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ADMINISTRATIVO 01

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Profª Letícia Genari–Dir Adm.
Princípios Jurídicos
Poderes Administrativos e 
Abuso de poder e
Administração indireta
Princípios de Direito
Administrativo
explicitados da
Constituição Federal
 princípios do art. 37, caput
 Legalidade
 Impessoalidade
 Moralidade
 Publicidade
 Eficiência (EC 19/98) 
Outros princípios de Direito 
Administrativo
 outros princípios: 
 Supremacia do interesse público
 Indisponibilidade do interesse 
público
 Razoabilidade
 Proporcionalidade
 Autotutela
 Motivação
 Tutela ou controle
Poderes 
Administrativos
Poder hierárquico
 é o poder que escalona os 
órgãos públicos até o patamar 
dos cargos e é fonte de atos 
administrativos hierárquicos.
Poder disciplinar
Poder-dever de apurar e punir 
as infrações funcionais
Poder normativo
(regulamentar)
 elaborar normas que complementem e 
permitam a fiel execução das leis (Art. 
84, IV, da CF)
 quando extrapola a mera 
regulamentação, o Congresso Nacional 
pode sustar tais atos (Art. 49, V, da CF)
Poder vinculado
 Conferido à Administração
Pública para a prática de ato de
sua competência, no qual a lei
determina a ação, seus
pressupostos e requisitos
necessários ao seu nascimento
no mundo jurídico.
Poder Discricionário
Conferido à Administração
Pública para que, por meio
de seus agentes, pratique
atos administrativos com
liberdade na escolha de sua
conveniência e oportunidade
dentro dos limites
estabelecidos por lei.
Poder de polícia
 É a faculdade que o Estado
transfere à Administração Pública
para que por meio dos seus órgãos
e agentes possam limitar direitos
e interesses individuais em prol do
bem comum (segurança, saúde,
meio ambiente, etc.)
 artigo 78, caput, do CTN
Atributos do poder de polícia
discricionariedade
autoexecutoriedade
coercibilidade
Limites ao poder de 
polícia
 requisitos de validade típicos 
dos atos administrativos
proporcionalidade (adequação 
dos meios aos fins na ação 
administrativa) 
Uso e abuso de poder
 uso de poder: utilização adequada à 
lei
 abuso de poder: utilização das 
prerrogativas em desacordo com a 
lei
Espécies de abuso de poder
 Omissão administrativa: o agente não 
pratica ato que a lei lhe determina
 Excesso de poder: o agente excede sua 
competência legal
 Desvio de poder (ou desvio de 
finalidade): o agente pratica o ato 
visando um fim diverso daquele previsto 
na lei (interesse público)
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA E 
INDIRETA
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Centralização e 
Descentralização
 Centralização ocorre quando o Estado
executa suas missões de maneira
direta, por meio de seus órgão e
agentes que compõem sua estrutura.
 Descentralização ocorre quando o
Estado executa suas missões de
maneira indireta, delegando suas
missões a outras entidades.
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Concentração e 
Desconcentração
 Concentração: Função
Administrativa prestada por um
Órgão apenas. Ex.: INSS
 Desconcentração: É a
repartição de funções entre os
vários órgãos de uma mesma
Administração, sem quebra de
hierarquia. Ex.: Serviço de
Segurança Pública: Polícias
Federal, Militar e Civil.
ESTADO
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ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
ADM. DIRETA
SERV. CENTRALIZADO
ADM. INDIRETA
SERV. DESCENTRALIZADO
ÓRGÃO
PÚBLICO
AUTARQUIA
FUNDAÇÃO PÚBLICA
EMPRESA PÚBLICA
SOC. ECO. MISTA
Terceiro
Setor
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Autarquias
 As autarquias são pessoas jurídicas de
direito público, criadas por lei pelo
Estado para a persecução de
finalidades públicas, submetendo-se,
portanto, integralmente, ao regime
jurídico de direito público. A ela
converge a execução de atividades
antes desenvolvidas pelo ente estatal
que a criou. (art. 37, XIX da CF)
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Agências Reguladoras
 As agências reguladoras têm natureza
jurídica de autarquia de regime especial
e são encarregadas do poder normativo
nas concessões e permissões de serviço
público, exercendo o poder que é
conferido inicialmente ao poder público.
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Agências Reguladoras
 Características:
 a) Estabilidade de seus dirigentes 
(mandato fixo) – arts. 5º, 6º e 9º da Lei nº 
9.986/2000 – após nomeação pelo 
Presidente da República e aprovação pelo 
Senado Federal; 
 b) Autonomia financeira (renda própria e 
liberdade de sua aplicação);
 c) Poder normativo (regulamentação das 
matérias de sua competência).
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Agências Reguladoras
 As agências reguladoras têm inspiração no
direito norte-americano no qual
identificam-se como qualquer autoridade
pública.
 Lá, têm competência para editar normas
jurídicas, como também atos
administrativos, se o Estado por meio do
Poder Legislativo, lhes der essa
competência.
 No Direito Brasileiro, a fonte constitucional
das ditas "agências reguladoras”, seriam os
arts. 21, XI e o art. 177, §2º, III, da C.F.
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Consórcios Públicos (Lei 
nº 11.107/05)
 O consórcio público constituirá
associação pública ou pessoa jurídica de
direito privado.
 A associação pública tem natureza Jurídica
de Autarquia Interfederativa ou
Multifederada ( Art. 41, inc. IV, do C.Cv.).
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Consórcios Públicos (Lei 
nº 11.107/05)
 Institutos do Consórcio
Púlico:
a. protocolo de intenções;
b. contrato de rateio;
c. contrato de programa.
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Fundações
 Maria Sylvia Zanella Di Pietro
conceitua fundação como “...
patrimônio, total ou parcialmente
público, dotado de personalidade
jurídica de direito público ou privado,
e destinado por lei, ao desempenho de
atividades na Ordem Social, ou
capacidade de auto-administração e
mediante controle da administração
pública, nos limites da lei."
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Fundações Públicas
O poder público ultimamente tem
constituído "fundações" para
alcançar objetivo sócio-educativos,
pesquisa e assistência social, com
personificação de bens públicos.
Suas atividades se caracterizam
como serviços públicos.
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Empresas Públicas
 São pessoas jurídicas de direito privado,
com patrimônio próprio e capital
exclusivo do Estado, cuja criação depende
de lei, para a realização de interesse da
administração (atividade econômica ou
prestação de serviço público), podendo
revestir-se de qualquer forma ou
organização empresarial. As empresas
públicas se regem, ordinariamente, pelo
direito privado (civil e comercial).
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Sociedades de Economia Mista
são pessoas jurídicas de direito privado,
com participação de poder público e de
particulares no seu capital e
administração, criados para a realização
de atividade econômica ou prestação de
serviços públicos outorgados ou
delegados pelo Estado.
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AGÊNCIA EXECUTIVA
A agência executiva é um atributo que a Lei
que dispõe sobre a organização
administrativa federal confere às autarquias
e às fundações que celebrem com o
Ministério Supervisor um contrato de
gestão, pelo qual se propõe a otimizar
recursos, reduzir custos e melhorar a
prestação de serviços.
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AGÊNCIA EXECUTIVA
Como afirma Celso Antônio Bandeira de
Mello um “mero qualificativo” atribuível à
autarquias e fundações que hajam celebrado
com o Ministério Supervisor um contrato de
gestão e possua um plano estratégico de
reestruturação e de desenvolvimento
institucional, cujo fundamento
constitucional é o artigo 37, § 8º, da
Constituição Federal.
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AGÊNCIA EXECUTIVA
As autarquias e fundações aos quais foi
conferido o atributo da “agência executiva",
ingressam num "regime especial" que lhes
permitirá usufruir de certos privilégios
previstos em Lei e Decretos, como por
exemplo, o aumento de percentuais da
dispensa de licitação prevista no art. 24, §
1o, da lei 8.666/93.
TERCEIRO SETOR
 A doutrina majoritária entende que o 
terceiro setor é formado por pessoas 
jurídicasde direito privado que não 
compõem a administração indireta e 
colaboram com o Estado em atividade não 
lucrativa, recebendo incentivos.
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TERCEIRO SETOR
Fazem parte do terceiro setor:
1. Serviços sociais autônomos
2. Fundações de apoio
3. Organizações sociais
4. Organizações da sociedade civil de 
interesse público
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TERCEIRO SETOR
Serviços sociais autônomos - características:
a. Pessoas jurídicas de direito privado
b. Não visam lucro
c. Fins assistenciais ou de ensino a certas categorias sociais 
ou grupos profissionais
d. Mantidas por dotação orçamentárias ou por contribuições 
parafiscais
e. São fiscalizados pelos Tribunais de Contas
f. Litígios: justiça comum – Sum. 516 – STF
g. Fazem licitação e seus servidores são equiparados a 
servidores públicos para fins de aplicação da LIA e do CP 
(art. 327)
Ex.: Sesc, Senai, Senac e Sesi
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TERCEIRO SETOR
Fundações de apoio:
a. Pessoas jurídicas de direito privado
b. Não visam lucro
c. Destinam a colaborar com instituições de 
ensino e pesquisa
d. Não integram a Adm Púb Indireta
Ex.: Fundação Universitária para o 
Vestibular – Fuvest; Fundação Instituto de 
Pesquisas Econômicas – Fipe.
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TERCEIRO SETOR
Organizações sociais:
a. A Lei 9.637/98 estabelece que podem qualificar-se 
como organizações sociais as pessoas jurídicas de 
direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades 
sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao 
desenvolvimento tecnológico, à proteção do meio 
ambiente, à cultura e à saúde .
b. Mantêm vinculo com o Estado por meio de contrato de 
gestão
c. Podem dispensar a licitação ( Art. 24, Inc. XXIV, Lei 
8.666/93)
Ex.: Centro de Mídia Independente - CMI, Bioamazônia
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TERCEIRO SETOR
Organizações da sociedade civil de interesse público –
OSCIPs ( Lei 9.790/99 e Dec. 3.100/99):
a. Pessoa Jurídica de Direito Privado
b. Desempenha serviços sociais não exclusivos do Estado 
com incentivo e fiscalização pelo poder público, por 
meio de termo de parceria
c. Diferenciam-se das Organizações Sociais:
1. Termo de parceria com Estado e não Contrato de Gestão
2. Não tem participação do Poder Público no seu conselho 
de Administração
3. Maior área de atuação
4. Sua qualificação não é discricionária, é ato vinculado.
Ex.: SEBRAE 39

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