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Normas Jurídicas
Normas – regras de conduta que disciplinam a interação entre as pessoas com o objetivo de alcançar o bem comum, a paz e a organização social.
Normas jurídicas – dirigem-se à conduta externa do individuo, exigindo-lhe que faça ou deixe de fazer algo objetivamente e atribuindo responsabilidades, direitos e obrigações.
Normas morais e religiosas – dirigem-se precipuamente à intenção interna, ao processo psicológico.
Características da norma jurídica em relação às demais normas.
Dirige-se à conduta do individuo sem se dedicar a processos psicológicos do individuo (intenções, fantasias).
Por haver uma sanção imposta pelo Estado, em caso de descumprimento da norma.
Conduta externa do individuo – chamadas normas éticas ou de conduta, podem ser de natureza social, moral, religiosa ou jurídica.
Sanção imposta pelo Estado – outra característica para distinguir a norma jurídica das demais normas: a existência de uma sanção obrigatória, imposta por uma autoridade constituída pela sociedade.
A sanção aplicada pelo descumprimento de uma regra social não é organizada, sendo ao revés, difusa por toda sociedade.
Nem toda norma é de conduta, portanto, jurídica.
O direito constitui assim, um conjunto de normas de conduta estabelecidas para regular as relações sociais garantidas pela intervenção do Estado. 
As normas jurídicas têm por objetivo criar direitos e obrigações para pessoas quer sejam pessoas naturais, quer pessoas jurídicas. As normas jurídicas são, portanto, um comando, um imperativo dirigido a ações dos indivíduos. Sua finalidade é regular as atividades dos sujeitos e suas relações
Norma – é o conteúdo da lei –é a significação que obtemos a partir da leitura dos textos do direito positivo – é o que se extrai da interpretação da lei.
Lei – é a norma jurídica escrita, emanada pelo Poder Legislativo, com caráter genérico e obrigatório.
A norma jurídica opera em três modais deônticos (modelo de moral – dever-ser):
Proibição – a norma proíbe fumar dentro de um estabelecimento comercial;
Obrigatoriedade – a norma obriga uso de cinto de segurança;
Permissão – é a prerrogativa ou faculdade ao destinatário. Não é obrigatório nem proibido ir ao shopping com traje de banho – é permitido traje de banho nesse shopping.
 
Modal de proibição e de obrigatoriedade = Gera comando.
Modal de permissão = Não gera comando.
Maria PODE se casar.
É OBRIGATÓRIO que Maria seja maior, ou se não, que tenha autorização.
É PROIBIDO Maria casar com seu irmão José.
Norma e lei são usadas comumente como expressões equivalentes, mas o Direito expressa algumas distinções entre norma e lei. Há duas abordagens no desenvolvimento deste tema.
 
A norma jurídica em si é sempre prescritiva; a sua essência é sempre um “dever-ser”. Não importa que, ao ser transposta para uma organização lógica, tal como escrita num código ou lei qualquer, a forma apresentada como resultado final não mostre nitidamente esse “dever-ser.”.
Classificação das normas jurídicas
Quanto à hierarquia
Normas constitucionais – Constituição
Leis complementares – leis
Leis ordinárias
Medidas provisórias
Decretos legislativos – decretos
Portarias, circulares, etc. – regulamentos.
Quanto à natureza de suas disposições
Normas substantivas ou materiais – criam, declaram e definem direitos, deveres e relações jurídicas. Ex.: Código Civil, Código Penal.
Normas adjetivas ou processuais – Regulam o modo e o processo para o acesso ao Poder Judiciário. Ex.: Código de Processo Civil, Código de Processo Penal, Normas Processuais da CLT.
Quanto à aplicabilidade
Normas autoaplicáveis – não dependem da norma posterior para a sua aplicação. – apresentam todos os requisitos necessários para produzir efeito imediatamente.
Normas dependentes de complementação – expressamente declaram sua complementação por outra norma. Ex.: o inciso XI do art. 7º da CF, art. 195 da CF.
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (EC no 20/98, EC no 28/2000 e EC no 53/2006)
 (...)
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I -  do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
           a)  a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
           b)  a receita ou o faturamento;
          c)  o lucro;
Normas dependentes de regulamentação – dependem de detalhamento, geralmente dos órgãos do Poder Executivo. Ex.: A lei n.º 8.213/1991 prevê a regulamentação de vários de seus artigos. (através de decreto regulamentar)
Quanto à sistematização – quanto ao modo que foram organizadas
Constitucionais – previstas na Constituição – são postas por um poder constituinte para controlar e validar todas as outras normas do sistema.
Codificadas – estão em algum código – quando constituem um único corpo orgânico de normas sobre certo ramo do direito e são fixadas numa única lei.
Esparsas – Estão dentro de um código – são aquelas editadas isoladamente para tratar de temas específicos.
Consolidadas – CLT - quando forem uma reunião de leis esparsas vigentes sobre determinado assunto.
Estatutárias – Estatutos - é a regulamentação unitária dos interesses de uma categoria de pessoas. Ex.: Estatuto do Idoso, Estatuto do Índio.
Quanto à obrigatoriedade
Norma de ordem pública – caráter obrigatório inegociável 
Também chamadas imperativas ou absolutamente congentes;
Constituem direitos indisponíveis de obrigatoriedade inafastável;
Não podem deixar de ser aplicadas, nem podem ser modificadas pela vontade dos interessados.
Norma de ordem privada – estabelecidas entre particulares e podem ser negociáveis entre o juiz e as partes.
São normas de caráter supletivo, que vigoram apenas enquanto a vontade dos interessados não dispuser de modo diferente do previsto pelo legislador, podendo deixar de serem cumpridas pelas partes.
Permitem aos particulares estabelecer regras por ato de vontade.
Quanto à esfera do poder público de que emanam
Federais
Estaduais
Municipais
Atributos da norma jurídica
O Direito é uno. Por isso, o estudo da vigência e eficácia da lei é aplicável a todas as normas jurídicas e não apenas às do Direito Civil. Os atributos da norma jurídica estão relacionados com os requisitos para que a norma tenha existência válida e produza seus efeitos. São eles:
Validade;
Vigência
Eficácia
Validade – é a qualidade da norma que designa sua pertinência com ordenamento jurídico, por terem sido cumpridas as condições formais e materiais de sua produção, o que garante sua interação com o sistema. Portanto, validade da norma é a sua adequação ao seu ordenamento jurídico em que se insere. Traduz-se na relação ou vinculo de pertinência da norma jurídica com o sistema do direito positivo, respeitando os requisitos materiais ou formais para sua elaboração.
Condições formais – cumprimento dos requisitos formais de elaboração da lei – hierarquia, competência e quorum. 
Hierarquia – tem como parâmetro a Constituição Federal;
Competência – aprovação e promulgação da lei pela autoridade competente;
Quórum - pós o projeto ter passado pelo crivo inicial das comissões de determinada casa, será enviado ao plenário para discussão e votação, sendo necessário um quorum mínimo para instalação da Sessão, bem como um quorum mínimo para aprovação da norma, sendo este último, variável de acordo com a norma jurídica a ser editada. – conteúdo compatível com as designações de competência para legislar.
Condições materiais – a matéria tratada pelanorma deve guardar uma relação de coerência com a norma superior
Artigos 59 a 69 da CF – Definem critérios para elaboração da lei
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – Decreto-lei 4.657/1942 – com o advento da Lei n.º 12.376 de 30 de dezembro de 2010, alterou-se o nome desse diploma legislativo, substituindo-se a terminologia “Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro” por outra mais adequada “Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro”.
Ademais o Código Civil regula direitos e obrigações de ordem privada, enquanto que a Lei de Introdução disciplina o âmbito de aplicação das norma jurídicas.
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro cuida dos seguintes assuntos:
Vigência e eficácia das normas jurídicas;
Conflitos de leis no tempo;
Conflitos das leis no espaço;
Critérios hermenêuticos;
Critérios de integração do ordenamento jurídico;
Normas do direito internacional privado (arts. 7º a 19).
Vigência – é a qualidade da norma que diz respeito ao tempo em que produz seus efeitos. É o período que vai do momento em que entra em vigor (que passa a ter força vinculante) até o momento em que for revogada ou que seu prazo de duração prescrever.
Pressupõe a aptidão desta de produzir seus jurídicos efeitos desejados no espaço e no tempo, estando legalmente capaz de incidir sobre os fatos por ela regulados.
A vigência está ligada à validade, mas com ela não se confunde: uma norma válida pode ser promulgada, porém não estar ainda em vigor.
A norma entra em vigor após a publicação oficial- Diário Oficial – pode entrar em vigor no mesmo dia da publicação ou na data que ela própria determinar.
Se a própria norma não designar a data da sua entrada em vigor, considerar-se-á vigente 45 dias após sua publicação, conforme estabelece o art. 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
Assim pode ocorrer de uma lei válida não ter vigência, quando estiver em curso o interregno previsto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro de 45 dias entre a publicação da lei e sua entrada em vigor. 
Porém, se o texto houver previsão diversa, até mesmo entrada imediata em vigor, será observado o termo inicial expressamente previsto.
Quando a norma é publicada, sua vigência pode ser mediata e imediata.
Mediata – a lei não entra em vigor na data da sua publicação - ocorre vacatio legis. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada.
Vacatio Legis
Período que medeia entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor.
Finalidade: fazer com que futuros destinatários da lei conheçam e se preparem para bem cumpri-la. 
A vacatio legis é obrigatória:
Lei que cria ou aumenta contribuição social para a Seguridade Social – só pode entrar em vigor noventa dias após sua publicação (art. 195, § 6º, da CF).
Lei que cria ou aumenta tributo – só pode entrar em vigor 90 dias da data que haja sido publicada, conforme art. 150, III, c, da CF, com redação determinada em RC 42/2003. Deve ser observado o principio da anterioridade. 
Imediata – a data da publicação coincide com a data em que foi publicada. 
A vigência é imediata, sem que haja vacatio legis:
Atos Administrativos – salvo disposições em contrário entram em vigor na data da publicação (art. 103, I do CTN).
Emendas constitucionais – No silêncio, entram em vigor no dia da sua publicação.
Lei que cria ou altera o processo eleitoral - tem vigência imediata, todavia, não se aplica à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência (art. 16 da CF).
Caso a lei não preveja a data de vigência, o prazo utilizado é o previsto pela LINDB (45dias).
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro regula a vigência e a revogação da lei nos seguintes termos:
Art. 1o  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue§ 1o  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
A Lei Complementar n.º 95/1998, estabelece as seguintes regras para a vigência:
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão.
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.    .
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial’ .   
A norma jurídica normalmente é permanente, só perdendo sua vigência quando for revogada – quando for substituída por outra norma.
Também finda a vigência de medidas provisórias não convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável por igual período – medidas provisórias perdem sua eficácia, desde a data da sua publicação. – Cabe ao Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas durante o período em que ela vigorou.
 A norma jurídica perde sua validade em duas hipóteses: revogação e ineficácia.
A lei revogada pode manter sua eficácia em determinados casos. De fato, ela continua sendo aplicada aos casos em que há direito adquirido, ato jurídico perfeito ou coisa julgada. 
Revogação de Lei 
Revogar – tirar a vigência de uma norma jurídica mediante a colocação em vigor de outra mais nova (art. 2º da LINDB)
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
§ 1o  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdida a vigência.
 É a cessação definitiva da vigência de uma lei em relação de uma nova lei.
A revogação pode ser:
Total (ab-rogação) ou parcial (derrogação)
Ab-rogação – supressão total da norma jurídica anterior.
Derrogação – retirada de vigência de parte de uma norma anterior: um capítulo, uma seção, um artigo, um parágrafo, um inciso ou partes deles.
Critérios que conduzem a revogação:
Hierárquico
Cronológico
De especialização
Hierárquico – uma norma jurídica somente pode revogar outra se pertencer ao mesmo nível hierárquico ou for de plano hierárquico superior à norma jurídica revogada.
Ex.: somente uma lei (ordinária, complementar, medida provisória) ou uma emenda constitucional pode revogar outra lei; todavia, um decreto não pode revogar uma lei. (cláusula pétrea). 
Cronológico – a norma jurídica nova revoga a antiga (art. 2º , § 2º da LINDB)
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
§ 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
A revogação pode ser expressa ou tácita.
Expressa – a nova norma jurídica, a revogadora, declara expressamente qual ou quais normas jurídicas anteriores, ou ainda, quais fragmentos – capítulos, artigos, parágrafos, incisos – estão sendo revogados. – a lei indica os dispositivos que estão sendo por ela revogado. 
Tácita ou indireta – quando não declarar especificamente quais as normas jurídicas que estarãorevogadas com a nova lei, tornando revogadas todas aquelas, ou parte delas, que forem incompatíveis com a nova norma jurídica ou quando a nova norma regular inteiramente a matéria de que tratava a anterior. – nova lei é incompatível com a lei anterior, contrariando-a de forma absoluta. A revogação tácita não se presume, pois é preciso demonstrar essa incompatibilidade.
Especialização – regula a não revogação de certas normas jurídicas entre si, conforme o § 2º do art. 2º, da LINDB.
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
§ 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
Caso uma lei nova seja aprovada, estabelecendo disposições gerais ou especiais e já existir lei anterior sobre o mesmo assunto, esta não é revogada, salvo se se enquadrar numa das três hipóteses, a saber: revogação expressa, tácita por incompatibilidade e regulação total da matéria. Assim, a norma geral não revoga a especial, e a norma especial não revoga a geral.
Norma geral – quando aborda todo o ramo especifico do direito: Código 
Civil, por exemplo.
Norma especial – quando se dedica a objeto especifico, dentro de certo ramo do direito. Por exemplo, o Estatuto do idoso, cujas normas se desvinculam do Código Civil.
A revogação global ocorre quando a lei revogada disciplina inteiramente a matéria disciplinada pela lei antiga. Nesse caso, os dispositivos legais não são repetidos são revogados, ainda que compatíveis com a nova lei. Regular inteiramente a matéria significa discipliná-la de maneira global, no mesmo texto.
Há normas jurídicas que não podem ser revogadas, a exemplo das chamadas “cláusulas pétreas”, que só poderiam ser alteradas com a elaboração de uma nova Constituição Federal.
A proibição de revogação de tais normas está prevista no §4º do art.60 da Constituição Federal.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
As normas previstas na Constituição só podem ser revogadas por emendas constitucionais, desde que não sejam violadas as cláusulas pétreas.

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