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aula 5 lei norma e fontes do direito

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TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Conceito de norma jurídica.
As normas jurídicas são sentidos (proposições) construídos a partir dos textos (enunciados) do sistema do direito positivo, observada a realidade social. 
As normas jurídicas não se confundem com o(s) texto(s) que a(s) veicula(m), sendo o produto da interpretação dos dispositivos (enunciados) do sistema do direito positivo. 
Embora os enunciados do direito positivo possam ser expressos ou implícitos, as normas jurídicas sempre estarão implícitas nos textos do sistema do direito positivo. 
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Em rigor, todo e qualquer enunciado do sistema do direito positivo tem natureza prescritiva. Entretanto, somente se obtém a norma jurídica completa quando se alcança uma unidade integral de significação deôntica (dever-ser), sendo necessário para tanto: 
identificar os enunciados do direito positivo; 
aferir os sentidos desses enunciados; e, por fim, 
conjugá-los para se obter a norma jurídica completa.
A norma jurídica somente é obtida, ressalte-se, mediante interpretação.
Em outros termos, permitir ao destinatário das prescrições do direito positivo discernir qual o comportamento devido e, de certo modo, a razão do mandamento
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
O texto normativo representa apenas o ponto de partida para o processo de concretização do sistema do direito positivo. 
No sistema do direito positivo, existem duas espécies de normas jurídicas em sentido estrito: 
as regras jurídicas; e 
os princípios jurídicos.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
As regras jurídicas
As regras jurídicas são normas que qualificam os comportamentos como obrigatórios, proibidos ou permitidos diante da ocorrência de eventos hipotéticos ou concretos nelas descritos. 
São normas jurídicas que demandam a avaliação da correspondência entre a construção conceitual dos eventos e a construção conceitual do descritor, bem como entre elas e a finalidade que serve de supedâneo para a regra. Têm igualmente a pretensão de oferecer todos os aspectos relevantes para tornar possível uma solução específica para o caso concreto.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
As regras podem ser gerais ou individuais.
A regra geral é aquela que descreve um evento de possível ocorrência na realidade, cuja eclosão (e relato) determina a submissão de todos os sujeitos de direito nela envolvidos ao determinado em seu prescritor. 
No prescritor a regra geral se limita a indicar os critérios que devem estar presentes nos aspectos intrínsecos ao vínculo relacional (os sujeitos ativo e passivo, a prestação e o objeto da prestação) que deve ser instaurado diante da configuração do contido em seu descritor.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Já nas regras individuais, há a descrição de um evento já ocorrido na realidade social, e a prescrição de uma relação jurídica onde há a especificação da prestação e respectivo objeto, bem como de pelo menos um de seus termos (os sujeitos de direito), consoante a subsunção dos elementos pessoais do caso concreto ao estabelecido pela regra geral. 
Em alguns casos, as regras individuais podem se apresentar categóricas, ou seja, desprovidas de descritor. Para que se configure uma relação jurídica, basta que um dos sujeitos da relação esteja determinado, e que tal vínculo resulte de um fato jurídico .
Não é absurda a hipótese da existência de deveres jurídicos ou direitos subjetivos sem titulares determinados, como acontece, respectivamente, nos direitos subjetivos reais e nas situações que envolvem interesses difusos.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
As regras gerais, por sua vez, podem ser: (i) primárias; ou (ii) secundárias.
As regras primárias subdividem-se em dispositivas e sancionadoras:
na regra primária dispositiva, a hipótese compreende a descrição abstrata de um ou mais eventos de possível ocorrência na realidade, cuja constatação implica a eclosão de uma relação jurídica ou de uma situação jurídica; 
já na regra primária sancionadora, há a descrição hipotética da inobservância do dever prescrito numa regra primária dispositiva, que ensejará a restrição a um bem jurídico ou a retirada de uma regra ou ato jurídico do sistema do direito positivo.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Na regra secundária, confere-se ao sujeito de direito o poder de pedir a tutela jurisdicional caso haja controvérsia em torno da observância dos deveres prescritos nas regras primárias dispositivas, ou mesmo para viabilizar a execução da sanção prevista em regra primária sancionadora. 
Em alguns casos, a regra secundária pode conferir ao titular do direito sonegado o poder de executar diretamente a sanção.
Na regra geral, a relação jurídica tem os seus elementos indicados de modo abstrato. Numa acepção ampla, todo e qualquer efeito determinado pelo sistema do direito positivo é uma relação jurídica. Contudo, somente haverá a relação jurídica em sentido estrito quando se identificar um vínculo entre pelo menos dois sujeitos de direito, que envolve uma conduta tipificada como obrigatória, proibida ou permitida. 
Situação jurídica é qualquer atributo conferido a eventos, pessoas ou coisas. São as relações jurídicas em sentido amplo. Reservamos a expressão “relação jurídica” para designar apenas as relações jurídicas em sentido estrito.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Os princípios jurídicos
 
O princípio jurídico é uma norma jurídica que estabelece as diretrizes que devem ser alcançadas com a concretização do sistema do direito positivo.
 
Instituem o dever jurídico de realizar os comportamentos necessários para a preservação ou realização de um estado ideal de coisas. 
Esse estado ideal de coisas é composto de uma finalidade, de um valor, ou seja, de uma preferência intersubjetivamente compartilhada.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Na interpretação do princípio jurídico, há o escopo de se avaliar a correlação entre o valor qualificado por essa norma e os efeitos sociais da conduta a ser adotada para a tutela ou materialização desse estado de coisas. Acresça-se, que os princípios jurídicos não oferecem todos os elementos indispensáveis para a resolução do caso concreto, embora determine aspectos pertinentes a uma decisão.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
No caso dos princípios jurídicos, a sua positivação ocorre por via da Constituição. É a Constituição que determina os valores fundamentais que deverão orientar a dinâmica do sistema do direito positivo. É ela que determina a absorção do que seja compatível com os valores constitucionais.
As normas jurídicas que positivam esses fundamentos e diretrizes constitucionais são, justamente, os princípios jurídicos que são veiculados pela Constituição. Uma coisa é o valor ou diretriz, outra é a norma que impõe esse valor ou diretriz. 
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Dentre os princípios jurídicos, há os postulados normativos. 
Os postulados normativos são preceitos que estruturam a aplicação do sistema do direito positivo. 
São, na verdade, normas cujo escopo é orientar a aplicação das regras e demais princípios jurídicos, determinando os vínculos que devem ser desenvolvidos entre os elementos considerados relevantes para a decisão no caso concreto ou hipotético. 
Os preceitos que regem a hermenêutica jurídica, bem como a proporcionalidade, são bons exemplos de postulados normativos.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Segundo Humberto Ávila, “o postulado normativo não impõe a promoção de um estado de coisas, mas sim modos de raciocínio e de argumentação que devem ser observados na aplicação dos princípios e regras jurídicas”. O que impediria a sua classificação dentre os princípios jurídicos.
Podemos afirmar então que os postulados normativos determinam sim um estado de coisas: a racionalidade e a coerência na dinâmica do ordenamento jurídico. O que não deixa de estar associado a uma finalidadeonipresente em todo e qualquer sistema de direito positivo: a segurança jurídica. 
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Características da norma jurídica:
• Bilateralidade: essa característica tem relação com a própria estrutura da norma, pois, normalmente, a norma é dirigida a duas partes, sendo que uma parte tem o dever jurídico, ou seja, deverá exercer determinada conduta em favor de outra, enquanto que, essa outra, tem o direito subjetivo, ou seja, a norma concede a possibilidade de agir diante da outra parte. Uma parte, então, teria um direito fixado pela norma e a outra uma obrigação, decorrente do direito que foi concedido.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
• Generalidade: é a característica relacionada ao fato da norma valer para qualquer um, sem distinção de qualquer natureza, para os indivíduos, também iguais entre si, que se encontram na mesma situação. A norma não foi criada para um ou outro, mas para todos. Essa característica consagra um dos princípios basilares do Direito: igualdade de todos perante a lei.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
• Abstratividade: a norma não foi criada para regular uma situação concreta ocorrida, mas para regular, de forma abstrata, abrangendo o maior número possível de casos semelhantes, que, normalmente, ocorrem de uma forma. A norma não pode disciplinar situações concretas, mas tão somente formular os modelos de situação, com as características fundamentais, sem mencionar as particularidades de cada situação, pois é impossível ao legislador prevê todas as possibilidades que podem ocorrer nas relações sociais.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
• Imperatividade: a norma, para ser cumprida e observada por todos, deverá ser imperativa, ou seja, impor aos destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da vontade dos indivíduos, pois a norma não é conselho, mas ordem a ser seguida.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
• Coercibilidade: pode ser explicada como a possibilidade do uso da força para combater aqueles que não observam as normas. Essa força pode se dar mediante coação, que atua na esfera psicológica, desestimulando o indivíduo de descumprir a norma, ou por sanção (penalidade), que é o resultado do efetivo descumprimento. Pode-se dizer que a Ordem Jurídica também estimula o cumprimento da norma, que se dá pelas sanções premiais. Essas sanções seriam a concessão de um benefício ao indivíduo que respeitou determinada norma.
TEORIA DA NORMA E DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Estudadas as características da norma, qual a definição então de LEI?
Segundo Silvio Venosa:
“Lei é uma regra geral de direito, abstrata, permanente, dotada de sanção expressa pela vontade de uma autoridade competente, de cunho obrigatório e de forma escrita”.
 LEI 
 Leis são as regras que se estabelecem para disciplinar o comportamento do homem na sociedade, realizando o ideal de justiça, solucionando equilibradamente os interesses individuais em conflito.
 
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 LEIS
 Classificação das leis:
 1 – Quanto a origem legislativa:
A) Federais;
B) Estaduais;
C)Municipais. 
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 LEIS
 2 – Quanto à duração:
Temporárias: são exceções. Já nascem com o período determinado de vigência.
Ex: Art. 3º do ADCT da CF/88:” A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.”
Permanentes: regra.
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 LEIS
 3 – Quanto ao alcance ou amplitude:
Gerais: aquelas que disciplinam um número indeterminado de pessoas e atingem situações genéricas. Ex: Código Civil.
Especiais: regulam matérias com critérios particulares, diversos das leis gerais. Ex: Lei do inquilinato que disciplina de forma diferente do Código Civil. Mas essas normas não se opõem às normas gerais. Elas se completam!!!
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 LEIS
Excepcionais ou “de exceção”: são aquelas que regem, por modo contrário ao estabelecido na lei geral, fatos ou relações jurídicas que naturalmente estariam cobertos pela lei geral.
Ex: atos institucionais do período da ditadura militar que veio suprimir muitas das garantias constitucionais.
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 LEIS
Singulares: são assim rotuladas apenas para a compreensão didática!
Vejamos:
A lei deve ser genérica por característica das normas jurídicas.
Mas o decreto que nomeia um servidor público é formalmente uma lei, mas não tem o conteúdo da generalidade.
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 LEIS
4 – Quanto à força obrigatória:
Cogentes- ou imperativas – porque impõem por seu próprio conteúdo, ficado excluído qualquer arbítrio ou vontade dos interessados. Ex: alteração do regime de casamento após sua realização. O CC de 2002 determina as condições que se não observadas, levam à ineficácia do ato.
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 LEIS
Dispositivas – ou supletivas. Cabe aos interessados valerem-se delas ou não. Perante a ausência de manifestação das partes, essas normas são chamadas a atuar, sendo então, obrigatoriamente aplicadas pelo juiz. Elas existem na maior parte no campo do direito privado.
Mas não é tarefa fácil distinguir entre uma norma cogente e uma dispositiva. Deve-se analisar caso a caso a finalidade da lei e a intenção do legislador.
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 LEIS
5 – Quanto a sanção, as leis podem ser:
Perfeitas – cuja transgressão importa em sanção de nulidade ou possibilidade de anulação do ato praticado. No direito penal, a violação da norma impõe aplicação de pena. Necessidade de duas testemunhas para fazer um testamento. Se não estiverem presentes ao ato, o testamento é nulo.
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 LEIS
Mais que Perfeitas – dá margem a duas sanções: nulidade do ato e pena ao transgressor. Ex: pessoa casada que casa de novo. Segundo o CC, haverá a nulidade desse casamento além da pena pelo crime de bigamia.
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 LEIS
Menos que Perfeitas – normas que trazem sanções incompletas ou inadequadas. O ato vale, mas com sanção parcial.
EX: viúvo (a) que casa de novo e tendo filhos do casamento anterior não faz o inventário do falecido (a). O novo casamento será válido, mas perde-se o direito ao usufruto dos bens dos filhos menores, além de ser obrigatório o regime da separação de bens.
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 LEIS
Imperfeitas – prescrevem uma conduta sem impor sanção.
Não há nulidade nem sanção para o ato.
Ex: dívidas prescritas, dívidas de jogo
O ordenamento jurídico não coloca ação à disposição do credor para a cobrança.
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 LEIS
6 – Quanto à plenitude de seu sentido:
Autônomas – expressam um sentido completo, bastam por si só. Ex: art 3º do CC que fixa a incapacidade para os menores de 16 anos. 
Não Autônomas – não possuem sentido completo e para se obter sua perfeita compreensão e efetividade, necessitam de outras leis. 
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 LEIS
Ex de lei Não Autônoma
O Art. 6º do CC determina: A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Para se entender o preceito, devemos buscar o sentido técnico-jurídico da ausência e quais são as hipóteses que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva.
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 LEIS
Próxima aula:
Os planos da vigência, validade e eficácia da norma. 
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