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5Tecnicas indispensaveis para um lider

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5 Técnicas indispensáveis 
para um líder
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ÍNDICE
CUSTOMER DEVELOPMENT 
Nada é verdade até que seja testado e validado .............. 2
PROTOTIPAGEM 
Em vez de falar, mostre ............................................... 6
SERVICE DESIGN 
A atenção aos detalhes faz diferença ............................. 9
PROATIVIDADE 
O que toda empresa quer em um funcionário ................ 13
PENSAMENTO SISTÊMICO 
Enxergue as conexões invisíveis. ................................ 16
D
escubra novas ferramentas 
que vão te ajudar a 
pensar como um líder 
e atingir resultados cada 
vez melhores 
Se engana quem pensa que só 
coordenadores, gerentes e diretores 
são os líderes de uma organização, ou 
pior ainda - que só eles precisam ter 
as habilidades de um líder. Seja no dia 
a dia profissional, na nossa relação 
pessoal com familiares e amigos ou 
durante os trabalhos da faculdade, 
frequentemente precisamos 
desempenhar as funções de um 
líder: tomar decisões complicadas, 
comunicar-se com clareza com 
pessoas diferentes de nós e entender 
o que elas querem e, em última 
instância, fazer as coisas acontecerem. 
Tarefas que nem sempre são fáceis... 
Certas técnicas nos permitem 
evitar os obstáculos comuns na 
hora de agir como um verdadeiro 
líder: testam nossas crenças e 
suposições, corrigem as distorções 
em nossos processos de pensamento 
e nos ajudam a enxergar mais 
longe. Dominando essas técnicas, 
ganhamos confiança para resolver 
nossos problemas, antecipar riscos e 
atingir resultados cada vez melhores.
Existem, claro, infinitas técnicas para 
ser um líder melhor… Neste Ebook, 
vamos apresentar cinco delas, e 
que podem te ajudar muito nos 
desafios da sua vida profissional - 
e pessoal também! 
Com o customer development, você 
aprenderá que nada é verdade até 
ser testado e validado, e assim terá 
informações mais embasadas para 
usar em seus projetos; por meio 
da prototipagem, descobrirá como 
comunicar melhor o que se passa 
na sua cabeça e demonstrar mais 
protagonismo; o service design vai 
te lembrar da atenção aos detalhes, 
a melhor forma de se diferenciar em 
cenários de muita concorrência; ao 
entender as raízes da proatividade, 
você poderá desenvolver cada 
vez mais essa característica e 
conquistar seus objetivos; e, por 
fim, o pensamento sistêmico 
ajudará a desenvolver uma 
compreensão mais completa e 
complexa da sua realidade. 
Ao final de cada conceito, propomos 
perguntas e questionamentos que 
vão ajudá-lo a refletir o quanto você 
vem aplicando o modo de pensar de 
um líder no seu dia a dia. Assim, esse 
material também pode ser usado de 
forma coletiva, com a sua equipe do 
trabalho, empresa junior, sua turma 
de faculdade ou mesmo os amigos 
mais próximos. Aproveite ao máximo 
e nos conte o que achou!
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1
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CUSTOMER DEVELOPMENT 
Nada é verdade até que 
seja testado e validado
Oconceito de Customer Development (ou Custdev, e que poderia ser traduzido 
como ‘desenvolvimento focado no 
cliente’) é importante nesse sentido, 
já que prega que o empreendedor de 
uma startup (ou mesmo o dono de 
um projeto) precisa sair do escritório 
e ir para a rua testar sua hipótese 
de produto ou serviço diretamente 
com o público. A realidade de grande 
parte das startups, que fecham 
depois de alguns meses, pode nos 
ensinar muito...
“Todo mundo tem um plano até levar um soco na cara”. A frase 
do ex-boxeador Mike Tyson pode nos ajudar a entender como 
é importante validar nossas ideias na prática. Caso contrário, 
iremos a nocaute com elas na cabeça, sem ganhar e sem realizar 
transformações no mundo real.
22
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CUSTOMER DEVELOPMENT
Nada é verdade até que 
seja testado e validado
Muitas vezes, essas startups nascem 
a partir de ideias que seus fundadores 
consideram brilhante. Daí, baseados 
apenas em suposições sobre como é 
o mercado e o que os consumidores 
querem, esses empreendedores 
propõem uma solução e definem 
seu modelo de negócios. Mas, nem 
sempre essas suposições são as mais 
adequadas e eles somente descobrem 
isso quando o produto é lançado. 
Resultado? Prejuízo e desperdício de 
tempo e energia.
Viu como podemos levar esses 
ensinamentos para outros cenários 
na nossa vida?
O Custdev considera que tudo definido 
inicialmente ainda não pode ser 
tratado como verdade; é apenas uma 
hipótese que precisa ser testada, 
validada e renovada. Dessa forma, 
pressupõe que toda teoria, estratégia 
ou visão de negócios deve ser validada 
em situações reais, para só depois 
poder ser considera da verdadeira. 
É um método útil que pode acabar 
de vez com aquela sensação de 
estar insistindo, insistindo... e nada 
de resultados. 
Como surgiu? 
O empreendedor e acadêmico 
Steve Blank é considerado o “pai” 
desse conceito, que surgiu em meados 
da década de 1990. Atualmente ele se 
dedica à carreira acadêmica, sempre 
com o empreendedorismo em foco. 
É professor consultor associado em 
Stanford e leciona na Haas School 
of Business, na Universidade da 
Califórnia, em Berkeley, na Columbia 
University e no California Institute 
of Technology (Caltech).
Blank aproveitou sua experiência 
de sucesso em startups do Vale 
do Silício, nos EUA, e desenvolveu 
essa metodologia, considerada 
um dos pilares do movimento 
‘LeanStartup’ de Eric Ries, que foi seu 
aluno. Possui quatro livros publicados 
e The Four Steps to the Epiphany 
(ou Do Sonho à Realização em Quatro 
Passos) é sua principal obra sobre o 
Customer Development. 
Para o autor, o principal erro que 
causa a falência de muitas startups 
é esse que mencionamos ali em 
cima: o empreendedor acha que 
sabe o que o cliente quer.
3
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Mas isso vale para todo tipo de 
cliente. Imagine que você trabalha na 
área de marketing de um grande banco, 
e tem uma brilhante ideia sobre um 
novo produto financeiro... Antes de 
investir tempo e dinheiro nessa ideia, 
converse com alguns clientes para 
ver o que eles acham dela. Da mesma 
forma, se você é um jornalista em 
busca de mais acessos e engajamento 
nos seus textos, por que não conversar 
com seus leitores e entender suas reais 
necessidades de conteúdo? 
Depois de uma conversa (a tal da 
‘validação’) com pessoas de fora, é 
possível que sua ideia inicial seja 
completamente modificada. Aplicando 
esse método, você vai obter diversos 
insights sobre como melhorar o seu 
projeto, o que está dando errado nas 
suas estratégias e quais são os pontos 
cegos na sua visão. Trata-se de um 
processo iterativo e que pode ser 
repetido em diversos estágios do projeto, 
aumentando suas chances de sucesso. 
Mas como validar um projeto ou 
produto no mundo real sem antes 
dedicar tempo e energia para 
desenvolvê-lo? A resposta está em outra 
ferramenta do mundo lean, o MVP. 
Essa é a sigla para minimum viable 
product, ou, em português, produto 
minimamente viável. Trata-se de uma 
versão simplificada do seu projeto, que 
reúne suas características principais 
porém precisa
Para que serve? 
Inicialmente pensado para o universo 
das startups, o Customer Development 
pode ser útil para que você valide suas 
diferentes ideias no mundo real, fora 
de sua cabeça. Por mais que um líder 
possa ter uma mente em que as ideias 
surgem em velocidade fora do comum, 
elas precisam se adaptar à prática do 
seu projeto.
Ao internalizar as diretrizes do 
Customer Development você ganhará 
um senso de concretude maior, sem 
abandonaros sonhos e ideias que 
marcam a mente de alguém que 
lidera. Esse conceito também nos 
traz flexibilidade e humildade para 
entender que, muitas vezes, aquilo 
que pensamos inicialmente não 
é viável ou aplicável e temos que 
repensar nossos projetos. A seguir, 
confira alguns exemplos de como 
aplicar a metodologia no dia a dia 
de qualquer profissional: 
CUSTOMER DEVELOPMENT
Nada é verdade até que 
seja testado e validado
4
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1. Em um debate, considerar os 
argumentos de outra pessoa que não 
vão de encontro às suas suposições 
2. Pesquisar se as pessoas estão 
dispostas a pagar o que você vai 
cobrar por certo serviço ou produto
3. Realizar pesquisas de opinião sobre 
projetos em desenvolvimento
4. Escutar pessoas mais experientes 
que obtiveram sucesso na mesma 
área (e que não necessariamente 
pensam como você!)
Da mesma fora, existem alguns 
questionamentos que podem te ajudar a 
refletir se você está aplicando realmente 
a metodologia na sua vida:
1. Você possui inúmeras ideias e poucas 
acabam se concretizando?
2. Ao perceber que sua ideia não é viável 
na prática, você insiste naquilo que 
havia pensado ou procura se adequar 
à realidade?
CUSTOMER DEVELOPMENT
Nada é verdade até que 
seja testado e validado
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3. Quando você tem uma ideia e a 
considera genial, já a coloca em 
prática ou procura entender se ela 
realmente será executável?
4. Você busca entender a real 
necessidade das pessoas ao 
seu redor?
5. Você “dá o braço a torcer” 
quando uma ideia “brilhante” 
não funciona bem?
5
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PROTOTIPAGEM 
Em vez de falar, mostre
Essa é a lógica por trás do conceito de ‘prototipagem’, uma poderosa ferramentas 
para quem quer pensar e agir como 
um líder.
O que significa? 
Um protótipo é uma amostra inicial, 
um modelo construído para testar 
um conceito, produto ou processo. 
É um termo usado em uma 
variedade de contextos, incluindo 
a semântica, design, eletrônica e 
programação de software.
Você já deve ter ouvido a máxima “Entendeu ou quer que eu 
desenhe?”, que é quase sempre usada de forma pejorativa. No 
entanto, a verdade por trás dessa brincadeira é que o simples 
esboço de uma ideia pode ajudar (e muito) a transmiti-la para 
outras pessoas. Quando temos uma ideia na cabeça - seja ela 
simples ou complexa - é sempre mais fácil explicá-la quando 
podemos utilizar recursos materiais, que vão do simples 
‘papel e caneta’ até peças de Lego, apresentações PowerPoint e 
engenhocas. Só com palavras, é muito mais difícil que outras 
pessoas visualizem o que estamos imaginando. 
66
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PROTOTIPAGEM
Em vez de falar, mostre
A palavra protótipo é derivada do 
grego, onde Protós significa primeiro e 
Typos significa tipo. Mas uma tradução 
mais acertada poderia ser: primeiro 
modelo, que está em fase de testes, 
estudo, ou planejamento.
A utilização dos protótipos não é uma 
novidade na história da humanidade. 
O uso de modelos e maquetes é antigo 
na arquitetura, por exemplo. Com a 
revolução industrial e sua produção 
massificada, os protótipos ganharam 
fôlego. No início, o protótipo era o 
produto feito pelo mestre, que depois 
deveria ser produzido em série. Ao 
longo do tempo ganhou status de 
“teste” e a indústria automobilística 
adotou os protótipos antes de lançar 
seus veículos no mercado. Atualmente, 
a indústria da eletrônica e tecnologia 
usa e abusa dos protótipos para 
assegurar que os produtos finais 
possuam menos falhas.
No cenário das startups, onde as ideias 
são muitas e os recursos iniciais baixos, 
a prototipagem é muito comum. No 
método Lean Startup, o protótipo é 
chamado de MVP (Minimum Viable 
Product), que pode ser traduzido como 
‘produto mínimo viável’. Trata-se de 
uma versão simplificada do produto 
que você tem em mente, e serve para 
testar se a ideia realmente tem apelo 
com os consumidores antes de fazer 
investimentos nela - de tempo, energia 
e dinheiro. 
7
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O conceito de prototipagem, porém, não 
é útil somente para os empreendedores. 
Uma forma rápida de expor seus 
projetos para as demais pessoas dentro 
de uma empresa, da sala de aula ou 
até mesmo para amigos é montando e 
apresentando um protótipo do que você 
tem em mente.
Por exemplo: Imagine que você quer 
propor uma reformulação completa 
do site da sua empresa. Na hora de 
apresentar a ideia para seus gestores, 
leve também um protótipo do que você 
tem em mente, como uma imagem 
editada no Photoshop com as mudanças 
que você está propondo. Quer propor 
uma nova embalagem para o principal 
produto da empresa? Melhor do que 
levar um desenho para a reunião, 
seria conseguir montar uma versão 
simplificada dessa embalagem. Ter um 
protótipo do produto em mãos falará 
mais alto do que qualquer argumento 
verbal sobre suas vantagens.
Ao prototipar suas propostas, o líder 
está sempre um passo a frente dos 
demais; consegue transmitir suas ideias 
com muito mais clareza, demonstrando 
protagonismo, execução, e aumentando 
as chances de suas propostas serem 
aprovadas. E você, será que utiliza a 
prototipagem no seu dia a dia? Veja 
algumas perguntas que vão te ajudar 
a refletir sobre o assunto:
1. Você procura esboçar suas ideias 
no papel ou no computador antes 
de colocá-las em prática?
2. Você possui dificuldades em 
materializar em um esquema 
tudo aquilo que está passando 
na sua cabeça?
3. As outras pessoas conseguem 
compreender os rascunhos que 
você elabora de suas ideias?
4. Você demora para colocar suas 
ideias em prática ou prefere 
aperfeiçoá-las já em andamento?
5. Você costuma “errar rápido” ou 
demora para agir?
PROTOTIPAGEM
Em vez de falar, mostre
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8
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SERVICE DESIGN 
A atenção aos detalhes 
faz diferença
Como o próprio nome sugere, o Service Design é muito usado para o 
desenvolvimento de serviços, e tem 
por objetivo dar ao consumidor a 
melhor experiência possível. Sua 
característica elementar é colocar 
- sempre - as pessoas em primeiro 
lugar. Assim, para colocar em 
prática essa ferramenta, entender as 
necessidades e desejos das pessoas 
é fundamental. No final, a ideia é 
garantir que todos os serviços e 
produtos oferecidos estejam em 
consonância com o que as pessoas 
que o consumirão precisam e 
gostariam de receber. 
Sabe quando você chega ao quarto do hotel e encontra a ponta do 
papel higiênico dobrada em formato de triângulo? E quando você 
está na fila de espera de um restaurante e pode degustar algum 
aperitivo enquanto ouve um pianista que acalma o ambiente? 
Esses são exemplos de alguns simples cuidados (que agradam 
bastante) tomados por empresas que já compreenderam a 
importância do chamado Service Design - ou design de serviço, 
em português.
99
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SERVICE DESIGN
A atenção aos detalhes 
faz diferença
Essa lógica pode parecer óbvia, mas 
muitas empresas/pessoas acabam se 
fechando demais em seus processos 
internos e se esquecem que existem 
outras pessoas na ponta final dessa 
relação. Quem se atenta ao que os 
outros precisam (sem somente tentar 
empurrar um produto ou uma ideia) 
larga na frente na lista de preferência 
dos consumidores. Em cenários de 
concorrência acirrada, são esses 
pequenos detalhes que podem 
trazer credibilidade e aceitação para 
o seu projeto.
Como surgiu?Um dos primeiros trabalhos 
relacionados ao Service Design foi 
de autoria de G. Lynn Shostack, uma 
alta executiva americana do setor 
bancário e filantropa. Em 1984 ela 
escreveu o texto “Designing Services 
That Deliver”, publicado na Harvard 
Business Review, em que explicava 
sobre service blueprint (ferramenta 
gráfica de visualização que mapeia 
os processos e especifica toda a 
funcionalidade de um serviço). 
Nessa época, Design de Serviço era 
considerado parte das disciplinas de 
gestão e marketing.
Em 1991, o Service Design se tornou 
oficialmente uma disciplina, por meio 
de um projeto de Michael Erlhoff, 
professor da KISD (Köln International 
School of Design), na Alemanha. Em 
2001, foi criada, em Londres, a Livework, 
primeira consultoria de inovação e 
design de serviço que, desde 2010, opera 
também no Brasil.
Para que serve?
Para atender as reais necessidades das 
pessoas é preciso ter um olhar atento 
e minucioso para todo o processo de 
entrega do seu produto. E isso envolve 
perceber e melhorar cada detalhe que 
possa trazer prazer, alento e satisfação 
ao consumidor - ou a quem quer que vá 
receber o seu projeto. Ao compreender 
isso, você passará a observar 
cuidadosamente todo o caminho que 
deve percorrer até o seu objetivo, quais 
os atores envolvidos e poderá identificar 
empiricamente as falhas que estão 
deixando as pessoas insatisfeitas com o 
seu produto final. 
Veja algumas práticas do dia a 
dia de empresas que se importam 
com o service design: investir no 
aperfeiçoamento do pós-venda 
10
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(SACs, ferramentas para receber 
feedback, etc.); interagir com público-
alvo (realização de eventos festivos, 
distribuição de amostras gratuitas do 
produto, brindes de final de ano, etc.); 
deixar claro para o seu público que você 
(ou seu produto) se aperfeiçoou diante 
de um feedback (Ex: “Essa nova opção de 
pagamento foi uma sugestão da Fulana, 
que não conseguia arcar com os custos 
no início do mês”); melhorar os serviços 
oferecidos no call center contratado por 
sua empresa; etc.
Dessas práticas, surgem insights e ações 
que, quando adotados, fazem toda a 
diferença. Pense, por exemplo, no acesso 
wifi gratuito, nas poltronas e nos sofás 
macios que você encontra em uma 
loja Starbucks. Diante de uma outra 
cafeteria, ao lado, que vendesse o mesmo 
café pelo mesmo preço, esses detalhes é 
que determinariam sua decisão, certo?
Na carreira! Por mais que, a princípio, a 
ferramenta pareça fazer sentido apenas 
no contexto empresarial de criação ou 
aperfeiçoamento de um serviço, ela 
também pode ser muito útil na carreira 
e em diversas outras situações do dia a 
dia profissional. 
Lembre-se: a ideia central é oferecer 
- sempre - a melhor experiência, 
não deixando os detalhes passarem 
despercebidos. Por exemplo: se vai 
apresentar um projeto importante 
em uma reunião, preocupe-se em 
chegar no horário, garanta que o 
projetor está funcionando corretamente, 
que os slides estão bem editados, 
e que o ar-condicionado não parou 
de funcionar. Se vai receber um 
cliente importante, certifique-se de 
que terá café para oferecer a eles, 
busque-os e leve-os até a porta... E 
assim por diante.
A seguir, veja algumas perguntas que vão 
te ajudar a refletir se você tem aplicado o 
Service Design no seu dia a dia: 
1. Você está preocupado com o que as 
pessoas realmente precisam?
2. Você conhece cada detalhe e 
pessoa envolvida no projeto que 
está liderando?
SERVICE DESIGN
A atenção aos detalhes 
faz diferença
11
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SERVICE DESIGN
A atenção aos detalhes 
faz diferença
3. Você procura conversar com as 
pessoas para receber um feedbacks 
ou já fica satisfeito por elas terem 
comprado sua ideia/produto?
4. Quando recebe críticas, você procura 
trabalhar para aperfeiçoá-las com sua 
equipe ou julga que as outras pessoas 
reclamam demais?
5. Você se mostra disponível aos 
membros de sua equipe para 
esclarecer dúvidas sobre o que 
estão fazendo?
6. O bem-estar dos outros é uma 
preocupação em cada uma das etapas 
dos seus processos internos?
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12
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PROATIVIDADE 
O que toda empresa quer 
em um funcionário
Segundo o dicionário Aurélio, proatividade significa: “Capacidade que alguém 
ou algo tem de fazer com que 
determinadas coisas aconteçam ou 
se desenvolvam”. Da mesma forma, 
proativo aparece como alguém “1. 
Que não se baseia na reação a algo, 
mas toma iniciativa de ação; 2. Que 
age antecipadamente”. Outra forma 
de definir ‘proativo’ é como o oposto 
de ‘reativo’, ou seja, alguém que 
toma o controle da situação e age 
para fazer as coisas acontecerem, 
ao invés de esperar que elas 
simplesmente aconteçam.
Você certamente conhece alguém que só “rema de acordo com 
a maré”. Essas pessoas não devem conhecer o conceito de 
proatividade, importantíssimo para que não fiquemos reféns 
das circunstâncias externas e do que nos é imposto. Você quer 
ser o piloto de sua carreira ou um mero passageiro que é levado 
de um lado para outro?
1313
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PROATIVIDADE
O que toda empresa 
quer em um funcionário
Como surgiu? 
Os estudos sobre proatividade, da forma 
que a entendemos hoje, começaram 
com o trabalho do psiquiatra Viktor 
Frankl. Judeu, ele foi confinado em 
um campo de concentração nazista e 
lá testemunhou atrocidades e abusos 
que, como todos sabem, foram além do 
limite que pessoas normais poderiam 
suportar. Apesar de tudo isso, Viktor 
resistiu à influência do ambiente 
opressivo e manteve sua identidade e 
sanidade intactas.
No livro Man’s Search for Meaning, 
ele explora o sentido existencial 
do indivíduo e coloca o conceito de 
proatividade dentro dessa reflexão. Na 
obra, ele chama de proativa a pessoa 
que toma responsabilidade pela 
própria vida, ao invés de buscar causas 
e justificativas nas circunstâncias ou 
em outras pessoas. Ele argumenta 
que existem escolhas, sempre, 
independente da situação ou contexto.
O conceito de proatividade implica 
muito mais do que tomar a iniciativa, 
como muitos podem pensar. Esse 
conceito nos lembra que nós, como 
seres humanos dotados de inteligência, 
somos responsáveis por nossas 
próprias vidas. Nosso comportamento 
resulta de decisões tomadas e pensadas, 
e não das condições externas.
No ambiente de trabalho
Com o passar do tempo, o termo 
ganhou um sentido mais pragmático 
no mundo corporativo, e hoje é 
recorrente nas descrições de vagas 
das mais diversas indústrias.
No livro Os 7 hábitos de pessoas 
altamente eficazes, a proatividade é 
o primeiro hábito listado pelo autor 
Stephen Covey. Nessa obra, o autor 
traz sete hábitos para quem quer ser 
mais produtivo e, claro, a proatividade 
é fundamental nesse sentido. Foram 
vendidas mais de 15 milhões de 
cópias em trinta e oito idiomas desde 
a primeira publicação, em 1989. A 
obra foi eleita pelos leitores da revista 
Chief Executive como o livro mais 
influenciador do século XX.
A verdade é que qualquer empresa 
sonha em contratar alguém proativo. 
Segundo Júlia Fávere, que trabalha 
com recrutamento na Votorantim, 
“proatividade e autonomia” são as 
características que mais destacam 
um estagiário na empresa. Para Susan 
14
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Hawkins, especialista em mercado 
financeiro, a habilidade também é 
essencial para quem quer trabalhar na 
área. Na Ambev,a mesma história... Deu 
para entender aonde queremos chegar?
Funcionários proativos não precisam 
receber pedidos ou ordens, e nem 
necessitam de instruções detalhadas 
- eles são capazes de enxergar os 
problemas das empresas e se mexer 
para resolvê-los, mesmo que essas 
questões não estejam diretamente 
ligadas ao escopo de seu trabalho.
Como fazer? 
O problema é que nossa maneira ‘padrão’ 
de pensar é, por natureza, reativa. 
Assim, o comportamento proativo não 
é algo natural, e sim o produto de sua 
escolha consciente, baseada em valores 
e princípios que você constrói ao longo 
do tempo. Algo que, quando mais você 
coloca em prática, mais internalizado fica. 
Para começar, existem alguma frases que 
devem fazer parte do vocabulário diário 
de todo proativo e refletem as atitudes 
que esse profissional deve ter: “Vamos 
procurar alternativas”, “Eu assumo essa 
responsabilidade”, “Eu vou fazer”... 
Da mesma forma, ser proativo não 
envolve apenas tomar novas tarefas 
para si, mas também buscar sempre 
novos conhecimentos. Estudar, fazer 
cursos extracurriculares e ler artigos 
são hábitos também da pessoa proativa. 
A seguir, veja algumas perguntas que 
vão te ajudar a refletir se você é uma 
pessoa proativa:
1. Você prefere que outras pessoas 
tomem decisões para você ou gosta 
de participar das escolhas que 
influenciam sua vida?
2. Você fica choramingando quando algo 
errado acontece ou procura dar uma 
resposta embasada?
3. Você conhece os seus valores e 
princípios (aquilo que faz sentido 
em sua vida)?
4. Você prefere deixar as coisas 
acontecerem no seu tempo natural ou 
procura acelerar alguns processos?
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PROATIVIDADE
O que toda empresa 
quer em um funcionário
15
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PENSAMENTO SISTÊMICO 
Enxergue as conexões invisíveis
Ochamado “pensamento sistêmico”, grosso modo, propõe uma visão que 
encara o mundo como um sistema, 
composto por sua vez por diversos 
sistemas menores, onde tudo 
está interligado. Perceber que as 
coisas estão interconectadas em 
um sistema não é uma ideia nova. 
Muito antes desse conceito começar 
a aparecer no século XX, religiões 
e filosofias já adotavam a visão 
sistêmica das coisas, como é o caso 
do budismo.
Você já reparou que, muitas vezes, ao buscarmos soluções para 
um problema acabamos “sem querer” resolvendo outros? A 
explicação é que esses problemas podem estar relacionados, 
embora nem sempre a gente consiga fazer essas conexões.
1616
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PENSAMENTO SISTÊMICO
Enxergue as conexões invisíveis
Em sua versão mais atualizada, o 
pensamento sistêmico começou a 
tomar forma na década de 1920, com 
pensamento holístico de Jam Smuts, 
que propunha abrir mão da visão das 
coisas como algo singular, mas sempre 
como partes de algo maior. Estudos 
de viés mais prático começaram a 
ser realizados na década de 1950, no 
Massachusetts Institute of Technology 
(MIT). Lá essa ideia começou a ganhar 
força e ser aplicada a várias áreas do 
conhecimento, da sustentabilidade 
à administração de empresas. Os 
estudos culminaram na publicação 
do livro A Quinta Disciplina, de Peter 
Senge, e da obra The limits to growth, 
que usa o pensamento sistêmico para 
alertar sobre os efeitos do crescimento 
populacional na Terra.
Como funciona? 
O pensamento sistêmico nos torna 
conscientes do fato de que todas as 
coisas fazem parte de um sistema, 
e, portanto, estão relacionadas e 
influenciam umas às outras. Isso vale 
tanto para o corpo humano como 
para uma cidade ou a empresa em 
que você trabalha. Grandes problemas 
que enfrentamos atualmente são 
interligados e interdependentes de 
diversas formas que nem imaginamos, 
e cabe a nós buscar cada vez mais 
enxergar essas conexões para ter uma 
compreensão melhor da realidade.
Uma percepção mais sistêmica da 
realidade, por sua vez, permite que um 
líder tome decisões mais acertadas e 
obtenha melhores resultados. Quando 
o líder tem uma visão sistêmica do 
contexto em que está inserido, também 
consegue evitar efeitos colaterais 
indesejáveis de suas atitudes que a 
princípio não são óbvios.
Nos ecossistemas complexos e 
globalizados em que as organizações 
de hoje atuam, tomar decisões é algo 
cada vez mais incerto.
O problema é que, por natureza, não 
enxergamos o mundo de forma sistêmica. 
Nossa tendência é ser reducionista e 
simplista, visualizando somente visões 
fracionadas da situação toda - fotos 
instantâneas, e não o filme completo. 
Durante muito tempo, nós fomos 
ensinados a pensar os problemas de 
maneira fragmentada para entendê-los 
melhor. Essa estratégia tem suas vantagens 
porém, sozinha, não dará conta de resolver 
os desafios de uma grande organização.
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O pensamento sistêmico rompe com 
esse paradigma e nos ajuda a analisar 
o sistema complexo como um todo. 
Não adianta uma parte funcionar 
excepcionalmente bem no seu 
projeto enquanto a outra atrapalha o 
rendimento global.
Sobre esse assunto, o prestigiado filósofo 
Edgard Morin (que criou o conceito 
de pensamento complexo, bastante 
próximo ao que prega o pensamento 
sistêmico) ministra o curso O futuro 
da decisão: como conhecer e agir na 
complexidade na plataforma Coursera, 
oferecido gratuitamente pela ESSEC 
Business School - o material, no 
entanto, ainda está disponível somente 
em francês. 
Existem muitos métodos e práticas que 
podem te ajudar a pensar de forma 
mais complexa. Por exemplo: evitar agir 
sobre um problema de forma isolada, 
mas lidar com ele dentro do contexto 
de outros problemas relacionados; 
estabelecer relações de causa e efeito de 
forma cíclica em vez de linear; 
evitar pensar apenas em resultados 
imediatos, a qualquer custo, mas 
buscar ter uma visão sustentável e 
de longo prazo; conversar 
constantemente com outras áreas da 
empresa, para entender o que elas 
fazem e ter uma visão total do negócio. 
Para o empreendedor, vale também 
pesquisar mais a fundo todo o seu 
mercado e os mercados relacionados. 
O mais interessante disso tudo é que 
algo que é considerado um problema 
aqui, pode ser a solução ali (o lixo 
produzido em uma empresa pode ser 
separado e se tornar matéria-prima 
para a reciclagem, por exemplo). Vale 
insistir que, para isso acontecer em 
nível empresarial, é importante manter 
um bom nível de comunicação com 
todas as áreas que fazem parte do 
mesmo sistema.
A seguir, veja algumas perguntas que 
vão te ajudar a refletir se você pensa 
de maneira sistêmica:
PENSAMENTO SISTÊMICO
Enxergue as conexões invisíveis
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PENSAMENTO SISTÊMICO
Enxergue as conexões invisíveis
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1. Ao analisar os seus problemas, você 
o faz dentro de um contexto ou 
isoladamente?
2. Você busca solucionar vários 
problemas de uma vez só?
3. Suas atitudes muitas vezes acabam 
atrapalhando mais do que ajudando, 
apesar das boas intenções?
4. Você presta atenção nos problemas de 
outras pessoas ou só se preocupa com 
os seus?
5. Quando está com um problema, você 
o compartilha com alguém ou guarda 
para si mesmo?
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TEXTO
Frederico Machado 
Rafael Carvalho
DESIGN
Danilo de Paulo
Marcos Torres
Renata Monteiro
FOTOS
Reprodução

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