 80 
O resultado do índice de preços ao consumidor, tendo 2011 como ano corrente, e 2010 como ano base, é igual a 175.
Índice de preços ao consumidor = 200 X 100 
 80 
O resultado do índice de preços ao consumidor, tendo 2012 como ano corrente, e 2010 como ano base, é igual a 250.
Como quinta etapa, pode-se usar o índice de preços ao consumidor para calcular a taxa de inflação em relação ao ano anterior.
IPC:
Ano 1 - 100
Ano 2 – 175
A inflação é a variação percentual dos índices de preços. A inflação que ocorre entre dois anos é calculada da seguinte forma abaixo
Taxa de inflação = IPC do Ano 2 – IPC do Ano 1 x 100 
 IPC do Ano 1
No ano de 2011, a inflação seria de 75%, a saber: Taxa de inflação = 175 – 100 x 100
 100
No ano de 2011, a inflação seria de 75%, a saber: Taxa de inflação = 250 – 175 x 100
 175
Fatores que podem influenciar no nível de inflação
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor mostra o custo de uma cesta de bens e serviços em relação ao custo da mesma cesta no ano base. O IPC é usado para medir o nível geral de preços da economia. A variação percentual desse índice mede a taxa de inflação.
São três as razões que podem superestimar a inflação detectada:
O índice não leva em consideração a capacidade que os consumidores têm de substituir, com o passar do tempo, os bens que se tornam mais caros por outros que se tornam relativamente mais baratos;
O índice não leva em consideração aumentos do poder aquisitivo da moeda causado pela introdução de novos bens. Isso porque se, quando existe maior quantia de dinheiro para a mesma quantidade de bens significa que a moeda perdeu valor, uma vez que os preços sobem, então quando há mais bens para a mesma quantia, os preços teriam que descer, e a moeda teria mais valor, mas a cesta fixa de bens impede o registro deste fato;
O índice pode ser distorcido por variaçõesnão medidas na qualidade dos bens (produtos) e serviços, que fazem com que os produtos não sejam mais os mesmos na realidade. O índice de preços ao consumidor, que estamos estudando agora, e o deflator do PIB, que vimos no capítulo anterior, medem a inflação.
ATENÇÃO
Um ponto importante a se destacar é que o índice de preços ao consumidor é uma medida imperfeita do custo de vida.
Deflator do PIB x IPC
Vejamos, a seguir, a diferença entre o deflator do PIB e o deflator do IPC:
Deflator do PIB
Inclui todos os bens e serviços produzidos no país que compuseram o PIB, e não os bens e serviços de uso do consumidor.
Deflator do IPC
Considera apenas os bens e serviços que compuseram a cesta do consumidor.
Por exemplo:
O preço do avião da EMBRAER consta do deflator do PIB, mas não do IPC, pois as pessoas não compram avião no seu dia a dia.
Além disto, as importações afetam o IPC, mas não o deflator do PIB, já que não fazem parte do produto do país.
Ademais, o IPC usa uma cesta fixa de bens (quantidades fixas dos produtos que consomem). Já o deflator do PIB toma por base bens e serviços que vão se alterando ao longo do tempo, na medida em que as quantidades produzidas mudam a cada ano na composição do PIB, além de poderem passar a considerar produtos que não existiam, por exemplo.
A importância dos índices de preços
Os índices de preços são importantes, pois são usados para corrigir os efeitos da inflação quando comparamos valores monetários em diferentes anos.
Quando uma quantia de dinheiro é corrigida por mudança no nível de preços (por força de lei, contrato etc.), diz-se que a quantia está indexada pelos índices que medem a inflação. Os valores serão corrigidos pelos índices de preços.
ATENÇÃO:
Indexação significa usar os índices de preços para a correção de valores, evitando a perda inflacionária.
Por exemplo: se você aluga uma casa por R$2.000,00, quando o IGP-M era 300 e se, um ano depois, este índice tiver aumentado para 600, vê-se que a inflação foi de 100%, ou seja, os preços dobraram.
Se o contrato de aluguel tiver estipulado que o reajuste será indexado pelo IGP-M, o valor será também aumentado em 100%, ou seja, dobrará automaticamente no fim do período para R$4.000,00.
Os principais índices de preços no Brasil.
O Índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M, Nos quadros a seguir constam os principais índices calculados no Brasil:
Dentre os índices mais relevantes utilizados, no Brasil, destaca-se o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado – IPCA, que é um índice de varejo e acompanha a evolução dos preços dos produtos ou serviços no ato da venda final.
É importante do ponto de vista da política monetária, porque foi escolhido pelo Conselho Monetário Nacional como referência para o sistema de metas para inflação a implementado em 1999 e é o medidor oficial da inflação.
É calculado pela Fundação Getúlio Vargas, e é o mais utilizado como indexador financeiro, corrigindo títulos da dívida pública federal e preços administrados como as tarifas de energia elétrica.
Os efeitos da inflação
A inflação pode ser definida como um aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços. Apresenta efeitos perversos que afetam a economia de um país. Podemos ver alguns exemplos a seguir:
Efeito sobre a distribuição da renda
Uma das distorções provocadas pela inflação refere-se à redução do poder aquisitivo das classes de trabalhadores que dependem de salários e possuem prazos legais de reajuste.
Efeito sobre o balanço de pagamentos
Altas taxas de inflação em níveis superiores ao aumento de preços internacionais encarecem o produto nacional em relação ao produzido no exterior. A consequência é o estímulo às importações e desestímulo às exportações, provocando diminuição do saldo da balança comercial (exportações menos importações).
Efeito sobre as expectativas
A inflação afeta as expectativas sobre o futuro. O setor empresarial é afetado, dada a instabilidade e a imprevisibilidade de seus lucros. O empresário não procurará investir na expansão da capacidade produtiva, o que poderá afetar o nível de emprego. As empresas preferem receber os pagamentos em prazos menores e aplicam recursos no mercado financeiro que poderiam ser utilizados para produzir bens ou serviços.
Efeito sobre as condições sociais
Exacerbam-se os indicadores de pobreza, pois a inflação é mais prejudicial para as pessoas de baixa renda, pois não têm acesso a bancos para aplicarem o dinheiro e, pelo menos, ganharem com os juros, o que acaba levando a conflitos interclasses mais acirrados e práticas visando o oportunismo e o imediatismo.
Tipos de inflação
A inflação, de acordo com as teorias que explicam suas causas, classifica-se da seguinte forma:
	Inflação de demanda (ou de procura)
	Inflação de custos
	Inflação estrutural
	Inflação inercial
	As altas generalizadas de preços resultam em uma procura agregada excessiva em relação à capacidade de oferta da economia.
Trata-se de uma alta capacidade de dispêndio, assimétrica em relação à capacidade de produção. A procura intensa empurra os preços para cima, dando origem a uma espiral de alta, tanto maior quanto menor for a capacidade ociosa da economia.
	Decorre da alta expansão dos custos empregados na produção de bens e serviços como o capital, trabalho e recursos naturais.
Sua propagação depende de vários fatores: estrutura competitiva nos mercados de bens e serviços afetados pelos movimentos de alta em seus custos de processamento, importância relativa dos bens e serviços afetados na economia, capacidade dos agentes econômicos em absorver ou repassar as expansões de custos e ao consumidor.
	Este tipo de inflação ocorre com desequilíbrios crônicos da economia na estrutura da oferta, distribuição de renda e rigidez de orçamentos públicos.
Este tipo de inflação é típico de países de baixa renda que adotam políticas de crescimento aceleradas. Existe um descompasso crescente entre a oferta agregada e a demanda agregada.
	Fundamenta-se na capacidade de autopropagação da inflação e na prática generalizada de indexação, ou seja, a correção dos custos dos fatores de produção e dos preços, indefinidamente pelos índices da inflação passada, para que se mantenha a estrutura de preços relativos e se recomponha a capacidade de compra dos salários.
Perpetua-se a inflação passada por um conjunto de fatores mantenedores resultantes de expectativas e comportamentos e da prática generalizada da indexação.
Conceitos relacionados a inflação
Como já vimos, a característica predominante da inflação é a instabilidade sinalizada por altas persistentes de preços. Vale introduzir, ainda, outros conceitos relacionados à inflação:
DESINFLAÇÃO: volta da estabilidade econômica, geralmente decorrente de programas corretivos ou de choque.
REFLAÇÃO: volta à estabilidade geral, após períodos deflacionários.
DEFLAÇÃO: queda generalizada de preços, geralmente associada à estagnação da economia.
Histórico da inflação no Brasil
No Brasil, a inflação tem feito parte do cenário econômico desde a época do pós-guerra, em 1946.
1980
A inflação brasileira, pela primeira vez desde o pós-guerra, situou-se na faixa de três dígitos, mantendo-se em torno de 100%. No período 1983/1985, a taxa de inflação superou os 200%.
1986
Foi instituído o Plano Cruzado (1986), primeira tentativa heterodoxa de conter a inflação, mediante a criação de nova moeda, a extinção da indexação, o congelamento de preço e salários e a fixação da taxa de câmbio.
1987
A inflação recuou para taxas próximas de zero. Os preços rompem a barreira do congelamento e a inflação sofre aceleração, atingindo no segundo semestre de 1987 taxas de inflação de quatro dígitos.
1987 / 1990
Foram feitas tentativas de estabilização, através da implantação de vários planos econômicos: Plano Bresser (1987) e Plano Verão (1989), com congelamentos parciais e confisco de ativos financeiros. As taxas de inflação recuavam a cada tentativa, mas a inflação retornava em patamareselevados.
1991 / 1993
Foi adotado o Plano Collor, que representou uma tentativa drástica de desmantelar o mecanismo de indexação. O plano baseou-se em amplo confisco de ativos financeiros, que foram transformados em empréstimo compulsório de 18 meses para o Tesouro Nacional.
1993 / 1994
Foi instituído o Plano Real, que teve sucesso no controle da inflação através de uma combinação de elementos heterodoxos (agindo contra a inércia da inflação e eliminando a indexação) e ortodoxos (para garantir o controle da demanda pós-estabilização dos preços).
As fases do plano real
O Plano Real teve três fases:
CRIAÇÃO DE FUNDO DE EMERGÊNCIA
Em 1993, foi criado o Fundo Social de Emergência, depois chamado de Fundo de Estabilização Fiscal, que desvinculava 20% das receitas orçamentárias.
URV
Em 1994, surge a URV (Unidade Real de Valor), que era ajustada diariamente segundo uma média de três índices e era referência para todos os preços da economia.
NOVA MOEDA
Em 1994, foi introduzida a nova moeda: o Real. A inflação foi debelada.
A inflação segundo as correntes de pensamento econômico 
Dentre as correntes de pensamento econômico que merecem menção sobre a inflação, no Brasil, destacam-se três que podem ser apontadas como principais:
Corrente estruturalista
Está associada à comissão Econômica para a América latina (CEPAL), influenciada pelo economista argentino Raul Prebisch.
O diagnóstico estruturalista para países subdesenvolvidos pressupõe que a inflação está associada a tensões de custos, causadas por deficiências na estrutura econômica como reforma agrária, estrutura oligopólica de mercado e estrutura do comércio internacional.
Atualmente, os estruturalistas têm uma visão mais abrangente, associada a um conflito distributivo entre os setores e agentes que exercem pressão para defender sua parcela na economia: os capitalistas, que objetivam maiores margens de lucro; o governo, via cobrança de impostos e preços de tarifas públicas; e os trabalhadores, por meio dos salários.
Corrente monetária
Cuja política é preconizada pelo Fundo Monetário Internacional – FMI, baseada nas ideias de Milton Friedman, da Universidade de Chicago.
Apresenta um diagnóstico que associa a inflação brasileira ao desequilíbrio crônico do setor público. A necessidade de financiar a dívida pública leva ao aumento das emissões de moeda, acima das necessidades reais da economia e à elevação de preços.
Advoga uma economia de mercado, com menor intervenção do estado na atividade econômica. São os defensores das privatizações das estatais. São conhecidos como liberais ou neoliberais.
As políticas anti-inflacionárias adotadas foram o ajuste fiscal (para reduzir o déficit e a dívida pública via reformas fiscal, previdenciária e privatização); o controle monetário; e a liberalização do comércio exterior (abertura comercial e valorização cambial).
Corrente inercialista
Associa a inflação aos mecanismos de indexação, que perpetuam a inflação passada, numa espécie de inércia inflacionária.
Os congelamentos de preços e salários, adotados nos planos econômicos, bem como a troca de moeda pelo real, teoricamente livre da inflação, foram medidas adotadas para tentar eliminar a “memória” inflacionária. A política anti-inflacionária adotada foi a desindexação.
Nesta aula, você:
Entendeu o que é a inflação e como ela é calculada;
Aprendeu a calcular o índice de preços e o seu significado;
Verificou como a inflação fez parte do cenário brasileiro;
Conheceu os principais índices de preços calculados no Brasil.
Aula 3 os fatores de produção o PIB potencial e o PIB efetivo.
Os fatores de produção
Conforme já vimos na aula 1, o mercado de recursos produtivos ou dos fatores de produção que são utilizados na produção de produtos e serviços é composto por:
Reservas naturais ou terra
Trabalho ou mão de obra
Capital físico
Capital humano
Capacidade tecnológica
Capacidade empresarial
Os fatores de produção que acabamos de ver são utilizados e remunerados pelas empresas que produzem os produtos. Observe no esquema abaixo
 
Atividade
Você já sabe que os fatores de produção são utilizados na produção de produtos e serviços. Vamos relembrá-los!
Analise as afirmativas abaixo e assinale a opção CORRETA:
O Capital Humano representa o conhecimento e as habilidades que os trabalhadores adquirem por meio de educação, treinamento e experiência.
Os Recursos Naturais correspondem, apenas, aos que são renováveis.
A Capacidade Tecnológica diz respeito aos recursos gastos para transmitir conhecimento à força de trabalho.
O Capital Físico corresponde à população disponível para o trabalho.
Economia atual x economia
Se compararmos a economia de hoje com a do passado, veremos que:
Os automóveis produzidos são mais econômicos em combustível. Combustíveis alternativos estão sendo desenvolvidos, como o álcool que substitui a gasolina.
As novas residências precisam de menos energia para aquecimento ou refrigeração. Existe o processo de reciclagem, que permite a reutilização de recursos não renováveis, como o alumínio.
Além disso, alguns materiais substituíram outros, como:
A fibra ótica, que substituiu o cobre em alguns usos;
O plástico, que substituiu o estanho na fabricação de embalagens para alimentos etc.
Podemos, então, descrever a relação entre os insumos utilizados na produção e a quantidade de produtos obtida utilizando a função de produção.
Y = quantidade produzida
L = quantidade de trabalho
K = quantidade de capital físico
H = quantidade de capital humano
N = quantidade de recursos naturais
F = função que mostra como os insumos são combinados para gerar o produto
A = variável que representa a tecnologia produtiva disponível, sendo que, à medida que A aumenta 
quando a tecnologia é aperfeiçoada, a economia produz mais a partir de qualquer combinação de fatores.
Dessa forma, temos:
Y = A F (L, K, H, N)
PIB real
No Brasil, assim como em outros países, o PIB real tem crescido, observando-se, porém, uma instabilidade em sua taxa de crescimento.
Ocorrem períodos de expansão econômica, com elevadas taxas de crescimento do PIB, seguidas de períodos de redução no crescimento econômico.
Tais flutuações nas taxas de crescimento do PIB real são chamadas de ciclos econômicos, que alteram fases de crescimento e fases de redução de crescimento.
Ciclos Econômicos
Ciclos Econômicos
Para melhor entender as flutuações econômicas ou ciclos de negócios observados no PIB real, observe, a seguir, três características importantes:
As flutuações econômicas são irregulares e imprevisíveis.
A maior parte das variáveis macroeconômicas flutua conjuntamente.
Com a queda da produção, o desemprego cresce.
Ciclos Econômicos As flutuações econômicas são irregulares e imprevisíveis - Ou seja, nos períodos de expansão da atividade econômica, as empresas têm clientes abundantes e os lucros são crescentes. Nos períodos em que o PIB real cai, a atividade econômica se retrai e as empresas registram queda nas vendas e diminuição nos lucros. Na prática, não é possível prever as flutuações econômicas. Historicamente, recessões podem ocorrer próximas umas das outras e a economia passar longos períodos sem recessão. 
A maior parte das variáveis macroeconômicas flutua conjuntamente - Já vimos que o PIB real é a variável mais usada para monitorar as alterações de curto prazo na economia, por ser abrangente e medir o valor de todos os bens e serviços produzidos em um dado período de tempo. Assim, por exemplo, quando o PIB real cai, durante uma recessão, também cai a renda pessoal, os lucros das empresas, as despesas de consumo, a produção industrial, as despesas de investimento, as vendas no comércio varejista, as vendas de imóveis residenciais etc.
Com a queda da produção, o desemprego cresce: As variações na produção de bens e serviços estão fortemente correlacionadas com o emprego de mão de obra na economia. Vale dizer que, quandoo PIB real cai, a taxa de desemprego se eleva. Esta afirmativa é de fácil observação, pois, se as empresas produzem menor quantidade de produtos ou serviços, elas optam por demitir trabalhadores, o que aumenta o número de desempregados.
Ofertantes x demandantes
Trabalhadores:
Oferecem sua força de trabalho para as empresas.
Empresas
Demandam trabalhadores para serem seus empregados.
Para medir as condições do emprego, os economistas usam o conceito de população em idade ativa (PIA), ou seja, que tem mais de 16 anos de idade.
Entretanto, no Brasil, existem crianças com dez anos que já participam de atividades de trabalho na área rural, sendo este o limite inferior considerado.
A população em idade ativa (PIA) pode se dividir em duas categorias:
População economicamente ativa (PEA), que participa da força de trabalho. Inclui, além das pessoas empregadas, as pessoas desempregadas que estão procurando emprego;
População economicamente não ativa.
Taxa de desemprego
A taxa de desemprego é o principal instrumento de medida das condições do mercado de trabalho e é calculada da seguinte forma:
Número de pessoas desempregadas x 100
Número de pessoas na força de trabalho
É importante destacar que o termo “desempregado” pode suscitar dúvidas. Estar desempregado é diferente de não estar trabalhando.
Existem muitas situações nas quais as pessoas não são contadas como desempregadas, tais como: aposentadoria, invalidez ou doença, trabalho feito em domicílio, estar frequentando a escola etc.
Alguns economistas preferem outro indicador — relação emprego / população —, que é considerado mais objetivo e com maior conteúdo de informação que a taxa de desemprego. Veja:
Número de pessoas empregadas com 10 anos ou mais
Total da população com 10 anos ou mais

Outros materiais