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Deformação rúptil - juntas

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Deformação rúptil
JUNTAS E FALHAS 
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Juntas e Falhas
Quando o esforço ao qual uma rocha é submetida é suficiente para provocar sua ruptura, se diz que ela sofre uma deformação frágil ou rúptil. A ruptura frequentemente ocorre ao longo de superfícies mais ou menos regulares, em muitos casos relativamente planares, gerando descontinuidades na rocha. Se um deslocamento perceptível ocorre ao longo do plano de ruptura, a estrutura resultante é uma falha; se não, tem-se as juntas ou diáclases. Juntas são fraturas de extensão e falhas fraturas de cisalhamento. Fraturas que têm deslocamentos paralelos e perpendiculares ao plano de ruptura são chamadas fraturas de extensão oblíquas ou fraturas híbridas. Se ocorrer uma separação nítida entre os blocos nos lados opostos da superfície de ruptura de juntas, têm-se as fissuras. Estas normalmente são preenchidas por minerais que cristalizam no espaço criado e dão origem aos veios. 
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Juntas
Falhas
Modos de Propagação de Fraturas
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Principais características de juntas 
Juntas são as estruturas mais comuns presentes na superfície da Terra e podem apresentar padrões bastante sistemáticos. Apesar de sua ubiquidade, estas estruturas são as menos úteis na interpretação de eventos deformacionais. Isto decorre de vários fatores: (a) uma relação de idade frequentemente não pode ser estabelecida entre juntas formadas em dois episódios deformacionais diferentes, como no caso das falhas, devido à ausência de deslocamentos; (b) juntas podem ser reativadas em diferentes eventos por serem uma superfície de fraqueza; (c) juntas podem se formar por vários mecanismos diferentes, sendo comumente impossível distinguir entre as várias possibilidades. O estudo de juntas tem, portanto, mais implicações práticas que teóricas, sendo essencial na explotação de maciços rochosos (podendo, por exemplo, facilitar a extração de blocos ou inviabilizar a lavra de rochas para fins ornamentais) e na avaliação do potencial de reservatórios para fluidos (água, petróleo, etc.) porque juntas aumentam a permeabilidade das rochas.
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Juntas Sistemáticas e Não-sistemáticas
Conjunto de juntas sistemáticas
Sistema de juntas sistemáticas
Juntas não-sistemáticas
Fissuras
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Origem de juntas
Juntas podem ser genericamente classificadas como não tectônicas e tectônicas. Juntas não tectônicas podem se desenvolver pela diminuição de volume ocasionada pela perda de água em sedimentos argilosos, originando as gretas de dessecação, ou pela contração de corpos ígneos tabulares durante seu resfriamento, dando origem às juntas colunares. Estas últimas são bastante comuns em derrames basálticos, como naqueles observados na bacia do Paraná. Outras juntas resultam do alívio de pressão quando uma rocha formada em profundidade é exposta na superfície devido à erosão das camadas sobrejacentes. Elas são muito comuns em rochas homogêneas, particularmente naquelas de composição granítica, e tendem a ser subparalelas à superfície do terreno, sendo chamadas juntas de desplacamento ou de esfoliação esferoidal.
A classificação de fraturas relacionadas com esforços tectônicos é feita com respeito à orientação dos eixos dos esforços em fraturas de extensão e fraturas de cisalhamento. Juntas tectônicas são fraturas de extensão e formam-se paralelamente ao esforço compressivo máximo, enquanto fraturas de cisalhamento formam um ângulo agudo com s1 e podem evoluir para falhas.
Um tipo particular de juntas são as juntas estilolíticas, cuja superfície é caracterizada pela presença de picos e depressões com forma de cone. Embora assim chamadas, estas juntas não são resultantes de fraturamento, mas do mecanismo de dissolução por pressão. Estas estruturas se originam quando compressão provoca dissolução de alguns minerais, como quartzo ou calcita e, portanto, um enriquecimento relativo em minerais menos solúveis, que normalmente têm coloração escura, como micas, anfibólio, óxidos, etc. 
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Um tipo particular de juntas são as juntas estilolíticas, cuja superfície é caracterizada pela presença de picos e depressões com forma de cone, que, embora assim chamadas, não são resultantes de fraturamento, mas do mecanismo de dissolução por pressão. Estas estruturas se originam quando compressão provoca dissolução de alguns minerais, como quartzo ou calcita e, portanto, um enriquecimento relativo em minerais menos solúveis, que normalmente têm coloração escura, como micas, anfibólio, óxidos, etc. Juntas estilolíticas são, portanto, perpendiculares a s1 e podem ser consideradas fraturas de contração ou fechamento.
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Superfícies de juntas
A superfície de algumas juntas é caracterizada pela presença de estruturas em pluma, elevações e depressões arranjadas em um padrão de folha, normalmente interpretadas como indicando o sentido no qual a fratura se formou (na direção contrária ao V). 
Franjas en echelon
Franjas
Franjas
Linhas de detenção
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Idades relativas de juntas
Quando dois conjuntos de juntas se interceptam não é possível dizer se eles são de mesma idade ou não. No entanto, se uma junta é interrompida por outra ou mostra um encurvamento ela deve ser mais jovem porque isto indica que houve uma variação no campo de esforços causado pela junta mais antiga. 
Idades indeterminadas
Juntas mais antigas
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Veios
Muitas fraturas que apresentam um componente de extensão são preenchidas por minerais cristalizados a partir de fluidos presentes na rocha, sendo chamadas de veios dilatacionais. Os veios mais comuns são constituídos de quartzo, muito comuns em rochas de composição granítica, ou de calcita, comuns em rochas calcáreas. Uma estrutura em pente, caracterizada por minerais com faces cristalinas bem desenvolvidas, apresentando um comprimento maior perpendicular ás paredes do veio, é comum em alguns casos. Estes minerais, frequentemente, também podem apresentar hábito fibroso e dar informações sobre o sentido de abertura do veio. Assim, quando ocorre uma variação no sentido de abertura, as fibras mostram uma variação sistemática do bordo para o centro do veio. Quando o preenchimento do veio tem a mesma composição da rocha o veio é chamado de sintaxial; caso contrário de antitaxial. O crescimento de veios sintaxiais se dá a partir do centro, onde fibras separadas se encontram. Já em veios antitaxiais os incrementos de ruptura ocorrem entre as fibras e as paredes do veio, provavelmente devido ao contraste reológico entre materiais de composição diferente. 
Juntas são descontinuidades que podem ser aproveitadas como caminho para a migração de fluidos. A reação desses fluidos com as paredes da junta pode levar á substitução dos minerais preeexistentes por novos minerais, dando origem ao veios de substituição.
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Veios dilatacionais: sintaxiais e antitaxiais
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Veios de substituição
Veios de substituição se formam pela substituição do material preexistente, não ocorrendo, portanto, uma separação entre as paredes. Critérios para distinguir veios dilatacionais de veios de substituição são apresentados na figura ao lado. 
Principais diferenças entre veios dilatacionais (esquerda) e de substituição (direita): (a) Ajuste de irregularidade nas paredes opostas do veio; (b) estrutura em pente; (c) deslocamento aparente de estruturas planares oblíquas à direção do veio; (d) protuberâncias do veio; (e) ausência de substituição em certas camadas; (f) ausência de deslocamentos aparentes.

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