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Resumo Sonhos e Desilusões nas independências latino-americanas

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Resumo do texto “Sonhos e desilusões nas Idependências Hispano- Americanas”
de Maria Ligia Prado
Discente: Gabriela Kaenna Zeni Navarro Lins
O texto de Maria Lígia Prado, “Sonhos e desilusões nas Independências Hispano- Americanas”, parte da proposição de que os defensores da independência das colônias já demonstravam ideias liberais em seus escritos. A defesa dos direitos naturais do homem, a liberdade e a propriedade privada foram usados como alicerces para a sustentação da emancipação colonial.
Um dos precursores do movimento liberal foi Símon Bolívar, que afirmava que a liberdade poderia ser capaz de modificar a América em um “novo mundo”. Além disso, Bolívar se fundamentava na história, usando situações do passado que claramente contradiziam o futuro.
No entanto, em confluência com o seu texto “Mora e Echeverria” Maria Lígia Prado reflete que até mesmo Bolívar era ambíguo e contraditório em seus discursos. Ora o seu pensamento se compunha de ideias liberais ora apropriava-se de posições extremamente autoritárias de governo
Por outro lado, a autora ressalta em seu texto o papel fundamental e significante das universidades no movimento autônomo. As instituições foram responsáveis por uma grande divulgação das ideologias revolucionárias, apesar de terem sido superestimadas pela elite política. Dentro do espaço educacional, grupos conservadores e liberais protagonizaram grandes confrontos e debates.
Um letrado colombiano, Francisco José Caldas também foi importante para o movimento. Para Maria Lígia, Caldas contestou os paradigmas entre o conhecimento e o poder político vigente. Utilizou-se de ideias científicas em confronto aos ideais políticos. Dessa forma, abandonou-se o conceito de que somente houve influência dos franceses na motivação dos rebeldes.
Do outro lado da revolução, a Igreja Católica usou toda a força da religião para tentar persuadir os rebeldes. A famosa Santa Inquisição passou a fiscalizar a propagação de pensamentos perversos e libertários. Contudo, consta no texto que existência de padres e religiosos ativos no movimento, evidenciando mais uma vez uma contradição até dentro da instituição religiosa.
Dentre esses religiosos, Maria Lígia Prado engrandece o Padre Miguel Hidalgo, cuja vida era uma luta entre o paradoxo da conquista da liberdade com o uso da violência para alcançá-la. Hidalgo e seu exército de camponeses e pobres artesões conseguiram algumas vitórias importantes, a tomada de Guanajato, por exemplo. Fato que levou os seus conceitos religiosos ao extremo da rebeldia.
Após todo o árduo processo da independência, a autora lamenta que o clamor populacional de tempos novos e gloriosos não passou de uma utopia. A guerrilha foi muito cruel com as colônias. Além de uma grave devastação geral, grande parte da riqueza nacional como rebanhos e plantações foram destruídos. Isso fez surgir uma mescla de desespero, desesperança e desilusão por parte da população.
Símon Bolívar, em seu leito de morte, constatou que de fato a América era ingovernável e que restava a ela ser governada por “tiranos imperceptíveis”. Logo. Maria Lígia Prado abordou uma situação semelhante a um gráfico, que no início crescia exponencialmente e após certo ponto decresceu até atingir um estado estacionário, exemplificando o fim trágico de um movimento tão belo e revolucionário.

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