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Resenha Revolução Cubana Luis Fernando Ayerbe

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INTRODUÇÃO
Luis Fernando Ayerbe é graduado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP). Ademais, Ayerbe possui um grande enfoque na história da America Latina contemporânea.
Dentre tantas obras, em 2004 publicou o livro A Revolução Cubana onde retrata a Revolução de Cuba analisando os aspectos políticos, econômicos e sociais. Neste trabalho estará sendo analisado a apresentação e o primeiro capítulo do livro, no qual engloba primeiramente, a influência da Revolução Cubana nos futuros conflitos militares na America Latina e posteriormente, todo o processo histórico detrás o processo revolucionário, expondo as raízes e as ramificações do movimento em Cuba.
DESENVOLVIMENTO
Após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, havia a necessidade de superar a intensa crise que a maioria dos países envolvidos possuía. Essa ânsia de reestruturação favoreceu o crescimento exponencial do capitalismo. Por conta da diminuição da compra de produtos primários, surgiu uma competição por mercado exportador. 
Nesse enredo, as regiões periféricas se tornaram os objetos de consumo, tanto para serem os compradores quanto para cederem espaço para as indústrias multinacionais. No entanto, essas regiões já tinham iniciado uma singela industrialização, visando atender o mercado interno, e essa política ficou ameaçada pelas constantes pressões das economias estrangeiras.
Em um aspecto político, os Estados Unidos da América estavam coagindo aliados na luta contra o Comunismo. Essa pressão desequilibrou muitos governos, tais como de Perón, Paz Estenssoro e João Goulart, na Argentina, Bolívia e Brasil, respectivamente. Logo, inúmeros debates surgiram sobre possíveis saídas para a situação. Inspirados na Revolução Cubana, diversos setores tomaram como solução a política com ênfase na luta armada. Desse modo, concluíram que a situação política e econômica demandava a radicalização das posições.
Para compreendermos o poder da Revolução Cubana, devemos analisar todo o processo histórico precedente à revolução. Cuba foi a última colônia a se libertar do domínio Espanhol, que contou com o apoio dos EUA. Mesmo após a independência, as relações entre Cuba e EUA ficaram conturbadas. Antes de falecer em combate, José Marti já havia alertado sobre as dificuldades dessa relação, principalmente na questão da supremacia anglo-saxônica frente a Cuba, um pequeno país subdesenvolvido. 
Em 1952, Fulgêncio Batista aplica um golpe militar, terminando um ciclo de 8 anos de uma frágil democracia. Esse golpe frustrou as expectativas de um caminho para as mudanças socioeconômicas baseadas na legitimidade, inclusive de Fidel Castro. Fidel que era o candidato favorito para as eleições diretas naquele período que foram anuladas por Fulgêncio Batista.
	A entrada de Batista no poder ascendeu à chama dos movimentos revolucionários de luta armada. Um dos organizadores foi Fidel Castro, que elaborou o Projeto de Moncada, no qual o movimento ocuparia dois quartéis militares e fomentaria uma greve geral. Caso esse plano não desse certo, a estratégia seria recuar até as montanhas e iniciar uma guerrilha.
	O projeto fracassou, as tropas de Batista repreenderam os militantes, e os irmãos Castro, Fidel e Raul, foram encarcerados. Porém, Fidel dentro da prisão escreveu a sua defesa, em “A história me absolverá” ele explica detalhadamente os motivos do ataque ao quartel, sustentando a sua tese na Constituição de 1940, como uma legítima ação contra um governo ilegítimo. 
	Não obstante, ele apresentou as cinco leis do projeto: a Constituição de 1940 como lei fundamental do estado; atribuição de terras aos camponeses; garantia de 30% dos lucros das empresas aos trabalhadores; aos colonos 55% do lucro referente à cana de açúcar e o confisco dos bens caso houvesse um mal uso dos bens públicos.
	Por fim, após o exílio, Fidel, Raul e Che Guevara formam uma guerrilha para acabar com o governo de Batista. As tropas nacionais não agüentaram a força dos revolucionários e, no final do ano de 1959, Fulgêncio Batista abandona o posto, declarando derrota aos revolucionários. Começa assim, o longo governo de Fidel Castro.
CONCLUSÃO
	A análise de Luis Fernando Ayerbe sobre a Revolução Cubana abrange de forma ampla todo o processo, abordando tanto o campo econômico, social quanto político. Essa abordagem favorece a correlação de movimentos militares tal como houve no Brasil com os pensamentos e com as convicções da Revolução Cubana.
	Por exemplo, as proposições de reforma agrária e urbana, alfabetização em massa e o controle inflacionário eram bandeiras que a esquerda brasileira levantou na década de 60. Desse modo, o estudo das raízes e das ramificações da Revolução Cubana fornece muito embasamento para os diversos acontecimentos radicais na America latina.

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