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Trabalho Ponte Bruna

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Centro Universitário Católica de Santa Catarina 
Professor: Fabiano Luz Cardoso 
Disciplina: Sistemas de Energia Elétrica 
Acadêmicos: Bruna Scalco Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO ILUMINAÇÃO 
PONTE ANITA GARIBALDI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jaraguá do Sul, 27 de maio de 2018 
 
 
 
1. Objetivo 
 
O trabalho tem como objetivo criar um projeto de iluminação da ponte 
Anita Garibaldi de forma a zerar ou minimizar os custos de energia paga a 
concessionária. 
O projeto será feito avaliando a viabilidade de três formas diferentes de 
fonte de energia, sendo elas: eólica, solar e piezoelétrica. 
 
2. Localização do Projeto 
 
A localização do projeto de iluminação da ponte, corresponde aos 
seguintes dados: 
- Município: Laguna – Canal de Laranjeiras 
- Rua: Rodovia Gov. Mário Covas 
- Estado: Santa Catarina – Brasil 
- Latitude: 28.439286 Sul 
- Longitude: 48.828327 Oeste 
 
Figura 1 – Ponte Anita Garibaldi 
 
Fonte: http://denisecursino.com.br/2015/09/09/inauguracao-da-ponte-anita-garibaldisc-atraem-visitantes-para-
termas-do-gravatal/ 
 
 
A extensão da ponte é de 2,8 quilômetros. Possui dois trechos sendo um 
trecho estaiado de 400 metros e um trecho corrente de 2,4 quilômetros. A largura 
é de aproximadamente 25 metros, contando com duas pistas, cada uma com 
duas faixas de rolagem e acostamentos laterais. [10]. 
 
 
3. Determinação da demanda de consumo 
 
 
A carga instalada na ponte Anita Garibaldi é exclusivamente de 
iluminação. 
A ponte possui um sistema de iluminação viária e um sistema de 
iluminação arquitetônica inteligente. 
A iluminação das pistas é feita por 182 postes equipados com lâmpadas 
de LED com potência de 271 W, modelo greenvision xceed brp 373, da marca 
Philips [10] [12]. São postes metálicos com 12,0 m de altura útil, com 
espaçamentos médios de 36,0 m. 
A iluminação arquitetônica é feita por 72 refletores LED RGB, que ficam 
no centro, na parte estaiada [11]. Onde 20 refletores são do modelo akila 
floodlight com potência 120 W, da marca Shcréder, e 56 são do modelo akila 
floodlight com potência 180 W, da marca Shcréder [12]. 
Para o sistema de controle de cores dos refletores LED RGB foi utilizado 
o controlador de sinal DMX, modelo SLESA UE7 da marca Nicolaudie [12]. 
 Com os dados acima, é possível montar a tabela 1, verificando a potência 
total das cargas da iluminação. 
 
Tabela 1 – Dados das Cargas 
Modelo 
Lâmpada LED 
Quantidade 
(Unidade) 
Potencia Individual (W) Potência Total (W) 
Greenvision 
xceed brp 373 
182 271 49322 
Akila 
floodlight 
20 120 2400 
Akila 
floodlight 
56 180 10080 
 61802 
Fonte: O Autor 
 
 
 
 
 
 
Com os dados da tabela 1, é possível verificar o consumo por dia, da 
iluminação, considerando que as lâmpadas fiquem acesas por 15 horas diárias. 
O fornecimento de energia elétrica deverá ser realizado em tensão 
primária de distribuição 13,8 kV, trifásica, com transformadores de 75,0 Kva [13]. 
Com isto a ponte Anita Garibaldi fica inclusa dentro do grupo consumidor A4, 
com níveis de tensão entre 2,3 kV a 25 kV, seguindo a tarifa azul da CELESC 
para simular o gasto anual, já que não foi encontrado o valor da tarifa 
convencional em [2] monta-se a tabela 2. 
 
Tabela 2 – Potência e Consumo 
Iluminação 17:30 até as 7:00 h. Und 
896,129 kWh.dia 
26,88387 MWh.mes 
322,60644 MWh.ano 
298,7096667 MWh.dia - HORARIO DE PONTA 
597,4193333 MWh.dia - FORA DO HORARIO DE PONTA 
107535,48 kWh.ano HORARIO DE PONTA 
215070,96 kWh.ano FORA DO HORARIO DE PONTA 
Grupo A4 - Tarifa Horária Azul 
R$/kWh 0,45581 – Ponta kWh 0,31068 - Fora de Ponta 
R$ 49.015,75 Anual R$ 66.818,25 Anual 
TOTAL: R$ 115.833,993 – Anual ou R$ 9652,83275 - Mensal 
Fonte: O Autor 
 
 
4. Análise de viabilidade de implantação de geração distribuída eólica 
 
Na análise de viabilidade de implantação da geração distribuída eólica é 
preciso avaliar qual é o potencial eólico, como é o território onde será instalado 
o projeto, para verificar se não terá impacto ambiental, avaliando também se há 
rede próxima, para poder fazer conexão, e analisar qual é a carga instalada. 
Através das coordenadas geográficas inseridas no site da CRESESB [1], 
verificou-se que a maior média anual para a o potencial eólico para a localização 
mais próxima da ponte Anita Garibaldi é de 6,65 m/s conforme também pode ser 
visto na figura 2. 
 
 
 
Figura 2 – Dados do Vento 
 
Atlas do Potencial Eólico 
Brasileiro 
Dados de vento a 50 m de Altura 
Grandeza Unidade Dez-Fev Mar-Mai Jun-Ago Set-Nov Anual 
velocidade 
média do 
vento 
m/s 6,12 6,44 7,64 6,39 6,65 
fator c 6,9 7,26 8,62 7,21 7,51 
fator k 1,96 1,91 2,43 2 2,06 
densidade de 
potência 
W/m2 274 328 440 305 337 
Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=atlas_eolico 
 
Com a velocidade média anual de 6,65 m/s e o consumo anual de 
322,60644 MWh conforme tabela 2, é possível determinar o aerogerador a ser 
utilização para a alimentação da iluminação da ponte. 
 O aerogerador WES 250 com 250 KW de potência, visto na figura 3, com 2 
lâminas, torre de 30m e rotor com diâmetro de 30m, foi escolhido por atender as 
características da velocidade média dos ventos na região e pelo consumo da 
ponte. 
Este modelo de gerador gera energia a partir de velocidade de 3,0 m/s 
conforme dados técnicos da figura 4. 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Aerogerador WES 250 
 
Fonte: https://energiapura.com/portfolio_posts/aerogerador-wes-250/ 
 
Figura 4 – Dados da curva de potência do Aerogerador WES250 
Fonte: https://energiapura.com/portfolio_posts/aerogerador-wes-250/ 
 
Este aerogerador gera 30.000 kWh por mês a 5.4 m/s [14], atendendo a 
necessidade do projeto da iluminação da ponte, onde necessita de 26.883,87 
kWh por mês conforme tabela 2, considerando ao ano que se tenha uma 
velocidade constante acima de 6,0 m/s figura 2. 
Ao ano o aerogerador também atende ao projeto de iluminação em 
relação ao seu consumo anual de iluminação de 322,60644 MWh. Pois conforme 
pode ser visto na figura 5 com uma velocidade de 5,5 m/s produz 375,00 MWh, 
sendo que essa velocidade está abaixo da velocidade média anual do local, caso 
haja baixa de ventos, ainda estaria atendendo. 
Porém considerando a velocidade de 6,0 m/s o aerogerador está 
superdimensionado, colocando em possibilidade a instalação de mais cargas na 
ponte, pois gera 141,39356 MWh a mais que o necessário. 
O aerogerador escolhido tem a capacidade de ser conectado à rede (Grid 
Tie), com saída de 400V/60Hz pois possui internamente um inversor back-to-
back (IGBT). Com isto, a energia excedente gerada pelo aerogerador pode ser 
entregue para a concessionaria gerando créditos para caso um dia seja 
necessário a utilização da energia da rede da CELESC, conforme diagrama 
unifilar da figura 6. 
 
Figura 5 – Dados produção de energia Aerogerador WES250 
Fonte: https://energiapura.com/portfolio_posts/aerogerador-wes-250/ 
 
Figura 6 – Diagrama Unifilar Aerogerador
 
Fonte: O Autor 
 
Como visto o aerogerador escolhido irá operar em baixa velocidade, isto 
é um grande benefício, pois com a baixa velocidade de rotação, reduzem-se os 
ruídos oriundos do giro das hélices. Essa baixa velocidade de giro das pás 
coletoras favorece o meio ambiente, por conta do movimento lento, as aves 
conseguem perceber a existência desses obstáculos e tendem a desviar do 
aerogerador, reduzindo a mortandade de pássaros e demais aves. [18]. 
O custo estimado para a compra deste aerogerador, temcomo base o 
valor do aerogerador do mesmo fabricante do modelo escolhido sendo o modelo 
Skystream 2.4kW - R$35,000.00, onde o valor de kW é de R$ 14,583, logo para 
a potência do modelo escolhido que é de 250 kW é de R$ 3.645.888,33, mais o 
custo do transformador de 400V para 220 V/ 60 HZ e dispositivos de segurança 
e cabos o valor final do projeto é de R$ 3.651,833,33. 
 
 
 
 
 
5. Análise de viabilidade de implantação de geração distribuída solar 
 
Com a definição da potência necessária para o projeto conforme item 3, 
tem-se a necessidade de identificar o potencial energético da região. Através das 
coordenadas geográficas inseridas no site da CRESESB [1], verificou-se que a 
maior média anual para a irradiação solar para a localização mais próxima da 
ponte Anita Garibaldi é de 4,53 kWh/m².dia conforme também pode ser visto na 
figura 7. 
 
Figura 7 – Irradiação solar 
 
Ângulo Inclinação 
Irradiação solar diária média mensal [kWh/m2.dia] 
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média Delta 
Plano 
Horizontal 
0° N 5,9 5,42 4,6 3,8 3 2,5 2,7 3,5 3,6 4,45 5,79 6,18 4,29 3,67 
Ângulo 
igual a 
latitude 
28° N 5,3 5,19 4,9 4,5 4 3,5 3,7 4,3 3,9 4,37 5,27 5,43 4,52 1,95 
Maior 
média 
anual 
23° N 5,5 5,29 4,9 4,4 3,8 3,3 3,6 4,2 3,9 4,43 5,43 5,62 4,53 2,28 
Maior 
mínimo 
mensal 
46° N 4,5 4,6 4,6 4,5 4,2 3,8 4 4,4 3,8 3,95 4,52 4,54 4,27 0,85 
 
Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/index.php#data 
 
 
Agora com as informações da potência de irradiação da região e da 
potência necessária do projeto é possível calcular a potência necessária do 
sistema, conforme abaixo: 
𝐏𝐜𝐜 =
𝐄
𝐆 𝐱 𝐝
 
𝐏𝐜𝐜 =
𝟐𝟔, 𝟖𝟖𝟑𝟖𝟕𝐱𝟏𝟎𝟔
𝟒, 𝟓𝟑 𝐱 𝟑𝟎
 
𝐏𝐜𝐜 = 𝟏𝟗𝟕, 𝟖𝟐𝐱𝟏𝟎𝟑 𝐖𝐩 
 
Onde: 
Pcc = Potência média em corrente contínua necessária (Wp) 
E = Consumo médio diário durante o ano (Wp) 
G = Irradiação diária recebida no plano do painel fotovoltaico (kWh/m²) 
dividida pela irradiância de referência de 1000 W/m², expressa em (h) 
d = Quantidade de dias no mês. 
 
Foi utilizado para este sistema de energia, módulos fotovoltaicos de silício 
policristalino, isto porque estes se tornam mais baratos comparados aos de 
silício monocristalino, mas em contrapartida a eficiência do policristalino cai um 
pouco comparado ao monocristalino, mas o custo benefício do policristalino é 
mais vantajoso. 
 Portanto, o módulo fotovoltaico selecionado foi o do fabricante Canadian 
Solar CS6X-325P com área de 1,94m², 37V, 8,78ª, potência de 325Wp e 16,8% 
de eficiência energética [5]. 
 
Figura 8 - Módulo fotovoltaico 
 
 
Fonte: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/tabela_fotovoltaico_modulo.pdf 
 
A quantidade de placas necessárias para o sistema, conforme abaixo: 
𝐐 =
𝐏𝐜𝐜
𝐏𝐦ó𝐝
 
𝐐 =
𝟏𝟗𝟕, 𝟖𝟐𝐱𝟏𝟎𝟑
𝟑𝟐𝟓
 
𝐐 = 𝟔𝟎𝟖 𝐩𝐥𝐚𝐜𝐚𝐬 
 
Onde: 
Pcc = Potência média em corrente contínua necessária (Wp) 
Pmód = Potência da placa conforme PBE – INMETRO (Wp) 
Q = Quantidade de placas necessárias para o sistema que está sendo 
dimensionado 
 
E a seguir, foi calculado a área necessária no telhado para a instalação 
das placas, conforme abaixo: 
𝐀 = 𝐐 𝐱 𝐀𝐦ó𝐝 
𝐀 = 𝟔𝟎𝟗 𝐱 𝟏, 𝟗𝟒 
𝐀 = 𝟏. 𝟏𝟖𝟏, 𝟒𝟔 𝐦² 
Onde: 
A = Área requerida (m²) 
Q = Quantidade de placas necessárias para o sistema que está sendo 
dimensionado 
Amód = Área de cada módulo conforme PBE – INMETRO (m²) 
 
Sendo possível a instalação das placas, pois a ponte possui em torno de 
70.000 m², com 25 m de largura e 2,8 quilômetros. 
 
Devido a necessidade de obter a máxima eficiência, alta confiabilidade e 
bom custo benefício, foi selecionado o inversor da Ecori – Marca APsystems 
Modelo YC500A, onde possui MPPT individual para cada módulo podendo ser 
conectado até dois módulos, sendo totalmente independente entre os módulos, 
a potência nominal é 500W, tensão de operação CC é 55V, tensão de operação 
CA é 220V, corrente nominal é 2,5A [4] [7]. 
Com 608 placas, a cada duas placas então utiliza-se 1 inversor, com isto 
é necessário utilizar 304 inversores. 
 
Figura 9 – Características inversor YC500A
 
 
Fonte: http://www.minhacasasolar.hospedagemdesites.ws/APsystems%20YC500A-
127V%20for%20Brazil%20Datasheet%20Simplificado.pdf 
 
Figura 10 – Fixação das placas solares em cima da ponte 
Fonte: http://cidadaniaecologica9.blogspot.com.br/2011/12/energia-solar-ponte-vai-
gerar-quase-1mw.html 
Na figura 11 é possível observar o digrama unifilar do projeto solar, 
conforme orientação da CELESC. 
 
Figura 11 – Diagrama Unifilar Projeto Solar 
 
Fonte: O Autor 
 
 
 
O custo estimado para realizar o projeto solar da ponta Anita Garibaldi é 
somatório de: 
- R$ 577.600,00 para os módulos 
- R$ R$ 456.000,00 para os inversores 
- Para a estrutura será utilizado um kit completo de fixação de 4 placas 
em 4 placas com valor total de R$ 74.227,68 
 Logo o valor total, incluindo os custos com dispositivos de segurança e 
cabeamento o valor total do projeto fica em torno de R$ 1.112.327,68. 
 
 
 
 
 
6. Análise de viabilidade de implantação de geração distribuída 
piezoelétrica 
 
A implantação de um sistema baseado na piezoeletricidade na ponte de 
Anita Garibalda se dá através da instalação de placas piezoelétricas no 
composto do asfalto. 
Onde a energia cinética do veículo, transmitida pelas rodas, será 
transformada em energia elétrica captada pelo material no piso. 
A pressão intermitente, que será exercida pela passagem dos pneus dos 
veículos, provocara uma deformação mecânica no material, que produz energia 
elétrica. A produção desta energia, irá alimentar a iluminação da ponte. 
Tudo isto é possível, graças a capacidade que alguns cristais têm de gerar 
energia em resposta a pressões mecânicas, chamado de efeito piezoelétrico. 
Uma placa cerâmica responde impulsos mecânicos gerando pulsos 
elétricos, quanto maior a massa sobre os sensores piezolétricos maior a energia 
emitida por eles. 
Cerca de 30 mil carros passam diariamente pela ponte Anita Garibaldi e, 
conforme uma estimativa da Polícia Rodoviária Federal, durante a temporada o 
número de veículos chega a triplicar. Os veículos trafegam a uma velocidade 
média de 100 km/h ou 27,7778 m/s [15]. 
Logo tem-se uma média anual conforme tabela 8. 
 
Tabela 8 – Média anual de Fluxo de Carros 
Mês Número de Carros Anual 
Jan (Alta Temporada) 2.700.000,00 
Fev (Alta Temporada) 2.700.000,00 
Mar 900.000,00 
Abri 900.000,00 
Maio 900.000,00 
Jun 900.000,00 
Jul (Alta Temporada) 2.700.000,00 
Ago 900.000,00 
Set 900.000,00 
Out 900.000,00 
Nov 900.000,00 
Dez (Alta Temporada) 2.700.000,00 
Média Anual 1.500.000,00 
Fonte: O Autor 
 
Logo com a média anual, tem-se a média diária de 50.000 carros, onde 
equivale a 2083,33 carros/hora. 
O professor Haim Abramovich, fundador da organização Innowattech, que 
criou a tecnologia IPEG (Innowattech piezoeléctricos Generator) explica que 
uma avenida com menos de 1,6 quilômetro, quatro faixas e por onde cerca de 
mil veículos circulam por hora pode criar aproximadamente 0.4 megawatts de 
potência [17]. 
Logo a ponte com 2,8 quilômetros e quatro faixas, com 2083 veículos 
circulando por hora, tem-se aproximadamente 1,4581 megawatts de potência ou 
1,049 GWh ao mês. 
Potência suficiente para a iluminação da ponte, ultrapassando a 
necessidade conforme pode ser visto na tabela 2, ou seja, em um ano será 
gerado 12,59 GWh. 
Potência que alimentará as luminárias da ponte, e também poderá ser 
utilizada para alimentar outras cargas da cidade aonde está localizadaa ponte. 
Em Israel uma única faixa de rodagem equipada está a fornecer 0,5MWh. 
O custo de implantação atual dos geradores israelenses é de US$ 650 mil por 
quilômetro (R$ 2.357.789,78) o que equivale a US$ 6,5 mil por kilowatt (R$ 
23.577,90) [17]. 
Por ser uma inovação recente não se tem dados técnicos do produto, para 
poder efetuar um diagrama unifilar do projeto piezoelétrico com a quantidade de 
placas necessárias, porém trata-se de um sistema off grid onde a energia gerada 
será armazenada em baterias e após um inversor fara a transformação de CC-
CA para 220V/60hz para alimentação das cargas. 
Logo o custo estimado por quilômetro considerando 2,8 quilômetros da 
ponte é de R$ 6.601.811,384. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – Tapete Piezoelétrico 
 
 
Fonte: http://fastseg.blogspot.com.br/2016/12/o-que-podemos-esperar-da-
piezoeletricidade.html 
 
 
Figura 13 – Placa Cerâmica 
 
Fonte: http://www.eletrodomesticos.blog.br/energia-eletrica-gerada-atraves-do-fluxo-no-
transito 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Ambas as tecnologias escolhidas para geração de energia para as 
luminárias da ponte Anita Garibaldi, atenderiam a demanda de carga e teriam 
espaço para instalação. 
A energia solar e a energia eólica são energias mais conhecidas, tendo 
diversidade de produtos no mercado, já a energia piezoelétrica ainda está em 
desenvolvimento. 
O Brasil está fazendo pesquisas sobre a fonte piezoelétrica Elson Longo, 
pesquisador da Unesp – Universidade Estadual Paulista e outros nomes como 
Walter Sakamoto e Maria Aparecida Zaghete já produzem um material que 
garante ser mais barato que os disponíveis atualmente, além da produção ser 
mais rápida que o processo já utilizado. 
Hoje os materiais são feitos com uma mistura de titânio, zircônio, chumbo 
e cerâmica e os brasileiros substituíram o ultimo ingrediente por um polímero 
originado do óleo de mamona, semelhante ao plástico, uma matéria-prima 
renovável e barata [16]. 
Se não fosse ainda pelo melhoraramento e custo para implantar um 
projeto por energia piezoelétrica, está seria a fonte mais viável, comparada as 
outras. Pois pela facilidade de gerar potência em uma área pequena de placa, 
não poluindo também a visibilidade pois ficaria abaixo do asfalto, ao contrário da 
eólica e solar onde é visível. 
Então a energia solar se torna a energia mais viável para a ponte, pois 
além de conseguir gerar energia suficiente para suprir a demanda de iluminação 
é a que tem um custo de investimento menor. O intuito para este projeto é instala-
lo em cima da ponte, onde além de ficar em uma altitude elevada não ocupando 
nenhum outro espaço, pois ficará em cima de uma estrutura já construída, 
também não terá sombreamentos por prédios e etc, que poderiam ser 
ocasionados se fosse instalado em outro local, mantendo então radiação solar 
constante nas placas. 
O resultado da instalação do projeto solar também protegerá o asfalto de 
raios de sol, prevenindo de desgastes pois as placas irão cobrir a ponte fazendo 
sombra, figura 10. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
[1] BRITO, Sergio de S. CRESESB. Centro de referência para as energias solar 
e eólica. Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/index.php#data>. Acesso 
em 23 de abril 2018. 
 
[2] Portal CELESC. Fatura. Disponível em: 
<http://www.celesc.com.br/portal/index.php/duvidas-mais-frequentes/fatura>. 
Acesso em 26 de abril 2018. 
 
[3] Portal CELESC. Manual de procedimentos: Requisitos para conexão de 
micro ou mini geradores de energia ao sistema elétrico da CELESC 
Distribuição. Disponível em: 
<http://www.celesc.com.br/portal/images/arquivos/normas-tecnicas/conexao-
centrais-geradoras/conexao-micro-mini-geradores.pdf>. Acesso em 05 de maio 
2018. 
 
[4] Portal Inmetro. Tabela de consumo / eficiência energética: Inversores 
conectados à rede (On Grid). 2017. Disponível em: 
<http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/componentes_fotovoltaicos_Invers
ores_On-Grid.pdf>. Acesso em 26 de abril 2018. 
 
[5] Portal Inmetro. Tabela de eficiência energética: sistema de energia 
fotovoltaica – módulos. 2017. Disponível em: 
<http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/tabela_fotovoltaico_modulo.pdf>. 
Acesso em 23 de abril 2018. 
 
[6] Portal Leroy Merlin. Cabo flexível 16mm preto 750V Megatron. Disponível 
em: < https://www.leroymerlin.com.br/cabo-flexivel--16mm--preto-750v-
megatron_87907834>. Acesso em 05 de maio 2018. 
 
[7] Portal Minha Casa Solar. Microinversor YC500A. Disponível em: 
<http://www.minhacasasolar.hospedagemdesites.ws/APsystems%20YC500A-
127V%20for%20Brazil%20Datasheet%20Simplificado.pdf>. Acesso em 01 de 
maio 2018. 
 
[8] Portal 60Hz. Cabos fotovoltaicos Solar 6mm Vermelho (metro). Disponível 
em: <https://www.60hz.com.br/cabos-fotovoltaicos-6mm-preto-uv-223.html>. 
Acesso em 05 de maio 2018. 
 
[9] Portal 60Hz. Kit completo suporte telhado colonial – 4 placas EF 14. 
Disponível em: <https://www.60hz.com.br/estrutura-adaptavel-de-fixac-o-4-
placas-telha-colonial-ef14.html>. Acesso em 05 de maio 2018. 
 
[10] http://ponteanitagaribaldi.com.br/presidente-inaugura-obra 
 
[11] https://www.blogdoprisco.com.br/empresas-catarinenses-iluminam-ponte-
anita-garibaldi/ 
 
[12] https://sadenco.com.br/noticias/em-16072015-foi-liberado-o-trafego-na-
ponte-anita-garibaldi-o-novo-cartao-postal-de-santa-catarina 
 
[13] www1.dnit.gov.br/anexo/Projetos/Projetos_edital0255_14-16_0.pdf 
 
[14] https://energiapura.com/portfolio_posts/aerogerador-wes-250/ 
 
[15] http://amigodeviagem.com.br/ponte-de-laguna-a-maior-ponte-de-santa-
catarina-e-um-gigante-com-nome-de-guerreira/ 
 
[16] http://www.poloclima.com.br/brasil-entra-na-corrida-tecnologica-com-a-
energia-piezoeletrica/ 
 
[17] https://pt.linkedin.com/pulse/efeito-piezoel%C3%A9trico-para-
gera%C3%A7%C3%A3o-de-energia-amazing-things 
 
[18] http://blog.bluesol.com.br/energia-solar-e-eolica/

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