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Prévia do material em texto

Ciências do Ambiente 
e Bioclimatologia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Esp. Valéria Leite Aranha
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites 
As Variações no Ambiente Físico
• As Variações no Ambiente Físico
• Correntes Oceânicas – Calor e Umidade
• Ciclos Sazonais nos Lagos Temperados
• Clima e as Flutuações Irregulares
• Clima: Determinante da Distribuição da Vegetação
 · Compreender que os padrões globais de temperatura e precipitação 
são estabelecidos pela energia da radiação solar, que as correntes 
oceânicas redistribuem o calor e a umidade, sendo o clima o grande 
determinante da distribuição da vegetação.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
As Variações no Ambiente Físico
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
As Variações no Ambiente Físico
De acordo com Ricklefs (2010), em A Economia da Natureza, o ambiente 
físico varia amplamente sobre a superfície da Terra. As diferenças de temperatura, 
luz, substrato, umidade, salinidade, nutriente do solo e outros fatores moldam as 
distribuições e as adaptações dos organismos. A Terra tem muitas zonas climáticas 
distintas, cujas extensões são amplamente determinadas pelos padrões da radiação 
solar e redistribuição do calor e da umidade pelos ventos e correntes marinhas. 
Dentro das zonas climáticas, fatores geológicos como a topografia e a composição 
da rocha influenciam ainda mais o ambiente numa escala espacial mais fina. 
Exploraremos alguns padrões importantes de variações no ambiente físico, que 
são a base da diversidade nos componentes biológicos dos ecossistemas.
A superfície da Terra, suas águas e a atmosfera sobre ela compõem uma gi-
gantesca máquina de transformação de calor. Os padrões climáticos se originam à 
medida em que a Terra absorve a energia da luz do Sol. Conforme sua superfície 
varia de rocha nua a solo coberto de floresta, oceano aberto e lago congelado, sua 
capacidade em absorver a luz do Sol varia da mesma forma, criando assim aqueci-
mentos e resfriamentos diferenciais. A energia do calor absorvido pela Terra acaba 
por ser irradiada de volta para o espaço, após transformações adicionais que exe-
cutam o trabalho de evaporar a água e determinar a circulação da atmosfera e dos 
oceanos. Todos esses fatores criaram uma grande diversidade de condições físicas 
que, por sua vez, promovem a diversificação dos ecossistemas.
Padrões Globais de Temperatura e Precipitação
O clima, as condições meteorológicas características que prevalecem num 
determinado lugar, exibe alguns padrões amplamente definidos. O clima da Terra 
tende a ser frio e seco em direção aos polos, quente e úmido em direção ao Equador. 
Numa escala global, esse padrão se origina por conta da maior intensidade da luz 
do Sol no Equador do que nas altas latitudes. O Sol aquece mais a atmosfera, 
os oceanos e a terra quando se situam diretamente sobre ela. Um raio de luz 
se espalha sobre uma grande área quando o Sol se aproxima do horizonte, e 
também viaja uma trajetória mais longa através da atmosfera, quando muito de sua 
energia é refletida ou absorvida e reirradiada de volta para o espaço como calor. A 
posição mais alta do Sol a cada dia (o seu zênite) varia desde diretamente acima, 
nos trópicos, até próximo ao horizonte, nas regiões polares; assim, o efeito de 
aquecimento do Sol diminui do Equador para os polos.
8
9
Nas latitudes mais altas, a luz atinge a superfície da Terra num
ângulo mais baixo e se espalha sobre uma grande área
Equ
ado
r
No equador, o Sol está muito próximo à perpendicular e brilha
diretamente sobre a superfície da Terra
Ângulo mais baixo = área maior
Sol
Luz do Sol incidente
Ângulo maior = área menor
Figura 1 – O efeito do aquecimento do Sol é maior no Equador. A posição do Sol no meio do dia 
varia desde diretamente acima, nos trópicos, até próximo do horizonte, nas regiões polares
Fonte: Adaptado de Ricklefs (2010, p. 55)
Os ventos e as correntes oceânicas, as cadeias de montanha e até as posições 
dos continentes criam padrões climáticos de escala fina. As mudanças ao longo do 
tempo seguem os ciclos astronômicos. A rotação da Terra sobre seu eixo causa 
ciclos diários de luz e escuridão, e de temperatura; a revolução da Lua em torno da 
Terra cria ciclos lunares de 28 dias na amplitude das marés; e a revolução da Terra 
em torno do Sol causa a mudança sazonal.
Correntes Oceânicas – Calor e Umidade
A Circulação Oceânica Global é Determinada pelos 
Padrões de Vento
O padrão global de circulação do ar determina os padrões de circulação das águas 
oceânicas de superfície, conhecidas como correntes. Os ventos alísios que sopram 
na direção do Equador vindos do nordeste e sudeste fazem a água convergir no 
Equador e mover-se para o oeste até encontrarem uma massa de terra continental. 
9
UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
Nesse ponto, a água de divide, parte dela se desloca para o norte e parte para o sul 
ao longo do litoral do continente. O movimento da água do oceano, aquecida nos 
trópicos, transfere grandes quantidades de calor para as altas latitudes. À medida 
que essas correntes se movem em direção aos pólos, levadas pelos ventos, a água 
gira para a direita no Hemisfério Norte e para a esquerda no Hemisfério Sul. 
Assim, a água que flui em direção aos polos se move para o leste até encontrar 
outro continente, onde é desviada lateralmente ao longo de seu litoral. Em ambos 
os hemisférios, a água flui em direção ao Equador, ao longo do lado oeste dos 
continentes, continuando a girar para a direita ou esquerda até encontrar-se no 
Equador e fluir para oeste novamente.
Figura 2 – Circulação oceânica global
As Correntes Oceânicas Redistribuem o Calor e a Umidade
Como vimos, a variação nas condições marinhas é causada pelos ventos, que 
impulsionam as grandes correntes de superfície dos oceanos e, também, pela to-
pografia do fundo do oceano. Além disso, as correntes profundas são estabelecidas 
por diferenças na densidade da águado oceano causadas por variações na tempe-
ratura e na salinidade. Em grandes bacias oceânicas, a água fria circula na direção 
dos trópicos ao longo das costas ocidentais dos continentes, e a água quente circula 
na direção das latitudes temperadas ao longo das costas orientais dos continentes. A 
corrente fria do Peru do Oceano Pacífico oriental, que se move para o norte a partir 
do Oceano Antártico ao longo da costa do Chile e Peru, cria ambientes frios e secos 
ao longo da costa oeste da América do Sul, na sombra de chuva das montanhas 
andinas, em toda a extensão até o Equador. Como resultado, as costas setentrionais 
do Chile e do Peru possuem alguns dos desertos mais secos da Terra. Inversamente, 
a corrente quente do Golfo, originando-se a partir do Golfo do México, transporta 
um clima ameno para bem longe, no norte da Europa ocidental e Ilhas Britânicas.
10
11
Qualquer movimento para cima da água no oceano é chamado de ressurgência. 
Esse movimento ocorre onde quer que correntes superficiais venham a divergir, 
como no Oceano Pacífico tropical ocidental. Quando as correntes superficiais se 
movem para longe uma da outra, elas tendem a puxar a água para cima a partir 
das camadas inferiores. Fortes zonas de ressurgência também se estabelecem nas 
costas ocidentais dos continentes onde as correntes de superfície se movem na 
direção do Equador.
Nas zonas de ressurgência, a produtividade primária é muito alta, pois as corren-
tes marinhas levam os sais minerais do fundo para a superfície iluminada, aumen-
tando o número de produtores e, em consequência, o de consumidores, tornando 
essa a área muito propícia à pesca.
Correntes Oceânicas e seus Efeitos
As variações latitudinais e sazonais na luz solar aquecem e esfriam a água. No 
Equador, onde grandes volumes de água são aquecidos e se expandem, o nível do 
mar é cerca de 8 centímetros (3 polegadas) mais alto do que nos polos. O volume de 
água nessa “ladeira” é suficiente para que a água do mar superficial se movimente 
em resposta à gravidade, mais frequentemente em direção aos polos. A água em 
movimento aquece o ar acima dela. Em latitudes médias, os oceanos transferem 10 
milhões de bilhões de calorias de energia de calor por segundo para o ar.
Volumes enormes de água fluem na forma de correntes oceânicas. Como já 
apresentado, a força dos ventos predominantes, a rotação da Terra e a topografia 
determinam o movimento direcional dessas correntes. As correntes de superfície 
circulam em sentido horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul.
Correntes rápidas, profundas e estreitas de água pobre em nutrientes fluem 
a partir do Equador ao longo da costa leste dos continentes. Pela costa leste da 
América do Norte, água quente flui para o norte, na Corrente do Golfo. Correntes 
mais lentas, mais rasas e mais largas de água fria paralelas à costa oeste dos 
continentes fluem em direção ao Equador.
As correntes oceânicas afetam o clima. As costas no noroeste do Pacifico são 
frias e nebulosas no verão, porque a corrente fria da Califórnia esfria o ar, então a 
água condensa na forma de gotículas. Boston e Baltimore têm mormaço no verão, 
porque as massas de ar pegam calor e umidade da corrente quente do Golfo, 
depois os fornece a essas cidades.
Os padrões de circulação oceânica mudam com o tempo geológico à medida 
que as massas de terra se movimentam. Alguns se preocupam que o aquecimento 
global também poderia alterar esses padrões.
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UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
Figura 3 – Principais zonas climáticas correlacionadas com correntes superficiais dos oceanos mundiais. 
As correntes superficiais quentes começam a se mover do Equador em direção aos polos, mas os ventos 
predominantes, a rotação da Terra, a gravidade, o formato das bacias oceânicas e a forma natural 
dos continentes influenciam a direção do fluxo. As temperaturas da água, que diferem com a latitude e 
profundidade, contribuem para as diferenças regionais na temperatura do ar e o regime de chuvas
Fonte: minilua.com
Sombras de chuva e monções: montanhas, vales e outras características de 
superfície da Terra afetam o clima. Por exemplo, suponha que você acompanhe 
uma massa de ar quente depois de ela absorver umidade na costa da Califórnia. Ela 
se movimentaria para o interior do continente, como o vento do oeste, e convergiria 
sobre Sierra Nevada. Essa cordilheira fica paralela à costa distante. O ar esfria à 
medida que a altitude aumenta e perde umidade na forma de chuva. O resultado 
é uma sombra de chuva, uma região semiárida ou árida, com chuvas esparsas, do 
lado a sotavento das montanhas altas – a sotavento é a lateral oposta ao vento. 
Himalaia, Andes, Rochosas e outras grandes cadeias de montanhas provocam 
vastas sombras de chuva. Diferenças na capacidade de aquecimento de água e 
terra ocasionam brisas costeiras. De dia, a água não esquenta tão rápido quanto 
a terra, o ar aquecido pela terra quente sobe e o ar frio do litoral se movimenta 
substituindo-o. Depois do pôr do sol, a terra fica mais fria do que a água, então 
a brisa inverte. O aquecimento diferencial de água e terra também provocam 
monções, ventos que mudam de direção de acordo com a época. Por exemplo, o 
interior continental da Ásia esquenta no verão, então o ar sobe, a baixa pressão 
resultante puxa umidade do Oceano Indico ao Sul, e esses ventos, que sopram para 
o norte, trazem chuvas pesadas (STARR et al., 2012).
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As correntes de 
vento adquirem 
umidade acima 
dos corpos d’agua
Do outro lado da montanha (sotavento), 
o ar desce, se aquece e captura umidade,
o que resulta na produção de pouca chuva
Do lado que o vento sopra na montanha (barlavento), 
o ar sobe e esfria, liberando umidade na forma de 
chuva ou neve
Figura 4 – Uma sombra de chuva. A precipitação média anual tende a ser 
menor a sotavento do que a barlavento em uma cadeia de montanhas
Fonte: Adaptado de Sadava et al. (2009, p. 317)
Como as correntes oceânicas surgem e como elas afetam os climas regionais?
• Correntes oceânicas superfi ciais, que são colocadas em movimento por diferenças latitu-
dinais na radiação solar, são afetadas por ventos e pela rotação da Terra.
• Efeitos coletivos de massas de ar, oceanos e acidentes geográfi cos determinam a tem-
peratura e os níveis de umidade regionais.
Ex
pl
or
Termóclina: profundidade intermediária da água em um lago ou lagoa com mudança 
brusca na temperatura em uma distância relativamente curta na profundidade.
Epilímnio: a camada de superfície da água em um lago ou uma lagoa.
Hipolímnio: a camada mais profunda de água em um lago ou uma lagoa.
Estratifi cação: a condição de um lago ou uma lagoa na qual a água de superfície mais 
quente e menos densa fl utua sobre a água mais fria e mais densa do fundo.
Circulação da primavera: a mistura vertical da água dos lagos que ocorre no início da 
primavera, auxiliada por ventos que criam as correntes de superfície.
Circulação do outono: a mistura vertical da água dos lagos que ocorre no outono, auxiliada 
por ventos que criam as correntes de superfície.
Ex
pl
or
13
UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
Ciclos Sazonais nos Lagos Temperados
A temperatura e os ventos são responsáveis pelos ciclos sazonais dos 
lagos temperado.
Lagos pequenos de zonas temperadas respondem rapidamente às mudanças de 
estação. No inverno, um lago típico tem um perfil de temperatura invertido, isto é, 
a água mais fria (0ºC) se situa na superfície, logo abaixo do gelo. Como a densidade 
da água aumenta entre o ponto de congelamento e 4ºC, a água mais quente dentro 
desse intervalo afunda, e a temperatura aumenta até 4ºC na direção do fundo do 
lago. No início da primavera, o sol aquece a superfície do lago gradualmente. Mas 
até que a temperatura da superfície exceda 4ºC, a água superficial aquecida pelosol tende a afundar nas camadas mais frias imediatamente abaixo. Essa mistura 
vertical distribui o calor através da coluna de água da superfície para o fundo, 
resultando num perfil uniforme de temperatura. No início da primavera, os ventos 
causam profundos movimentos verticais da água, a reviravolta de primavera, 
trazendo nutrientes dos sedimentos do fundo para a superfície e levando oxigênio 
da superfície para as profundezas.
No fim da primavera e no início do verão, à medida que Sol sobe mais alto a 
cada dia e o ar acima do lago se aquece, as camadas superficiais da água ganham 
calor mais rapidamente do que as camadas mais profundas, criando uma zona 
de rápida mudança de temperatura numa profundidade intermediária, chamada 
de termoclina. Uma vez que a termoclina esteja bem estabelecida, a água não 
se mistura através dela. Agora, a água superficial mais quente e menos densa 
literalmente flutua sobre a água mais fria e mais densa abaixo, uma condição 
conhecida como estratificação. A profundidade termoclina varia com os ventos 
locais e com a profundidade e turbidez do lago. Ela pode ocorrer em qualquer lugar 
entre 5 e 20m abaixo da superfície; lagos com menos de 5m de profundidade 
geralmente não têm estratificação.
A termoclina demarca uma camada superior de água quente denominada de epi-
límnio e uma camada mais profunda de água fria chamada de hipolímnio. A maior 
parte da produção primária do lago ocorre no epilímnio, onde a luz do Sol é mais in-
tensa. O oxigênio produzido por fotossíntese complementa o oxigênio que entra no 
lago pela superfície, mantendo o epilímnio bem aerado e, desse modo, adequado à 
vida animal. As plantas e algas do epilímnio, entretanto, frequentemente esgotam o 
suprimento de nutrientes minerais dissolvidos e, fazendo isso, reduzem sua própria 
produção. A termoclina isola o hipolímnio da superfície do lago, e então os animais 
e as bactérias que permanecem abaixo da termoclina, onde há pouca ou nenhuma 
fotossíntese, deplecionam a água de oxigênio, criando condições anaeróbicas. As-
sim, durante o final do verão, a produtividade dos lagos temperados pode se tornar 
severamente diminuída, à medida que os nutrientes necessários para sustentar o 
crescimento das plantas estão ausentes nas águas superficiais, e o oxigênio necessá-
rio para sustentar a vida animal está ausente nas profundezas.
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15
Durante o outono, as camadas superficiais do lago esfriam mais rapidamente 
do que as camadas mais profundas, tornando-se mais densas do que a água 
subjacente, e começam a afundar. Essa mistura vertical, chamada de revirada de 
outono, persiste até o final dessa estação, até que a temperatura da superfície 
do lago caia abaixo de 4°C e a estratificação de inverno se suceda. A revirada 
de outono acelera o movimento do oxigênio para as águas profundas e empurra 
os nutrientes para a superfície. Em lagos onde o hipolímnio se torna quente em 
meados do verão, profundas misturas verticais podem acontecer no final do verão, 
enquanto as temperaturas permanecem favoráveis ao crescimento vegetal – resulta 
daí uma infusão de nutrientes nas águas superficiais que frequentemente causa uma 
explosão da população de fitoplâncton, o bloom de outono. Em lagos profundos 
e frios, a mistura vertical não penetra em todas as profundidades até o final do 
outono ou início do inverno, quando as temperaturas da água estão frias demais 
para sustentar o crescimento do fitoplâncton.
Inverno
Gelo
Vento Vento
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
0°
2°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
4°
22°
20°
18°
8°
6°
5°
4°
4°
4°
Primavera
Verão
Outono
Nutrientes Nutrientes
O fundo do lago permanece
descongelado
No inverno, a água 
menos densa abaixo 
de 4°C �utua até a 
superfície onde o 
gelo se forma
Os ventos sazonais 
causam um movimento 
vertical da água, trazendo 
nutrientes dos 
sedimentos para cima 
e levando oxigênio 
para as águas profundas.
A profundidade na qual a
temperatura muda mais
rapidamente é a termoclina
A estrati�cação térmica 
se desenvolve no verão
e impede a mistura entre
o epilímnio e o hipolímnio
Figura 5 – Mudanças sazonais no perfi l da temperatura infl uenciam 
a mistura vertical das camadas de água em lagos temperados
Fonte: Adaptado de Ricklefs (2010, p. 77)
LEMBRE-SE!
Variações irregulares e imprevisíveis no clima, como eventos ENOS, podem causar 
grandes mudanças na temperatura e na precipitação e romper com a estrutura das 
comunidades biológicas numa escala global. 
15
UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
Clima e as Flutuações Irregulares
Para Ricklefs (2010), a maioria dos aspectos do clima parece imprevisível. Todo 
mundo sabe que o clima é difícil de prever com muita antecedência. Frequentemen-
te, observamos que um determinado ano foi particularmente mais seco ou frio em 
comparação com outros. As inundações no Vale do Mississipi e a crescente inten-
sidade dos furacões ao longo da costa leste dos Estados Unidos nos últimos anos 
nos conscientizam dos caprichos da natureza. Tais condições extremas ocorrem 
com pouca frequência, mas podem afetar os organismos desproporcionalmente. 
A rica indústria pesqueira do Peru se desenvolve com base nos abundantes peixes 
das águas ricas em nutrientes da Corrente do Peru, assim como fazem algumas das 
maiores colônias de aves marinhas do mundo. A Corrente do Peru é uma massa 
de água fria que flui para o norte ao longo da costa oeste da América do Sul e fi-
nalmente se desvia para longe da costa no Equador, em direção ao arquipélago de 
Galápagos. A norte deste ponto, águas costeiras tropicais e quentes prevalecem ao 
longo da costa. A cada ano, uma contracorrente quente, conhecida como El Niño, 
se move para sul ao longo da costa na direção do Peru. Em alguns anos, a contra-
corrente flui com força e extensão suficientes para forçar a fria corrente do Peru 
a se desviar da costa levando com ela o suprimento alimentar de milhões de aves.
Durante os anos “normais” entre os eventos El Niño, um vento constante sopra 
através do Oceano Pacífico central equatorial vindo de uma área de alta pressão 
atmosférica centrada no Taiti, para uma área de baixa pressão centrada em Darwin, 
na Austrália. Um evento El Niño parece ser desencadeado por reversão das áreas 
de pressão (a assim chamada Oscilação Sul) e dos ventos que sopram entre elas. 
Em consequência, as correntes equatoriais que fluem para oeste param, ou mesmo 
revertem, a ressurgência na costa da América do Sul, que enfraquece ou cessa, e 
a água quente – a corrente El Niño – se acumula ao longo da costa da América 
do Sul. Registros históricos da pressão atmosférica no Taiti e em Darwin e das 
temperaturas da superfície do mar na costa do Peru revelam pronunciados eventos 
ENOS (El Niño-Oscilação Sul) a intervalos irregulares de 2 a 10 anos.
Os eventos El Niño são frequentemente seguidos por La Niña, um período de 
fortes ventos alísios que acentuam as correntes oceânicas normais e a ressurgência, 
e trazem climas extremos de um tipo diferente do El Niño para boa parte do 
mundo. La Niña é caracterizada por chuvas fortes em muitas regiões dos trópicos, 
seca nas regiões temperadas do Norte, e um aumento na atividade de furacões no 
Oceano Atlântico norte.
16
17
Os efeitos climáticos e oceanográficos de um evento ENOS se estendem por boa 
parte do mundo, afetando ecossistemas em áreas tão distantes como a Índia, África 
do Sul, Brasil e oeste do Canadá. Um evento ENOS recorde em 1982-83 interrompeu 
a pesca e destruiu leitos de algas na Califórnia, gerou falhas na reprodução de aves 
marinhas no Oceano Pacífico central e resultou em mortandade generalizada de 
corais no Panamá. A precipitação também foi dramaticamente afetada em muitos 
ecossistemas terrestres. Os desertos do norte do Chile, normalmente o lugar mais 
seco da Terra,receberam seu primeiro registro de chuva ao longo de um século.
O evento ENOS de 1982-83 chamou a atenção do mundo para os efeitos 
de longo alcance das mudanças oceanográficas e climáticas em muitas partes 
do mundo. Por exemplo, dados Zimbábue para o período 1970-1993 mostram 
variações notáveis na produção de milho. Como se poderia esperar, essas variações 
na produção estavam correlacionadas com variações na precipitação, porém, mais 
surpreendentemente, elas também estavam correlacionadas com as temperaturas 
da superfície do mar no Oceano Pacífico tropical oriental.
Durante o El Niño de 1991-92, a precipitação foi tão alta na Grande Bacia 
do oeste dos Estados Unidos que o escoamento superficial praticamente dobrou 
o volume de água no Great Salt Lake. Isso reduziu a salinidade do lago das 100 
gramas de sal por litro usuais (cerca de três vezes a da água do mar) para 50 gramas 
por litro, o que causou mudanças marcantes no ecossistema do lago. A redução na 
salinidade permitiu que os insetos corixídeos predadores se deslocassem para as 
partes mais rasas do lago. Os corixídeos comeram o camarão-de-salina (Artemia), 
que se alimenta de algas e normalmente domina o ecossistema. Com as quantidades 
de Artemia reduzidas, as algas aumentaram dramaticamente, transformando o lago 
num equivalente aquático de um gramado.
Alguns dos efeitos mais impressionantes dos eventos El Niño são evidentes 
no arquipélago de Galápagos, cujas ilhas se distribuem pelo Equador a cerca de 
1.000 km de distância da costa oeste do Equador (país). O clima de Galápagos 
é fortemente influenciado pela Corrente do Peru, que traz água fria e períodos 
de extrema seca às ilhas. Quando a Corrente do Peru falha durante o El Niño, 
a água quente invade o arquipélago, disparando uma drástica deterioração dos 
estoques pesqueiros de água fria locais e trazendo extraordinárias quantidades 
de precipitação. Assim, o El Niño leva ao colapso das populações de aves ma-
rinhas e leões-marinhos que dependem da abundância de peixes. Em terra, as 
fortes chuvas resultam no crescimento luxuriante da vegetação e na abundância 
de insetos e sementes para as populações de aves e répteis que dependem des-
ses alimentos.
17
UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
Clima: Determinante da 
Distribuição da Vegetação
As abrangências das espécies estão frequentemente limitadas pelas con-
dições físicas do ambiente. Em ambientes terrestres, a temperatura e a 
umidade são as variáveis mais importantes.
Bioma – Conceitos
Um bioma consiste em um ambiente terrestre definido pelo hábito de suas plan-
tas. Biomas comuns incluem as florestas, savanas, desertos e tundras. As distribui-
ções das plantas são muito influenciadas pelos padrões anuais de temperatura e 
pluviosidade. Em alguns biomas, como a floresta temperada decídua, a precipita-
ção é relativamente constante ao longo de todo o ano, mas a temperatura varia de 
forma impressionante entre o verão e o inverno. Em outros, tanto a temperatura 
quanto a precipitação variam sazonalmente. Há aqueles em que as temperaturas 
são quase constantes, mas a precipitação varia sazonalmente. Nos trópicos, onde 
as flutuações sazonais de temperatura são pequenas, os ciclos anuais apresentam-
-se dominados pelas estações seca e chuvosa. Os tipos de bioma tropical são deter-
minados, principalmente, pela duração da estação seca.
Biomas Terrestres
As estratégias de sobrevivência de sucesso variam com o clima. Nos desertos 
do mundo, por exemplo, encontramos plantas que estão bem adaptadas à es-
cassa disponibilidade de água. Nos desertos norte-americanos, muitas espécies 
de cactos possuem camadas externas espessas e cerosas, recobertas por pelos 
e espinhos, que ajudam a reduzir a perda de água. Na África, encontramos um 
grupo de plantas denominadas euforbiáceas, que não são parentes próximas dos 
cactos da América do Norte, mas que ainda assim apresentam muitas caracterís-
ticas semelhantes. Embora esses dois grupos de plantas adaptadas ao deserto se-
jam descendentes de ancestrais não aparentados, eles têm aparência semelhante 
porque evoluíram sob forças seletivas similares, um fenômeno conhecido como 
evolução convergente. 
A evolução convergente explica por que podemos reconhecer uma associação 
entre as formas dos organismos e os ambientes nos quais vivem. Árvores observadas 
em florestas tropicais têm o mesmo aspecto geral, não importa onde estejam 
localizadas sobre Terra ou a sua linhagem evolutiva. O mesmo pode ser dito de 
arbustos que sazonalmente habitam ambientes secos, eles tendem a apresentar 
folhas decíduas pequenas e, frequentemente, armam seus caules com espinhos 
para desencorajar a sua ingestão por parte de herbívoros.
18
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As regiões geográficas que contêm comunidades compostas por organismos 
com adaptações similares são denominadas biomas. Em virtude da evolução 
convergente, podemos classificar os ecossistemas terrestres pelas formas das 
plantas dominantes, associadas a padrões distintos de temperaturas e precipita-
ção sazonais.
 Os biomas proporcionam pontos de referência convenientes para a comparação 
dos processos ecológicos ao redor do globo, o que torna o conceito de bioma 
uma ferramenta útil, possibilitando que os ecólogos compreendam a estrutura e o 
funcionamento de grandes sistemas ecológicos. Assim como em todos os sistemas 
de classificação, ocorrem exceções. Os limites entre os biomas podem ser incertos 
e nem todas as formas de crescimento das plantas correspondem ao clima da 
mesma maneira. As árvores do eucalipto australiano, por exemplo, formam 
florestas sob condições climáticas que sustentam apenas arbustos ou campos em 
outros continentes. Finalmente, as comunidades de plantas refletem outros fatores 
além da temperatura e da precipitação. A topografia, os solos, o fogo, as variações 
sazonais no clima e a herbivoria podem afetar as comunidades de plantas.
A visão geral dos principais biomas terrestres enfatiza as características de distin-
ção do ambiente físico e como essas características se refletem na forma das plan-
tas dominantes. Como uma observação final, embora os ecólogos usem as formas 
das plantas para classificar os biomas, em geral existe uma boa associação entre as 
formas das plantas em um bioma e as dos animais que ali vivem – por exemplo, os 
desertos contêm plantas e animais que estão adaptados às condições secas.
Figura 6 – Distribuição global dos biomas. Os nove biomas terrestres representam locais com temperaturas e 
precipitações anuais médias semelhantes e formas de crescimento das plantas semelhantes. Também estão mostradas 
as calotas polares, que não têm plantas e que, portanto, não fazem parte do sistema de classifi cação dos biomas
Fonte: todoestudo.com.br
19
UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
Classificação dos Biomas Terrestres
Existem nove classes de biomas terrestres definidos de acordo com a temperatura 
e a precipitação médias. Os biomas mais frios são a tundra e as florestas boreais. 
Nas regiões temperadas, podemos observar florestas pluviais temperadas, florestas 
sazonais temperadas, bosques/arbustos e campos temperados/desertos frios. 
Em latitudes tropicais, os biomas podem ser classificados como florestas pluviais 
tropicais, florestas sazonais tropicais/savanas e desertos subtropicais.
Os nove biomas se enquadram dentro de três intervalos de temperatura. Os bio-
mas de floresta boreal e tundra têm temperaturas anuais médias que são inferiores 
a 5°C. Os biomas temperados – floresta pluvial temperada, floresta sazonal tempe-
rada, bosque/arbusto e campo temperado/deserto frio – são um pouco mais quen-
tes, com temperaturas anuais médias entre 5°C e 20°C. Finalmente, os biomas 
tropicais – a floresta pluvial tropical, a floresta sazonal tropical/savana e o deserto 
subtropical – são os biomas mais quentes, com temperaturas anuais médias supe-
rioresa 20°C. A distribuição global desses biomas está ilustrada , a precipitação 
anual média em cada uma dessas classes de temperatura pode variar amplamente.
400
300
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100
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Precipitação 
crescente
Floresta 
pluvial 
tropical
Floresta 
pluvial 
temperada
Floresta 
sazonal
temperada
Floresta
borcal
Campo/deserto 
temperado
Deserto
subtropical Tundra
Bosque/
arbusto
Floresta 
tropical
sazonal/
savana
Temperatura decrescente
Temperatura média (°C)
Figura 7 – Os biomas de Whittaker são definidos de acordo com a temperatura e a precipitação médias
Fonte: Adaptado de Ricklefs (2010, p. 98)
20
21
Características dos Principais Biomas Terrestres
• Tundra: o bioma tundra encontra-se no Ártico e em altitudes elevadas nas 
montanhas existentes de todas as latitudes. Na tundra ártica, a vegetação, 
constituída por plantas perenes de baixo crescimento, sustenta-se em um 
solo cuja água está permanentemente congelada, o permafrost. Uns poucos 
centímetros da parte superior do solo descongelam durante os curtos verões, 
quando o sol brilha 24 horas por dia. Apesar de haver pouca precipitação, a 
tundra ártica é muito úmida porque a água não pode ser drenada para as ca-
madas inferiores através do solo congelado. As plantas crescem apenas duran-
te poucos meses por ano. A maioria dos animais da tundra ártica migra para 
a área apenas para passar o verão ou fica dormente a maior parte do ano. A 
tundra alpina tropical não se sustenta sobre um solo congelado. Dessa forma, 
a fotossíntese e a maioria das outras atividades biológicas continuam (embora 
mais lentas) ao longo de todo o ano. Uma maior riqueza de hábitos vegetais 
está presente na tundra alpina tropical do que na vegetação da tundra ártica;
• Floresta Boreal e Floresta Temperada Perenifólia: o bioma floresta boreal 
ou taiga encontra-se em direção ao Equador a partir da tundra ártica e em 
baixas elevações nas montanhas da zona temperada. Os invernos das florestas 
boreais são longos e muito frios e os verões curtos (embora frequentemente 
aquecidos). A duração reduzida dos verões favorece às árvores com folhas 
perenes, porque elas estão prontas para realizar a fotossíntese tão logo as 
temperaturas aumentem na primavera. As florestas boreais do Hemisfério 
Norte são dominadas por gimnospermas coníferas perenifólias. No Hemisfério 
Sul, as árvores dominantes são as faias do Sul (Nothofagus), algumas delas 
perenifólias. Florestas temperadas perenifólias também crescem ao longo 
da costa oeste dos continentes em latitudes de médias a altas, em ambos os 
hemisférios, onde os invernos são moderados, mas muito úmidos, e os verões 
são frescos e secos. Essas florestas são o habitat das árvores mais altas da 
Terra. As florestas boreais têm apenas poucas espécies de árvores. Os animais 
predominantes, como alces e lebres, comem folhas. As sementes nos cones 
das coníferas sustentam uma fauna de roedores, aves e insetos;
• Florestas Temperadas Decíduas: o bioma floresta temperada decídua en-
contra-se no leste da América do Norte, no leste da Ásia e na Europa. Nessas 
regiões, as temperaturas flutuam drasticamente entre o verão e o inverno. A 
precipitação encontra-se relativamente bem distribuída ao longo de todo o 
ano. Árvores caducifólias, dominantes nessas florestas, perdem suas folhas 
durante os invernos frios e produzem folhas que realizam rapidamente a fotos-
síntese durante os verões quentes e chuvosos. Muito mais espécies de árvores 
vivem nesse bioma do que nas florestas boreais. As florestas temperadas mais 
ricas em espécies ocorrem nas Montanhas Apalaches dos Estados Unidos e 
no Leste da China e do Japão, áreas que não estiveram cobertas pelas geleiras 
durante o Pleistoceno. Embora geograficamente separadas, muitos gêneros 
de plantas e animais são compartilhados entre essas três regiões do bioma 
floresta decídua;
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UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
• Pradarias Temperadas: o bioma pradaria temperada encontra-se em muitas 
partes do mundo, as quais são relativamente secas durante a maior parte 
do ano. A maioria das pradarias, como os pampas da Argentina, a estepe 
da África do Sul e as grandes planícies da América do Norte, tem verões 
quentes e invernos relativamente frios. A maior parte desse bioma tem sido 
convertida para a agricultura. Em algumas pradarias, a precipitação ocorre em 
sua maioria no inverno (pradarias da Califórnia); em outras, ocorre no verão 
(grandes planícies, estepe russa). A vegetação das pradarias é estruturalmente 
simples, mas rica em espécies de gramíneas perenes, ciperáceas e forbs 
(plantas herbáceas não gramíneas). As pradarias têm, frequentemente, uma 
exuberância de cores quando as plantas herbáceas estão em período de 
floração. As plantas das pradarias estão bem adaptadas ao pastejo e ao fogo. 
Elas armazenam a maior parte de sua energia abaixo da superfície do solo e 
rapidamente rebrotam após serem queimadas ou comidas;
• Desertos Frios: o bioma deserto frio encontra-se em regiões secas de médias 
a altas latitudes, especialmente no interior de grandes continentes na sombra 
da chuva de cadeias de montanhas. As variações sazonais de temperatura são 
grandes. Os desertos frios são dominados por poucas espécies de arbustos baixos. 
As camadas superficiais do solo são recarregadas com umidade no inverno e 
o crescimento das plantas concentra-se na primavera. A produtividade anual é 
baixa porque os solos secam rapidamente na primavera. Os desertos frios são 
relativamente pobres em espécies da maioria dos grupos taxonômicos, mas 
as plantas deste bioma tendem a produzir grandes quantidades de sementes, 
sustentando muitas espécies granívoras de aves, formigas e roedores;
• Deserto Quente: o bioma deserto quente encontra-se em dois cinturões, 
centrados ao redor das latitudes 30ºN e 30ºS, onde o ar desce, esquenta 
e adquire umidade. Os desertos quentes recebem a maior parte das raras 
precipitações no verão. A precipitação que ocorre durante o inverno provém 
de tempestades que se formam sobre os oceanos de latitude média. As grandes 
regiões mais secas, onde as chuvas de verão e inverno raramente penetram, 
estão no centro da Austrália e no meio do Deserto do Saara, na África. Exceto 
nessas regiões mais secas, os desertos quentes têm uma vegetação mais rica 
e estruturalmente mais diversa do que os desertos frios. Plantas suculentas 
(como os cactos) que armazenam água em seus troncos expansíveis chamam 
a atenção em alguns desertos quentes. Quando chove, as plantas anuais 
germinam e crescem com abundância. A polinização e a dispersão de sementes 
por animais são comuns. Encontra-se nos desertos quentes uma fauna rica em 
roedores, cupins, formigas, lagartos e cobras;
• Caatingas e as Savanas Tropicais: o bioma caatinga ou bosque espinhoso se 
encontra nos lados equatoriais dos desertos quentes. O clima é semiárido: chove 
pouco ou nada durante o inverno, mas a pluviosidade pode ser alta durante o 
verão. A caatinga contém muitas plantas semelhantes àquelas encontradas nos 
desertos quentes. As plantas dominantes são arbustos espinhosos e árvores 
pequenas, muitos dos quais perdem as suas folhas durante o inverno longo 
e seco. Os membros do gênero Acácia são comuns nas caatingas de todo o 
22
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mundo. As regiões tropicais e subtropicais secas da África, América do Sul 
e Austrália têm extensas áreas de savanas tropicais, extensões de gramíneas 
e plantas semelhantes a gramíneas e árvores dispersas. As maiores savanas 
tropicais encontram-se na África central e ocidental, onde esse bioma sustenta 
números enormes de mamíferos pastejadores e muitos carnívoros predadores 
de grande porte. Os pastejadores mantêm as savanas. Se a vegetação de savana 
não for pastada ou queimada, ela normalmente se reverterá em caatingadensa;
• Floresta Tropical Decídua: a medida que a duração da estação chuvosa 
aumenta em direção ao Equador, o bioma floresta tropical decídua substitui 
as caatingas. As florestas tropicais decíduas têm árvores mais altas e plantas 
menos suculentas do que as caatingas e são muito mais ricas em espécies 
de plantas e animais. A maioria das árvores, exceto aquelas que crescem 
ao longo dos rios, perde suas folhas durante a estação seca longa e quente. 
Muitas delas florescem enquanto estão desprovidas de folhas e muitas espécies 
são polinizadas por animais. A atividade biológica mostra-se intensa durante 
a estação chuvosa e quente. Os solos do bioma floresta tropical decídua 
encontram-se entre os melhores solos dos trópicos para a agricultura porque 
eles contêm mais nutrientes do que os solos de áreas mais úmidas. Como 
resultado, a maior parte das florestas tropicais decíduas do mundo tem sido 
desmatada para dar espaço à agricultura e à pecuária. Esforços para promover 
a sua restauração estão em andamento em vários continentes;
• Floresta Tropical Perenifólia: o bioma floresta tropical perenifólia encontra-se 
em regiões equatoriais onde a pluviosidade total anual excede 250cm e a esta-
ção seca dura menos de 2 ou 3 meses. Esse é o mais rico de todos os biomas em 
número de espécies de plantas e animais, com até 500 espécies de árvores por 
km2. Junto com sua imensa riqueza de espécies, as florestas tropicais perenifó-
lias têm a mais alta produtividade total entre todas as comunidades ecológicas. 
No entanto, a maioria dos nutrientes minerais está presa na vegetação. Normal-
mente, os solos não podem sustentar a agricultura sem a aplicação substancial 
de fertilizantes. As árvores tropicais dos declives das montanhas constituem-se 
mais baixas do que as árvores de planície. Suas folhas são menores e existem 
mais epífitas (plantas que crescem sobre outras plantas e que retiram seus nu-
trientes e umidade diretamente do ar e da água ao invés do solo).
Biomas Aquáticos são Classifi cados por seu Fluxo, 
Profundidade e Salinidade
Em ecossistemas aquáticos, os principais produtores frequentemente não são 
plantas, mas algas. Como resultado, os biomas aquáticos não são facilmente ca-
racterizados pelas formas de crescimento dominantes dos produtores. Em vez dis-
so, os biomas aquáticos são caracterizados por padrões distintos de profundidade, 
fluxo e salinidade. Os principais tipos de biomas aquáticos incluem riachos e rios, 
lagos e lagoas, alagados de água doce, charcos salgados, manguezais, zonas entre-
marés, recifes de corais e o oceano aberto.
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UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
Características dos Principais Biomas Aquáticos
• Riachos e Rios: como os riachos e rios são caracterizados por água doce 
fluindo, geralmente são denominados sistemas lóticos. Embora não exista 
uma especificação exata para determinar as diferenças na classificação entre 
um riacho e um rio, em geral, riachos, também denominados córregos, são 
canais estreitos de água doce com fluxo rápido, enquanto rios são canais 
largos de água doce com fluxo lento. À medida que os riachos fluem para 
baixo a partir de suas nascentes, eles se unem a outros riachos e finalmente 
aumentam o suficiente para que sejam considerados um rio. Riachos e alguns 
rios normalmente são margeados por uma zona ripária, que é uma faixa de 
vegetação terrestre influenciada por alagamentos sazonais e pela elevação de 
lençóis freáticos. À medida que nos movemos rio abaixo, a água flui mais 
lentamente, e se torna mais quente e mais rica em nutrientes. Sob essas 
condições, os ecossistemas em geral se tornam mais complexos e produtivos. 
Em geral, os riachos sustentam menos espécies do que outros biomas aquáticos. 
Pequenos riachos normalmente são sombreados e pobres em nutrientes, o 
que limita a produtividade de algas e outros organismos fotossintéticos. Uma 
grande parte do conteúdo orgânico dos ecossistemas de riachos depende de 
entradas alóctones de matéria orgânica, tais como folhas, que vêm de fora do 
ecossistema. Nos grandes rios, uma proporção mais alta das entradas orgânicas 
é autóctone, o que significa que são produzidas dentro do ecossistema por algas 
e plantas aquáticas. À medida que os rios progridem a partir da sua nascente, 
tipicamente se tornam mais largos, se movimentam mais lentamente, são 
carregados mais fortemente com nutrientes e são mais expostos à luz solar direta. 
Eles também acumulam sedimentos que são trazidos da terra e transportados 
rio abaixo. A alta turbidez causada por sedimentos em suspensão nas partes 
mais baixas dos rios que contêm muito silte pode bloquear a luz e reduzir a 
produção. Os sistemas lóticos são extremamente sensíveis à modificação do 
seu fluxo de água pelas represas. Nos EUA, dezenas de milhares de represas, 
construídas para controlar enchentes, proporcionar água para a irrigação ou 
produzir eletricidade, interrompem o fluxo dos riachos. As represas também 
alteram a temperatura da água e as taxas de sedimentação. Normalmente, a 
água atrás das represas se torna mais quente, e o fundo dos riachos originais 
é preenchido por silte, que destrói o habitat para peixes e outros organismos 
aquáticos. A água liberada rio abaixo das grandes represas normalmente tem 
baixas concentrações de oxigênio dissolvido. A utilização de represas para o 
controle de enchentes altera os ciclos sazonais naturais de alagamentos, que 
são necessários para a manutenção de muitos tipos de habitats ripários em 
planícies aluviais. As represas também interrompem o movimento natural dos 
organismos aquáticos rio acima e rio abaixo, fragmentando os sistemas dos 
rios e isolando populações;
• Lagoas e Lagos: são biomas aquáticos caracterizados por água doce parada, 
com no mínimo alguma área de água que seja profunda o bastante para que 
as plantas não se elevem acima da superfície da água. Embora não exista 
24
25
uma distinção clara entre lagoas e lagos, as lagoas são menores. Muitos lagos 
e lagoas foram formados à medida que as geleiras retrocederam, escavando 
bacias e deixando para trás depósitos glaciais contendo blocos de gelo que 
finalmente derreteram. Os Grandes Lagos da América do Norte se formaram 
em bacias glaciais, preenchidas até 10.000 anos atrás por gelo espesso. 
Os lagos também são formados em regiões geologicamente ativas, como 
o Grande Vale do Rift da África, onde o movimento vertical de blocos da 
crosta terrestre criou bacias nas quais a água se acumula. Vales amplos de 
rios, como os dos rios Mississippi e Amazonas, têm lagos chifre de boi, que 
são amplas curvas do que já foi outrora um meandro de um rio, interrompido 
por alterações no canal principal. Os lagos podem ser subdivididos em diversas 
zonas ecológicas, cada uma com condições físicas distintas. A zona litorânea 
é a área superficial ao redor das margens de um lago ou de uma lagoa que 
contém vegetação enraizada, como lírios d’água e aguapé. A água aberta além 
da zona litorânea é a zona limnética (ou pelágica), na qual os organismos 
fotossintéticos dominantes são algas flutuantes, ou fitoplâncton. Lagos muito 
profundos também têm uma zona profunda, que não recebe luz solar por 
causa de sua profundidade. A ausência de fotossíntese, bem como a presença 
de bactérias que decompõem os detritos no fundo do lago, faz com que a zona 
profunda apresente concentrações muito baixas de oxigênio. Os sedimentos 
no fundo dos lagos e das lagoas constituem a zona bêntica, que proporciona 
habitat para animais e microrganismos que se enterram;
• Alagados de Água Doce: são biomas aquáticos que contêm água doce para-
da, ou solos saturados com água doce durante no mínimo uma parte do ano, e 
que são suficientemente rasos para apresentar uma vegetação emergente em 
todas as profundidades. A maioria das plantas que crescem nos alagados con-
segue tolerar baixas concentrações de oxigêniono solo; muitas são especiali-
zadas para essas condições anóxicas e não crescem em nenhum outro local. 
Os alagados de água doce incluem pântanos, charcos e pântanos temperados. 
Os pântanos contêm árvores emergentes. Alguns dos pântanos mais conhe-
cidos são o Pântano de Okefenokee, na Geórgia e na Flórida, e o Pântano 
Great Dismal, na Virgínia e na Carolina do Norte. Os charcos contêm vege-
tação não lenhosa emergente, como as tifas. Alguns dos maiores charcos no 
mundo incluem os Everglades na Flórida e o Pantanal do Brasil, da Bolívia 
e do Paraguai. Diferente dos pântanos e charcos, os pântanos temperados 
são caracterizados por águas ácidas e contêm uma diversidade de plantas, 
incluindo musgos esfagno e árvores atrofiadas, especialmente adaptadas para 
essas condições. Alguns dos maiores pântanos temperados são encontrados 
no Canadá, no norte da Europa e na Rússia. Os alagados de água doce pro-
porcionam um habitat importante para uma ampla diversidade de animais, 
notavelmente aves aquáticas e estágios larvais de muitas espécies de peixes e 
invertebrados, característicos de águas abertas. Os sedimentos dos alagados 
imobilizam substâncias possivelmente tóxicas ou poluentes dissolvidos na água 
e, portanto, atuam como um sistema de purificação da água;
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UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
• Charcos Salgados/Estuários: são um bioma de água salgada que contêm 
uma vegetação emergente não lenhosa. São observados ao longo das costas 
dos continentes em climas temperados, com frequência dentro de estuários, 
que ocorrem onde a foz dos rios se mistura à água salgada dos oceanos. Os 
estuários são únicos devido à sua mistura de água doce e salgada. Além disso, 
eles contêm um suprimento abundante de nutrientes e sedimentos transporta-
dos pelos rios. A rápida troca de nutrientes entre os sedimentos e a superfície 
em águas rasas de um estuário sustentam uma produtividade biológica extre-
mamente alta. Como os estuários tendem a ser áreas de deposição de sedi-
mentos, com frequência são margeados por extensos “charcos de maré” nas 
latitudes temperadas e por manguezais nos trópicos. Com uma combinação de 
altos níveis de nutrientes e ausência do estresse da água, os charcos de maré 
encontram-se entre os habitats mais produtivos sobre a terra. Eles contribuem 
com matéria orgânica para os ecossistemas de estuários, que por sua vez sus-
tentam grandes populações de ostras, caranguejos, peixes e animais que se 
alimentam deles;
• Manguezais: são um bioma que existe em água salgada ao longo das costas 
tropicais e subtropicais e que contêm árvores tolerantes ao sal, com raízes sub-
mersas em água. Esse bioma também pode ocorrer em estuários, nos quais a 
água doce e a água salgada se misturam. A tolerância ao sal é uma importante 
adaptação das árvores que vivem em manguezais. Ao viver ao longo das cos-
tas, essas árvores desempenham papéis importantes ao impedir a erosão dos 
litorais costeiros pela constante entrada de ondas. Os mangues também pro-
porcionam um habitat crítico para muitas espécies de peixes e frutos do mar;
• Recifes de corais: são um bioma marinho encontrado em águas quentes e 
rasas, que permanece acima dos 20°C durante todo o ano. Os recifes de 
corais com frequência circundam ilhas vulcânicas, onde se alimentam de nu-
trientes que se soltam do rico solo vulcânico e são trazidos pelas correntes das 
águas profundas para a superfície pelo perfil da ilha. Os corais são animais 
pequenos, parentes da hidra e de outros cnidários, que vivem em uma rela-
ção mutualística com as algas. Um coral individual é um tubo oco que secreta 
um exoesqueleto rígido, fabricado de carbonato de cálcio. Ele também possui 
tentáculos que trazem detritos e plâncton para dentro do tubo. À medida que 
digere essas partículas, o coral produz CO2, que pode ser utilizado por suas 
algas simbióticas na fotossíntese. Alguns dos açúcares e outros compostos 
orgânicos que as algas produzem extravasam dentro dos tecidos do coral e 
sustentam adicionalmente o crescimento do coral. Embora um coral individual 
seja pequeno, corais vivem em enormes colônias. À medida que um coral in-
dividual morre, os tecidos moles se decompõem, mas os esqueletos externos 
rígidos permanecem. Ao longo do tempo, esses esqueletos se acumulam e 
formam recifes de corais maciços. A estrutura complexa que os corais cons-
troem proporciona uma ampla diversidade de substratos e esconderijos para 
26
27
algas e animais. Isso ajuda a tornar os recifes de corais um dos biomas mais 
diversos sobre a Terra. A elevação das temperaturas de superfície dos mares 
nos trópicos está causando a saída das algas simbiontes dos corais ao longo 
de grandes áreas, um fenômeno conhecido como branqueamento dos corais. 
Como as algas simbiontes são críticas para a sobrevivência do coral, a estabi-
lidade desses biomas atualmente encontra-se em risco;
• Oceano Aberto: o oceano aberto é caracterizado como a parte do oceano que 
se encontra longe da costa e dos recifes de corais, cobrindo a maior parte da 
superfície da Terra. Abaixo da superfície, encontra-se um reino imensamente 
complexo com grandes variações na temperatura, na salinidade, na luz, na 
pressão e nas correntes. Os ecólogos reconhecem diversas zonas no oceano 
aberto. Para além do alcance do nível da maré mais baixa, a zona nerítica se 
estende até a profundidade de aproximadamente 200m, que corresponde ao 
limite da plataforma continental. Como as ondas fortes deslocam nutrientes 
dos sedimentos inferiores para as camadas superficiais iluminadas pelo sol, a 
zona nerítica geralmente é uma região de alta produtividade. Além da zona 
nerítica, o assoalho marinho desce rapidamente até as grandes profundidades 
da zona oceânica. Aqui, os nutrientes são esparsos e a produção é estritamente 
limitada. Finalmente, a zona bêntica é composta pelo assoalho marinho 
subjacente às zonas nerítica e oceânica.
Importante!
VAMOS DESTACAR OS PRINCIPAIS PONTOS ABORDADOS NESTA UNIDADE
• Os padrões globais de temperatura e precipitação são estabelecidos pela energia da 
radiação solar;
• As correntes oceânicas redistribuem o calor e a umidade;
• A variação sazonal do clima é causada pelo movimento do zênite solar;
• A temperatura e os ventos são responsáveis pelos ciclos sazonais dos lagos temperados;
• O clima sustenta fl utuações irregulares;
• Clima é o determinante da distribuição da vegetação;
• Bioma consiste em um ambiente terrestre defi nido pelo hábito de suas plantas. Biomas 
terrestres são classifi cados pelas suas principais formas de crescimento das plantas;
• Existem nove classes de biomas terrestres: tundra, as fl orestas boreais, fl orestas pluvi-
ais temperadas, fl orestas sazonais temperadas, bosques/arbustos, campos tempera-
dos/desertos frios, fl orestas pluviais tropicais, fl orestas sazonais tropicais/savanas e 
desertos subtropicais;
• Biomas aquáticos são classifi cados por seu fl uxo, profundidade e salinidade. Incluem 
riachos e rios, lagoas e lagos, alagados de água doce, charcos salgados/estuários, 
manguezais, zonas entremarés, recifes de corais e o oceano aberto.
Em Síntese
27
UNIDADE As Variações no Ambiente Físico
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Clima e Vegetação
PILLAR, V. D. Clima e vegetação. Porto Alegre: UFRGS, Departamento de Botâni-
ca, 1995.
http://ecoqua.ecologia.ufrgs.br
 Livros
Ecologia
CAIN, Michael L.; BOWMAN, William D.; HACKER, Sally D. Ecologia. Porto Alegre: 
Artmed, 2011.
Ecologia Vegetal
GUREVITCH, Jessica; SCHEINER, Samuel M.; FOX, Gordon A. Ecologia vegetal. 
2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
 Filmes
O Clima - Criando a Paisagem - Documentário (2010)
https://youtu.be/7W0hz-k1q9I
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29
Referências
RICKLEFS, Robert. A economia da natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan,2010.
RICKLEFS, Robert; RELYEA, Rick. A economia da natureza. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
SADAVA, D. C. Heller et al. Vida: a ciência da biologia – evolução, diversidade e 
ecologia. v. 2. Porto Alegre: Artmed, 2009.
STARR, C. et al. Biologia – unidade e diversidade da vida. v. 3. São Paulo: 
Cengage Learning Editores, 2012.
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Outros materiais