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Estágios do Desenvolvimento Psicossexual

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Capítulo 03
Estágios do Desenvolvimento Psicossexual
Sigmund Freud (1856 – 1939)
A Psicanálise
A Psicanálise, fundada por Sigmund Freud (1856 – 1939), se constitui, em “um método de investigação que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias de um sujeito”. (Laplanche e Pontalis, apud Fiorelli, 2004, p. 21) 
A premissa inicial de Freud era de que há conexões entre todos os eventos mentais.
Inconsciente
Quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estariam no inconsciente. 
Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. 
No inconsciente estão elementos instintivos, que nunca foram conscientes e que não são acessíveis à consciência. 
Há material que foi excluído da consciência, censurado ou reprimido. 
Não lhe é permitido ser lembrado.
“Denominamos um processo psíquico inconsciente, cuja existência somos obrigados a supor - devido a um motivo tal que inferimos a partir de seus efeitos – mas do qual nada sabemos”.
(Fadman, p. 7)
No Inconsciente estão elementos instintivos, que nunca foram conscientes e que não são acessíveis à consciência. 
 A maior parte da consciência é inconsciente. 
 É no Inconsciente que estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, as Pulsões libidinais
Psicanálise
Aspectos físicos dos instintos = NECESSIDADES. 
Aspectos mentais = DESEJOS 
 Pulsões são pressões que dirigem um organismo para fins particulares 
 As pulsões são forças propulsoras que incitam as pessoas à ação. 
A Libido
Cada uma dessas pulsões tem uma fonte de energia em separado. 
Libido é a energia provável para os instintos de vida. 
Uma característica importante da libido é a sua mobilidade, a facilidade com que pode passar de uma área de atenção para outra. 
Trata-se da energia que investe nos objetos externos ou no próprio eu. Sua origem é sempre sexual, porque é uma energia que, originalmente, visa à satisfação de um desejo (p.49).
“O corpo é a fonte básica de toda experiência mental”.
(Fadiman e Frager apud Fiorelli, 2004, p. 30)
O aparelho psíquico compõe-se em três elementos: ID, EGO e SUPEREGO, que formam uma descrição psicodinâmica da mente. 
Aparelho Psíquico
O ID: contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição – acima de tudo, portanto, os instintos que se originam da organização somática. 
É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas como aos efeitos do ego e do superego. 
“As leis lógicas do pensamento não se aplicam ao ID...”; 
Busca sempre a satisfação imediata – diz-se que ele atua de acordo com o princípio do prazer.
O EGO: é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. 
Desenvolve-se a partir do ID à medida que o bebê se torna cônscio da sua própria identidade, para atender e aplacar as constantes exigências do ID. 
Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. 
O EGO atua de acordo com o princípio da realidade, tentando conciliar as reivindicações do ID e do SUPEREGO, com as do mundo externo. 
O SUPEREGO: desenvolve-se a partir do EGO e atua como um censor sobre as atividades e pensamentos do EGO. 
É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. 
Freud descreveu três funções do SUPEREGO: consciência, auto-observação e formação de ideais. 
Enfim, o SUPEREGO é o representante da sociedade dentro de nós. Ele representa o ideal mais do que o real e busca a perfeição mais do que o prazer. 
Essas estruturas da personalidade atuam como um todo, havendo manifestações mais acentuadas, ora de uma, ora de outra. O comportamento, de modo geral, é quase sempre o produto de uma interação entre essas três instâncias e raramente um sistema opera com a exclusão dos outros dois. 
A meta fundamental da psique é manter – e recuperar, quando perdido – um nível aceitável de equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer.
Fases do Desenvolvimento Psicossexual
À medida que um bebê se transforma numa criança, uma criança em adolescente e um adolescente em um adulto, ocorrem mudanças marcantes no que é desejado e em como esses desejos são satisfeitos.
As modificações nas formas de gratificação e as áreas físicas de gratificação são os elementos básicos na descrição de Freud das fases de desenvolvimento. 
Fixação: quando uma pessoa não progride normalmente de uma fase para outra, permanece muito envolvida numa fase particular. Uma pessoa fixada em uma determinada fase preferirá satisfazer suas necessidades de forma mais simples ou infantil, ao invés dos modos mais adultos que resultariam de um desenvolvimento normal.
Se a sexualidade humana é construída, como se dá esse caminho?
As fases do desenvolvimento são marcadas pela zona erógena preponderante e por um padrão de comportamento que se adquire na vivência de cada estágio (p. 50)
Trata-se de um assunto muito rico na teoria freudiana, que pode ser abordado através dos conceitos de identificação, narcisismo, fantasia, entre outros.
Fase Oral (0 A 2 Anos)
A partir do nascimento, necessidade e gratificação estão concentradas em volta dos lábios, língua e um pouco mais tarde, dos dentes. 
Ao longo da fase oral, o bebê vai desenvolver a noção de alteridade, de dentro e fora, e vai consolidar a percepção da sua própria imagem em relação à imagem do outro. 
Mas no início da vida não existe esse registro. 
A relação se dá em primeira instância com o seio da mãe, e não com a mãe (p.51).
Pode ocorrer a retenção de algum interesse em prazeres orais. 
Este interesse só pode ser encarado como patológico se for o modo dominante de gratificação, isto é, se uma pessoa for excessivamente dependente de hábitos orais apara aliviar ansiedade. 
A fase oral tardia, depois do aparecimento dos dentes, inclui a gratificação de instintos agressivos. Morder o seio, que causa dor a mãe, e leva a um retraimento do seio, é um exemplo desse tipo de comportamento.
Fase Anal (2 A 4 Anos)
À medida que a criança cresce, novas áreas de tensão e gratificação são trazidas à consciência. 
 Entre 2 e 4 anos as crianças geralmente aprender a controlar os esfíncteres anais e a bexiga. A criança presta uma atenção especial a micção e a evacuação e a partir do treinamento de controle do toalete, há um interesse natural pela autodescoberta.
O ânus – zona de erotização –alterna a satisfação pulsional por fins ativos e passivos.
A necessidade de aprender novos hábitos de higiene põe em foco, para a criança, o ato de evacuar.
 
Do ponto de vista do corpo como fonte de prazer, a fase anal está ligada ao controle dos esfíncteres (anal e uretral), sendo este controle uma nova fonte de prazer.
A fantasia neste período está ligada aos primeiros produtos, as fezes e o sentimento de o que produzimos é bom, o que é necessário para todas as relações produtivas que estabeleceremos com o mundo.
A obtenção do controle fisiológico é ligada a percepção de que este controle é uma nova fonte de prazer. Além disso, as crianças aprendem com rapidez que o crescente nível de controle lhes traz atenção e elogios por parte de seus pais. 
 
O inverso também é verdadeiro; o interesse dos pais no treinamento da higiene permite a criança exigir atenção tanto pelo controle bem-sucedido quanto pelos erros.
Fase Fálica (3, 5 Anos)
É a primeira fase em que as crianças se tornam conscientes das diferenças sexuais. 
Freud afirmava que esta fase é melhor caracterizada por “fálica” uma vez que é o período em que uma criança se dá conta do seu pênis ou a faltade um e concluiu que durante esse período, homens e mulheres desenvolvem sérios temores sobre questões sexuais.
Descoberta dos órgãos genitais como fonte privilegiada de prazer.
A criança passa a explorar esta área através da masturbação infantil.
A zona erógena desta fase é constituída pelos genitais infantis (p.52).
O órgão genital feminino é compreendido como ausência de falo, o que desencadeia o sentimento de inferioridade nas meninas e a sensação de ansiedade nos meninos, baseada na fantasia de perder o falo (fantasia de castração) (p. 50)
 Complexo de Édipo Repressão ~> Desenvolvimento do Superego 
Período De Latência (6 Anos, Até O Início Da Puberdade)
Tempo em que os desejos sexuais não-resolvidos não são atendidos pelo ego e cuja repressão é feita, com sucesso, pelo superego. O investimento energético (libido) volta-se para o mundo, para o desenvolvimento intelectual e social do sujeito.
Fase Genital (Puberdade)
Fase final do desenvolvimento biológico e psicológico que ocorre no início da puberdade a partir do retorno da energia libidinal para os órgãos sexuais. 
Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.
O adolescente e o adulto estariam na mesma fase e não há um período posterior que denote mais maturidade afetiva. 
 As fantasias inconscientes que são construídas a partir da vivência infantil são a base da vida erótica desde que esta possa ser compartilhada com outro ser humano, o que acontece na adolescência (p.53).

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