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AULA 5 Obrigação Alternativa 2018(1)

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*
DIREITO OBRIGACIONAL
AULA 5
Obrigação de Meio e de Resultado, Alternativa e Facultativa 
Prof. Ana Lecticia Erthal
*
Obrigação de Meio 
e de Resultado
Necessidade de definir as responsabilidades do devedor.
Nas Obrigações de Resultado, a execução será considerada atingida quando o devedor cumprir o objetivo final definido pelas partes.
Nas Obrigações de Meio, não há a necessidade de ser atingida a execução daquilo que foi pactuado pelas partes, somente se exige a realização comprometida e diligente do devedor.
Conclui-se, que, a primeira tem como essência da prestação a obtenção do bem jurídico almejado, enquanto na segunda o devedor se obriga a envidar esforços para atingir certo objetivo, não se comprometendo, no entanto, em obtê-lo.
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Exemplificando
As obrigações travadas com profissionais liberais tendem a ser de meio, já que a responsabilidade civil destes é subjetiva, necessitando da aferição do elemento culpa, como dispõe o art. 14, parágrafo 4º do CDC.
A mesma leitura é realizada em relação aos profissionais da área de saúde, como estabelece o art. 951, CC.
Porém, a jurisprudência tem entendido que no caso de cirurgia plástica estética, a obrigação do médico deve ser considerada de resultado, em decorrência do comprometimento do médico em alcançar determinado resultado.
Diferente ocorre no caso da cirurgia plástica reparadora, considerada como obrigação de meio.
*
INFORMATIVO 550, STJ
No caso em que companhia aérea, além de atrasar desarrazoadamente o voo de passageiro, deixe de atender aos apelos deste, furtando-se a fornecer, tanto informações claras acerca do prosseguimento da viagem (em especial, relativamente ao novo horário de embarque e ao motivo do atraso), quanto alimentação e hospedagem (obrigando-o a pernoitar no próprio aeroporto), tem-se por configurado dano moral indenizável in re ipsa, independentemente da causa originária do atraso do voo.
Considerando que o contrato de transporte consiste em obrigação de resultado, o atraso desarrazoado de voo, independentemente da sua causa originária, constitui falha no serviço de transporte aéreo contratado, o que gera para o consumidor direito a assistência informacional e material.
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OBRIGAÇÃO DE RESULTADO 
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TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE
 A teoria da perda de uma chance para reconhecer a obrigação de indenizar quando verificada, em concreto, a perda da oportunidade de se obter uma vantagem ou de se evitar um prejuízo decorrente de ato ilícito praticado por terceiro.
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OBRIGAÇÃO DE MEIO E TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE
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Advogado e perda de uma chance
Segundo a Teoria da Perda de Uma Chance estará afetada a dignidade humana pela frustração da justa expectativa do indivíduo, que ao perseguir uma posição jurídica mais vantajosa tem o curso normal dos acontecimentos interrompido por ato ilícito de terceiro. No caso a apelada foi impossibilitada de ter a sua pretensão apreciada pela instância superior, sem que lhe fosse explicado o motivo da não interposição do recurso. O advogado não está obrigado a recorrer de todas as decisões, mas, se não o faz tem o dever de informar e explicar ao cliente os motivos da não interposição do recurso, em obediência a obrigação de meio assumida, pois, pode ser que no caso sob seu patrocínio o recurso não seja a melhor medida. Entretanto, não recorrer nem dar qualquer notícia ao cliente sobre esta atitude leva a perda de uma chance, tendo em vista que o duplo grau de jurisdição é garantia constitucional decorrente dos princípios da ampla defesa e do devido processo legal. Os réus devem arcar com as consequências de sua atuação negligente, posto que caracterizada a falha na prestação dos serviços advocatícios. A indenização não deve ser mensurada pelo valor da condenação irrecorrida, mas, pela perda da oportunidade das autoras de terem acesso ao duplo grau de jurisdição, ou seja, pela perda da possibilidade de ter o seu recurso apreciado pelo Tribunal.
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ADIMPLEMENTO RUIM OU VIOLAÇÃO POSITIVA DO CONTRATO
VIOLAÇÃO AOS DEVERES ANEXOS, IMPLÍCITOS À BOA-FÉ OBJETIVA.
VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM
TUTELA DA CONFIANÇA
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Obrigação Alternativa
(arts. 252/256, CC)
Conceito: na obrigação alternativa o devedor se desonera totalmente satisfazendo uma única obrigação. Aqui, como na obrigação de dar coisa incerta, existe o momento da escolha, denominado concentração.
HÁ UM MÚLTIPLO OBJETO, MAS OBRIGAÇÃO DE REALIZAR APENAS UM.
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OBJETO DA OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
Ex. Contrata-se uma pessoa para entregar um quadro ou uma quantia em dinheiro.
O devedor não deverá as duas: fica obrigado a entregar uma prestação ou outra. 
A partir da concentração, a obrigação perde sua característica de alternatividade.
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DIFERENÇAS
Diferença entre obrigação de dar coisa incerta e obrigação alternativa: enquanto na obrigação de dar coisa incerta temos apenas uma coisa, designada pelo gênero e pela quantidade; na obrigação alternativa temos duas coisas, sendo que a escolha recairá sobre uma delas.
*
ESCOLHA: ART. 252
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
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ART 314. PRESTAÇÃO 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
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OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS (Arts. 252 a 256, CC/02)
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
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Art. 252, CC: Caberá ao devedor escolher na ausência de acordo
Transmissível aos herdeiros e ao cessionário. 
No caso de ação judicial, caberá escolher aquele que for designado no contrato.
§ 1º: Existe a necessidade de respeito à identidade física e material das prestações, impossibilitando a fragmentação, o que decorre do art. 313.
§ 2º: Nas obrigações de trato sucessivo a escolha será realizada em cada período, como estipulado no contrato.
§ 3º: Não havendo consenso, diante da pluralidade de optantes, o juiz deverá ser chamado a intervir. Aqui o aplicador do direito é chamado pela lei para preencher lacunas e definir conceitos.
§ 4º: Se a escolha couber a um terceiro e, mais uma vez, não houver tal exercício, o juiz será chamado a intervir.
*
Art. 252. Obrigações alternativas
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
*
ALTERNATIVIDADE
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.
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PERDA DA PRESTAÇÃO:
Escolha pelo devedor
Art. 253: Impossibilidade de uma das prestações = entrega da prestação subsistente. Tal artigo expressa a essência das obrigações alternativas, o que se denomina concentração automática.
Art. 254: Culpa do devedor + impossibilidade de todas as prestações + escolha cabe ao devedor = valor da última prestação que se impossibilitou + perdas e danos.
*
PERDA DA PRESTAÇÃO POR CULPA.
CONCENTRAÇÃO AUTOMÁTICA
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
*
PERDA DA PRESTAÇÃO:
Escolha pelo credor 
(art. 255, CC)
Culpa do devedor + impossibilidade de uma das prestações + escolha cabe ao credor = prestação subsistente + perdas e danos OU valorda prestação que se perdeu + perdas e danos.
Culpa do devedor + impossibilidade de todas as prestações + escolha cabe ao credor = valor de qualquer uma das prestações + perdas e danos.
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PERDA DA PRESTAÇÃO. ESCOLHA DO CREDOR
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos
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PERDA SEM CULPA DO DEVEDOR
Ausência de culpa + impossibilidade de todas as prestações = extinção da obrigação sem o pagamento das perdas e danos, com a devolução do equivalente (art. 256, CC).
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EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
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Obrigação Facultativa
Não está regulamentada no Código Civil. 
Para Tartuce, tal obrigação possui apenas uma faculdade a ser cumprida pelo devedor de acordo com o contrato. O credor não pode exigir a prestação facultativa no caso de impossibilidade de cumprimento da obrigação principal. 
Para Orlando Gomes, trata-se de obrigação simples. 
Para Caio Mário, trata-se da existência de um único vínculo e uma única prestação com cláusula permissiva ao devedor de se exonerar mediante o pagamento de prestação diferente.
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OBRIGAÇÃO FACULTATIVA OU COM FACULDADE ALTERNATIVA
Nestas o devedor se compromete a entregar apenas uma coisa, sendo essencialmente uma obrigação simples.
Há uma prestação devida, porém com possibilidade de substituição pelo devedor.
Ex. Entregar um carro, mas com faculdade de no dia da entrega, entregar um barco.
Não há uma alternatividade, pois o devedor tem apenas uma prestação.
O credor fica vinculado a esta possibilidade de escolha do devedor e não pode se recusar a receber a outra prestação. 
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Segundo a doutrina majoritária:
1. Perecendo a coisa sem culpa: Ocorre a extinção da obrigação.
2. Perecendo a coisa com culpa: O credor poderá exigir o equivalente mais perdas e danos, mas não o cumprimento específico da obrigação supletiva.
3. Perecendo a coisa supletória: Nenhum efeito terá sobre a obrigação.

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