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IFNMG Campus – Montes Claros Curso: Engenharia Química Disciplina: Físico-Química Professor: Elízio 2ª Lei da Termodinâmica Classes de processos • Processos espontâneos → são processos que apresentam uma tendência de ocorrer sem estar sendo induzidos por uma influência externa; • Processos não espontâneos → são aqueles que só podem ser efetuados quando se exerce um trabalho sobre o sistema. • O reconhecimento da existência de duas classes de processos é resumido pela 2ª Lei da Termodinâmica. • Enunciado de Kelvin para a 2ª Lei: não é possível um processo que tenha como único resultado a absorção de calor de um reservatório térmico e sua completa conversão em trabalho. Impossibilidade criada pela 2ª Lei O sentido da mudança espontânea • As mudanças espontâneas ocorrem sempre acompanhadas da dispersão da energia total do sistema isolado. Entropia • De acordo com a 1ª Lei somente são possíveis as transformações que mantêm constante a energia interna de um sistema isolado. • A 1ª Lei trata de uma função de estado – a energia interna; • A lei que é usada para identificar o sentido de uma mudança espontânea, a 2ª Lei da Termodinâmica, também se exprime em termos de uma função de estado, a entropia, S. • A entropia nos permite dizer se um estado é acessível a partir de outro por meio de uma mudança espontânea. • A 1ª Lei usa a energia interna para identificar as mudanças permitidas; • A 2ª Lei usa a entropia para identificar as mudanças espontâneas entre as mudanças permitidas. Definição qualitativa de entropia • Entropia é a medida da dispersão da energia em um processo. • Em outras palavras: entropia é a medida da desordem de um sistema. Enunciado da 2ª Lei em termos de entropia A entropia de um sistema isolado aumenta numa mudança espontânea: ΔSTot > 0 Onde ΔSTot é a entropia total do sistema e das suas vizinhanças. Os processos termodinamicamente irreversíveis são processos espontâneos, logo são acompanhados por um aumento da entropia total. Definição termodinâmica da entropia • Uma modificação da extensão com que a energia é dispersada depende da quantidade de energia que é transferida no processo na forma de calor. • O calor ao contrário do trabalho estimula o movimento aleatório nas vizinhanças. • Matematicamente a definição termodinâmica de entropia está baseada na expressão: • 𝑑𝑆 = 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 • Para uma transformação finita entre dois estados i e f, esta expressão é integrada e leva a : Δ𝑆 = 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 𝑓 𝑖 • Como sabemos ... • A energia absorvida na forma de calor numa expansão isotérmica reversível de um gás perfeito, pode ser calculada a partir de • ΔU = q + w. Logo: ΔU = 0; isto implica que: • q = - w ou qrev = - wrev ; como • -w = 𝑛𝑅𝑇 𝑙𝑛 𝑣𝑓 𝑣𝑖 daí • Δ𝑆 = 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 𝑓 𝑖 = 𝑛𝑅𝑇 𝑙𝑛 𝑣 𝑓 𝑣 𝑖 𝑇 𝑓 𝑖 e finalmente • Δ𝑆 = 𝑛𝑅 𝑙𝑛 𝑣𝑓 𝑣𝑖 Exemplo 3.1: cálculo da Δ𝑆 na expansão isotérmica de um gás perfeito • Calcule a variação de entropia de um gás perfeito quando ele se expande isotermicamente do volume Vi até o volume Vf. Exercício proposto 3.1 • Calcule a variação de entropia quando a pressão de um gás perfeito varia isotermicamente de Pi até Pf. Cálculo da variação da entropia das vizinhanças - Δ𝑆viz • Imaginemos uma transferência de calor infinitesimal para as vizinhanças, dqviz. • As vizinhanças consistem em um reservatório de volume constante: • dqviz = dUviz Logo dqviz será também uma diferencial exata, isto implica que: ΔSviz= 𝑑𝑞𝑣𝑖𝑧, 𝑇𝑣𝑖𝑧 ΔSviz= 0 transformação adiabática Ilustração 3.1: Cálculo da variação de entropia das vizinhanças • Calcule a variação de entropia das vizinhanças (mantidas a pressão constante) quando se forma 1,0 mol de H2O (l) a partir dos seus elementos nas condições padrão a 298 K. Dado: Δ𝐻° (H2O (l)) = - 286 Kj mol -1. Exercício proposto 3.2 • Calcule a variação de entropia das vizinhanças quando se forma 1,0 mol de N2O4(g) a partir de 2,0 mol de NO2(g), nas condições padrão, a 298 K. Dado: • 1 2 N2(g) +O2(g)→NO2(g) ΔfH= - 33,18 kJ mol -1 • N2(g) + 2O2(g)→N2O4(g) ΔfH= - 9,16 kJ mol -1 A interpretação estatística da entropia • Um átomo ou uma molécula só pode possuir certos valores de energia, denominados níveis de energia; • O número de moléculas em cada estado constitui o que chamamos de população do estado; • Essas populações permanecem constantes em relação ao tempo, contanto que não haja variação de temperatura; • Em qualquer temperatura, sempre existe uma população maior em um estado de energia menor do que em um estado de energia maior; • A única exceção ocorre quando a temperatura é infinita: todos os estados do sistema estão povoados igualmente; • Essas observações foram resumidas pelo físico austríaco Ludwig Boltzmann na equação conhecida como distribuição de Boltzmann: 𝑁𝑖 = 𝑁𝑒 − 𝐸𝑖 𝐾𝑇 ∑𝑖 𝑒 −𝐸𝑖 𝐾𝑇 • K = 1,38 x 10-23 JK-1 • Ni = número de moléculas em uma amostra, que estão em um estado com energia Ei. • Essas moléculas constituem um sistema ou micro sistema em equilíbrio térmico em uma temperatura T. • Mais de um estado pode corresponder a uma mesma energia. Ou seja, um nível de energia pode constituir vários estados (microestados). • Boltzmann também fez associação entre a distribuição de moléculas pelos níveis de energia e a entropia. Propôs que a entropia de um sistema seja dada por: • S = K ln w • Onde: w é o número de microestados; • Microestado são as maneiras pelas quais as moléculas de um sistema podem ser distribuídas mantendo-se a energia total constante. • Cada microestado só dura por um momento e tem uma distribuição de moléculas diferente pelos níveis de energia disponíveis. • A equação S = K ln w é conhecida como fórmula de Boltzmann e a entropia calculada a partir dela é chamada de entropia estatística. • A equação S = K ln w sugere que a entropia esteja relacionada com a distribuição de energia; • A equação 𝑑𝑆 = 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 sugere que a entropia é inversamente proporcional à temperatura em que ocorre a transferência de calor. A entropia como função de estado • A entropia é uma função de estado, logo a variação de entropia (dS) ao final de um ciclo é nula; • 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 = 0 • Ciclo termodinâmico é uma sequência de mudanças que começa e termina no mesmo estado. Um ciclo especial: o ciclo de Carnot • O ciclo de Carnot é um ciclo imaginado pelo engenheiro francês Nícolas Sadi Carnot e é constituído por quatro processos reversíveis sucessivos. Ciclo de carnot Th Tc Adiabática Adiabática Descrição do ciclo de Carnot • Transformação 1: expansão isotérmica reversível na temperatura Th (figura anterior); • Logo: ΔU = 0; O sistema recebe calor da fonte quente para manter sua temperatura; • 𝑑𝑆 = 𝑞 𝑇 • Transformação 2: expansão adiabática reversível. Logo: q = 0; ΔS = 0 • A temperatura diminui cai de Th para Tc (figura anterior); • Transformação 3: compressão isotérmica reversível, na temperatura Tc, (figura anterior); • Logo: ΔU = 0; o sistema cede calor para a fonte fria para manter sua temperatura. • 𝑑𝑆 = 𝑞𝑐𝑇𝑐 Δs < 0 • Transformação 04: compressão adiabática reversível; • Logo: q = 0; ΔS = 0 • A temperatura se eleva (vai de Tc até Th, figura anterior); • A variação total de entropia no ciclo é: • 𝑑𝑆 = 𝑞 𝑇 + 𝑞𝑐 𝑇𝑐 • Entretanto, temos que: • 𝑞ℎ = 𝑛𝑅𝑇ℎ 𝑙𝑛 𝑉𝐵 𝑉𝐴 e 𝑞𝑐 = 𝑛𝑅𝑇𝑐 𝑙𝑛 𝑉𝐷 𝑉𝑐 • Dada a relação entre a temperatura e o volume nos processo adiabáticos reversíveis: • Vf T c f = Vi V c i • Logo: 1 VA . T c h= VD . T c c 2 Vc . T c c= VB . T c h • Multiplicando 1 por 2 membro a membro: • VA . T c h . Vc . T c c = VD . T c c . VB . T c h Temos 𝑉𝐴 𝑉𝐵 = 𝑉𝐷 𝑉𝐶 Consequentemente: 𝑞𝑐 = 𝑛𝑅𝑇𝑐 𝑙𝑛 𝑉𝐷 𝑉𝐶 = 𝑛𝑅𝑇𝑐 𝑙𝑛 𝑉𝐴 𝑉𝐵 = − 𝑛𝑅𝑇𝑐 𝑙𝑛 𝑉𝐵 𝑉𝐴 Dividindo qh por qc 𝑞ℎ 𝑞𝑐 = 𝑛𝑅𝑇ℎ 𝑙𝑛 𝑉𝐵 𝑉𝐴 − 𝑛𝑅𝑇𝑐 𝑙𝑛 𝑉𝐵 𝑉𝐴 Portanto: 𝑞 𝑞𝑐 = − 𝑇 𝑇𝑐 ou 𝑞 𝑇 = − 𝑞𝑐 𝑇𝑐 • Retomando ... 𝑑𝑆 = 𝑞 𝑇 + 𝑞𝑐 𝑇𝑐 • Finalmente podemos escrever que: • 𝑑𝑆 = 0 Máquinas térmicas • Máquina térmica é qualquer dispositivo que transforme calor em trabalho ou vice versa. Eficiência de uma máquina térmica(ε) • A eficiência de uma máquina térmica é dada pela relação. • ε = 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑢𝑎𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜 = ∣𝑤∣ 𝑞 • A eficiência será tanto maior quanto maio for a quantidade de trabalho obtida por uma certa quantidade de calor cedia pela fonte quente. • Como o trabalho efetuado pela máquina é a diferença entre o calor fornecido pelo reservatório quente e o devolvido ao reservatório frio. Logo: ε = 𝑞+𝑞𝑐 𝑞 = 1 + 𝑞𝑐 𝑞 • Como 𝑞 𝑞𝑐 = − 𝑇 𝑇𝑐 ou 𝑞𝑐 𝑞 = − 𝑇𝑐 𝑇 • Portanto: ε = 1 - 𝑇𝑐 𝑇 A máquina térmica não viola a 2ª Lei da Termodinâmica; • A eficiência da máquina depende apenas das temperaturas das fontes quente e fria; • Todas as máquinas reversíveis têm a mesma eficiência. Impacto sobre a engenharia - refrigeração • Façamos então uma avaliação sobre a potência necessária para resfriar objetos em refrigeradores. • A variação de entropia num processo deste é dada por: ΔS = - ∣𝑞𝑐∣ 𝑇𝑐 + ∣𝑞𝑐∣ 𝑇 < 0 • Este processo não é espontâneo, pois não é gerada entropia no sumidouro quente suficiente que compense a perda de entropia da fonte fria. • Para forçar o funcionamento de um refrigerador deste é preciso determinar a quantidade mínima de energia que deve ser fornecida. • Esta quantidade é expressa como um coeficiente de desempenho, (C). • C = 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙𝑜 = ∣𝑞𝑐∣ ∣𝑤∣ • Quanto menor o trabalho necessário para atingir uma dada transferência de calor, maior é coeficiente de desempenho e mais eficiente é o refrigerador. • Como qc é retirado de uma fonte fria e o trabalho w é fornecido à corrente de energia, o calor depositado no sumidouro quente é • ∣qh∣ = ∣qc∣ + w • Admitindo que a potência é o inverso do coeficiente de rendimento, podemos escrever: • C = ∣𝑞𝑐∣ ∣𝑤∣ → 1 𝐶 = ∣𝑤∣ ∣𝑞𝑐∣ então: 1 𝐶 = ∣𝑞∣− ∣𝑞𝑐∣ ∣𝑞𝑐∣ 𝑜𝑢 • 1 𝐶 = ∣𝑞∣∗ ∣𝑞𝑐∣ - 1 • Usamos a expressão ∗𝑞 𝑞𝑐 = − 𝑇 𝑇𝑐 para exprimir o resultado da expressão acima em termos de temperatura. • * módulo • Assim: 1 𝐶 = 𝑇 𝑇𝑐 - 1 Logo: Tc = CTh - TcC → • Tc = C(Th - Tc) → C(Th - Tc) = Tc → • C = 𝑇𝐶 𝑇 − 𝑇𝑐 • A expressão acima é referente ao coeficiente ótimo de desempenho, do ponto de vista termodinâmico. • O trabalho para manter a temperatura, é relevante para projetar refrigeradores. • Como não há isolamento perfeito, há sempre um fluxo de calor para dentro do refrigerador, numa taxa proporcional à diferença de temperatura. • Esta taxa é escrita na forma A (𝑇ℎ − 𝑇𝑐), onde A depende do tamanho do aparelho e do isolamento. • A potência mínima, P, para manter a diferença de temperatura original, bombeando-se o calor para as vizinhanças, é dada por: • P = 1 𝐶 X A (𝑇ℎ − 𝑇𝑐) • Logo: P = A 𝑇 − 𝑇𝐶 2 𝑇𝑐 • Concluindo: a potência aumenta com o quadrado da diferença de temperatura que se tenta manter. Temperatura absoluta • Tendo uma máquina que opere reversivelmente entre uma fonte quente Th e uma fonte fria Tc, (T, por conveniência). • Da equação: ε = 1 - 𝑇𝑐 𝑇 , temos ε = 1 - 𝑇 𝑇 • 𝑇 𝑇 = 1 − ε → T=(1 − ε)Th • Esta expressão permitiu que Kelvin definisse uma escala de temperatura baseada na eficiência de uma máquina térmica. • O zero da escala ocorre quando a eficiência de uma máquina de Carnot é um. A desigualdade de Clausius • Mais energia escoa na forma de trabalho reversível do que irreversível. • Logo: - dwrev ≥ - dw Ou dw - dwrev ≥ 0 A Energia interna é uma função de estado: dU= dq + dw = dqrev + dwrev • dqrev - dq = dw - dwrev ≥ 0 ou • dqrev ≥ dq • portanto: 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 ≥ 𝑑𝑞 𝑇 • A equação 𝑑𝑆 = 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 permite concluir que 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞 𝑇 • Esta expressão é a desigualdade de Clausius e será de grande importância para a discussão da espontaneidade das reações. Ilustração 3.2: resfriamento espontâneo • Imaginemos a transferência de energia na forma de calor de um sistema – a fonte quente – na temperatura Th para outro sistema – o sumidouro frio – na temperatura Tc. Quando a fonte quente perde ∣dq∣ unidades de calor (de modo que dqh < 0), a desigualdade de Clausius implica que 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞 𝑇 . • Quando a quantidade de calor ∣dq ∣ entra no sumidouro frio, a desigualdade Clausius implica que 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞𝑐 𝑇𝑐 (Com dqc > 0). • A variação global de entropia é, então: • 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞𝑐 𝑇𝑐 + 𝑑𝑞 𝑇 . Entretanto dqh = -dqc de modo que 𝑑𝑆 ≥ − 𝑑𝑞𝑐 𝑇 + 𝑑𝑞𝑐 𝑇𝑐 ou 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞𝑐 𝑇𝑐 − 𝑑𝑞𝑐 𝑇 ou 𝑑𝑆 ≥ dqc ( 1 𝑇𝑐 − 1 𝑇 ) > 0 pois dqc > 0 e Th ≥ Tc 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞𝑐 𝑇𝑐 − 𝑑𝑞𝑐 𝑇 ou 𝑑𝑆 ≥ dqc ( 1 𝑇𝑐 − 1 𝑇 ) > 0 pois dqc > 0 e Th ≥ Tc • Consequentemente, o resfriamento de um corpo quente é espontâneo como sabemos do nosso dia a dia. • Caso o sistema esteja isolado das suas vizinhanças, dq = 0. A desigualdade de Clausius leva a 𝑑𝑆 ≥ 0. • Concluindo: em um sistema isolado a entropia do sistema não pode diminuir quando ocorrer uma transformação espontânea. • A conclusão acima é uma síntese de um outro enunciado da 2ª Lei da Termodinâmica: a entropia de um sistema isolado aumenta no decorrer de qualquer mudança espontânea. Variação de entropia em alguns processos • 1) cálculo da 𝒅𝑺 na expansão de um gás perfeito. • A 𝑑𝑆 de um gás perfeito que se expande é dada por Δ𝑆 = 𝑛𝑅 𝑙𝑛 𝑣𝑓 𝑣𝑖 • Como a S é uma função de estado, a expansão acima é válida para qualquer processo (rev. ou irr.) • A variação total de entropia (sistema e vizinhanças) depende de como ocorre a expansão. • Para qualquerprocesso que envolva o sistema e sua vizinhança, dqviz = - dq logo: Δ𝑆𝑣𝑖𝑧 = 𝑞𝑣𝑖𝑧 𝑇 = - 𝑞𝑣𝑖𝑧 𝑇 portanto Δ𝑆viz = − 𝑛𝑅 𝑙𝑛 𝑣𝑓 𝑣𝑖 • Δ𝑆Tot = 0 ( o esperado para um processo reversível) • Numa expansão isotérmica livre (w=0) e irreversível, q = 0 (Δ𝑈 = 0). • Consequentemente: Δ𝑆𝑣𝑖𝑧 = 0 • Δ𝑆 Tot é a própria variação de entropia do sistema: • Δ𝑆 = 𝑛𝑅 𝑙𝑛 𝑣𝑓 𝑣𝑖 • Neste caso Δ𝑆Tot > 0, como esperaríamos para um processo irreversível. • 2) Cálculo da variação de entropia numa transição de fase. • A dispersão da matéria e da energia muda quando uma substância se congela ou se vaporiza, logo podemos esperar que uma transição de fase seja acompanhada por uma variação de entropia. • Para um sistema e suas vizinhanças na temperatura de transição de fase, qualquer transferência de calor entre o sistema e sua vizinhança é reversível. • Como a pressão é constante q = ΔTrs𝐻, • A variação de entropia molar do sistema é • ΔTrs𝑆 = Δ𝑇𝑟𝑠𝐻 𝑇𝑇𝑟𝑠 • Transição exotérmica: ΔTrs𝐻 < 0; • Transição endotérmica: ΔTrs𝐻 > 0; Regra de Trauton • De acordo com dados tabelados, uma ampla diversidade de líquidos tem aproximadamente a mesma entropia padrão de vaporização (cerca de 85 Jk-1 mol-1) Ilustração 3.3 : aplicação da regra de Trauton • Não há nenhuma ligação de hidrogênio no bromo líquido. A molécula de bromo é uma molécula pesada, e é improvável que ela exiba comportamento irregular na fase gasosa. Por isso parece seguro usar a regra de Trauton. Ilustração 3.3 : aplicação da regra de Trauton • Encontre a entalpia molar padrão de vaporização do bromo, sabendo que seu ponto de ebulição normal é a 59,2 °C. • Neste caso usamos a regra na forma • ΔVap𝐻° = Teb x 85 JK -1 mol-1 • (compare com o valor experimental = + 29,48 KJ mol-1) Exercício 3.3 • Calcule a entalpia de vaporização do etano a partir do seu ponto de ebulição, - 88,6 °C. • 3) Aquecimento – Cálculo da entropia em função da temperatura. • A Δ𝑆 num processo reversível é dada por Δ𝑆 = 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 𝑓 𝑖 , logo para calcular a entropia de um sistema na temperatura Tf a partir a partir do conhecimento de sua entropia na temperatura Ti e do calor trocado para provocar a variação de temperatura podemos usar a equação: 𝑆 𝑇𝑓 = 𝑆 𝑇𝑖 + 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 𝑇𝑓 𝑇𝑖 • A pressão constante, temos que dqrev = CPdT. • Assim a equação anterior pode ser reescrita: • 𝑆 𝑇𝑓 = 𝑆 𝑇𝑖 + 𝐶𝑃 𝑇 𝑇𝑓 𝑇𝑖 dT quando CP for independente da temperatura, temos • 𝑆 𝑇𝑓 = 𝑆 𝑇𝑖 + 𝐶𝑃 1 𝑇 𝑇𝑓 𝑇𝑖 𝑑𝑇 ou • 𝑆 𝑇𝑓 = 𝑆 𝑇𝑖 + 𝐶𝑃 𝑙𝑛 Tf 𝑇𝑖 (CP constante) • 𝑆 𝑇𝑓 = 𝑆 𝑇𝑖 + 𝐶𝑣 𝑙𝑛 Tf 𝑇𝑖 (CV constante) Exemplo 3.2: cálculo da variação de entropia • Calcule a variação de entropia do Ar, que está inicialmente a - 25 °C, e 1,0 bar, num recipiente de 0,5 dm3 até o volume de 1,0 dm3. Sendo simultaneamente aquecido até 100 °C. Exercício proposto 3.4 • Calcule a variação de entropia quando a mesma amostra de gás mencionada no exemplo anterior, a partir do mesmo estado inicial, é comprimida a 0,05 dm3 e resfriada a 25 ° C. A medida da entropia A medida da entropia na temperatura T, relaciona-se com a entropia do sistema a T = 0 pela medida da capacidade calorífica CP em diversas temperaturas e pelo cálculo da integral da equação 𝑆 𝑇𝑓 = 𝑆 𝑇𝑖 + 𝐶𝑃 𝑇 𝑇𝑓 𝑇𝑖 dT , adicionando as entropias de transição de fases ( Δ𝑇𝑟𝑠𝐻 𝑇𝑇𝑟𝑠 ) de cada transição de fase que ocorra entre T = 0 e a temperatura considerada. • Ex. Se a temperatura de fusão de uma substância for Tf e a temperatura de ebulição for Teb, a entropia da substância numa temperatura T mais elevada do que sua temperatura de ebulição, será dada por: • 𝑆 𝑇 = 𝑆 0 + 𝐶𝑃 𝑇 𝑇𝑓 𝑇𝑖 dT + ( Δ𝑓𝑢𝑠𝐻 𝑇𝑓𝑢𝑠 ) + 𝐶𝑃 𝑇 𝑇𝑒𝑏 𝑇𝑓 dT+ ( Δ𝑣𝑎𝑝𝐻 𝑇𝑒𝑏 ) + 𝐶𝑃 𝑇 𝑇 𝑇𝑒𝑏 dT • Um ajuste para as capacidades caloríficas (CP) nas vizinhanças de T = 0 é dado pala extrapolação de Deby, segundo a qual nas vizinhanças de T = 0 CP = at 3. Exemplo 3.3: Cálculo da entropia a baixas temperaturas • A capacidade calorífica de um certo sólido, a pressão constante, a 4,2 K, é 0,43 JK-1 mol-1. Qual é a sua entropia molar nesta temperatura? Exercício proposto 3.5 • No caso de metais, há uma contribuição à capacidade calorífica que provem dos elétrons e é linearmente proporcional a T quando a temperatura é baixa. A 3ª Lei da termodinâmica • Em T = 0 temos a localização da matéria (ausência de desordem espacial) e ausência de movimento térmico (ausência de desordem devido ao movimento térmico). • O estado do sistema nesta temperatura é caracterizado por apenas um micro estado. • De acordo com Boltzmann S = K ln w, temos S = 0 • Estas observações são consistentes com a 3ª Lei da Termodinâmica: a entropia de todos os cristais perfeitos se aproxima de zero quando a temperatura absoluta se aproxima de zero. O teorema do calor de Nernest • A observação experimental que mostra ser compatível com a ideia de a entropia de uma estrutura regular de moléculas ser zero em T = 0 é resumida pelo teorema do calor de Nernest: a variação de entropia de qualquer transformação física ou química tende a zero quando a temperatura tende a zero. Δ𝑆 → 0 quando T → 0, admitindo-se que todas as substâncias estão ordenadas perfeitamente. Ilustração 3.5: o uso do teorema do calor de Nernest • Imaginemos a entropia da transição do enxofre ortorrômbico, S (α), a enxofre monoclínico S (β), que pode ser calculada pela entalpia da transição ( - 402 Jmol-1) na temperatura da transição (369 K). Entropias da 3ª Lei • As entropias calculadas com base em S(0)=0 são chamadas de entropias da 3ª Lei. Quando a substância está no seu estado padrão na temperatura T, a entropia padrão (da 3ª Lei) é simbolizada por S°(T). Entropia padrão de reação (Δr𝑆°) • A entropia padrão de reação, Δr𝑆°, é dada pela diferença entre as entropias molares dos produtos puros, separados, e as entropias molares dos reagentes puros separados, com todas as substâncias nos respectivos estados- padrões, numa certa temperatura. Matematicamente: Δr𝑆° = ∑𝑣𝑆°𝑚 − ∑𝑣𝑆°𝑚 produtos reagentes Ilustração 3.6: cálculo da entropia padrão de reação • Calcule a entropia padrão de reação de H2(g) + 1 2 O2(g) → H2O(l) a 25 °C. • Dado: S°mH2(g) = 130,684 JK -1 mol-1; S°mO2(g)=205,138 JK -1 mol-1; • S°mH2O(l) = 69,91 JK -1 mol-1; Exercício proposto 3.6 • Calcule a entropia-padrão da reação de combustão do metano a dióxido de carbono e água líquida, a 25 ° C. • Dado: S°mCH4(g) = 186,26 JK -1 mol-1; S°mCO2(g)=213,74 JK -1 mol-1; • As entropias molares dos íons • As entropias-padrão molares dos íons em solução são dadas em uma escala em que a entropia padrão dos íons H+ em água é tomada como zero em todas as temperaturas: S°m(H +,aq) = 0 • As entropias dos íons variam de acordo com o grau com estes ordenam as moléculas de água nas respectivas vizinhanças. Funções do sistema •Entropia é o conceito básico para discussão do sentido das mudanças naturais, mas envolve mudanças no sistema e nas vizinhanças do sistema. • Para análise de tais mudanças usam-se somente funções do sistema. • Este é o fundamento de todas as aplicações das termodinâmica química. As energias de Helmholtz e de Gibbs • Quando ocorre uma mudança no estado do sistema e há troca de calor entre o sistema e suas vizinhanças, na temperatura T, a desigualdade de Clausius, 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞 𝑇 pode ser expressa como 𝑑𝑆 − 𝑑𝑞 𝑇 ≥ 0 e pode ser desenvolvida tanto a volume constante, quanto a pressão constante. Critério para espontaneidade (calor trocado a volume constante) • Quando o calor é trocado entre o sistema e suas vizinhanças a volume constante e na ausência de trabalho diferente do de expansão, temos que: dU=dq + dw = dqV Logo: 𝑑𝑆 − 𝑑𝑈 𝑇 ≥ 0 • Esta desigualdade tema a vantagem de se exprimir o critério para espontaneidade exclusivamente em termos das funções de estado do sistema. • A volume constante, sem trabalho adicional, 𝑑𝑆 − 𝑑𝑈 𝑇 ≥ 0 pode ser escrita na forma • 𝑑𝑈 𝑇 e finalmente T𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑈 se energia interna for constante (dU = 0) ou se a entropia for constante (dS = 0) a expressão anterior torna- se respectivamente: • dSU,V ≥ 0 e dUS,V ≤ 0 • A expressão: dSU,V ≥ 0, indica que, num sistema a volume constante e a energia interna constante (sistema isolado), a entropia aumenta em qualquer processo espontâneo. Isto é exatamente o que diz a 2ª Lei da termodinâmica. • A expressão: dUS,V ≤ 0, indica que se a entropia e o volume de um sistema forem constantes a energia interna deve diminuir numa transformação espontânea. • Isto não significa que um sistema tenda para uma energia interna mais baixa numa transformação espontânea e sim que, se a entropia do sistema se mantém constante em qualquer processo espontâneo, tem que haver um aumento da entropia das vizinhanças, conseguido apenas se a energia do sistema diminuir à medida que o sistema cede energia para o exterior na forma de calor. Critério de espontaneidade (calor trocado a pressão constante) • Quando a energia é transferida na forma de calor, a pressão constante, e não há outro tipo de trabalho além do de expansão, a expressão: dH = dU + PdV, pode ser escrita na forma dH = dqP Como • 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞𝑃 𝑇 logo 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝐻 𝑇 e TdS ≥ dH (a pressão constante, sem trabalho adicional) • Quando a entalpia ou a entropia for constante, a desigualdade anterior ficará respectivamente: dSH,P ≥ 0 e dHS,P ≤ 0 • A desigualdade: dSH,P ≥ 0, indica que a entropia de um sistema, a pressão constante, se a entalpia do sistema se mantém constante (pois não pode haver mudança da entropia das vizinhanças). • A desigualdade: dHS,P ≤ 0, indica que, se a entropia do sistema se mantém constante, a entalpia deve diminuir, pois em qualquer processo espontâneo é essencial haver aumento da entropia das vizinhanças. A energia de Helmholtz, A • Como a equação T𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑈, pode ser escrita na forma 𝑑𝑈 - T𝑑𝑆 ≤ 0, é possível exprimi-la de modo mais simples pela introdução de uma nova função termodinâmica chamada de energia de Helmholtz, A, que é definida por • A = U – TS. A energia de Gibbs, G • Como a equação: TdS ≥ dH, pode ser escrita na forma 𝑑𝐻 - T𝑑𝑆 ≤ 0, é possível exprimi-la de modo mais simples pela introdução de uma outra função termodinâmica, a energia de Gibbs, G, que é definida por G = H - TS em que todos os termos nessa definição e na anterior, referem-se a funções do sistema. • Quando o estado do sistema se altera isotermicamente, as duas propriedades se alteram, conforme: • a) dA= dU – TdS b) dG = dH - TdS • Quando introduzimos as equações: • T𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑈 e TdS ≥ dH, respectivamente, obtemos os critérios para as transformações espontâneas como: • a) dAT,V ≤ 0 e b) dGT,P ≤ 0 Observações sobre a energia de Helmholtz • Uma transformação espontânea a volume e temperatura constantes ocorre quando houver uma diminuição da energia de Helmholtz, ou seja, dAT,V ≤ 0. Logo os sistemas se transformam mediante processos que levam a valores mais baixos de A. • O critério de equilíbrio quando nem o processo direto nem o inverso tem tendência a ocorrer, é dAT,V = 0 • As expressões dA = dU – TdS e dA < 0 são interpretadas da seguinte maneira: A tendência para um valor de “A” menor é o reflexo da tendência de o sistema evoluir para estados de entropia total mais elevada. • Que os sistemas evoluem espontaneamente se, no processo a entropia do sistema mais a entropia das vizinhanças aumentam. • O que caracteriza a espontaneidade é o aumento da entropia e não o abaixamento da energia interna. Relação entre o trabalho máximo (Wmax) e a energia de Helmholtz (A) • Para encontrarmos este trabalho combinamos a desigualdade de Clausius 𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞 𝑇 na forma T𝑑𝑆 ≥ 𝑑𝑞 com 1ª Lei da termodinâmica dU = dq + dw. • Substituindo dq por TDS, obtemos dU ≤ TdS + dw reordenando, temos: -dw ≤ -dU + TdS (-1) • dw ≤ dU – TdS • O Valor mais negativo de dw corresponde a energia máxima que pode ser obtida na forma de trabalho máximo (wMAX). • Logo dwMAX ≤ dU – TdS • Num processo reversível dwMAX = dU – TdS • Como a temperatura constante dA = dU – TdS logo: dw = dA para uma transformação macroscópica (finita): wMAX = ΔA em que ΔA = Δ U – TΔS • Concluindo: • Da observação da expressão anterior podemos concluir que ΔA é a parte da variação da energia interna que podemos aproveitar como trabalho. Exemplo 3.4: cálculo do trabalho máximo disponível • Quando se oxida 1,0 mol de glicose(s) a CO2(g) e H2O(l), a 25 °C, de acordo com a equação C6H12O6(s) → 6CO2(g) + 6H2O(l) Dado: • ΔrU°=-2808 KJ mol -1 e ΔrS° = +182,4 JK -1 mol-1, a 25 °C. Que energia é possível aproveitar na forma de calor? • a) a pressão constante e b) na forma de trabalho Exercício proposto 3.7 • Repita os cálculos do exemplo anterior para a combustão de 1,0 mol de metano gasoso, nas condições mencionadas. Dado: ΔrU°=- 890 KJ mol-1 e ΔrS° = + 258 JK -1 mol-1, Observações sobre a energia de Gibbs (G) • De acordo com a 2ª Lei da Termodinâmica, nem toda energia fornecida a um sistema é convertida em trabalho. • A fração de energia útil do sistema, a pressão e temperaturas constantes, é chamada de energia livre ou energia livre de Gibbs, proposta com a finalidade de avaliar a espontaneidade do sistema. • O critério de espontaneidade de um processo dGT,P ≤ 0, indica que a temperatura e pressão constantes as reações químicas são espontâneas no sentido da diminuição da energia de Gibbs. • A energia de Gibbs tem um papel importante nas reações endotérmicas espontâneas; • Nestes sistemas a entropia aumenta o suficiente para que TdS supere a variação de entalpia dH na expressão dG = dH – TdS. Trabalho máximo diferente do de expansão • Assim como associamos a variação da energia livre de Helmholtz a um trabalho máximo, podemos associar também a variação da energia livre de Gibbs a um trabalho máximo. • Dado que: dG = dH - TdS em T constante e que dH = dU + PdV em P constante. • Da 1ª Lei da termodinâmica: dU = dq + dw • Então: dG = dq + dw + PdV – TdS • para um trabalho máximo: • dG = dqrev + dwrev+ PdV – TdS • Da 2ª Lei da termodinâmica: d𝑆 = dq𝑟𝑒𝑣 𝑇 , então: dqrev = TdS. Logo: • dG = TdS + dwrev + PdV – TdS → • dG = dwrev + PdV – TdS como o sistema pode realizar trabalho reversível de expansão e de não expansão e como dwrev = -PDV logo • dwrev = dwrev, ex + dwrev,e (e = não expansão) • dG = dwrev,ex + dwrev,e + PdV → • dG = -PdV + dwrev,e + PdV → dG = dwrev,e • Como dwrev,e é a quantidade máxima de trabalho não expansivo que o sistema pode realizar: dG = dwe, MAX em temperatura e pressão constante. • Quando consideramos uma mudança mensurável: ΔG = we,MAX Concluindo: • Se conhecemos a variação de energia livre de um processo que acontece a temperatura e pressão constantes, sabemos quanto trabalho extra este sistema pode realizar. Exemplo 3.5: cálculo do we, MAX numa reação química • Qual a energia disponível para sustentar a atividade muscular e nervosa na combustão de 1,0 mol de glicose nas condições normais, a 37 °C (a temperatura do sangue)? • Dado: ΔrS°= 182,4 JK -1 mol-1; ΔrH°= - 2808 KJ mol-1; Exercício 3.8 • Que trabalho além do de expansão, pode ser obtido pela combustão de 1,0 mol de CH4(g), em condições normais, a 298 K? • Dado: • ΔrS°= -243 JK -1 mol-1; • ΔrH°= - 890 KJ mol 1; Energia de Gibbs padrão de reação
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