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Direito Constitucional I

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Direito Constitucional
Gabriela Mansur
Hermenêutica Constitucional
Ronald Dworkin: Direito como Integridade; Comunidade de princípios; Romance em cadeia.
**Autor do paradigma de Estado Liberal.
Como autor liberal, pensa no Direito com liberdade como pedra angular. A liberdade está acima da igualdade e da inclusão social.
Dworkin diz que na colisão de regras a solução é do tipo All or nothing (tudo ou nada), onde uma regra exclui a outra. Por exemplo, regras do homicídio e legítima defesa, onde uma exclui a outra.
Já na colisão entre princípios, Dworkin diz que quando dois princípios colidem deve-se analisar a história/passado de aplicação destes princípios. Diz que é necessário voltar os olhos para a Comunidade de princípios, onde comunidade de princípios seria o locus/ lugar de interpretação.
Assim, por exemplo, quando há conflito entre liberdade e igualdade no STF, volta-se ao passado para ver a que o STF costuma dar maior “valor”. Ou seja, olha-se o precedente histórico. É o chamado Romance em cadeia, que no Brasil encontra concretização nas Súmulas Vinculantes.
Aqui há a hierarquização dos princípios, o que interfere na eficiência da interpretação uma vez que já há uma escala de valores.
Robert Alexy: Princípio/Postulado da proporcionalidade; Sopesamento de valores/princípios.
** Autor do paradigma de Estado Social.
Preza pela igualdade.
Também preza pelo método do Tudo ou Nada. Entretanto este autor não hierarquiza princípios/valores, mas diz que deve haver interpretação de acordo com o caso concreto, ao contrário de Dworkin que avaliava apenas o precedente e não o caso concreto.
Então, diante do caso concreto é que ocorre a valoração de princípios onde Alexy criou uma regra chamada de Postulado da proporcionalidade, chamado por muitos de princípio da proporcionalidade, que é uma forma de solucionar em casos concretos a colisão de princípios. Este postulado/princípio da proporcionalidade se ramifica em subpostulados da Adequação, da Necessidade e da Proporcionalidade em sentido estrito, onde o princípio que vai se sobressair é aquele que obtém resposta positiva dos três subpostulados. Ou seja, há a aplicação de um princípio em detrimento de outro (tudo ou nada) após análise e resposta positiva à luz dos três subpostulados.
Havendo resposta negativa de pelo menos um dos subpostulados, abre espaço para que as partes comprovem suas alegações, e depois há a aplicação de um princípio em detrimento de outro.
Por fim, há a interpretação e aplicação de um princípio em detrimento de outro princípio. Não ocorre o engessamento da interpretação.
Jurgen Habermas: Teoria discursiva (Discurso de fundamentação e Discurso de aplicação); Formação de consenso.
** Autor do paradigma de Estado Democrático de Direito.
Preza pela inclusão, onde todos os atores são incluídos pelo discurso, e com isto há a formação do consenso.
No séc XX ocorre a virada pragmática linguística/ giro hermenêutico, onde o Direito não é baseado apenas na interpretação de normas do tipo regra ou princípio. A interpretação é baseada na linguagem e não mais apenas no texto normativo, ou seja, baseia-se também no que se extrai do texto.
Em Dworkin e Alexy é apenas o juiz quem faz a interpretação dos princípios. Já em Habermas não é só o juiz quem interpreta a colisão de princípios, há a inclusão de todos os atores sociais no discurso (sociedade civil organizada, legislativo, executivo e judiciário).
Habermas concorda com Dworkin acerca do método do Tudo ou nada no que diz respeito ao confronto de regras. Já no que diz respeito à colisão de princípios, Habermas defende a formação do consenso interpretativo que só ocorre através da passagem pelo discurso de fundamentação e pelo discurso de aplicação. O discurso de fundamentação diz respeito à forma como a norma é criada (pela sociedade civil organizada e Poder Legislativo), e o discurso de aplicação se refere à aplicação da norma no caso concreto (pelo executivo e judiciário).
Então, para Habermas, no conflito entre dois princípios há a prevalência do princípio que tem melhor argumento, argumentação esta feita pela sociedade civil organizada, legislativo, judiciário ou executivo. Assim, quem tem a melhor fala sobressai, por exemplo, na hora de aplicação o executivo vai se sobressair por ser quem entende mais de aplicação.
Todos os autores abaixo vão tentar apontar e sanar as falhas de Habermas aprimorando as técnicas de interpretação, onde haverá várias técnicas que deverão ser aplicadas de acordo com cada caso apresentado.
Niklas Luhmann: Teoria dos sistemas (macrossistema e microssistemas constitucionais).
** Pala Luhmann toda a Constituição é passível de interpretação por entender que esta é apenas principiológica, ou seja, para Luhman, toda norma é princípio.
Luhmann diz que toda vez que normas princpiológicas se chocam, deve-se analisar todo o sistema jurídico composto por macrossistema, Constituição, e também pelo microssistema, leis infraconstitucionais. Segundo Luhmann, norma constitucional existe em todo ordenamento jurídico e não apenas no corpo da Constituição, havendo apenas diferença entre macro e microssistema, onde o primeiro define todo o sistema.
As normas do microssistema devem estar de acordo com o macrossistema, é o chamado acoplamento estrutural. Caso uma norma contrarie o macrossistema ela deverá ser retirada, mesmo as normas do macrossitema serão retiradas caso contrarie o macrossistema. Aqui se preza pela unidade e, havendo conflito de normas haverá a exclusão de uma delas.
Quando houver conflito de princípios em casos concretos haverá exclusão de um dos princípios, podendo acontecer de em outro caso concreto que o princípio que agora foi excluído seja a que produzirá efeitos.
Aqui, apesar da tentativa de melhorar a teoria Habermas, Luhmann acaba por desprezar a inclusão.
Peter Haberle: Constituição aberta de intérpretes.
** Haberle também acredita, como Luhmann, que existem apenas normas principiológicas, porém apenas as que estão no corpo da Constituição. Não acredita em normas constitucionais fora da Constituição.
A Constituição é aberta, por ser formada apenas de princípios e estes, por sua vez, serem comandos abertos para interpretação. Ela é aberta e passível de interpretação por intérpretes/ comunidade de intérpretes (Sociedade civil organizada, Legislativo, Executivo, Judiciário).
Haberle diz que tanto no discurso de fundamentação quando no discurso de aplicação tem que haver participação da sociedade civil organizada.
Em caso de colisão entre princípios, para Haberle, a decisão fica a cardo da Sociedade Civil Organizada. Ex: caso do Mensalão.
Konrad Hesse: Teoria concretista.
** Hesse só acredita em normas princípios, assim elas têm que ser interpretadas.
Ele diz que, obrigatoriamente, a norma constitucional tem que estar escrita, e diz também que por ser principiológica ela deve ser interpretada. Além de texto, a norma constitucional tem conteúdo, e este conteúdo alcança sentido por meio de intepretação.
A teoria concretista busca tornar princípios conflitantes em harmoniosos.
Aqui é o judiciário que é responsável pela interpretação. Ou seja, volta para o judiciário a intepretação.
Marcelo Neves: Constituição simbólica: Constituição legal, mas sem vigência social – Dissocia o Direito e a política (como acoplamento estrutural) – Solução transconstitucionalismo (entrelaçamento de várias ordens: estatal, transnacional, internacional).
** Marcelo Neves entende a Constituição apenas como símbolo, ou seja, Constituição Simbólica.
Ao contrário dos outros autores que buscavam conferir sentido á Constituição, Neves diz que a Constituição é apenas um símbolo do que o Estado é. Porém, enquanto símbolo e sem sentido a Constituição não tem eficácia. 
Como solução para esta “falta de sentido” e falta de aplicabilidade, Neves diz que a Constituição tem que ser vista como transconstitucional onde a predominância de vontade deve ser da sociedade. É a sociedade que confere validade à Constituição e não o legislador,pois este apenas criou o símbolo.
Havendo colisão de princípios, por exemplo, de saúde (social) e liberdade (individual), onde a liberdade, no símbolo (texto da Constituição), tem predominância dada pelo legislador na formação símbolo, a sociedade dá validade à saúde por ser, dentre os dois princípios, o seu principal anseio dada a situação em que se encontra. Assim, o juiz dará preferência à saúde devido ao anseio e pressão da sociedade, ou seja, só há a interpretação verdadeira quando o juiz aplica a vontade da sociedade.
José Adércio Sampaio Leite: Constituição Pluridimensional – abertura espacial (texto da constituição existente em normas infraconstitucional); temporal (passado, presente e futuro constitucional); pluridimensão textual (atores sociais são atores de concretização, pois conferem sentido ao texto constitucional).
** José Adércio, como procedimentalista, diz que para resolução de choque de princípios só acontecerá pela formação do consenso. Assim, o consenso é o procedimento que será utilizado para a resolução do conflito.
Para ele, para conferir sentido à norma Constitucional é necessário conferir a dimensão temporal (passado, presente e futuro) e espacial (locus/ órgão de aplicação da norma jurídica) desta norma. Mudando o locus, muda a ideia de passado, presente e futuro, ou seja, a dimensão espacial influencia na dimensão temporal. 
O pluridimensionalismo é a junção das dimensões espacial e temporal com a interpretação dos atores sociais (Sociedade civil organizada, legislativo, executivo e judiciário). Esta variedade de dimensão é o chamado pluridimensionalismo. A interpretação dos atores sociais é que confere sentido à norma.
***Normas constitucionais: Conjunto de comandos juridicizados, que são comandos que passam pelo crivo do Direito. Então, a norma constitucional é expectativa emancipatória. Há ainda a diferença entre comando regra e comando princípio, sendo que, o comando constitucional é do tipo regra.
Assim, a Hermenêutica constitucional analisa relação, mais especificamente a colisão, entre regras e princípios. A hermenêutica vem para intermediar a colisão entre princípios e regras entre si, inclusive.
08-08-14
Eficácia e Aplicabilidade da norma da norma constitucional
Aplicabilidade: Materialização da norma. Transforma a norma em realidade.
Eficácia: Efeito da norma.
Estado liberal: (José Afonso da Silva)
Plena: Quando a norma constitucional não precisa de complementação.
Contida: Não produz todos os efeitos, ou os efeitos são reduzidos até o advento de uma norma infraconstitucional.
Limitada: não produz efeito nenhum até o advento de uma norma infraconstitucional.
Diferida: Efeito produzido no tempo, após este tempo a eficácia está exaurida.
** O Estado Liberal era um Estado formal, onde bastava estar no texto da lei para ser garantido, pelo menos no texto. No entanto, ao transformar o texto em realidade, nem todos tinham todos os direitos concretizados. Estas normas constitucionais faziam nascer normas que se destinavam a promover o cumprimento da norma constitucional.
Estado social: (Paulo Bonavides)
Plena: Quando a norma constitucional não precisa de complementação.
Programática: apresenta apenas um programa que produzirá efeito com o advento de uma norma infraconstitucional. **As normas constitucionais são programas que serão realizados por meio de normas infraconstitucionais. Ex: Direito à saúde e lei infraconstitucional que institui o SUS.
** O Estado Social deixa de ser um Estado apenas formal para se tornar formal e material.
Neste Estado há a garantia de igualdade coletiva, entre grupos, e não o bem comum. Esta igualdade é buscada por meio de programas, como políticas públicas. Então, as normas são programas, por isto programáticas, que devem conduzir à igualdade. 
Estado Democrático de Direito: (Carlos Ayres Brito)
Plena: Completa: não precisa de norma infraconstitucional/ interpretação para produzir efeitos.
** No Estado Liberal e no Social a complementação era apenas por norma infraconstitucional, já no EDD esta complementação pode ser também por interpretação. Entretanto, Ayres diz que a norma de eficácia plena não necessita nem de norma infraconstitucional e nem de interpretação. 
Para Ayres, se está na Constituição já é material. Por isto que dispensa complementação quando a norma é de eficácia plena.
Incompleta: necessita de norma infraconstitucional/ interpretação para produzir efeitos.
** Estado material, onde todos os direitos tem que ser materializados de qualquer forma, seja por lei, decreto ou mesmo interpretação pelo Judiciário.
Assim, no EDD a norma constitucional será sempre de eficácia plena.
Preâmbulo X ADCT: Preâmbulo não é norma constitucional, mas apenas uma carta de intenção. 
Já o ADCT é norma constitucional e vincula o ordenamento jurídico. Trata-se de norma transitória.
Artigo 1º ao 4º da CR/88
Dos Princípios Fundamentais
**Elementos fundantes do estado – Estrutura que serve para limitar poder do Estado - 
Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I – a soberania; ** Tanto soberania interna quanto externa. Pode ser que em dado momento haja conflito entre soberania interna e externa, mesmo acerca de tratados.
II – a cidadania; ** Garantia de direitos e exercício de deveres. Toda ordem constitucional, e com ela normas infraconstitucional, impõe deveres e trás direitos também. Cidadania é, também, exercício de poder por meio de direitos e deveres. Ex: capacidade civil gera cobrança de deveres, porém, os direitos já são garantidos antes da capacidade civil.
III – a dignidade da pessoa humana; ** Definida por cinco elementos: Vida, Liberdade, Igualdade material, Realização em sociedade e Capacidade decisória.
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; ** Valor social = Expectativa emancipatória. Não se trata de qualquer trabalho ou qualquer iniciativa privada, mas sim o que é normatizado. Assim, trabalho normatizado é que é protegido pela Constituição.
V – o pluralismo político. ** Não somos uma ordem constitucional baseado em um único ideal político ou apenas dois, como nos EUA. Nós temos uma multiplicidade de ideais políticos.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. ** Está atrelado ao inciso II. Atentar para democracia direta e semidireta, apesar da Constituição não falar em semidireta.
Art. 2o São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário. ** Na CF de 88 houve evolução do federalismo centrípeto e passou para federalismo de cooperação, onde não há hierarquia entre os membros da federação, havendo agora competências diferenciadas.
Não é a união que define as competências de cada poder ou de cada ente da federação, mas sim a Constituição.
A divisão de competências é fruto do princípio da subsidiariedade, e divisão de renda é fruto do princípio da solidariedade.
Atentar para competências atípicas dos poderes.
Art. 3o Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: ** No art.1 houve a estruturação do Estado, o alicerce deste EDD. Aqui coloca-se objetivos para este EDD.
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; ** Característico do federalismo. Livre = liberdade. Justa = Igualdade (material). Solidária = Solidariedade.
II – garantir o desenvolvimento nacional; ** Este desenvolvimento é alcançado pela intervenção do Estado/ União para que haja desenvolvimento, ainda que não igual, de forma similar. Intervenção feita pelo Planos Nacionais de Desenvolvimento.
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; ** Por meio da intervenção do Poder Público através das Políticas Públicas. Ex: PROUNI, Bolsa Família.
IV – promover o bem de todos, sem preconceitosde origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. ** Tanto é que no Art.5 há a imposição de igualdade perante a lei, igualdade material.
Art. 4o A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: **As relações internacionais se dão entre um Estado soberano com outro Estado soberano, independentes entre si.
I – independência nacional; **Se não forem independentes entre si não há soberania.
II – prevalência dos direitos humanos; **Nas relações internacionais prima-se pelos Direitos Humanos. Já na Soberania interna não há esta obrigatoriedade.
III – autodeterminação dos povos; ** Se cada povo se autodetermina, é o povo que determina qual legislação que ele vai utilizar. Então, se não querem utilizar os DH, este povo tem esta autonomia. Não só em relação aos DH.
IV – não-intervenção; ** Não intervir no território de outro Estado soberano. 
V – igualdade entre os Estados; ** Não existe na nossa CF diferenças econômias, políticas, sociais, et, entre Estados soberanos. Ex: a demanda do Brasil ou da Alemanha frente à ONU tem o mesmo “peso”.
VI – defesa da paz; ** Garantia de não invadir territórios a fim de solucionar conflitos.
VII – solução pacífica dos conflitos; ** Acreditamos em cortes internacionais.
Somando os incisos IV + V + VI= Confiança nas Cortes Internacionais. Como consequência disto temos a crença nas normas Supra legais, que não são constitucionais e nem infraconstitucionais.
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo; ** Nas relações internacionais. Por isto não há aliança com países considerados terroristas ou racistas, por exemplo.
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; ** 
X – concessão de asilo político. ** Capacidade de um Estado soberano conferir em seu território, soberania interna e externa, asilo a indivíduo que não é brasileiro. Lembrando que embaixadas e navios, por exemplo, são considerados territórios brasileiros.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
CONSTITUIÇÃO: NORMAS CONSTITUCIONAIS + TRATADOS D. H. E D. FUNDAMENTAIS.
NORMAS SUBRALEGAIS
NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS
11-08-14
Unidade II: Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
Conceito: Direitos fundamentais são direitos subjetivos e elementos objetivos da ordem constitucional objetiva – a dimensão subjetiva importa na faculdade de impor uma atuação negativa ou positiva aos titulares do poder público. A dimensão objetiva vai além da subjetiva e coloca os direitos fundamentais como norte da eficácia irradiante e fundante do ordenamento jurídico.
** São direitos subjetivos, então, são do sujeito e não da sociedade. 
Estes direitos representam a capacidade deste sujeito impor aos titulares do poder um agir ou uma abstenção. Isto de forma direta ou indireta.
Tem também dimensão objetiva por conferir eficácia a todo ordenamento jurídico, por fazerem parte da Constituição Federal que é o que determina todo o ordenamento.
Todo direito fundamental é do tipo princípio, e não do tipo regra.
Direitos humanos ≠ Direitos fundamentais: 
Direitos Humanos são os de ordem internacional. Existe na relação de Estado soberano com Estado soberano. Para se transformarem exigíveis na ordem interna é necessário que passem a ser considerados como direitos fundamentais, incorporados/ internacionalizado/ escritos na ordem constitucional.
Direitos Fundamentais são os da ordem interna. Estes sim, são exigíveis na ordem interna.
Não são absolutos, são limitados por outros direitos. No entanto, não representa uma hierarquização, isto seria se fossem absolutos.
Alguns autores dizem que os direitos fundamentais são relativizados pelos direitos humanos.
D. Fundamentais na Constituição: 
Art. 5: D. individuais e coletivos
Art. 6 a 11: D. Sociais
Art. 12: D. à nacionalidade
Art. 14 a 16: D. políticos
Art. 17: D. organização de partidos políticos
Funções dos direitos fundamentais: 
Status passivo: o indivíduo está subordinado aos direitos fundamentais e aos poderes estatais.
Status negativo: o indivíduo tem o direito de exigir abstenção do Estado.
Status positivo: aquele que o indivíduo tem o direito de exigir do Estado determinadas prestações positivas que visem a satisfação de necessidades (D. Sociais e D. Intergeracionais). 
**Alguns autores dizem que Direitos Fundamentais geram custo para o Estado.
Status ativo: aquele que o indivíduo tem possibilidade de participar de forma direta/ ativa na formação da vontade política do Estado como membro da comunidade política. 
** Só é possível no Neoconstitucionalismo (Pós-positivismo), onde cidadão é aquele que participa ativamente das tomadas de decisão.
Este status “ativo” está ligado à materialização de todos os direitos fundamentais, como saúde, educação, moradia, etc., pois só assim este indivíduo tem condições verdadeiras de tomar decisões.
Direitos de defesa: instrumentos de proteção da liberdade individual contra interferências ilegítimas do poder público. Gera as seguintes condutas: I- pretensão de abstenção; II- pretensão de revogação; III- pretensão de anulação; IV- pretensão de consideração e proteção.
** As funções estão ligadas ao sujeito, pois sem ele não há direitos fundamentais. Todos existem em função do sujeito.
*** ”Direitos de defesa são, em linhas gerais, aqueles que exigem do Estado uma atuação para atenuar as desigualdades.[744] Com isso, requerem uma atuação positiva no sentido de redução das desigualdades faticossociais, justamente para que os indivíduos possam desfrutar das liberdades alcançadas pela efetivação dos clássicos direitos
de defesa”.
Características dos direitos fundamentais: 
imprescritibilidade (não desaparecem com o decurso do tempo. Processo de agregação (dimensão); vedação do retrocesso social). ** Não existe prazo definido para exercício de dir. fundamentais.
Inalienabilidade (impossibilidade de um indivíduo alienar um direito fundamental, transferindo-o a outro titular).
Irrenunciabilidade (não podem ser objeto de renúncia pelo seu titular)
Inalienabilidade (observância obrigatória de seus preceitos por normas e dispositivos infra constitucionais).
Universalidade (reconhece-se como titular toda a coletividade/comunidade jurídica, garantindo assim um sistema de igualdade na distribuição dos direitos fundamentais).
Efetividade (materialização pelo poder público)
Interdependência (são como um todo que apresenta coligações)
Complementariedade (não podem ser interpretados isoladamente mas demandam um esforço de conjugação dos mesmo em um só sistema de direitos integrados)
Historicidade: (historicamente concebidos e reinterpretados)
Relatividade (são relativos; não absolutos ou ilimitados)
Aplicabilidade (depende do paradigma)
Destinatários: o nato e o naturalizado de um determinado Estado. No Brasil se estende aos estrangeiros residentes no país e por interpretação do STF aos estrangeiros em trânsito, exceto aos direitos políticos.
** Está ligado ao paradigma pelo fato dos dir. fundamentais pelos dir. fundamentais serem princípiológicos, mudando o paradigma muda a interpretação.
Inviolabilidade: 
25-08-14
Vinculação aos poderes:
Poder legislativo: poder de coerência ao legiferar sobre direitos fundamentais; de elaborar normas que digam sobre a efetivação dos direitos fundamentais (falta gera inconstitucionalidade).
** Apesar de os dir. fundamentais estarem previstos, é necessário norma que digam como serão concretizados. Esta é obrigação do poder legislativo.
Caso não o faça, utiliza-se a Ação Direta de Inconstitucionalidade e não o Mandado de Injunção, pois mandado de injunção trata basicamente de direitos políticos.
Já se a ação do legislativo fere direitos fundamentais, utiliza-se mandado de segurança.
Administração pública (P. J. direito público e privado) devem observar os direitos fundamentais sob pena de nulidadedos atos adm., mesmo os discricionários (princípios da juridicidade e finalidade pública).
** A função do Executivo é executar a norma e administrar o bem público (bem público do executivo e bem público do povo). Nesta atividade deve-se observar os direitos fundamentais.
O poder discricionário age no espaço deixado pela norma, ao contrário da adm. pública que só age como a norma ordena.
Princípio da legalidade é quando o poder público só age da forma e quando a norma permite. O princípio da juridicidade é uma ampliação do princípio da legalidade. Pelo princípio da juridicidade todos os atos do poder público podem sofrer controle judicial, isto pelo fato de que antes os atos discricionários não sofriam tal controle, eram de atuação livre. Assim, este princípio é um limitador dos atos discricionários.
Finalidade pública está ligada a interesse público, o que representa um problema pela falta de definição do que é interesse público.
Poder judiciário: Art. 5º, XXXV. Judiciário conhece de situações que envolvam lesões ameaças e sessões a direitos; função básica defender direitos fundamentais; controle e fiscalização dos demais poderes na satisfação dos direitos fundamentais.
Teoria dos limites: Os limites atualmente são vistos apenas quanto ao exercício dos direitos fundamentais por normas infraconstitucionais.
Teoria dos limites imanentes: Restrição/ limitação ocorre internamente. (Ana Paula Barcelos)
Teoria dos limites externos: restrição ocorre no caso concreto. **O judiciário define o limite, porém somente com o caso concreto.
Teoria da eficácia horizontal: Existe eficácia dos direitos fundamentais também nas relações privadas – particular-particular – Estado-particular (vertical). Nas relações particulares os direitos fundamentais são aplicados de forma a garantir eficácia direta e imediata, tais condições são proporcionadas pelo texto constitucional que traz a ampliação das relações particulares – Máxima efetividade constitucional. Ex: RE201819 (respeito à ampla defesa e contraditório).
Direitos fundamentais na Constituição Federal de 1988
Art.5º
Vida: intrínseco à condição da pessoa humana e do sujeito de direitos. Teoria da Concepção; Teoria da Nidação; Teoria da formação do sistema nervoso; Teoria da vida do feto independente da vida da mãe (a criança tem que nascer).
Direitos conexos: a- Integridade física (5º, III, XLIX, XLIII). b- Art.199, §4º e 5º (ilícito dispor do seu corpo (alienação em vida).
** Atualmente o STF adora a teoria da formação do sistema nervoso, que tem pouco tempo de formação. Esta teoria foi definida em ação constitucional. Trata-se da ideia de que a vida se inicia a partir da formação do Sistema Nervoso.
Antes desta definição eram utilizadas todas as teorias, o que gerava decisões muito diversas.
Liberdade: autonomia limitada pela legalidade. Art.5º, Caput.
Direitos conexos: 
Liberdade de ação: 5, II. **A lei de que trata o inciso é lei infraconstitucional.
Liberdade de manifestação de pensamento: 5, V. 
**Não existe direito de resposta que não seja proporcional ao agravo. Esta resposta pode ser aliada a indenização e retratação. O direito de resposta é personalíssimo, porém, é extensivo aos sucessores.
Liberdade de crença: 5, VIII.
** Limitação: obrigação a todos imposta. Ex: serviço militar; obrigação de votar.
A inclusão da prestação alternativa se deu em virtude dos juizados especiais. Representa outra limitação à liberdade de crença.
Liberdade de consciência: 5, VI c/c 150, VI, b.
**150, VI, b: imunidade tributária dos templos.
Liberdade de locomoção: 5, XLVIII, acesso ao território, saída, permanência, deslocamento. Exceção: 139, I e II.
**5, XLVIII: HC é apenas na relação do Estado para Particular. Não existe Habeas Corpus na relação entre particulares.
Exceção: 139, I e II: Estado de Sítio é um dos estados de exceção previstos na Constituição. Nestes estados não há a possibilidade de HC.
Liberdade de profissão: 5, XIII c/c 22, XVI.
**A criação de cooperativas e associações é livre, o que é limitado é a materialização/ funcionamento destas associações e cooperativas. Esta materialização é definida em lei.
Liberdade de reunião: 5, XVI.
**Não frustrar outra reunião: podem ocorrem no mesmo lugar, desde que não haja frustração.
Liberdade de associação: 5, XVII ao XIX.
**
Igualdade: Caráter multifacetado ou polimórfico – vários sentidos (art.3, III, IV. Art.5, caput, I; art.7, XXX, XXXI; arts.170, 193, 196, 205).
Maioria da doutrina: desigualdade material: tratar os iguais de maneira igual e os desiguais na medida de sua desigualdade (Aristóteles) – igualdade aritmética (retribuição e causa) – cada indivíduo tem a mesma importância e consideração (equivalência) – próprio do paradigma social – Estado tem que garantir aos indivíduos os mesmos direitos individuais e sociais.
Modernamente: 
Celso de Mello: princípio da isonomia – vincula o poder público e obsta discriminações:
Igualdade na lei: destinada ao legislador que não podem incluir fatores de discriminação na lei.
Igualdade perante a lei: se impõe aos demais poderes e particulares (na aplicação da norma não podem subordiná-la a critérios seletivos ou discriminatórios – enseja inconstitucional).
Igualdade procedimental/material (EDD) – garantia de igual condição de participação do cidadão nas ações estatais (igualdade aritmética inclusiva) – participação na produção de políticas públicas.
** A igualdade procedimental se divide em discriminação lícita e ilícita. A lícita é feita dentro dos parâmetros constitucionais. Já a discriminação ilícita se dá fora dos parâmetros constitucionais.
Álvaro Ricardo de Souza Cruz:
Discriminações lícitas: mecanismos necessários à proteção de minorias excluídas das tomadas de decisões estatais.
Discriminações ilícitas: elementos arbitrários e lesivos à própria igualdade. Fere o art.5º, caput, I: igualdade como imparcialidade.
Celso Antônio Bandeira de Mello: Limites à discriminação lícita:
Não atingir apenas uma pessoa. Atingir generalidades.
As situações ou pessoas discriminadas devem ser distintas.
Lógica entre os fatos diferenciais e distinção.
Vínculo de correlação deve ser pertinente em virtude de interesses constitucionais protegidos em prol do bem comum.
Possibilidade: 
Não atingir de forma absoluta os princípios da generalidade.
Haja de fato situações, coisas ou pessoas com características diferenciadoras.
Lógica entre os fatores existentes e a distinção.
Distinção tenha valor positivo em relação à CR/88.
05-09-14
Ações Afirmativas: Tratamento diferenciado pelo Estado de um grupou ou identidade a fim de que se estabeleçam medidas compensatórias por toda uma história de marginalização sócio-econômica ou hipossuficiência.
Finalidade: Concretizar as igualdades de oportunidades. 
Origem: EUA (política dos separados mais iguais)
STF: 2010: Discriminação positiva de cotas.
**No Brasil há confusão entre igualdade aristotélica, procedimental, aritmética e ações afirmativas.
Para o STF, a igualdade procedimental acumula pontos das ações afirmativas, igualdade aritmética e discriminação lícita.
4: Propriedade
Conceito: elementos jurídicos e políticos – Sujeito passivo respeita o direito à coisa (relação de uma pessoa com uma coisa).
Dir. natural – Carta do Rei João sem terra (1215).
**A ideia da propriedade como pertencente ao indivíduo vem desde a Magna Carta de João Sem Terra, em 1215. A partir deste evento a burguesia começa a se formar pela cumulação do capital.
Constituição de 1988: art.5º, XXII c/c art.170, II – inclui patrimônio (dir. reais); d. pessoais; propriedades literárias e artísticas; invenções e descobertas – além de bens móveis e imóveis (const. de Weimar 1919).
Patrimônio: conjunto de direitos e obrigações de um indivíduo. Ex: Herança. Art.5º, XXX.
Função social: Art. 5º, XXIII – retira noção individual do direito á propriedade – não abole-se o direito ou nega-os, apenas estende-o além da esfera privada e de seu titular (prima pelo bem comum) – maior utilidadesocial.
A função social integra o conceito de propriedade (a constitui) não é elemento limitador externo. Só é proprietário então quem cumprir a função social (a destinação do bem e o bem comum) – o interesse público sobre o privado reinterpretado.
**A propriedade não é absoluta, pois carrega uma obrigação, o cumprimento da função social.
A função social atinge a sociedade, além de atingir o indivíduo. Assim, qualquer propriedade individual atinge os demais indivíduos de uma dada sociedade.
Propriedade urbana imóvel: art.182, §2 função social – ordenação das cidades (pelo plano diretor).
**Caso não haja plano diretor em alguma cidade, a ordenação se dá pelo Estatuto da Cidade que consiste numa norma geral e abstrata, enquanto o plano diretor é mais específico, atendo-se a necessidades e interesse locais.
Propriedade rural: Requisitos: art.186: Aproveitamento racional e adequado; utilização adequada dos recursos naturais disponíveis; preservação do meio ambiente; observância das regras de relações do trabalho e exploração da terra ligadas ao bem estar do trabalhador e proprietário.
**A função social da propriedade rural depende da observância do que dispõe os incisos do art.186:
I – aproveitamento racional e adequado;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação
do meio
ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Observações gerais acerca da propriedade:
** O direito de propriedade nasce absoluto e garantidor dos demais direitos, onde só que é proprietário tem os demais direitos garantidos.
Já no Estado Social a propriedade não é absoluta, pode ser tomada pelo Estado caso não cumpra sua função social. O objetivo da propriedade no Estado Social é o trabalho, uma vez que este é o garantidor da igualdade.
Já no EDD, propriedade é aquela que acumula no seu conceito o que é função social. Função social não é restrição à ideia de propriedade, mas sim de servidão administrativa e desapropriação.
**Função soci
08-09-14
Formas de intervenção do Estado no direito à propriedade
Servidão/requisição administrativa: restrição ou condicionamento ao uso da propriedade. Conceito: direito real público no qual fica autorizado o poder público a usar a propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse comum (Direito Civil art.1378: imposta em um prédio em desfavor de outro: dono de prédio sujeito à servidão obriga-se a tolerar seu uso com fim determinado pelo dono do prédio favorecido). Ex: Redes Elétricas.
Dir. Administrativo: acordo entre particular e poder público que declara de utilidade ou necessidade pública a sua instituição, pode ocorrer por sentença.
** A servidão representa uma restrição do uso da propriedade e não do conceito do que é propriedade.
A servidão do artigo 1378 trata da que se dá entre particulares, interesse particular.
Já a servidão segundo o Direito Administrativo trata de “acordo” entre particular e poder público e se dá por sentença judicial.
A servidão administrativa não se trata de punição para quem não cumpre a função social da propriedade, pode recair sobre qualquer um. Depende apenas do interesse comum. A servidão está ligada ao interesse público.
Já a desapropriação só pode ocorrer se não atende a função social. Está ligada ao não cumprimento da função social.
Desapropriação: O descumprimento da função social retira a condição de propriedade do bem e assim enseja a declaração de necessidade ou utilidade pública pelo Estado como prévia e justa indenização em dinheiro com exceções no art.182, §4, III; 184 e 186 (transferência compulsória).
** O art.182 trata de desapropriação de imóvel urbano que não atende o fim da ordenação das cidades. O art.182, §4, III é uma forma de sanção e representa exceção à indenização prévia. Trata-se da desapropriação pelo município.
O art.184 trata da desapropriação por interesse social, que é somente aquele para fins de Reforma Agrária. Onde o bem não é incorporado ao patrimônio público, mas sim de um beneficiário. Só recai sobre imóvel rural que não cumpre a função social, função esta tratada no art.186. 
O valor justo da indenização é tido como recíproco do valor venal do imóvel.
A transferência compulsória/ desapropriação indireta só recai sobre imóvel rural.
12-09-14
Desapropriação e direito à propriedade – Competência privativa da União (art.22, I e III); competência concorrente (restrições e condicionamentos).
A desapropriação é um procedimento de direito público, que enseja a transferência do poder público para si da propriedade de um terceiro.
**O poder público pega a propriedade de um terceiro, particular, e transfere para si. Ou seja, a propriedade do particular é incorporada à propriedade do Poder Público.
Necessidade: Quando a administração defronta com situações de emergência que são resolvidas de forma eficiente com a transferência do bem de terceiro.
Utilidade: transferência dos bens para o domínio da Administração é conveniente (não é imprescindível).
Interesse social: Quando as circunstâncias impõem a distribuição ou condicionamento da propriedade para melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício do bem comum ou de categorias sociais que mereçam amparo do poder público – Reforma Agrária.
**Só recai sobre imóvel rural (186)
A necessidade e utilidade incorpora o bem ao patrimônio público. O interesse social distribui a propriedade para melhor aproveitamento (incorpora a propriedade no patrimônio do beneficiário).
Indenização justa e prévia: reposição do valor retirado do patrimônio expropriado para que não haja reduções indevidas.
STF: base de cálculo inclui as matas de preservação permanente e impõe juros moratórios de 6% ao ano à partir do trânsito em julgado e juros compensatórios de 12% ao ano à partir da ocupação do imóvel. Exceção: Reforma Agrária. Art.184, Caput: a indenização é em dinheiro e indeniza benfeitorias úteis e necessárias.
** O valor justo da indenização é tido como recíproco do valor venal do imóvel.
Desapropriação pelo município: Art.182, §4º.
Desapropriação indireta (viola as garantias processuais): há expropriação sem esses elementos – supremacia do interesse público sobre o particular. Indenização via judiciário (20 anos para requerer ao STF).
**A expropriação não gera indenização, mas segundo entendimento do STF tem-se o prazo de 20 anos para buscar esta indenização via judiciário.
** A Desapropriação indireta/ transferência compulsória só recai sobre imóvel rural.
19-09-14
Requisição Administrativa: intervenção pública no direito à propriedade. Art.5, XXV.
Não há perda da propriedade só o uso pelo poder público – Autoexecução da autoridade competente. **Na servidão não há perda da propriedade e nem indenização. Na requisição pode haver indenização caso haja dano.
Proteção ao bem de família: Impenhorabilidade – Imóvel residencial do casal, ou da entidade familiar, que assentam construção, plantação ou benfeitorias (de qualquer natureza), inclusive equipamentos de uso profissional e móveis quitados (exceto veículos, obras de arte e adornos). Essa conceituação não é absoluta segundo o STF por se tratar de direito à moradia.
Direito à privacidade, direito à imagem e intimidade.
Art.5, X – Proteção à esfera pessoal dos sujeitos (direitos e deveres) sendo inviolável a intimidade, vida, privacidade, honra e imagem – violação gera indenização.
Direito à honra: valor moral do sujeito (consciência social, moral, nome, família, fama – dignidade pessoal) – honra subjetiva + honra.
Direito à imagem: proteção em relação à reprodução gráfica e dos atributos sociais.
Direito à privacidade: condição para desenvolvimento da personalidade: direito que um indivíduo tem de se separar de um grupo social ou controle das informações ligadas ao sujeito – só se configura diante um caso concreto. Como são autolimitados cabe restrição ao direito de privacidade como o consentimento dosujeito. O STJ aceita consentimento tácito.
Privacidade: vida privada ≠ intimidade (proteção das relações mais íntimas).
Inviolabilidade de domicílio: Art.5, XI: Proteção ao domicílio – Proteção ao espaço físico no qual o indivíduo goza de sua privacidade nas suas várias modalidades (inclui moradia e profissão segundo o STF, além de caber eficácia horizontal e vertical).
Exceções: caso de desastre; prestação de socorro ou flagrante delito durante o dia e noite, ou durante o dia por determinação judicial.
**A propriedade deixou de ser direito absoluto, por isto fala em inviolabilidade com exceções.
Direito ao sigilo de correspondência: art.5, XII: comunicação telegráfica e de dados.
Inviolabilidade de sigilos: de correspondência, comunicações telegráficas, dados (telefônicos, fiscais, bancários), e comunicações telefônicas, salvo por ordem judicial com fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
**Dados telefônicos são diferentes de comunicação telefônicas, pois aqueles já ocorreram e estão armazenados, enquanto que estes estão ocorrendo.
Inviolabilidade não absoluta, podem ser restritos por ordem judicial (Ex: prática de atividades ilícitas, ou em caso de uso abusivo do direito quando o uso da inviolabilidade prejudica outros direitos fundamentais de terceiros).
O STF entende que os dados bancários podem ser quebrados pelas CPI’s.
Art.192 CR/88: correm em segredo de justiça e podem ser suspensos durante o Estado de Sítio (art.136 c/c art.139).
**Correm em segredo de justiça as ações que tratam de cooperativas de créditos, ainda que tenham capital estrangeiro (inviolabilidade de dados fiscais). Ordem judicial pode quebrar a inviolabilidade.
**No Estado de Sítio a requisição de bens faz com que se perca a propriedade do bem. Diferentemente de “estado normal”, onde há apenas o uso pelo poder público com indenização por danos.
**Há suspensão de direitos e não restrição.
A gravação clandestina é aquela feita sem o conhecimento do interlocutor.
Interceptação telefônica: captação e gravação de conversa sem conhecimento dos interlocutores pode ser feita, atendendo os requisitos: ordem judicial (de ofício ou a requerimento do MP e autoridade policial); Hipóteses previstas na lei 9.296/96 (fato investigado constitui infração penal; indícios de autoria; a prova não tem outro meio para ser constituída); e para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; podendo, segundo o STF, ser utilizada em procedimentos/ processos administrativos. (não se aplica a relação acusado-defensor – exceto se esse fizer parte do ilícito).
Direito de informação, certidão e petição: art.5, XXXIII – direito geral de informação.
**Direito de informação ligado a si próprio, ou seja, direito personalíssimo. Não pode ser acerca de terceiro.
Usurpação pelo poder público mediante ilegalidade ou abuso de poder enseja MS.
**Neste caso há a violação/usurpação do direito de informação, por isto enseja MS. Se fosse ocultação de informação ensejaria HD.
Art.5, XXXIV: D. de petição: cobra dos poderes públicos providências necessárias visando a proteção de direitos ou mesmo a correção de ilegalidade ou abuso de poder (sem pagamento de taxas, mesmo no âmbito administrativo).
**Já há súmula vinculante dizendo que se houver pagamento de taxas haverá devolução.
Art5, XXXIV, segunda parte: direito de certidão.
Até aqui, matéria da prova.
29-09-14
Direito adquirido, Ato jurídico perfeito e coisa julgada.
Art.5, XXXVI: D. Adquirido (Teoria Subjetiva): a nova legislação deve observar o direito adquirido (toda lei é retroativa se viola direitos já constituídos, segundo o STF).
Pelo STF direito adquirido é: 1- situação subjetiva que foi abolida, eliminada ou modificada em sua natureza pela lei e que não atrai a proteção da ultratividade; 2- o direito adquirido não pode ser alegado frente a mudança de regime jurídico; 3- o princípio da irretroatividade das leis não pode ser alegado pelo mesmo ente do Estado que editou a lei (Súmula 654); 4- A administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais ou revoga-los por conveniência ou por oportunidade do agente público (súmula 473); 5- não há direito adquirido frente aos critérios legais de fixação do valor da remuneração; 6- não há direito adquirido frente a norma que estabeleça regime jurídico funcional (funcionário/servidores públicos ficam à disposição. “A bem do serviço público”); 7- não há direito adquirido em continuar a receber quintos (quinquênio) incorporados após mudança de regime jurídico.
**Teoria subjetiva dizia que a nova ordem deveria observar este direito adquirido, porém não havia definição de direito adquirido.
Só os direitos adquiridos geram direito adquirido, direito constituído é aquele que já está produzindo efeitos. Caso seja mera possibilidade não gera direito adquirido.
Por serem subjetivos, não pode um terceiro ingressar no judiciário para defender direito adquirido de outro.
**Retroatividade: lei que viola direito adquirido.
Ultratividade: nenhuma lei pode modificar, eliminar ou abolir direito adquirido/direito constituído.
Ato jurídico perfeito: aquele ato que sob a égide de uma determinada normatividade reuniu todos os elementos necessários à sua formação, apto (formado e pronto para produzir efeitos, porém não foi posto em prática) a produzir efeitos. STF: o reconhecimento do ato jurídico perfeito se impõe a qualquer tipo de espécie de atos normativos incluindo entre os mesmos atos normativos de ordem pública:
D. Adquirido: resulta da lei ≠ ato jurídico perfeito: resulta diretamente da vontade de quem o originou.
Súmula vinculante 1: ofende a garantia constitucional do ato jurídico perfeito a decisão que sem ponderar as circunstâncias do caso concreto considera a validez e a eficácia de acordo constante de termo de adesão instituído pela LC 110/01.
**O caso concreto que vai conferir validade e eficácia de acordo. Apesar de estar sumulado, tem que observar o caso concreto (atual) para ver se o caso em questão se adequa ao caso gerador da súmula.
Coisa julgada: c/c modelo constitucional do processo: decisão que não cabe mais recurso: estabilidade e segurança jurídica. Possibilidade de relativização segundo o STF ocorre contra coisa julgada infraconstitucional resultante de decisões dos tribunais superiores (súmula 343 – não cabe Ação Rescisória).
**Coisa julgada está atrelada à constitucionalidade de três elementos (duplo grau de jurisdição, ampla defesa e o contraditório). Não há ação rescisória quando se trata de coisa julgada, porém diante de inobservância de um dos três elementos retromencionados cabe ação de anulação, pois a decisão sem esta observância é considerada inconstitucional.
Direito ao devido processo constitucional legal
Origem: 1- Carta 1215 - juízo legal = privilégio; 2- EUA 1787: due process of law = necessidade de um processo legalmente instituído e não só a necessidade de fundamentação das decisões; 3- Brasil 1988, art5, LIV, LV = EDD, legitimidade quanto as decisões estatais estendido ao processo garantidor daquelas.
Processo não é instrumento de jurisdição. Processo ≠ Procedimento (Fazzalari) – Procedimento – Cadeia de atos necessários e pré-fixados pela Constituição e depois pela legislação infraconstitucional (princípio da reserva legal) que ao final da cadeia vai redefinir uma decisão estatal (executivo, legislativo, judiciário). Processo é espécie de procedimento com uma especialidade: o contraditório.
Princípios: a- Contraditório: simétrica paridade das partes na preparação da decisão, é garantia das partes a quem essa se destina; b- Ampla defesa: acesso amplo dos elementos da prova; c- Juízo natural: art.5, XXXVII: proíbe a existência de julgamentos por órgãos criados posteriormente ao fato punível (tribunais de exceção) – Gera o juízo competente (definido em lei).
Direitos conexos: 1- Acesso à jurisdição: art.5, XXXV: Resolução legítima dos conflitos entre particulares ou entre esses e o Estado. Não há necessidade de esgotar avia administrativa para acessar a via judiciária (Exceção: justiça desportiva); 2- Presunção de inocência: art.5, LVII: direito a julgamento perante juízo imparcial – Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (Exceção: LC 135/10: Ficha Limpa – Relativização do direito – Possibilidade de inelegibilidade de candidatos condenados por órgãos colegiados sem trânsito em julgado da decisão).
Princípio da legalidade e da reserva legal
Art.5, II: assegurar Estado de Direito – O princípio da legalidade evita arbitrariedades do poder público (Estado) e vincula todos os atores sociais. Princípio da juridicidade abarca o MP e estado de defesa e de sítio pois vincula o poder público ao Direito.
P. da legalidade ≠ P. da reserva legal – Incidência material em campos delimitados – Submetia a ação estatal ao processo legislativo e a lei em sentido estrito.
03-11-2014
Ações Constitucionais (writ: remédio)
Habeas Corpus
Origem: Direito Romano: Tomar o corpo do detido e submetê-lo a julgamento; D. Inglês: 1215 – Jurisdição; Habeas Corpus Act: 1179 (EUA: proteção da liberdade) e 1816: Consolidação da defesa da liberdade de locomoção contra violências e abusos; Brasil: 1832 (Código de Processo Criminal): Só existia de forma repressiva; Lei 2033: A Constituição previa o tratamento e o STF o determinava para defesa de liberdade de locomoção além dos casos de prisão e ameaça iminente dessa (proteção de direitos que tinham na liberdade física condição necessária para o exercício); 1926: Reforma Constitucional: para ilegalidade ou abuso de poder contra a liberdade de ir e vir e crimes políticos; 1988: Art. 5º, LXVIII: exceção art. 142, §2.
Conceito: Ação constitucional de natureza penal e procedimento especial visando reparar ou evitar violência ou abuso de poder. CPP: recurso/mandamento/ainda que haja decisão protegida por coisa julgada.
Características: garantir todos os direitos relacionados com liberdade de locomoção (art. 5º, XV).
STF:
Poder Judiciário: pode e deve considerar atos de violência e coação mesmo que não tenham sido citados na inicial, podendo, portanto, ir além do pedido;
Pode ser concedido de ofício pelo juiz ou tribunal;
Pode ser feito por telegrama, radiograma, telex ou telefone (reduzido a termo), além do e-mail;
Prova pré-constituída;
Não é necessário advogado;
Pode ser cumulativo a outro recurso;
O Estado de Sítio pode limitá-lo.
Espécies:
Preventivo: evitar a violência ou coação à liberdade de locomoção de um indivíduo que está na iminência de sofrer constrição da liberdade de ir e vir;
Repressivo: cessar com violência ou coação à liberdade de ir e vir em virtude de uma violação ao direito de locomoção.
STF: Súmulas 606; 693; 695; 692: não cabimento; Súmula 691 (exceções manifestas de ilegalidade contra o art. 5º, XV).
Legitimidade: Quem sofre coação: paciente; Impetrante: quem impetra a ação Os dois podem não se identificar no caso do HC em favor de terreiros.
Ativa: qualquer pessoa em seu favor ou de outrem (estrangeiro inclusive em trânsito);
Passiva: Contra ato de autoridade e particular que está exercendo função pública (pode ser preventivo ou repressivo, porém apenas na ilegalidade pelo fato de não haver abuso de poder por se tratar de particular – particular não tem poder, no máximo exerce função pública).
Competência: Depende de quem sofre a ilegalidade ou abuso (art. 102, I, d, i; art. 105, I, c; art.108, I, d; art. 109, VII: prerrogativa de foro).
** Nenhum tipo de lei pode prejudicar coisa julgada, direito adquirido e ato jurídico perfeito, exceto quando se tratar de E C pelo fato de que altera a constituição/ordem jurídica. Daí a ideia de que direito adquirido que não foi recepcionado não pode ser alegado frente a mudança jurídica (EC e Constituição).
Mandado de Segurança
Conceito: Ação Constitucional de natureza civil e procedimento especial que visa proteger direito líquido e certo, lesionado ou ameaçado não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, por ilegalidade ou abuso de poder praticado por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições públicas (Constituição de 1967).
Constituição de 1988: Art. 5º, LXIX, CPC; CPC; Lei 12016/09.
Requisitos: 
Ato comissivo ou omissivo de autoridade pública ou agente no exercício de atribuições públicas – Todo agente que detém poder decisório e tem competência seja da Adm. Púbica direta ou indireta. Alcança, ainda, agentes que desempenha atividades em nome das pessoas jurídicas de direito privado (com titularidade pública – Sociedade de economia mista e empresa pública). Súmula 510 STF: todo particular delegado pelo poder público.
Ilegalidade ou abuso de poder. Ilegalidade cometida contra norma constitucional ou tipos normativos do art.59, CR/88. Abuso: além dos limites normativos, sejam atos vinculados ou discricionários.
Lesão ou ameaça à direito líquido e certo – Repressivo ou Preventivo.
Subsidiariedade: não pode ser amparado por HC ou HD.
Direito líquido e certo: aquele direito comprovado de plano: resulta de fato certo com prova inequívoca, apto e manifesto no ato de existência (claras e passíveis de demonstração documental – prova na inicial – exceção: art.6, §1 da lei 12016/09 – O direito já existe o que se prova é a situação fática e não o direito). Súmula 625 STF: juízes não podem deixar de conhece-lo.
Cabimento: Lei 12016/09, art.5: não cabe: 01- ato que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo independente de caução; 02- Súmula 267, STF: da decisão judicial que couber efeito suspensivo; 03- Súmula 268, STF: de decisão transitada em julgado; 04- Súmula 266, STF: não cabe contra lei em tese; 05- Súmula 101/269, STF: não substitui Ação Popular nem Ação de Cobrança; 06- Súmula 418, TST: A concessão da liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz inexistindo direito líquido e certo tutelado por MS; 07- STF: não cabe contra matéria interna corporis das casas legislativas exceto quando envolve matéria constitucional.
Legitimidade: 
 Ativa: Pessoa física nacional ou estrangeira; p. jurídica; espólio; massa falida; órgãos públicos despersonalizados (Mesas da Câmara/ Senado).
Passiva: Autoridade coatora. Art. 7º, Lei 12016/09 (exige notificação). Quem pratica ou ordena a execução ou inexecução do ato a ser impugnado via MS + pessoa jurídica pública ou privada nas atribuições públicas. (A lei admite litisconsórcio passivo e ativo).
*O Mandado é contra o ato da autoridade XXX e não contra a pessoa/ autoridade XXX. Ou seja, a competência se define a partir da autoridade coatora.
Competência:
STF: Art. 102, I, d, r; Foro privilegiado.
STJ: Art. 105, I, b;
TRF: Art. 108, I, c;
Justiça Federal: Art. 109, VIII;
Justiça do Trabalho: Art. 114, IV;
Lei 12016/09: Sede da autoridade coatora. **Por exemplo: se a autoridade coatora for a sec. de saúde municipal, deve-se questionar a vara de fazenda pública municipal.
Ex 02: se for acerca de negação de vaga em escola pública estadual, questiona a secretaria de educação estadual.
Como ficaria o MS:
Exmo Sr. Juiz de Direito da – Vara de Fazenda pública Estadua.
Fulana, 12 anos, CI, CPF, residente, representada por sua mãe ciclana, anos, CI, CPF, residente, vem na presença de V. Excelência, por seu advogado xxxx, impetrar Mandado de Segurança com pedido liminar contra o ato do secretário de educação do Estado de Minas Gerais.
Fatos: Procurei vaga perto de casa..... ..... só havia vaga longe de casa.... há riscos no deslocamento, etc.
Direito: Art. 6º, Caput, CR/88. Além de falar sobre a previsão constitucional do direito, deve-se buscar normas infraconstitucional e jurisprudências.
Liminar: Demonstra o fumus boni iuris e periculum in mora (ano letivo já começando e prejuízos como perda de conteúdo e de não se adaptar à turma). Plausibilidade do pedido e que se trata de questão de segurança.
Pedidos: 1- Concessão da ordem de segurança, que é o mérito. Ou seja, concessão o mérito. 2- Concessão da liminar. 3- Notificação da autoridadecoatora para responder em 10 dias e após a concessão da liminar.
Nestes termos pede deferimento.
Valor da causa: R$1.000,00 para fins fiscais.
Data
Local
Assinatura
Procedimento:
Juízo competente; Legitimidade Ativa; Legitimidade Passiva; Pedido liminar (art. 7º, III Lei 12016/09: Periculum im mora e fumus boni iuris); Fatos; Direito; Pedidos (concessão da ordem; notificação da autoridade coatora para responder em 10 dias).
Prazos:
Liminar: 48 horas
Mérito: 30 dias
Para impetrar: 120 dias a contar do conhecimento oficial do ato coator exceto o preventivo. **Se passar deste prazo, perde-se o direito de ação mas não o direito material.
Mandado de Segurança Coletivo
Finalidade: 
Evitar acúmulos de demandas idênticas;
Facilitar acesso à justiça;
Fortalecer as entidades de classe (direitos dos membros ou associados).
Legitimidade:
Atividade: Partido Político com representação no Congresso Nacional (STF: interesse da sociedade – direitos coletivos e difusos); Sindicatos; Entidades de classe e Associações em funcionamento há pelo menos 1 ano.
Passiva: Mesma do MS individual.
Procedimento:
Igual ao MS individual. Exceto: Concessão da medida liminar que será possível audiências do representante judicial da pessoa jurídica que deve se pronunciar em 72 horas.
Mandado de Injunção
Ação constitucional de natureza cível e procedimento especial para viabilizar o exercício de direitos, liberdades constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania ou cidadania inviabilizados por falta de norma regulamentadora. **Atentar para não confundir com Ação Declaratória de Inconstitucionalidade Omissiva. A ADI Omissiva abarca as omissões que não se referem a nacionalidade, soberania ou cidadania.
Requisito:
Falta de norma regulamentadora (só as normas de eficácia plena incompleta ou limitada) – Não cabe para melhor interpretar a norma e nem em relação a falta de complemento ou regulamentação. Não cabe contra Medida Provisória; Não cabe para garantir isonomia de vencimentos dos servidores; Não cabe por inércia na deliberação de PL.
Inviabilidade do direito de liberdade ou prerrogativa – Apresentar nexo de causalidade.
17-11-14
Legitimidade: 
Ativa: pessoa física, jurídica, coletividades e MP. 
2- Passiva: órgão ou entidade pública encarregada da elaboração de norma. Tipicamente: Legislativo federal, estadual e municipal. Atipicamente: executivo e judiciário.
Competência: STF: art. 102, I, q; STJ: 105, I, h; TSE: competência recursal: art. 121, §4, v; TRF: art. 109, I.
STF: só é possível Mandado de Injunção estadual caso a CE faça previsão.
**O STF não pode julgar causas de mandado de injunção promovido por ele mesmo, contudo, nos casos de mandado de segurança é permitido fazê-lo.
Procedimento: Lei 8038/90: não cabe liminar, não pode ser utilizado para substituir MS. STF entende existir MI coletivo. MI individual: procedimento ao MS individual. MI coletivo: procedimento igual ao MS coletivo. A única diferença é que após os 10 dias para a autoridade coatora prestar informações abre-se 10 dias para o MP manifestar-se.
Decisão: enseja recurso exceto os de competência originária do STF.
Efeitos: 1- Teoria substantiva: poder judiciário se limita a declarar a mora legislativa, como na ADI omissiva (o judiciário não pode legislar, mesmo em casos concretos); 2- Teoria da Independência Jurisdicional: MI tem caráter constitucional erga omnes (norma geral e abstrata); 3- Teoria da Resolutividade: sentença do MI produz norma para o caso concreto com constitutiva inter partes (Teoria Concretista). 
Habeas Data
4- Habeas Data: ação constitucional de natureza civil com procedimento especial para viabilizar o conhecimento, verificação ou anotação de informações da parte do impetrante em bancos de dados públicos ou privados de caráter público.
Cabimento: Cabe quando houver recusa de informações ou informações inexatas (Art. 8º da lei 9507/97 e entendimento do STF e STJ).
Legitimidade: 1- Ativa: pessoa física brasileiro ou estrangeiro; pessoa jurídica; órgãos públicos despersonalizados (mesas do legislativo). Ação de caráter personalíssimo.
O STJ entende que o inventariante pode impetrar para o de cujus.
Competência: STF: art. 102, I, d, r; STJ: art. 105, I, b; TRF art. 109, VIII. Em função do status da autoridade é possível impetrar nos TJ’s estaduais e distritais, caso previsto nas CE’s e Li de Organização do DF.
Legitimidade passiva: Pessoa jurídica de direito pública e privada no exercício da função pública.
Competência: STF: 102, I, d, r; STJ: art. 105, I, b; TRF: art. 108, I,c; Juízes federais: art. 109, VIII. Pode ser nos TJ’s estaduais e distrital.
Procedimento: 
Administrativo ou pré-judicial: Identificar legitimado ativo e passivo – Legitimado passivo terá 48 horas para decidir e mais 24 horas para comunicar a decisão – Se houver recusa o legitimado ativo tem 10 dias para recorrer (quando dor só conhecimento da informação), ou 15 dias para recorrer (quando para retificação de informação) – Só depois impetra HD.
Fase judicial: Definir juízo – Qualificar as partes – Notificar o impetrado para em 10 dias prestar informações – MP 5 dias para parecer – 5 dias para decisão.
Decisão: concessiva ou não cabe recurso, exceto o de competência do STF.
Ação popular
Ação popular: ação constitucional de natureza civil atribuída ao cidadão eleitor para invalidar atos ou contratos administrativos que causem lesão ao patrimônio público (erário + cultural; histórico; ambiental e moral) ou à moralidade administrativa.
Preventiva: houver ameaça de lesão – Ordem impeditiva.
Repressiva: se já houver ocorrido a lesão – Ordem corretiva.
Requisitos: Lesão ao patrimônio público ou ameaça por ilegalidade ou imoralidade.
Legitimidade:
Ativa: cidadão eleitor.
Passiva: Pessoa jurídica de direito público e privado; autoridades, administradores e funcionário (responsabilidade pela administração do bem) e os beneficiários (pela lesão).
Procedimento: Ordinário (CPC) exceção: prazo para contestar é de 20 dias.
Competência: determinada conforme origem do ato impugnado. É competente para conhecer, processar e julgar o juiz que de acordo com a lei de organização judiciária (de cada Estado e do DF) possa julgar atividades do legitimado passivo da União, DF, estados-membros, municípios – Exceto quando ouver conflito de competências – Originária do STF.
Decisão: Tem natureza declaratória ou constitutiva – invalida o ato; condena autoridades por perdas e danos e custas + sucumbência. Tem efeito erga omnes.
**A necessidade e utilidade pública estão ligadas somente à desapropriação, na requisição e servidão basta o interesse público.
**São três os tipos de desapropriação constitucional:
Não cumprimento da função social.
Necessidade pública.
Utilidade pública.
** Dignidade da pessoa humana está ligada a cinco axiomas de onde derivam os direitos fundamentais: vida, igualdade material, liberdade, capacidade decisória política e capacidade de se realizar em sociedade.
** Constituição: Ato constitutivo – constitutivo de poder. 
Este poder emana do povo e é transferido para o Estado por meio de democracia representativa ou democracia participativa. Este poder, porém, não pode ser ilimitado. Esta limitação cabe à Constituição. A nossa Constituição fez uma divisão do poder entre os órgãos. O Estado é soberano, mesmo em relações externas.
República: Coisa do povo. Então, o poder também é do povo.
** Horizontalização dos direitos fundamentais: na relação entre particular – particular também se deve respeitar os direitos fundamentais.
** Os Direitos Fundamentais dão baseados no paradigma liberal. Para se adequarem ao paradigma atual são reinterpretados, tendo em vista que não podem ser excluídos.
Até meados da década de 90 os Direitos Fundamentais eram considerados absolutos.
**Á partir do século XX todas as constituições são materiais, visam a materialização do Direito.
 É aquela que não trata apenas de matéria constitucional.
Basta que estejaescrita no texto constitucional, a norma deve ser materializada de plano (independente de norma infraconstitucional).
A hermenêutica se justifica também por isto, pois, se o Judiciário tem que aplicar a norma, se faz necessária a interpretação.
** Poder público vinculado: o poder público é totalmente delimitado pela norma.
Poder público discricionário: há maior liberdade de ação do poder público.
JUSPODIVIN

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