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Abrindo 
um novo negócio
2ª Edição
NEGÓCIOS
SEJA UM EMPREENDEDOR
2
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
Ficha técnica
Governador do Distrito Federal
RODRIGO ROLLEMBERG
 
Secretário de Estado do Trabalho, 
Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade 
Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal  
ANTÔNIO GUTEMBERG GOMES DE SOUZA
 
Secretário Adjunto do Trabalho 
THIAGO JARJOUR
 
Subsecretário de Atendimento ao Trabalhador 
e Empregador 
ANTÔNIO VIEIRA PAIVA
 
Coordenador de Qualificação Profissional
GERSON VICENTE DE PAULA JUNIOR
 
Equipe Técnica da Coordenação de 
Qualificação Profissional
TALITA ALENCAR DE ALMEIDA DA SILVA – 
Assessora da Coordenação de Qualificação 
Profissional 
 
ALISSON ANANIAS LOPES – Diretor de 
Planejamento e Estratégias de Qualificação.
 
ALBERTINA SOLINO EVELIN – Gerência de 
Planejamento.
 
DÉBORA JEANE DE OLIVEIRA BATISTA – 
Diretora de Gestão de Programas e Projetos 
de Qualificação.
 
CARLA NUNES SOUSA DE LIMA – Gerente 
de Capacitação para o Empreendedor.
 
Programa Qualifica Mais Brasília
É um Programa de Qualificação social e 
profissional que se destina a promover ações 
de qualificação aos trabalhadores e/ou 
empreendedores do Distrito Federal, visando 
potencializar as competências e habilidades 
deste público para atender as exigências 
apresentadas pelo mundo do trabalho.
3
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
Sumário
1. Módulo I .......................................................................................................... 4
1.1 Análise e viabilidade para abrir um negócio ........................................................ 4
1.1.1 Etapas de um estudo de viabilidade ........................................................... 9
1.2 Plano de negócio ................................................................................................. 11
2. Módulo II ...................................................................................................... 19
2.1 Introdução ............................................................................................................ 19
2.1.1 Mapa de percurso: a elaboração do seu plano de negócio ..................... 19
3. Módulo III ...................................................................................................... 40
3.1 Montando sua equipe .......................................................................................... 40
3.2 Passos para a formação de equipe .................................................................... 42
4. Módulo IV ...................................................................................................... 47
4.1 Conhecendo estratégias de sucesso para abrir um negócio ............................ 47
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 58
SITES E ENTIDADES PESQUISADAS ................................................................... 59
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
4
Módulo 1
1. Módulo I
1.1 Análise e viabilidade para abrir um negócio
 
Muitos sonham em se tornar empreendedores e ter o seu próprio negócio, 
mas como saber se esse desejo é realmente viável?
Pequenos e grandes empresários, em algum momento de suas vidas, tiveram que tomar 
uma decisão quanto a isso. Uma vontade de ser diferente, de aproveitar as oportunidades, 
de melhorar o que já existe e de superar metas.
O processo de empreender é composto de quatro etapas:
• Identificação de oportunidades;
• Elaboração do plano de negócio;
• Captação de recursos; e
• Gerenciamento.
A primeira etapa é gerar ideias e identificar oportunidades. Para isso, você deve utilizar a 
sua criatividade, intuição e experiência para detectar essas oportunidades. 
A segunda etapa é a elaboração do plano de negócio, ou seja, escreva o seu empreendimento 
e o modelo de negócio que sustenta a empresa.
Na terceira etapa, você deve buscar recursos financeiros, físicos, humanos e tecnológicos 
para iniciar as atividades do seu negócio.
A quarta e última etapa é gerenciar a empresa, onde você tem a responsabilidade de manter 
a empresa viva e garantir a sua evolução.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
 
Na abertura de um novo negócio, é fundamental uma análise aprofundada 
sobre a viabilidade econômica do âmbito estratégico. Para isso, o desenvol-
vimento de um plano de negócio se faz necessário, onde espera-se que este 
documento contemple, no mínimo, uma análise de viabilidade.
Nele serão detalhados aspectos como: área de atuação do novo empreendimento, missão, 
visão, concorrência, fornecedores, estratégias de preço e marketing, plano de produção e 
financeiro. 
Essa é uma ação de planejamento simples, mas que possibilita a organização, uma visão 
mais ampla de seu desempenho e sua imagem perante os clientes. 
Muitos empreendedores pulam essa etapa, ou mesmo decidem fazer esta análise 
apenas no momento da tomada de decisão, esquecendo que é praticamente impossível 
controlar todas as variáveis que cercam um negócio. A partir do momento em que se tem 
conhecimento destas variáveis, o risco diminui significativamente.
Neste caso, uma vez que os envolvidos tiveram como respaldo uma análise de viabilidade, 
ao identificar falhas ou possíveis problemas, algumas medidas corretivas podem ser 
tomadas, porém, para aqueles que optaram em pular algumas etapas desse planejamento, 
nem sempre há tempo suficiente para analisar e realizar as correções necessárias.
O grande benefício desse tipo de análise é conseguir visualizar, por meio de projeções 
e números, o real potencial de retorno do investimento, o que levará o empreendedor a 
decidir se o cenário lhe parece interessante e se o projeto deverá seguir em frente ou não.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
Conteúdo complementar
Mais de 1/3 dos brasileiros sonham em ter o próprio negócio
Para eles, significa equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Tomar as rédeas 
do próprio destino é mais importante para os mais jovens.
Ter o próprio negócio é considerado por mais de 30% dos entrevistados de 
uma pesquisa a forma ideal para alcançar o equilíbrio entre trabalho e vida 
pessoal e, ao mesmo tempo, conquistar a tão sonhada segurança financeira. 
O estudo da American Express e do Instituto Qualibest mostra que para 17% 
ter o próprio negócio permitirá ter mais flexibilidade de horários, enquanto 
16% acreditam que dará segurança e confiança para alcançar seus objetivos 
de vida. Ter total controle sobre o expediente de trabalho e poder trabalhar na 
terceira idade são alguns dos fatores que despertam no brasileiro o desejo de 
empreender.
O estudo ainda aponta que ser proprietário de uma pequena empresa é 
considerado uma forma de alcançar um sentimento de realização e maior 
gratificação que outras formas de emprego não proporcionam.
Além disso, o estudo mostra que tomar as rédeas do próprio destino por meio 
de um negócio próprio é mais importante para os entrevistados com idade 
entre 25 e 34 anos; 59% desse grupo acredita que desempenhar as atividades 
profissionais sem depender de uma ordem superior é a principal meta, enquanto 
para o grupo de entrevistados mais velhos esse número cai para 50%.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
A possibilidade de gerenciar seus próprios horários é vista como um dos 
principais benefícios de ser proprietário de um negócio para mais da metade 
dos entrevistados (52%), enquanto 45% acreditam que será mais fácil organizar 
suas prioridades e distribuir melhor a quantidade de trabalho sendo donos do 
próprio negócio.
Fim do Box de Curiosidade - Mais de 1/3 dos brasileiros sonham em ter o próprio 
negócio, extraído de http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2015/07/mais-de-13-dos-brasileiros-sonham-em-ter-o-proprio-negocio.html
Como a matéria nos mostra, no Brasil, tem crescido o número de empreendedores que, 
se bem preparados, são capazes de criar negócios inovadores, enfrentar crises e gerar 
empregos, ajudando assim a economia girar. Acontece que poucos são aqueles que 
resistem a um momento econômico instável. Para se ter uma ideia, muitas empresas 
fecham as portas no primeiro ano de vida. Os empresários se justificam dizendo que a carga 
tributária é alta, ou a economia está ruim. Mas o principal motivo é a falta de planejamento.
Segundo Oliveira (2009, p.46): 
O planejamento é uma das funções principais do processo 
administrativo, possui conceitos mais amplos do que simplesmente 
organizar os números e adequar as informações, passando a ser um 
instrumento de administração estratégica, incorporando o controle 
de turbulências ambientais e possibilitando que a empresa conquiste 
mais competitividade e mais resultados organizacionais, pois é a 
função que indica a direção a ser consolidada pela empresa.
Dessa forma, observando como o planejamento pode ser eficiente e de fácil utilização 
pelas empresas, podemos dizer que as etapas necessárias para se colocar em prática o 
planejamento estratégico são:
• Definir o negócio: dar um significado único para as atividades da empresa, a 
fim de evitar que ela seja percebida de maneira imprecisa;
• Definir a visão de futuro: com o propósito de criar a imagem da empresa em 
um estado futuro ambicioso e desejável, relacionado essa imagem com a 
máxima satisfação dos clientes;
• Definir a missão: tem como origem o vocábulo “mitere”, que significa, a que 
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FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
foi enviado. É a razão de ser da empresa;
• Definir os valores ou princípios filosóficos:  regem as ações e decisões da 
empresa, segundo os quais ela age.
Segundo o Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 
com base nas definições do negócio, visão, missão e princípios filosóficos 
da empresa, os seus líderes, juntamente com sua equipe de colaboradores, 
realizarão uma análise do ambiente.
Inicialmente as equipes deverão avaliar os fatores internos do ambiente 
organizacional, segmentando-os em pontos fortes e pontos fracos, avaliando, 
dentre outros aspectos: a estrutura organizacional; as práticas funcionais; os 
fluxos de informações; a gestão financeira e o controle da gestão.
Considerando que a empresa está inserida em um sistema mais amplo e é 
influenciada pelo entorno do qual faz parte, pois é afetada pelas transformações 
do entorno e contribui também pelo processo de transformação deste entorno, 
após analisar o ambiente interno, a liderança e componentes da empresa, 
dentro de um processo de planejamento estratégico, deverá proceder à análise 
do seu ambiente externo.
Para isso, é preciso observar o seu macro-entorno, constituído dos aspectos 
econômicos, sociais, políticos, legais, ecológicos, tecnológicos e culturais, 
bem como o entorno da empresa, que são aspectos externos que influenciam 
o seu comportamento, composto por clientes, competidores e fornecedores.
Na análise do ambiente externo, avaliam-se as ameaças e oportunidades.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
Feitas as análises do ambiente interno e ambiente externo, devem-se 
estabelecer estratégias de:
• Plano de longo prazo: conjunto de ações que se pretende desenvolver 
num horizonte temporal acima de 02 anos;
• Planos de curto prazo: conjunto de ações que se pretende desenvolver 
num horizonte temporal de 01 a 02 anos; 
• Metas: quantificação das ações dos planos para o cumprimento da 
missão da empresa.
Concluído o planejamento estratégico, resta monitorá-lo sistematicamente 
para que as empresas não voltem a ser levadas ao cotidiano caracterizado 
pela urgência e pela realização de atividades que não dão sentido à sua 
existência e que ainda ameacem a sua permanência em um mercado altamente 
competitivo.
*Isabel Ribeiro: Mestre em Gerenciamento Ambiental no Processo Produtivo 
com Foco em Produção Mais Limpa (Escola Politécnica – UFBA) e Assessora 
da Superintendência do Sebrae Bahia.
1.1.1 Etapas de um estudo de viabilidade
Para se ter um estudo de viabilidade, é importante que você entenda e escolha muito bem 
quais são as suas premissas. Isso pode mudar completamente seus números e futuras 
negociações.
O segundo ponto são os orçamentos. O estudo de viabilidade econômica nada mais é que 
uma projeção de receitas, despesas e investimentos. Tudo isso trazido a valor presente e 
fazendo você entender se os investimentos que você vai fazer ao longo de determinado 
tempo fazem sentido.
Então, da mesma forma que você precisa ter premissas muito bem elaboradas enquanto 
está pensando em quanto talvez você ganhe de receita no futuro, você também tem 
que fazer isso para as suas despesas, e nada melhor que procurar orçamentos, fazendo 
detalhadamente um estudo de quais são os custos que serão abordados nesse estudo de 
viabilidade.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
O terceiro ponto faz você refletir que de nada adianta desenvolver um estudo de viabilidade 
para um faturamento de 1% ou 10%. O recomendado, nesse caso, é realizar um estudo 
ambicioso que faça você se preocupar de alguma forma com itens de lucratividade, ou 
seja, se você projeta pra ganhar pouco e essa projeção não dá certo, você já está perdendo 
dinheiro futuro.
Conheça as quatro principais etapas para um estudo de viabilidade econômica:
• Projeção de receitas: você pode trilhar várias premissas de crescimento, mas 
quanto mais próximas ao mercado já existente, mais preciso e convincente 
será.
• Projeção de custos: gastos fixos ou variáveis, diretos ou indiretos. Nesta etapa, 
é possível prever como o empreendedor irá reagir ao crescimento, evitando 
sustos e as dores do sucesso.
• Indicadores de retorno: basicamente, possuímos três indicadores de retorno 
principais. São eles: 
VPL (Valor Presente Líquido): é o valor presente do fluxo de caixa que o 
negócio vai gerar no futuro. Por exemplo, se o seu VPL está positivo, isso 
significa que vale a pena investir nele.
TIR (Taxa Interna de Retorno): é a taxa de retorno em comparação com outras 
oportunidades de mercado. Por exemplo, se sua TIR for maior que a sua taxa 
de desconto, isso quer dizer que vale a pena investir no seu projeto.
Payback: prevê o tempo de retorno do investimento inicial.
• Ajustes e correções: o importante é que você entenda que nenhum projeto 
sai perfeito de primeira. Muitas vezes, ao longo desse estudo de viabilidade, 
você irá precisar fazer mudanças. A medida que essas variações forem 
implementadas, os gráficos iniciais irão mudar e isso irá lhe dar um indicador 
do quanto o seu negócio é lucrativo ou não.
GESTÃO 
FINANCEIRA
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Módulo 1
1.2 Plano de negócio
O plano de negócio, (do inglês Business Plan), é um documento de planejamento capaz 
de demonstrar a viabilidade de um empreendimento, do ponto de vista da estratégia, do 
mercado, das operações e da gestão financeira. Ele tem como proposta dizer o que é ou o 
que pretende ser uma empresa. É uma forma de pensar o negócio, sobre aonde ir, ou como 
ir mais rapidamente e o que fazer para diminuir incertezas e riscos.
O plano de negócio é mais do que um apanhado de ideias. Esse documento traz uma 
lógica que permite refletir sobre diversos aspectos da sua empresa. Com base no plano, é 
possível analisar o mercado e os números antes de tomar decisões. Enquanto busca por 
informações, você adquire conhecimento sobre o setor e sobre fornecedores, clientes e 
concorrentes.
O plano de negócio possibilita ordenar e analisar as ideias com o objetivo de avaliar a 
viabilidade da empresa. Caso seja inviável por motivos financeiros, técnicosou de mercado, 
chega-se a esta conclusão no papel e não na prática, após meses de atividade ou quando 
você já investiu todo o seu capital.
É importante dizer que este documento não elimina os riscos, mas evita que erros sejam 
cometidos pela falta de análise. Logo, um plano de negócio é importante para:
• Organizar ideias para iniciar um novo empreendimento;
• Orientar a expansão de empresas já em atividade;
• Apoiar a gestão do negócio; 
• Facilitar a comunicação entre sócios, empregados, clientes, fornecedores e 
parceiros;
• Captar recursos financeiros, humanos ou parcerias.
E apresenta três funções principais:
• Como instrumento de planejamento, avalia o novo empreendimento do ponto 
de vista mercadológico, técnico, financeiro, jurídico e organizacional. Assim é 
possível ter uma noção prévia do funcionamento da empresa.
GESTÃO 
FINANCEIRA
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Módulo 1
• Como instrumento de diagnóstico, avalia a evolução da empresa para cada 
aspecto definido no plano, assim é possível realizar um acompanhamento 
comparativo entre o previsto e o que vem sendo realizado, tomando medidas 
para corrigir desvios.
• Como ferramenta de financiamento, facilitando a obtenção de capital de ter-
ceiros quando o capital próprio não é suficiente para cobrir os investimentos.
A estrutura de um plano de negócio é formada por cinco etapas:
1. Sumário executivo: é um resumo do plano de negócio, não como uma 
introdução, mas uma maneira de apresentar as principais informações do 
plano, principalmente os indicadores de viabilidade. Nele deverá constar:
• Resumo dos principais pontos do plano de negócio; 
• Dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições; 
• Dados do empreendimento; 
• Missão da empresa; 
• Setores de atividades; 
• Forma jurídica; 
• Enquadramento tributário; 
• Capital social; 
• Fonte de recursos.
2. Apresentação da empresa: nesta etapa você irá informar os dados da empresa, 
como: razão social, CNPJ, inscrição estadual, setor de atividade, forma jurídica, 
enquadramento tributário e capital social.
De acordo com o Sebrae, quanto ao enquadramento tributário, a Lei enquadra como 
microempresa (ME) a pessoa jurídica com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 
360 mil. Se a receita bruta anual for superior a R$ 360 mil e igual ou inferior é R$ 
3,6 milhões ela será classificada como Empresa de Pequeno Porte (EPP). Para as 
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
ME e EPP, o Simples Nacional abrange os seguintes tributos e contribuições: IRPJ, 
CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social 
Patronal. 
A lei também criou o Microempreendedor Individual (MEI), que é pessoa que trabalha 
por conta própria e se legaliza como pequeno empresário optante pelo Simples 
Nacional, com receita bruta anual de até R$ 60 mil. O MEI pode ter um empregado 
e não pode ser sócio ou titular de outra empresa. O recolhimento dos impostos e 
contribuições é feito em valor fixo mensal, independente da receita bruta.
3. Plano de marketing: nesta etapa é feita a descrição dos principais produtos 
que serão vendidos ou os serviços que serão prestados. A estratégia de vendas 
está relacionada diretamente com a estratégia de marketing da empresa 
e procura estabelecer a maneira como irá vender o produto/serviço com a 
finalidade de converter em ações as estratégias estabelecidas. Para isto, 
leva-se em conta os 4P’s mencionados: produto, preço, praça e promoção. 
4. Plano operacional: a descrição de como o seu negócio funciona é feita neste 
capítulo, de forma relativamente simples, apenas para se ter uma ideia de 
como irá funcionar o fluxo operacional do seu negócio. Você deve pensar em 
como serão feitas as várias atividades, descrevendo, etapa por etapa, como 
será a fabricação dos produtos, a venda de mercadorias, a prestação dos 
serviços e, até mesmo, as rotinas administrativas.
5. Plano financeiro: talvez a etapa mais importante, onde os números do negócio 
são revelados. Nele que será definido quanto de capital será necessário para 
iniciar o negócio e mantê-lo funcionando até que comece a dar lucro. Ou seja, 
através dos indicadores financeiros obtidos é possível determinar a viabilidade 
do negócio antes mesmo de colocá-lo em prática, criando uma estimativa 
dos investimentos fixos; capital de giro e investimentos pré-operacionais.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
CONTEÚDO COMPLEMENTAR
COMO MONTAR UM PLANO DE NEGÓCIO, SIMPLES E PRÁTICO
POR JOSÉ DORNELAS
Para desenvolver um plano de negócios, é importante entender o que essa 
ferramenta de gestão significa. O plano de negócios é um documento utilizado 
para planejar um empreendimento ou unidade de negócios, em estágio inicial 
ou não, com o propósito de definir e delinear sua estratégia de atuação para o 
futuro. Trata-se ainda de um guia para a gestão estratégica de um negócio ou 
unidade empresarial. 
O seu desenvolvimento fica mais claro quando se analisa o processo 
empreendedor. Como o plano de negócios é muito utilizado por empreendedores 
que estão estruturando a criação de novos negócios, pode ser entendido como 
um guia para o planejamento de novos negócios ou ainda para o planejamento 
de novas unidades empresariais, no caso de empresas já estabelecidas.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
Mas, por que planejar? Ao responder a esta pergunta, o empreendedor deveria 
pensar no plano de negócios como uma ferramenta de auxílio no processo 
de planejamento e não como uma obrigação. Só há razão de se planejar algo 
caso esteja claro para o empreendedor aonde se quer chegar, ou seja, qual é 
o seu objetivo.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
Negócios criados sem planejamento são empresas conhecidas como “estilo 
de vida”, nas quais os empreendedores não têm visão clara de crescimento 
e de como será a empresa daqui a 5, 10, 20 anos. Por isso, ao se estabelecer 
um objetivo de crescimento para um negócio, seja em relação à receita, 
lucro, número de clientes, participação de mercado etc., fica mais evidente a 
necessidade de se planejar cada passo que será dado para que o objetivo seja 
atingido.
O processo empreendedor resume essas etapas de maneira a facilitar o 
trabalho do empreendedor. Inicia-se com a ideia de negócio, que geralmente 
é o ponto de partida para qualquer empreendimento. Em seguida, analisa-se 
a oportunidade, ou seja, procura-se entender se a ideia que você teve tem 
potencial de viabilidade econômica, tem clientes em potencial no mercado para 
consumir um produto ou serviço decorrente dessa ideia. Com a oportunidade 
identificada parte-se para o desenvolvimento do plano de negócios. O plano 
de negócios concluído permitirá ao empreendedor identificar a quantidade 
necessária de recursos e as fontes existentes para financiar o empreendimento. 
Após estas etapas iniciais, parte-se para a gestão da empresa. 
Note que o processo pode ser extremamente dinâmico e as etapas podem 
ser revistas a qualquer momento, de forma interativa. O importante é o 
empreendedor planejar o processo de estruturação do seu negócio desde 
a análise das ideias iniciais para saber se são oportunidades, para então 
selecionar a melhor oportunidade, desenvolver o plano de negócios e, assim, 
poder se dedicar à gestão da empresa.
Percebe-se, pela análise do processo empreendedor, que o plano de negócios 
pode e deve também ser utilizado após a constituição do negócio. Desta 
forma, caberá ao empreendedor revisar e atualizar seu plano de negócios 
periodicamente para garantir que a execução da estratégia de negócios ocorra 
de maneira adequada.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
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Módulo 1
O prazo para essa revisão pode variar dependendo do tipo de negócio e 
do mercadono qual a empresa atua. O empreendedor deve ter em mente que 
o plano de negócios deve ser revisto assim que uma premissa importante 
utilizada nas projeções de seu plano mudar. Premissas importantes podem ser: 
variação na taxa de crescimento do mercado, entrada de novos concorrentes no 
mercado, mudança na legislação que afeta diretamente o seu negócio, revisão 
de uma parceria estratégica, conquista ou perda de clientes importantes (que 
representam percentual considerável do faturamento da empresa: 10, 20, 30%) 
etc.
Não há regra rígida ou metodologia única para se desenvolver um plano de 
negócios, mas um bom ponto de partida é você planejar as atividades que 
deverão ser desenvolvidas, incluindo tarefas, responsáveis, prazos e resultados 
almejados. Isso facilitará na obtenção do seu plano de negócios dentro de um 
prazo razoável de forma que você possa controlar as atividades. Dificilmente 
o plano de negócios será desenvolvido em uma única sequência de passos. 
É provável que muitas interações ocorram e que após algumas seções serem 
concluídas você julgue necessário revisá-las novamente quando algum tópico 
que se aplica a mais de uma seção tenha sido alterado. É importante que se 
tenha clareza do nível de detalhe que se busca para o plano e que se estabeleça 
um prazo para concluí-lo, caso contrário você nunca obterá uma versão final 
para o seu plano de negócios.
Uma possível sequência para o desenvolvimento de um plano de negócios é 
iniciada pela análise da oportunidade (seguindo o processo empreendedor) 
e, em seguida, passa-se para uma rigorosa análise do mercado, do público-
alvo e dos concorrentes. A partir daí você poderá se dedicar a definir: a) o 
seu modelo de negócio (o que vender, o que é o negócio, como vender, para 
quem, a que preço, o plano de marketing...) e projeções iniciais de receita, b) 
investimentos iniciais necessários, c) necessidade de recursos humanos, d) 
projetar custos, despesas e receitas ao longo do tempo, e) fechar o modelo 
de negócio cruzando necessidade de recursos com resultados, f) criar os 
demonstrativos financeiros, g) fazer análises de viabilidade através de índices 
de retorno sobre investimento, rentabilidade, etc., h) revisão completa de todos 
os passos, i) concluir a redação do plano e fechamento do modelo.
GESTÃO 
FINANCEIRA
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Módulo 1
Note que todos os passos indicados podem ser feitos sem você necessaria-
mente se dedicar, logo de início, à escrita completa do plano de negócios. Os 
passos listados acima sugerem que você crie uma planilha eletrônica com 
várias pastas interligadas. Assim, quando uma determinada variável crítica 
do seu plano de negócios for alterada, todas as pastas que dependerem des-
ta variável serão automaticamente atualizadas. Exemplo: um vendedor típico 
de determinado negócio no interior da Bahia pode visitar 20 clientes por mês 
e tem uma taxa efetiva de venda de um kit padrão de produtos de 5 clientes 
diferentes ao mês. Assim, para cada vendedor contratado você terá em sua 
planilha, em média, cinco novas vendas/mês. Essa variável deveria influenciar 
custos com compras de matéria-prima, divulgação, contratação de pessoal, 
receita etc. Use esta mesma lógica para toda variável que julgar relevante em 
seu plano de negócios e assim o seu trabalho ficará mais efetivo.
Fim do Box de Curiosidade: Como montar um plano de negócio, simples e prático 
extraído de http://revistapegn.globo.com/Como-comecar/noticia/2013/06/
como-montar-um-plano-de-negocio-simples-e-pratico.html
GESTÃO 
FINANCEIRA
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Módulo 1
2. Módulo II 
2.1 Introdução
Este módulo tem como objetivo auxiliá-lo na criação do seu plano de negócio, 
independentemente de você estar abrindo um novo empreendimento ou ampliando um 
já existente. Encare este roteiro como uma sugestão. Provavelmente, será preciso que 
você faça ajustes para que seu plano esteja adequado ao tamanho e à atividade da sua 
empresa, mas este documento servirá como parâmetro inicial para o planejamento do seu 
negócio.
Lembre-se de que um plano de negócio não deve ser encarado como um instrumento 
engessado, portanto, é preciso acompanhá-lo permanentemente, uma vez que o documento 
está sujeito a correções.
2.1.1 Mapa de percurso: a elaboração do seu plano de negócio 
Ao iniciar a descrição do seu plano de negócio, faça um breve resumo das principais 
características do seu empreendimento, como: o que é o negócio, quais são os produtos 
e/ou serviços oferecidos, seus principais clientes, praça de atuação, capital investido, 
faturamento mensal, previsão de retorno financeiro, entre outras.
Confira o roteiro baseado em informações do Sebrae.
Indicadores de viabilidade Valor
Lucratividade
Rentabilidade
Prazo de retorno do investimento
Ponto de equilíbrio (PE)
Registre os dados dos empreendedores, bem como suas experiências profissionais e 
atribuições.
Dados do sócio 1
Nome
Endereço
Cidade
Telefone
GESTÃO 
FINANCEIRA
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20
Módulo 1
Faça um breve resumo do perfil/currículo profissional do sócio 1.
Atribuições do sócio 1
Dados do sócio 2
Nome
Endereço
Cidade
Telefone
Faça um breve resumo do perfil/currículo profissional do sócio 2.
Atribuições do sócio 2
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FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
21
Módulo 1
Dados do empreendimento
Nome
CNPJ
Missão da empresa
Setor de atividade
 Agropecuária Indústria Serviços
 Indústria Comércio Outros 
Forma jurídica 
( ) Microempreendedor individual (MEI)
( ) Empresário individual
( ) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI
( ) Sociedade limitada
( ) Outra
Enquadramento tributário
Optante pelo simples:
( ) SIM
( ) NÃO
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
22
Módulo 1
Empresas não optantes pelo Simples estarão sujeitas ao recolhimento dos 
seguintes tributos e contribuições: • IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica; 
• PIS – Contribuição para os Programas de Integração Social; • COFINS – 
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social; • CSLL – Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido; • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
(para indústria); • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercado (para indústria, 
comércio e serviços de transporte intermunicipal e interestadual); • ISS – 
Imposto sobre Serviços (prestação de serviços). SEBRAE (2009, p. 124)
Capital social 
Nome do Sócio Valor (R$) % de participação
Sócio 1
Sócio 2
Sócio 3
Sócio 4
Total 100,00
Fonte de recursos
Descreva qual a origem dos recursos necessários para a abertura da empresa.
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CURSO A DISTÂNCIA
23
Módulo 1
Análise de mercado/Estudo dos Clientes
“Uma dica é escolher apenas uma parte do mercado para atender. Encontre um 
grupo de pessoas ou empresas com características e necessidades parecidas 
e trate os de maneira especial. Um exemplo dessa estratégia é uma loja de 
roupas que se especializa em atender crianças ou uma confeitaria que fabrica 
sobremesas dietéticas. 
• Uma empresa é viável quando tem clientes em quantidade e com poder 
de compra suficiente para realizar vendas que cubram as despesas, 
gerando lucro. 
• Você pode utilizar diversas técnicas para pesquisar seus consumidores. 
Essas técnicas vão desde a aplicação de questionários, entrevistas 
e conversas informais com clientes potenciais, à observação dos 
concorrentes.” SEBRAE (2009, p. 38)
Público-alvo (perfil dos clientes)
Comportamento dos clientes (interesses e o que os levam a comprar)
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CURSO A DISTÂNCIA
24
Módulo 1
Área de abrangência (onde estão os clientes)?
Estudo dos concorrentes
“Lembre-se:a concorrência também deve ser vista como uma 
situação favorável. Bons concorrentes servem como parâmetro 
de comparação e de parceria, além de ser uma fonte de estímulo à 
melhoria.” SEBRAE (2009, p. 42)
Qualidade Preço
Condições 
de 
Pagamento
Localização Atendimento
Serviços 
ao 
Cliente
Garantias 
oferecidas
Sua empresa
Concorrente 1
Concorrente 2
Conclusões
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
25
Módulo 1
“Analise pelo menos três empresas para cada artigo necessário; 
• Mesmo escolhendo um entre vários fornecedores, é importante manter 
contato com todos, ou pelo menos com os principais, pois não é possível 
prever quando um fornecedor enfrentará dificuldades; 
• Ao adquirir matérias-primas, insumos ou mercadorias, faça um estudo 
de verificação da capacidade técnica dos fornecedores. Todo fornecedor 
deve ser capaz de suprir o material ou as mercadorias desejadas, na 
qualidade exigida, dentro do prazo estipulado e com o preço combinado; 
• A tomada e a comparação de preços facilitam a coleta de informações 
sobre aquilo que se deseja adquirir, aumentando as chances de se tomar 
decisões mais acertadas; 
• Verifique se é exigida quantidade mínima de compra e lembre-se de 
evitar intermediários, sempre que possível.” SEBRAE (2009; p. 45)
Estudo dos Fornecedores
Ordem
Descrição dos Itens a Serem 
Adquiridos (matérias-primas, 
insumos, mercadorias e serviços)
Nome do 
Fornecedor Preço
Condições 
de Paga-
mento
Prazo de 
Entrega
Localiza-
ção (es-
tado e/ou 
município) 
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
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CURSO A DISTÂNCIA
26
Módulo 1
Plano de marketing
Principais produtos (a serem fabricados, revendidos ou serviços prestados).
Preço
Descreva as estratégias de promoção e divulgação que irá utilizar.
Estrutura de comercialização (descreva abaixo as formas de comercialização e distribuição 
que serão usadas).
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
27
Módulo 1
“A comercialização dos produtos e/ou serviços pode ser feita pelos 
proprietários, por vendedores ou por outras empresas. Independente da forma, 
o importante é que isso seja feito. 
• Uma opção é montar uma boa equipe interna de vendas, que conheça 
bem os produtos da empresa e as vantagens sobre a concorrência. 
• Outra alternativa é a contratação de representantes comerciais. Isso 
é viável quando se explora uma região extensa e desconhecida. Ao 
trabalhar com representantes, tome cuidado com questões trabalhistas 
e não se esqueça de elaborar um contrato específico. Consulte um 
contador ou um advogado. 
• O telefone é um instrumento de vendas muito utilizado atualmente. Pode 
ser conjugado com a divulgação dos produtos e serviços da empresa.” 
SEBRAE (2009, p. 53)
Localização do negócio
Endereço
Bairro/Cidade/Estado
Telefones
Considerações sobre o ponto (localização), que justifiquem sua escolha:
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CURSO A DISTÂNCIA
28
Módulo 1
Layout ou Arranjo físico
Desenhe um esquema de como ficarão as principais áreas e como serão alocadas 
máquinas, equipamentos, móveis, etc.
Capacidade produtiva, comercial, serviços.
Qual será a capacidade máxima de produção (ou serviços) e comercialização?
Qual será o volume de produção (ou serviços) e comercialização iniciais?
Processos operacionais
Descreva como serão executadas as principais atividades do negócio
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CURSO A DISTÂNCIA
29
Módulo 1
Necessidade de pessoal
Cargo/Função Qualificações Necessárias
“Verifique a disponibilidade de mão-de-obra qualificada na região. Se não for 
essa a situação, procure investir no treinamento de sua equipe; 
• Lembre-se de consultar os sindicatos de classe a fim de obter informações 
sobre a legislação específica, acordos coletivos, piso salarial, quadro de 
horários, etc.” SEBRAE (2009, p. 64)
Plano financeiro
A - Máquinas e equipamentos
Descrição Quantidade Valor unitário Total
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Subtotal $
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
30
Módulo 1
B - Móveis e utensílios 
Descrição Quantidade Valor unitário Total
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Subtotal $
C - Veículos
Descrição Quantidade Valor unitário Total
1
2
3
4
5
Subtotal $
Total de investimentos fixos Subtotal (A+B+C) $
 
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CURSO A DISTÂNCIA
31
Módulo 1
Capital de Giro
A – Estimativa do estoque inicial
Descrição Quantidade Valor Unitário Total
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total de A
B – Caixa mínimo 1º passo: Contas a receber – Cálculo do prazo médio de vendas
Prazo médio de vendas (%) Número de Dias Média ponderada em dias
A vista
A prazo (1)
A prazo (2)
A prazo (3)
A prazo (4)
Prazo médio total:
2º passo: Fornecedores – Cálculo do prazo médio de compras
Prazo médio de vendas (%) Número de Dias Média ponderada em dias
A vista
A prazo (1)
A prazo (2)
A prazo (3)
A prazo (4)
Prazo médio total:
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32
Módulo 1
3º passo: Estoques – Cálculo da necessidade média de estoques
Número de dias
Necessidade média de estoques
4º passo: Cálculo da necessidade líquida de capital de giro em dias
Recursos da empresa fora do seu caixa Número de dias
1. Contas a receber – prazo médio das vendas
2. Estoques – necessidade média de estoques
Subtotal 1 (item 1+2)
3. Fornecedores – prazo médio de compras
Subtotal 2
Necessidade líquida de capital de giro em dias (subtotal 1 – subtotal 2)
B -Caixa Mínimo 
1. Custo fico mensal R$
2. Custo variável mensal R$
3. Custo total da empresa R$
4. Custo total diário R$
5. Necessidade líquida de capital de giro em dias _____ dias
Total de B – Caixa mínimo R$
Capital de Giro - Resumo
Investimentos financeiros R$
A – Estoque inicial
B – Caixa mínimo
Total dos investimentos financeiros (A+B)
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33
Módulo 1
Investimentos pré-operacionais
Investimentos financeiros R$
Despesas de legalização
Obras civis e/ou reformas
Divulgação
Cursos de treinamentos
Outras despesas Total
Investimento total - Resumo
Descrição dos Investimentos Valor (R$) (%)
1. Investimentos fixos
2. Capital de giro
3. Investimentos pré-operacionais
Total (1+2+3) 100,00
Descrição de Recursos Valor (R$) (%)
1. Recursos próprios
2. Recursos de terceiros
3. Outros
Total (1+2+3) 100,00
Estimativa de faturamento mensal da empresa
Produto/Serviço
Quantidade (estimativa 
de vendas)
Preço unitário de venda 
(R$)
Faturamento 
total (R$)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total 
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
34
Módulo 1
Estimativa do custo unitário de matéria-prima, materiais diretos e terceirizações
Produto 1
Material/insumos usados Quantidade Custo unitário (R$) Total (R$)
Total
Produto 2
Material/insumos usados Quantidade Custo unitário (R$) Total (R$)
Total
Produto 3
Material/insumos usados Quantidade Custo unitário (R$) Total (R$)
Total
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CURSO A DISTÂNCIA
35
Módulo 1
Produto 4
Material/insumos usados Quantidade Custo unitário (R$) Total (R$)
Total
Estimativa dos custos de comercialização
Descrição % Faturamento Estimado (quadro 5.5)
Custo 
Total (R$)
1. Impostos
Impostos Federais
SIMPLES
IRPJ
PIS
COFINS
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
Impostos Estaduais
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços
Impostos Municipais
ISS – Imposto sobre Serviços
Subtotal 1
2. Gastos com vendas
Comissões
Propaganda
Taxa de administração do cartão de crédito
Subtotal2
Total (Subtotal 1 + 2)
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36
Módulo 1
Apuração dos custos dos materiais diretos e/ou mercadorias vendidas
Produto/Serviço
Estimativa de vendas 
(em unidades)
Custo unitários de 
materiais/aquisição (R$)
CMD/CMV (R$)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total 
Estimativa dos custos com mão de obra
Função
Nº de 
empregados
Salário mensal 
(R$)
(%) de encargos 
sociais
Encargos 
sociais (R$)
Total (R$)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total 
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
37
Módulo 1
Estimativa do custo com depreciação
Ativos fixos
Valor do Bem 
(R$)
Vida útil em 
anos
Depreciação 
anual (R$)
Depreciação 
mensal (R$)
Obras civis/reformas
Máquinas e equipamentos
Móveis e máquinas
Veículos
Outros
Total
Estimativa de custo fixo
Descrição Custo total mensal (em R$)
Aluguel 
Condomínio
IPTU
Água
Energia elétrica
Telefone
Honorários do contador
Pró-labore
Manutenção dos equipamentos
Salários + encargos
Material de limpeza
Material de escritório
Combustível
Taxas diversas
Serviços de terceiros
Depreciação
Outras despesas
Total
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CURSO A DISTÂNCIA
38
Módulo 1
Demonstrativo de resultados
Descrição (R$) %
Recita total com vendas
Custos variáveis totais
Imposto sobre vendas
Gastos com vendas
Subtotal de 2
Margem de contribuição (1-2)
Custos fixos totais
Resultado operacional (lucro/prejuízo)
Indicadores de viabilidade
Ponto de equilíbrio
Lucratividade
Rentabilidade
Prazo de retorno do investimento
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CURSO A DISTÂNCIA
39
Módulo 1
Ações corretivas e preventivas
Avaliação estratégica
Análise da matriz F.O.F.A
Fatores internos (controláveis) Fatores externos (incontroláveis)
P
on
to
s 
fa
to
re
s
Forças Oportunidades
P
on
to
s 
fa
to
re
s
Fraquezas Ameaças
Avaliação do plano de negócio
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
40
Módulo 1
3. Módulo III
3.1 Montando sua equipe
Diversas companhias compõem a sociedade e todas são constituídas por recursos 
humanos, materiais, financeiros, mercadológicos e administrativos, objetivando o aumento 
da produtividade de uma maneira eficiente, eficaz e efetiva por meio da liderança e do 
controle de processos.
Ao falarmos em recursos, não estamos nos referindo apenas a valores 
monetários, mas sim a matérias-primas, equipamentos e colaboradores, 
portanto, quanto maiores forem os recursos de uma organização, melhores 
serão os seus resultados.
Em um mercado mundial cada vez mais competitivo e avançado, profissionais se capacitam 
e aperfeiçoam seus conhecimentos para acompanhar as tendências e exigências dos 
cargos atuais.
Um profissional capaz de trabalhar em equipe para atingir objetivos, criar soluções no 
ambiente de trabalho e dominar ferramentas tecnológicas, tem o perfil que o mercado de 
trabalho procura e precisa.
Antigamente, para ser um profissional bastava que a pessoa dominasse um determinado 
assunto técnico. Produzir parecia ser um objetivo comum.
Atualmente, os clientes possuem mais informação e são mais exigentes no que diz respeito 
ao atendimento, produto/serviço e nível de satisfação. Bons profissionais devem possuir 
múltiplas qualidades, tanto técnica, como de planejamento, relacionamento e proatividade.
O perfil que as empresas procuram é de certo modo fácil de conquistar. Não existe milagre, 
transformação repentina ou compra deste perfil. Ele é, na verdade, a soma de suas 
qualidades, convicções e desejos de evolução.
Espera-se que um profissional acima de tudo seja competente, desafiador, ético e muito 
flexível. O mercado nunca esteve tão mutável. Diariamente, surgem novas formas de 
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
41
Módulo 1
emprego. Isto é reflexo da evolução tecnológica, da valorização do cliente e da integração 
entre os setores de uma empresa.
Para ocupar estas novas formas de emprego, os profissionais se adaptam, reciclam e se 
aperfeiçoam constantemente. As empresas querem os melhores profissionais, por isso 
desenvolvem processos de seleção capazes de reconhecer aqueles profissionais que se 
ajustam as tarefas da empresa.
Vejamos algumas qualidades que o profissional dos tempos modernos deve possuir:
Motivação: qualquer desafio em seu ambiente de trabalho deverá ser encarado como um 
aprendizado e agregará novos conhecimentos ao profissional.
Você também deve ser capaz de motivar seus companheiros de equipe para que se sintam 
à vontade em executar suas funções e desenvolver o melhor do seu potencial.
Relacionamento interpessoal: trabalhar em equipe, conhecer e utilizar a hierarquia a favor 
da empresa, criar empatia por seus colegas de trabalho, desde a recepcionista até o diretor, 
contribuirá para tornar o ambiente de trabalho amigável e sempre que você precisar de 
alguém da empresa será bem recebido.
Faça mais do que cumprir ordens: não seja um mero cumpridor de normas, seja rebelde na 
medida certa. É curioso, mas as empresas modernas não investem no funcionário que se 
limita a cumprir tudo o que lhe é determinado, sem questionar e sem sugerir mudanças.
Seja crítico, esteja sempre questionando se as coisas têm de ser feitas da maneira como 
estão definidas ou se podem ser mudadas para melhor. Não fique limitado a cumprir o que 
foi determinado.
As empresas modernas valorizam o funcionário que questiona, que gosta de mudanças, 
pois este funcionário estará sempre contribuindo para a melhoria da empresa.
Equipe: a maioria das empresas depende de equipes eficientes trabalhando de forma 
sincronizada para executar seus projetos. A fórmula para viver em um ambiente de equipe 
é simples: você deve entender o essencial de cada departamento, relacionar-se e interagir 
com sua equipe, capacitar-se e estar sempre atualizado quanto às novidades e ferramentas 
que podem auxiliar no seu trabalho.
Divida e some conhecimentos: compartilhe informações e conhecimentos, esteja sempre 
disposto a ajudar. Sabe aquele profissional que ocultava informações dos colegas, pois 
acreditava que o privilégio exclusivo destas informações poderia ajudar no crescimento de 
sua carreira? Essa prática é inaceitável. 
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
42
Módulo 1
Comprometimento: um profissional comprometido com seu trabalho é aquele que busca 
crescer na empresa ou com ela. Respeita seus colegas de equipe, clientes, prazos e sempre 
busca novas melhorias para o ambiente organizacional. O comprometimento da equipe 
faz com que tudo flua melhor, proporcionando integração.
Criatividade: ser criativo também é uma qualidade que você sempre deve procurar 
desenvolver. Um profissional criativo está sempre buscando novas estratégias e ideias 
para sua empresa e desenvolve espirito empreendedor.
Mas a criatividade só acontece quando você se sente à vontade em seu ambiente de 
trabalho. Novas ideias surgem a todo o momento, no entanto, somente algumas são 
realmente executadas.
Assim, diante das diferentes características, podemos perceber que nenhum bom 
administrador deve se contentar apenas com um tipo de enfoque, pelo contrário, é preciso 
ir além, conhecer muito mais do que estamos habituados a fazer em nossas tarefas diárias. 
Não que o profissional de hoje deva ser especialista em tudo, mas deverá saber o que 
há dentro da caixa de ferramentas, estando assim, pronto para utilizar os instrumentos 
existentes quando necessário.
3.2 Passos para a formação de equipe
Transformar um grupo de pessoas em uma equipe não é das tarefas mais fáceis, ainda 
mais quando o líder procura ser assertivo em sua escolha visando alcançar um trabalho de 
alto desempenho através de uma mão de obraque, muitas vezes, não possui habilidades 
suficientes para o posto que ocupa. 
Diante desse cenário você deve estar se perguntando quais técnicas devem ser uti-
lizadas no processo de recrutamento para evitar que isso aconteça. Primeiramente, 
deve-se entender quais são os “estágios de formação” de uma equipe, feito isso, 
avaliar se o indivíduo está ou não ajustado ao ambiente organizacional e a equipe se 
trabalho da qual faz parte. Mas, afinal, quais são esses estágios de formação?
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
43
Módulo 1
Fase 1 – Formação
Nesse estágio, onde a insegurança predomina, a produtividade tanto de forma isolada, 
como em equipe, é baixa e não se pode esperar que as pessoas realizem muito. O principal 
objetivo nesse estágio é formar equipes, estabelecer metas, delegar tarefas e fazer o time 
interagir.
Fase 2 – Conflito (Tempestade)
É a fase onde os conflitos começam a aparecer, seja por questões pessoais ou pela busca 
de reconhecimento profissional. Subgrupos surgem e boa parte dos colaboradores passa 
a adotar uma postura defensiva. Por outro lado, a equipe começa a definir sua “missão”, 
metas e papéis; os membros começam a definir a sua forma única de trabalhar em conjunto 
em prol do projeto. 
Fase 3 – Normatização
Nela as situações começam a se ajustar, as pessoas passam a se aceitar como equipe e 
com isso a necessidade de atenção diminui - já que todos estão no mesmo barco rumo a um 
objetivo em comum – resultando em um espírito de cooperação, ao invés de competição.
Fase 4 – Desempenho (Produção)
Nessa etapa a equipe ganha confiança, e passa a ter orgulho de suas conquistas, o que os 
leva a resolver conflitos com maior flexibilidade, o que promove a melhoria nos processos 
e um melhor relacionamento com a organização em que atuam.
Fase 5 – Desintegração
Nessa etapa, o objetivo é estabelecer um processo de transição das equipes contratadas 
como temporárias, tranquilizando o quadro de funcionários efetivo quanto ao futuro, a 
partir de processos de renovação.
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
44
Módulo 1
MATERIAL COMPLEMENTAR
Aprenda a montar uma equipe de sucesso com 4 ótimos exemplos
Todo  empreendedor  começa sua jornada muito focado na operação: vendendo, 
produzindo e entregando. Como se diz no jargão, empreendedor com uma empresa 
em estágio inicial “bate escanteio e sobe pra cabecear”. Zica e Leila, por exemplo, 
começaram o Beleza Natural dentro do salão improvisado na garagem de casa. 
Wilson Poit dirigia a caminhonete e instalava com as próprias mãos os geradores 
no início da Poit Energia. Marcelo Sales e Rafael Duton foram os responsáveis por 
vender e programar os primeiros apps para celular da antiga NTime, atual Movile.
No entanto, o que levou esses empreendedores ao sucesso não foi a eficiência 
na execução solo, mas principalmente a capacidade de formar times sólidos e a 
velocidade com que aprenderam a se tornar bons gestores. Veja bons exemplos:
1 - Poit Energia - funcionários mais inteligentes
Construir um time de alta performance começa na liderança, ou seja, no mindset do 
próprio empreendedor. E no dia a dia ao lado dos empreendedores apoiados pela 
Endeavor acabamos ouvindo histórias que ilustram bem isso. O próprio Wilson Poit 
conta que durante muito tempo se orgulhou de ser a pessoa mais inteligente da sua 
empresa. Até que um dia percebeu que com essa mentalidade chegaria apenas até 
onde a sua capacidade de entrega o permitisse.
Pelo contrário, Poit viu que deveria se orgulhar de formar um time com gente mais 
competente e com mais potencial que ele próprio, porque só assim poderia ir além 
das suas limitações pessoais. Sua capacidade, então, deveria ser organizar essas 
pessoas em torno de um sonho em comum muito forte, que mobilizasse a todos em 
um mesmo sentido: construir a maior e melhor empresa de aluguel de geradores do 
país. E deu certo! Junto com seu time, Wilson transformou a Poit Energia em um dos 
maiores casos de empreendedorismo dos últimos tempos no Brasil ao vender sua 
empresa para a Agrekko, líder mundial do setor, por mais de R$ 400 milhões.
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
45
Módulo 1
2 – Clearsale - a arte de anunciar uma vaga
Outra empresa que apostou na construção de um time excelente é a Clearsale, líder 
na prevenção de fraudes no comércio eletrônico no país. Pedro Chiamulera, ex-atleta 
olímpico e fundador da companhia, sempre faz questão de reforçar isso em suas 
palestras e entrevistas: “a vitória é coletiva”.
Pedro conta que alguns anos atrás, quando a Clearsale ainda era desconhecida no 
mercado, recrutar gente boa era muito mais difícil. Para se destacar, eles usavam 
a criatividade na divulgação de suas vagas, por exemplo, com anúncios como 
“procuramos excelentes estatísticos que gostem mais de pessoas do que de 
estatística”, chamada que atraiu um garoto super talentoso, que hoje é Diretor de 
Inteligência da empresa. Gostar mais de pessoas, na prática, significa saber cuidar, 
dar bons feedbacks e ajudar a desenvolver os outros - competências fundamentais 
para formar uma cultura maciça e atrair um time de alto potencial.
3 - Acesso Digital - viagens para os melhores
Saber reconhecer e premiar as pessoas que mais entregam resultado também 
são práticas fundamentais. Na Acesso Digital, por exemplo, as pessoas têm suas 
performances medidas todos os meses, e os que mais se destacam ganham 
oportunidades únicas de desenvolvimento, como coach com grandes empresários, 
viagens para países referência em algum aspecto, e diversos cursos. No ano passado, 
o time inteiro da Acesso ganhou uma viagem para Las Vegas depois de ter batido a 
meta mais desafiadora da empresa.
4 - Confiance Medical e portal Minha Vida - métricas criativas
Colocar um sonho grande como forma de mobilizar as pessoas é outro instrumento 
importante para reunir gente boa. O portal Minha Vida, em vez de falar apenas de 
números de usuários, por exemplo, mede todos os anos quantas toneladas eles 
conseguiram ajudar a eliminar com seus programas de dieta. Enquanto a Confiance 
Medical, empresa que faz equipamentos de vídeo cirurgias, muito menos invasivas do 
que as tradicionais cirurgias abertas, contabiliza quantos quilômetros de cicatrizes 
eles evitaram nos pacientes que sofreram procedimentos com seus equipamentos. 
Interessante, não?
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46
Módulo 1
Exemplos de boas práticas para se formar um time de alto potencial não faltam! 
Basta olhar para as empresas que mais estão crescendo e se destacando no Brasil. 
Pode ter certeza: por traz desse sucesso tem o “dedo” de gente boa com vontade de 
fazer acontecer, liderada por um empreendedor que conseguiu desenvolver também 
o seu espírito gestor. Vai que dá! 
Luiz Guilherme Manzano é diretor de Apoio a Empreendedores da Endeavor Brasil.
Extraído de Aprenda a montar uma equipe de sucesso com 4 ótimos exemplos, 
extraído de http://exame.abril.com.br/pme/noticias/aprenda-a-montar-uma-
equipe-de-sucesso-com-4-otimos-exemplos em 30/11/2015.
GESTÃO 
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CURSO A DISTÂNCIA
47
Módulo 1
4. Módulo IV
4.1 Conhecendo estratégias de sucesso para abrir um 
negócio
Antes de falarmos sobre estratégia, vamos entender um pouco o que é administração.
De acordo com o autor Chiavenato (2000), “a palavra administração vem do latim ad 
(direção, tendência para), e minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que 
realiza uma função abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta serviço a 
outro”.
Hoje, administrar empresas significa muito mais que tocar um negócio onde todos os 
profissionais, sejam eles técnicos ou operacionais, precisem estar envolvidos em suas 
atividades diárias, trabalhando com sincronismo, planejamento e foco.
Ao pensarmos no conceito de administração, sabemos quemuitas são as definições 
em diferentes bibliografias, mas todas em sua base conceitual e teórica abordam 
um conjunto de características interligadas que buscam a obtenção de resultados 
no que diz respeito a atividades de planejamento, organização, direção e controle de 
processos - tanto no ambiente interno, como externo - em um sistema que provê 
recursos, assistência e restrição a um conjunto de objetivos de uma empresa.
As funções abaixo descritas representam o ciclo administrativo cuja importância principal 
está em garantir resultados, alcançando o perfeito funcionamento de uma organização.
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48
Módulo 1
Figura 1: As funções administrativas e suas características:
PLANEJAMENTO ORGANIZAÇÃO DIREÇÃO CONTROLE
Planejamento: o planejamento pode ser visto como uma ferramenta contínua e dinâmica 
que consiste em um conjunto de ações integradas que caminham para a realização de um 
objetivo futuro, sendo vital para um maior controle das interfaces de um projeto.
Organização: de um modo geral, a organização é o processo onde os recursos de uma 
estrutura se inter-relacionam para a ordenação de um conjunto de elementos, visando 
facilitar processos com o objetivo de atingir os resultados pretendidos.
Direção: é o processo de mobilizar um grupo de pessoas em busca de interesses em 
comum. Aquele que almeja tornar-se um líder precisa ter em mente que assumir esta 
função requer responsabilidades. Liderar pelo exemplo é adotar uma postura confiável e 
inspiradora para que as pessoas realizem tarefas a elas delegadas, de modo a alcançar os 
objetivos propostos.
Controle: estando a organização devidamente planejada, organizada e direcionada, é 
preciso que haja um controle de processos, de modo a assegurar a realização dos objetivos 
podendo tomar medidas corretivas em tempo e quando necessário.
Diversas companhias compõem a sociedade e todas são constituídas por recursos 
humanos, materiais, financeiros, mercadológicos e administrativos objetivando o aumento 
da produtividade de uma maneira eficiente, eficaz e efetiva por meio da liderança e do 
controle de processos. 
Ao falarmos em recursos não estamos nos referindo apenas a valores monetários, mas 
sim a matérias-primas, equipamentos e colaboradores, portanto, quanto maiores forem os 
recursos de uma organização, melhores serão os seus resultados.
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Vamos a cada um deles:
Quadro 1: Os recursos de uma organização
Recursos Conteúdo Principal Área da Administração
Materiais ou físicos
Edifícios, terrenos, máquinas, equipa-
mentos, instalações, matérias-primas, 
tecnologia de produção.
Produção
Financeiros
Capital, fluxo de dinheiro, receita, finan-
ciamento, investimentos.
Financeira
Humanos
Diretores, gerentes, chefes, superviso-
res, funcionários, operários, técnicos.
Recursos Humanos
Mercadológicos
Mercado de clientes, consumidores ou 
usuários.
Marketing
Administrativos
Planejamento, organização, 
direção e controle.
Geral
a) Recursos materiais: compreende todos os recursos físicos disponíveis em uma 
organização para a produção de bens e serviços como: terrenos, instalações, 
maquinário, matéria-prima, insumos, entre outros.
b) Recursos financeiros: compreende todos os recursos monetários como: fluxo 
de caixa, fundos de investimento, financiamentos, contratos de câmbio e 
diversos tipos de bens.
c) Recursos humanos: compreende todas as formas de atividade humana 
envolvida em uma organização, independentemente do nível hierárquico.
d) Recursos mercadológicos: compreende todos os recursos comerciais, desde 
análise de mercado, custos e formação de preço, planejamento tributário, 
canais de distribuição; utilizados pelas companhias para a inserção de seus 
produtos e serviços no mercado.
e) Recursos administrativos: compreende todas as atividades de planejamento, 
direção e controle, envolvendo desde a mão de obra operacional até a diretoria. 
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Dessa forma, entendemos que para tudo funcionar direito é preciso manter uma 
ordem coerente de processos que são desenhados dentro de uma estrutura 
organizacional sendo representados por um organograma que distribui as unidades 
funcionais seguindo uma hierarquia e uma lógica de comunicação entre líderes e 
colaboradores.
Como forma de sobrevivência, as corporações têm ajustado seus modelos de administração 
à realidade do mercado, adotando uma postura estratégica que as sustente e as faça 
sobreviver a longo prazo sem que pra isso necessitem andar à deriva e sem rumo. Espera-
se, portanto, que essa visão estratégica colonize a vida das organizações, influenciando, 
se necessário, sua reorganização estrutural bem como de seus subsistemas e até mesmo 
cultura organizacional.
De acordo com Cobra (1995, p. 16), planejar estrategicamente é criar condições para que 
as organizações decidam rapidamente que postura adotar diante de oportunidades e 
ameaças, otimizando as vantagens competitivas em relação ao ambiente concorrencial 
em que atuam.
Já para Mintzberg, (1987, p. 11-24) existem várias concepções acerca da estratégia que 
poderão ser úteis para entender as opções de uma organização:
Estratégia como plano: pode-se estender a estratégia como um plano sempre que ela for 
formulada previamente, com base em um processo consciente e deliberado.
Estratégia como padrão: a estratégia é entendida como um padrão consciente de fluxo de 
ações. Nesse caso, ela emerge das ações bem-sucedidas do passado que se tornam um 
padrão de comportamento estratégico.
Estratégia como posição: a definição da estratégia como posição sugere a relação 
direta entre a organização e as condições do ambiente. Esse enfoque pode considerar o 
posicionamento estratégico com relação as variáveis ambientais que influenciam positiva 
ou negativamente a organização.
Estratégia como perspectiva: a estratégia como perspectiva relaciona-se com a visão de 
mundo expressa no conjunto de valores compartilhados pelos membros organizacionais. 
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Assim, considera-se que cada organização tem sua própria maneira de lidar com as 
incertezas e de tomar decisões.
Estratégia como pretexto: a estratégia é entendida como uma manobra ou truque, cuja 
finalidade é enganar o concorrente direto. A estratégia, nesse caso, é um blefe, uma forma 
de iludir os concorrentes quanto ao curso da ação que será tomada.
MATERIAL COMPLEMENTAR
A importância do planejamento estratégico para o crescimento das empresas
Segundo a pesquisa divulgada pelo SEBRAE entre 70% e 80% das empresas no Brasil, 
fecham as portas antes de completarem dois anos de vida. Os motivos são vários 
e os empresários se justificam dizendo que foi por causa da alta carga tributária ou 
porque a economia está ruim ou ainda a falta de apoio do governo. Pode-se encarar 
a situação por outra ótica: a falta de planejamento.
Corriqueiramente, as micro e pequenas empresas não fazem um planejamento antes 
de iniciar o negócio, muito menos onde se quer chegar com o empreendimento. 
Geralmente acontece assim: tem-se a ideia, abre-se a empresa e espera-se o cliente 
entrar. Só visa-se o “lucro”. É investido todo o capital próprio e ainda dinheiro de 
empréstimos numa visão sólida de crescimento. Logo depois, perde-se dinheiro, o 
negócio e adquire-se dívida.
As empresas brasileiras tomam os seus caminhos sem muita noção do que fazer e 
o grande diferencial entre o negócio bem sucedido e um à beira da falência, está em 
saber como se planejar para disputar o mercado e manter-se sobrevivente a ele.
É cada vez maior o número de empresas no Brasil que, diante da complexidade 
no cenário empresarial e de tantas turbulências e incertezas, estão buscando 
ferramentas e técnicaspara que as auxiliem no processo gerencial. O planejamento 
estratégico é uma dessas ferramentas.
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Muitas dessas empresas já perceberam que os desafios e as ameaças com as 
quais se deparam diariamente, são também oportunidades para desenvolver 
soluções e abrir novos mercados para seus produtos. O que eles fizeram então? Eles 
planejaram estrategicamente o futuro de sua empresa. Por sua vez o futuro de uma 
empresa será os resultados das ações que estão sendo realizadas agora. Assim, o 
desenvolvimento de um planejamento estratégico lançará as bases para a construção 
de um futuro promissor e a geração de um mercado mais profissional e preparado 
para as constantes mudanças que sempre ocorrerão. Portanto, a importância do 
planejamento no universo administrativo está relacionada diretamente ao futuro de 
qualquer organização, mas um planejamento estratégico é sempre eficiente? Desde 
que não utópico será. Os objetivos traçados deverão ser ousados, mas alcançáveis, 
segundo Rebouças (2001)” [...] os gestores deveriam entender que é primordial 
as empresas obterem um planejamento estratégico estruturado, pois só assim 
poderiam delinear um futuro esperado para suas empresas e maneiras de alcançar 
ou se aproximar o mais possível desse futuro desejado. Inclusive, se uma maneira 
não deu certo, o gestor sabe como direcionar para outra opção no momento certo e 
de forma adequada”.
Com relação às empresas no Brasil normalmente os recursos da pequena e média 
empresa são limitados, por isso o planejamento é mais essencial ainda, pois ele 
auxilia essas empresas a utilizarem melhor suas capacidades e minimizar a perda 
de energia em atividades que não dirigem para o caminho correto.
Mas somente será efetivo com a participação de toda a liderança e o comprometimento 
de toda uma equipe. Empregados, supervisores e a média gerência devem estar 
familiarizados com a administração estratégica, essa apreciação ajuda-os a manter 
suas atividades de trabalho mais próximas da administração da organização, 
aumentando desse modo o desempenho no trabalho e as atividades tornam-se mais 
eficazes.
A implementação do planejamento estratégico
Para a elaboração e a implementação planejamento estratégico das empresas 
faz-se necessário que o gestor obtenha conhecimentos teóricos necessário para 
melhorar sua aplicação, isso é obtido como uma otimização da base de sustentação 
no processo decisório.
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É preciso planejar, planejamento é algo que todos concordam, muitos fazem, alguns 
fazem da mesma maneira e poucos fazem adequadamente. O planejamento nasce a 
partir dos grandes objetivos que a organização quer atingir, demandando reavaliação 
constante e sólido trabalho em equipe. O objetivo maior do planejamento estratégico 
é desenvolver estratégias que guiarão a organização a obter um melhor desempenho 
e, consequentemente, um melhor resultado. Existe, portanto, um modelo ideal de 
planejamento estratégico? A resposta é não. Na verdade existem vários modelos que 
são altamente eficazes. O ponto da questão é a organização encontrar qual o modelo 
que melhor se adapta a sua realidade.
O planejamento deve ter o seu início com o levantamento de dados para conhecimento 
do ambiente de atuação. Depois devem ser determinados os objetivos e definidas 
as ações a serem desenvolvidas. É necessário acompanhamento e avaliação 
contínua por meio de um sistema de informações gerenciais eficaz, uma estrutura 
de organização bem delineada e aceita por todos, o que exige uma equipe coesa, 
“todos falando a mesma língua”.
Portanto, no início do trabalho compreende uma fase de diagnóstico da aplicação 
destes conceitos, ou seja, até que ponto a concepção do negócio da empresa está 
clara para seus líderes principais. Além disso, deve ficar também evidente a vantagem 
competitiva que ela produz. Uma vez uniformizado este conhecimento, passamos 
para uma fase de construção de cenários futuros que estruturem as incertezas que as 
mudanças estão provocando nos negócios. Finalmente, o conceito atual de negócios 
é aplicado perante os cenários futuros objetivando verificar a necessidade de se 
promoverem ajustes nas competências que mantenham a vantagem competitiva 
desejada. O plano estratégico em si consiste em objetivos e ações estruturados 
numa base temporal para implementar estes ajustes.
Além da estruturação estratégica propriamente dita, a realização de um trabalho 
deste tipo produz outras consequências positivas:
• Alinhamento dos participantes à estratégia da empresa, tanto por suas 
opiniões durante a fase de diagnóstico dos problemas quanto pela 
fraqueza utilizada na discussão da visão de cada um a respeito da 
concepção atual do negócio da empresa.
• O esforço coletivo em discutir as divergências existentes até a obtenção 
de uma convergência de opinião, condição fundamental para a obtenção 
de uma visão estratégica compartilhada pela liderança.
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A compreensão detalhada de como se estrutura estrategicamente o negócio da 
empresa favorece a construção de um processo decisório mais rápido e alinhado 
aos interesses da empresa e de seus clientes.
Vejamos então as principais etapas da implementação de um plano estratégico:
Diagnóstico estratégico
Tudo começa como uma auto avaliação acerca do negócio da organização em que 
o negócio está e em qual deveria estar. É nesse ponto, portanto, que tem início a 
primeira fase do planejamento estratégico, que deve ter enfoque no momento atual, 
bem como no próximo desafio, a fim de constituir na dimensão crítica para o sucesso 
permanente.
O diagnóstico estratégico é o primeiro passo do processo de planejamento e através dele 
que a organização irá obter informações norteando o seu direcionamento estratégico. 
O diagnóstico capta e mantém atualizado o conhecimento da empresa em relação ao 
ambiente e a si própria, visando identificar e monitorar as variáveis competitivas que 
lhes afetam. É com base no diagnóstico estratégico que a empresa irá se antecipar as 
mudanças e preparar-se para agir em seus ambientes externos e internos.
Análise externa
Trata-se de uma análise das condições externas que rodeiam a empresa e que lhe 
impõem desafios e oportunidades, como explica Chiavenato (2000).
Mas o que pode determinar grande parte do seu sucesso de uma administração é 
a capacidade de adaptação às mudanças de ambiente, antecipando-se aos seus 
concorrentes. O gestor que sabe utilizar esses instrumentos de planejamento de 
forma coerente, adaptando-os a essa realidade e às suas necessidades, pode então 
obter uma excelente arma competitiva. Para utilizá-la eficazmente, é importante 
que os gestores conheçam bem cada um dos elementos do planejamento e suas 
funções, assim como as mudanças que estão ocorrendo no contexto competitivo, 
as quais estão influenciando na própria prática do planejamento e lançando alguns 
desafios para a sua gestão nas empresas. Assim considera, entre os quais: o 
mercado nacional, regional e internacional; tecnologia; consumidores; fornecedores; 
economia; socioeconômica; cultura; aspectos políticos e concorrência.
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Mas o que pode determinar grande parte do seu sucesso de uma administração é 
a capacidade de adaptação às mudanças de ambiente, antecipando-se aos seus 
concorrentes. O gestor que sabe utilizar esses instrumentos de planejamento de 
forma coerente, adaptando-os a essa realidade e às suas necessidades, pode então 
obter uma excelente arma competitiva. Para utilizá-la eficazmente, é importante 
que os gestores conheçam bem cada um dos elementos do planejamento e suas 
funções, assim como as mudanças que estão ocorrendo no contexto competitivo, 
as quais estão influenciandona própria prática do planejamento e lançando alguns 
desafios para a sua gestão nas empresas. Assim considera, entre os quais: o 
mercado nacional, regional e internacional; tecnologia; consumidores; fornecedores; 
economia; socioeconômica; cultura; aspectos políticos e concorrência.
A medida que a concorrência doméstica e externa se intensifica, e durante os 
períodos em que a influência do governo nos negócios aumenta, a compreensão da 
administração estratégica torna-se cada vez mais essencial.
Oportunidades e Ameaças
Uma das práticas importantes de um bom planejamento dentro da análise externa, é 
a verificação dos aspectos do macro e do micro ambientes, deve-se partir para uma 
síntese, visando identificar as principais oportunidades e ameaças encontradas.
As oportunidades são fatores do ambiente geral que, se bem aproveitadas, podem 
fornecer uma vantagem competitiva para a empresa. Como exemplo, podemos citar 
as falhas apresentadas pelo concorrente, que podem ser aproveitadas pela empresa 
como uma oportunidade para melhorar o seu produto e ganhar em diferencial.
Já as ameaças, por sua vez, são fatores que podem vir a perturbar o funcionamento 
da empresa, causando dificuldades para a sua gestão e desempenho. A entrada de 
um novo concorrente forte no mercado, a implementação de restrições tarifárias por 
parte de um país importador dos produtos da empresa, a diminuição da demanda, 
todos esses são aspectos que podem ser definidos como ameaças para a empresa. 
Entretanto, é importante ressaltar que o planejamento não deve ser definido como 
base em todas as oportunidades e ameaças identificadas. 
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É necessário que o gestor faça uma triagem das oportunidades e ameaças mais 
relevantes em relação a sua empresa. Essa seleção deve priorizar as oportunidades 
do ambiente que a empresa pode aproveitar com reais chances de sucesso, ou seja, 
as oportunidades para as quais a empresa possui as competências necessárias. 
Já, no caso das ameaças, devem ser selecionadas aquelas que consistirem em 
maior preocupação para a gerência, ou seja, aquelas que afetam mais diretamente a 
empresa e o ambiente em que ela atua.
Análise interna
De acordo com Chiavenato (2000), “a análise interna trata-se de uma análise 
organizacional, ou seja, de uma análise das condições internas para permitir uma 
avaliação dos principais pontos fortes e fracos que a empresa possui”.
Para o sucesso, considera-se de suma importância que as empresas busquem a 
participação de todos em diferentes cargos, para melhor implantação dos objetivos 
almejados e de um comprometimento maior. Também se verifica sob uma análise 
interna onde o gestor irá avaliar as competências e as falhas da empresa, o que servirá 
como referência e complemento na realização do diagnóstico. Essa análise visa 
identificar os principais pontos fortes e fracos da empresa para nortear o processo 
de planejamento, pois é a partir dessa análise que se saberá quais os recursos com 
que se pode contar e também quais são os pontos vulneráveis no momento de se 
estabelecerem as estratégias da empresa.
Essas definições mostram que a estratégia pode ser fruto de um processo conduzido 
por todos dentro de uma empresa, de forma sistemática. Como também pode surgir 
de um processo emergente, sendo formulado a partir da prática, através de um 
processo contínuo de aprendizado.
Uma empresa onde as estratégias são de níveis emergentes é a 3M, cuja visão é 
descrita como ser reconhecida como a empresa mais criativa do mundo. Essa visão 
tem se consolidado graças a uma forma de gestão que estimula o envolvimento dos 
trabalhadores na formulação das estratégias da empresa. Muitos produtos da 3M 
surgiram das inovações produzidas pelos próprios funcionários que, em seguida, 
foram adotadas pela empresa como um todo.
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Por fim, faz-se necessário salientar que o gestor somente estará apto quando 
identificar com clareza suas principais vantagens competitivas, assim como seus 
pontos fracos.
É importante nessa fase que se busque compatibilizar as informações obtidas na 
análise interna e externa. Através da análise dos pontos fortes e fracos, os gestores 
e suas equipes poderão determinar com mais clareza as prioridades em termos de 
ameaças e oportunidades existentes no ambiente externo. Com isso, eles terão as 
informações necessárias para determinar os objetivos e as estratégias que possam 
aproveitar melhor as competências da empresa e equacionar os problemas internos 
identificados, assim como resolver às ameaças e oportunidades identificadas 
externamente.
A importância do planejamento estratégico para o crescimento das empresas, 
extraído de http://www.maringamanagement.com.br/novo/index.php/ojs/article/
viewFile/28/14 acessado em 24/11/2015. 
Chegamos ao final do curso. Desejamos sucesso em seu novo negócio!
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BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Campus, 2000.
MINTZBERG, H. Managing. San Francisco, CA: Berrett-Koehler, 2009. ____ The Rise and Fall 
of Strategy Planning. Nova York: The Free Press, 1994.
___________, Organizational design: Fashion or fit? Harvard Business Review, jan/fev. 1981.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia 
e práticas. 20 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
ROCK, A Strategy vc Tactics from a Venture Capitalist. Harvard Business Review, Boston, v. 
65, n. 6, 1987, p. 63-67.
Rosenzweig, P. The Halo Effect... and the Eight Other Business Delusions that Deceive 
Managers. Nova York: Free Press, 2007.
TIMMONS, J.; SPINELLO, S. New Venture Creation: Entrepreneuship for the 21st Century. 
Nova York: McGraw-Hill Professional, 2003.
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SITES E ENTIDADES PESQUISADAS
Maringá Management. Disponível em:
http://www.maringamanagement.com.br/novo/index.php/ojs/article/viewFile/28/14
Rodrigo Barros. Disponível em:: http://www.rodrigobarros.com.br/blog/page/?s=o-
empreendedor-precisa-de-um-plano-de-negcio
Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios. Disponível em:
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI219765-17161,00-COMO+MONTA
R+UM+PLANO+DE+NEGOCIO+SIMPLES+E+PRATICO.html
SEBRAE. Disponível em: 
http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/guias_cartilhas/Como_elaborar_
um_plano_de_negocios.pdf 
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	1. MÓDULO I
	1.1 Análise e viabilidade para abrir um negócio
	1.1.1 Etapas de um estudo de viabilidade
	1.2 Plano de negócio
	2. MÓDULO II 
	2.1 Introdução
	2.1.1 Mapa de percurso: a elaboração do seu plano de negócio 
	3. Módulo III
	3.1 Mont ando sua equipe
	3.2 Passos para a formação de equipe
	4. Módulo IV
	4.1 Conhecendo estratégias de sucesso para abrir um negócio
	BIBLIOGRAFIA
	SITES E ENTIDADES PESQUISADAS

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