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Resumo Cola de Tributário IMUNIDADE E PRINCÍPIOS SOMENTE

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Do ponto de vista do princípio da legalidade tributária, os aspectos material, espacial e temporal devem obrigatoriamente constar de lei; já os aspectos pessoal e quantitativo podem, sob certas condições e circunstâncias, constar de ato lavrado pelo Poder Executivo (decretos, por exemplo)?
Falsa. Todos os aspectos da hipótese de incidência devem estar previstos em lei, em razão da tipicidade tributária (artigo 97 do Código Tributário Nacional).
No caso dos impostos e das contribuições especiais, a Constituição Federal expressamente determina quais são os fatos que podem ser colocados pela lei como hipótese de incidência tributária (aspecto material)?
Falsa. Apenas em relação aos impostos é que a Constituição Federal define as materialidades/bases econômicas a serem utilizadas pelos entes federativos na instituição desta espécie tributária.
Em relação aos impostos, a Constituição Federal impõe um requisito complementar para a instituição de cada um deles: a edição prévia de lei complementar que lhes defina os respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. No caso de ausência de lei complementar federal definindo tais elementos, os entes federativos estão impedidos de instituírem os impostos que lhes cabem?
Falsa. É certo que em relação aos impostos há mesmo a exigência de lei complementar definindo previamente, entretanto, a omissão da União na edição da referida lei complementar nacional, não impede os demais entes federativos a exercerem suas competências tributárias.
As limitações constitucionais ao poder de tributar nada mais são que limitações ao exercício da competência tributária?
Falsa. As limitações ao poder de tributar envolvem, sim, algumas limitações ao “exercício” da competência tributária, mas também incluem alguns preceitos que servem mais à “delimitação”, entretanto, no caso das imunidades, não há, tecnicamente, limitação ao “exercício” da competência tributária, mas sim “delimitação” desta competência.
Pode-se dizer que a Constituição Federal delimita o exercício da competência tributária por três vias distintas: pela própria repartição da competência tributária entre os entes federativos; pela imposição de princípios constitucionais tributários; e pela criação das imunidades tributárias?
Verdadeira. O mais correto: “Constituição Federal delimita a competência tributária e limita o exercício desta competência”, mas é certo que a Constituição Federal restringe a atuação impositiva dos entes federativos, por meio das três vias elencadas.
As imunidades tributárias se assemelham às isenções tributárias?
Não, entretanto, uma das diferenças mais importantes entre elas é a de que: As isenções é que operam no plano do exercício da competência tributária por parte dos entes federativos (no exercício de suas competências tributárias os entes federativos resolvem dispensar o pagamento de tributo em relação a entes, bens ou situações específicos que, não fosse a isenção, seriam tributados normalmente) e as imunidades é que operam no plano da delimitação da competência tributária (queiram ou não queiram, os entes federativos estão impedidos de tributar os entes, bens ou situações abrangidas por imunidade).
Não há hipótese de instituição de tributo sem lei ou norma com força de lei. Assim, é perfeitamente regular a instituição de tributos não apenas por meio de lei ordinária, mas também por meio de lei delegada, de medida provisória ou de lei complementar.
Verdadeira. Mas é importante ter presentes os limites de cada um destes veículos normativos: no caso das leis delegadas, não cabe delegação em branco; no caso das medidas provisórias, elas não podem ser utilizadas no caso de instituição de tributos sujeitos à instituição por meio de lei complementar.
A imunidade é uma hipótese de não-incidência tributária constitucionalmente qualificada.
A isenção, conforme posição majoritária da doutrina e da jurisprudência, não se trata de caso de não-incidência, mas de situação na qual a norma tributária incide (ocorre o fato gerador), havendo apenas a dispensa do pagamento do tributo que seria devido.
Há consenso doutrinário e jurisprudencial de que também para a extinção ou redução de tributos é necessária a edição de lei (trata-se do uso do princípio do paralelismo das formas: exigência de lei tanto para criar quanto para extinguir tributos, tanto para aumentar quanto para reduzir tributo). O CTN, em seu artigo 97, reafirma a necessidade de lei para a redução e extinção de tributos.
Pelo chamado “princípio da legalidade estrita” ou “princípio da reserva legal”, há uma intensificação do princípio da legalidade em sede tributária. Por meio dele, tem-se que todos os aspectos da hipótese de incidência devem estar previstos em lei.
Em se tratando da concessão de benefícios fiscais, a Constituição Federal impõe um requisito complementar vinculado ao princípio da legalidade: eles só podem ser concedidos se estiverem postos em lei que trate especificamente de benefícios fiscais, ou então se estiverem previstos na lei que trate do tributo ao qual eles estão especificamente associados.
As medidas provisórias podem, sim, servir à instituição de muitas espécies tributárias: impostos, taxas, contribuições de melhoria e contribuições especiais, mas não podem instituir uma espécie tributária específica: os empréstimos compulsórios! É importante ressaltar que as medidas provisórias não podem ser utilizadas para reserva à lei complementar (Imposto sobre Grandes Fortunas, os Impostos Residuais e as Contribuições Sociais Residuais).
A medida provisória que institua ou majore impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Princípio da isonomia é permitido o tratamento tributário desigual para contribuintes que se encontrem em situação desigual (de se ter em conta a acepção correta do princípio da isonomia: tratar de modo igual os iguais e de modo desigual os desiguais).
São critérios constitucionalmente válidos para o tratamento tributário diferenciado entre contribuintes: relativização da uniformidade geográfica para fins de concessão de incentivos fiscais a regiões deprimidas economicamente, tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno e capacidade contributiva.
 Pelo princípio da irretroatividade, não podem ser cobrados tributos em relação a fatos geradores (fatos imponíveis) ocorridos antes da vigência da lei que os instituiu ou majorou. Importa para o princípio, a identificação da data de vigência da lei tributária.
 A publicação de uma lei não representa sua imediata vigência. Em relação às regras de direito intertemporal, tem-se que pode a lei publicada: expressamente dispor que ela entra em vigor na própria data de sua publicação; nada mencionar acerca de sua vigência; e, por fim, determinar em que data ela entra em vigência. Em relação a cada uma destas três hipóteses, tem-se, do ponto de vista estrito do princípio da irretroatividade, que: no primeiro caso, a lei que institui ou majora tributo pode ser aplicada aos fatos geradores ocorridos a partir da data de publicação da lei; no segundo caso, pode ser aplicada aos fatos geradores ocorridos 45 dias após a data de publicação da lei; e, no terceiro caso, pode ser aplicada a partir da data em que a lei determinar como a de sua vigência.
Todos os tributos se submetem ao princípio da irretroatividade. Apenas o princípio da anterioridade (em suas duas versões: do exercício e nonagesimal) é que tem sua aplicação excepcionada em relação a alguns tributos.
A lei eficaz é sempre lei vigente, mas a lei vigente não necessariamente é lei eficaz.
A lei que institui ou majora tributos só produz efeitos concretos depois de ter sido publicada, de ter ganho vigência e de ter se tornado eficaz. A regra prática para a verificação de qual é a data a partir da qual a lei tributária que institui ou majora tributos produz efeitos concretos é a de a pegar a data mais tardia dentre as resultantes da aplicação dos princípios da irretroatividadee da anterioridade.
Há alguns tributos excepcionados do princípio da anterioridade o IE, IOF, empréstimo compulsório, calamidade pública e guerra externa e imposto extraordinário de guerra.
As imunidades tributárias se destinam a afastar da tributação bens, situações ou entes associados a valores que a própria Constituição Federal enfatiza em seu texto.
As imunidades do artigo 150 se referem apenas aos impostos, e não aos demais tributos.
Do ponto de vista dos objetivos visados pelas imunidades tributárias, pode-se dizer que elas buscam tutelar: a) a integridade da federação, no caso da imunidade recíproca; b) a liberdade de culto, no caso da imunidade aos templos de qualquer culto; c) a liberdade de expressão artística, cultural e científica, no caso da imunidade aos livros, jornais e periódicos; d) a liberdade de filiação partidária e a não imposição de óbices ao funcionamento de entes fundamentais à viabilização da democracia representativa, no caso da imunidade aos partidos políticos; e) a busca por um melhor balanceamento na relação entre trabalhadores e empregadores e a liberdade de associação sindical, no caso das imunidades aos sindicatos de trabalhadores; f) o incentivo à realização de atividades de interesse público, no caso das imunidades às entidades de educação e assistência social, sem fins lucrativos.
No caso das imunidades aos templos de qualquer culto, são imunes não apenas os templos onde são realizados os cultos, mas todo o patrimônio, renda e serviços destinados ao desenvolvimento da crença religiosa.
A vedação constitucional a que as entidades de educação e assistência social tenham fins lucrativos (artigo 150, VI, c), não quer dizer que elas estejam vedadas de obter lucro. O objetivo da norma é impedir a existência de fim lucrativo destinado à remuneração de entes externos ou ao financiamento de atividades outras que não aquelas vinculadas às suas finalidades essenciais. Assim, aquelas entidades podem ter lucro, desde que o destinem integralmente ao fomento de suas finalidades essenciais.
As entidades de educação e assistência social, para além de estarem impedidas de ter fins lucrativos, devem cumprir alguns requisitos legais complementares (postos em lei complementar – no caso o artigo 14 do Código Tributário Nacional) para fins de gozo da imunidade: não podem distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas; devem aplicar seus recursos integralmente no país, na manutenção de seus objetivos institucionais; e devem manter escrituração de suas receitas e despesas.
A imunidade concedida aos livros, aos jornais e aos periódicos, de caráter objetivo. Assim, só há imunidade em relação aos impostos incidentes sobre a produção destes bens. Os lucros auferidos pelas editoras e empresas jornalísticas com a comercialização destes bens não estão abrangidos.
O que justifica a dispensa da atenção ao princípio da anterioridade em relação a alguns tributos?
A necessidade de que tais tributos, que em geral possuem função extrafiscal, possam ter suas alterações produzindo efeitos mais rapidamente.
Há uma única hipótese em que uma lei é eficaz, sem estar vigente. Que hipótese é esta?
Como o tributo é devido com base na lei vigente à época da ocorrência do fato gerador, a posterior revogação da lei não implica da inexigibilidade do tributo, pois a lei continuará eficaz em relação aos fatos geradores que ocorreram durante a vigência da lei depois expurgada.
 Uma entidade beneficente que mantenha uma livraria em imóvel de sua propriedade, e que utilize integralmente os lucros obtidos com a venda de livros nas suas finalidades essenciais, está imune ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU incidente sobre aquele imóvel? Sim!
Quanto às imunidades, é CORRETO afirmar: As imunidades sempre limitam a competência tributária dos entes federativos.
 Em relação às limitações constitucionais ao poder de tributar previstas no artigo 150 da Constituição Federal, é CORRETO dizer: Estabelecem limitações nos planos da delimitação e do exercício das competências tributárias.
As entidades de educação e assistência social, para além de estarem impedidas de ter fins lucrativos, devem cumprir alguns requisitos legais complementares para gozar da imunidade tributária que lhes é atribuída. Quais são estes requisitos?
As entidades de educação e assistência social, para além de estarem impedidas de ter fins lucrativos, devem cumprir alguns requisitos legais complementares (postos em lei complementar) para fins de gozo da imunidade. O artigo 14 do Código Tributário Nacional estabelece que tais entidades: não podem distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas; devem aplicar seus recursos integralmente no país, na manutenção de seus objetivos institucionais; e devem manter escrituração de suas receitas e despesas. Além disso, também o parágrafo 1.º do artigo 9.º do mesmo CTN traz dois outros requisitos: devem as referidas entidades recolher, na condição de responsáveis tributários, os tributos que estão obrigados a reter na fonte (por exemplo, Imposto de Renda incidente na fonte sobre os salários pagos a funcionários); e devem, também, cumprir normalmente suas obrigações acessórias (por exemplo, apresentar declarações).
Tenha em conta o seguinte caso, relativo a um tributo sujeito aos princípios da anterioridade do exercício e da anterioridade nonagesimal. O tributo foi instituído por meio de lei publicada em 15/08/2011. Tal lei previu expressamente sua data de entrada em vigor para 15/01/2012. A partir de que data este tributo pode ser concretamente cobrado? Em 15/01/2012.
Tenha em conta o seguinte caso, relativo a um tributo sujeito aos princípios da anterioridade do exercício e da anterioridade nonagesimal. O tributo foi instituído por meio de lei publicada em 15/08/2011. Tal lei não previu expressamente sua data de entrada em vigor. A partir de que data este tributo pode ser concretamente cobrado? No primeiro dia do exercício seguinte ao da publicação da lei.
Tenha em conta o seguinte caso, relativo a um tributo sujeito aos princípios da anterioridade do exercício e da anterioridade nonagesimal. O tributo foi instituído por meio de lei publicada em 15/12/2011. Tal lei não previu expressamente sua data de entrada em vigor. A partir de que data este tributo pode ser concretamente cobrado? Após 90 dias da data de publicação da lei.

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