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ARTIGO MACONHA INTRO

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LEGALIZAÇÃO DA MACONHA: BREVE ANÁLISE
ANA CAROLINA DA SILVA MORAIS�
ANDRIUS CUSTÓDIO ANHAIA
CRISTIANA FERNANDA DE OLIVEIRA 
PAULO VITOR VIEIRA ALVES 
1 – ASPECTOS GERAIS, INTRODUTÓRIO
Nesse artigo tratamos de um assunto polêmico que divide opiniões, talvez por falta de informação ou até mesmo por informação demais. O fato é que, até mesmo entre especialistas do assunto, encontramos posicionamentos questionáveis. A legalização da maconha no Brasil é o assunto que discorremos neste artigo com o intuito de informar, amparar e fazer saber a quem convier os benefícios, malefícios, porquês e, porém de todo esse universo de informações desconexas que cerca este assunto.
 No que diz respeito à Maconha, quando o assunto é legalização divide opiniões, divide famílias, divide dinheiro, divide interesses políticos, divide normas de comportamento, divide normas culturais e sociais, divide até o próprio dividendo por se tratar de consumo de substância até então, entorpecente e ilícita, que atenta contra a moral e os bons costumes, que atenta contra o comportamento social reto e correto, psicológico, para alguns é mais do que isso, é um atentado contra a própria vida. Por outro lado entram em ação leis que regulamentam tanto o uso, quanto a comercialização e o cultivo de tal substância Lei 11.343, de 23 de Agosto de 2006. 
Até meados do século XX a maconha tinha o seu consumo e distribuição cultivo e afins feito de forma livre e desimpedida, porém neste ínterim foi-se proibido seu uso bem como sua manipulação para quaisquer fins, desde então alguns países reviram suas legislações quanto ao uso da maconha para fins terápicos, outros até mesmo para o própria consumo. Canadá, Israel e República Checa tem seu uso medicinal como legal, Estados Unidos por sua lei federal tem seu uso e manipulação para quaisquer fins proibido, porém a legislação em alguns Estados adota uso medicinal. Alguns países adotaram penas mais brandas de multa e apreensão da droga ao invés de prisão, em alguns países até mesmo no Brasil quando a quantidade encontrada não caracteriza tráfico os viciados são liberados de imediato sem passar por nenhum tipo de sanção punitiva. Em contraste as medidas brandas adotadas por alguns, há em alguns países principalmente na Ásia, penas severas para o simples porte da maconha seja em qualquer quantidade podendo ocasionar prisão perpétua ou até mesmo a execução. 
Testes para detectar a substância no corpo das pessoas é cada vez mais comum e em alguns países e ocasiona demissões, constrangimento e o aumento da criminalidade. Os defensores da legalização da maconha acreditam em uma diminuição considerável da criminalidade e do tráfico além de gerar impostos e reduzir o policiamento. A medicina comprova que o uso da maconha é menos prejudicial, tanto para o indivíduo consumidor quanto para a sociedade, do que drogas legalizadas, como o álcool e o tabaco, dando respaldo a argumentos em favor da legalização. No Canadá o usuário apresenta uma receita médica e pode comprar em locais e quantidades controladas pelo governo a maconha para fins de uso “fumado” (por legalmente o uso liberado ser para fins medicinais). Um fato é que, o consumo da maconha é grande no Brasil e no Mundo, e mecanismos são criados todos os dias tanto para o controle do consumo, quanto para a repressão do tráfico, assim como para a liberação ou criminalização. Uma coisa é fato legal ou não, criminalizada ou não o consumo existe, desafia leis, desafia costumes, desafia até mesmo os próprios desafiadores e desafiados que mudam de opinião sobre o assunto todos os dias. 
– LEGALIZAÇÃO E HISTÓRIA NO BRASIL
 	Muito pode se dizer sobre o surgimento da Maconha. Há vários registros em diversos países e não se sabe afirmar ao certo onde e quando ela realmente foi descoberta. A Maconha tem como de uma de suas principais origens o país Chinês, onde Pen Tsao Ching encontrou escritas farmacológicas de 100 anos d.C falando sobre a Maconha. A escrita era de propriedade do imperador Shen Nung de 2737 anos a.C dai um indicio que por volta desse ano os chineses já conheciam plantas com efeito alucinógenos oriundos da Maconha. A origem da Maconha também tem forte influencia da Índia, onde o povo hindu tinha a crença que a planta foi um presente dos deuses aos homens para terem coragem e satisfazer os seus desejos sexuais. A Maconha foi levada da Ásia para a Europa e os próprios europeus espalharam pela a África e América. Na América do Sul as primeiras plantações surgiram no Chile, já no Brasil a maconha veio com os primeiros escravos que a trouxeram diretamente da Angola. Por Aqui cultivaram em terras da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Nas senzalas a maconha era utilizada em uma grande quantidade e com isso os escravos ficavam com bastante fome e sono e com isso traziam prejuízos aos donos das lavouras. Com o aumento das plantações o consumo, começaram as discussões para proibir a maconha, e os primeiros registros de proibição da maconha no Brasil são do século XIX, da câmara municipal do Rio de Janeiro, de Santos e de Campinas, onde havia penalidade para quem usava e para quem vendia também. Na década de 20 é aprovada uma lei proibindo o das drogas no país, a partir dai não se podia mais o consumo e a venda de drogas em todo o país. Essa lei foi incluída na constituição de 1930 onde vale até nos dias de hoje a proibição do uso e comercio no Brasil. Vários políticos tentam atualmente legalizar o uso da maconha no Brasil, a fim de diminuir crimes e população carcerária, entretanto, tem que haver varia discussões medicas e sócias para a legalização. 
Nas décadas de 1980 e 1990 o Brasil entrou em campanhas pró-liberação da maconha, na época a campanha foi fortalecida por artistas e forças políticas do país. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que é membro da Comissão Latino-americana de Drogas e Democracia, apoia a descriminalização da posse de pequenas quantidades para uso pessoal da maconha e afirma que a repressão como é feita resulta num aumento de violência e consumo. Mesmo assim, defende que se devem criar mecanismos que desestimulem o uso das drogas. (Wikipédia, 2014).
Não existe pena de prisão ou reclusão no Brasil no caso de porte de pequena quantidade de droga inclusive maconha, sem para uso pessoal. Também não há pena de prisão para quem "para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância" capaz de causar dependência (inclusive a maconha). O artigo 28 da lei nº 11.343/2006, de 23 de agosto de 2006 prevê novas penas para os usuários de drogas. As penas previstas são: advertência sobre os efeitos das drogas (saúde, família e etc.); prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. A mesma lei (artigo 28, § 2º) estabelece o critério para o juiz avaliar se uma quantidade se destina ao consumo ou não. O juiz deve considerar os seguintes fatores: o tipo de droga (natureza), a quantidade apreendida, o local e as condições envolvidas na apreensão, as circunstâncias pessoais e sociais, a conduta e os antecedentes do usuário.
– ARGUMENTOS MÉDICOS SOBRE A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA
 	 Segundo Varela (2014), os efeitos adversos da maconha quanto ao uso recreativo não são poucos nem desprezíveis, porém atenta para o fato de a planta pertencer a uma classe de plantas dotadas de inúmeras propriedades medicinais. O ato de fumar maconha implica em dependência química, porém em menos intensidade que a nicotina e a cocaína, por exemplo, e de alguns remédios que as pessoas tomam para dormir ou para emagrecer. Ressalta Varela (2014), que existe sim um grande interesse medicinal no cultivo da maconha para fins científicos, e que esse fato não justifica a legalização da planta, levando em conta que a principal forma de uso e de consumo da planta é de uso recreativo sendo fumada, enfatizando que a maconha deve ser legalizada por outras razões. A principal delas é o fracasso retumbante da política de guerra às drogas.De acordo com o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), realizado em 2012 pelo grupo do Dr. Ronaldo Laranjeira, da Unifesp, cerca de 7% dos brasileiros entre 18 e 59 anos já fumaram maconha. Descontados os menores de idade, seriam 7,8 milhões de pessoas. Perto de 3,4 milhões haviam usado no ano anterior. Por se tratar de uma droga de uso ilícito temos uma grande margem de criminosos passíveis de prisão, Concorda? Quantas cadeias seriam necessárias para tantos delinquentes? Seria justo e reto uma pessoa ir para uma cadeia e sofrer horrores só porque fumou um baseado? Porém a legalização é algo que deve ser feito com muita cautela, com muita regulamentação e organização, como o exemplo de Washington e Colorado Estados dos EUA, Holanda e Uruguai. Há toda uma logística de plantações e cultivo, a produção de cigarros e outros componentes, os interesses políticos públicos e privados que rondam um mercado que tem tudo para ser muito próspero. As especulações e duvidas são tão grandes e de uma amplitude tão complicada que fica mais fácil proibir. A guerra às drogas até hoje só trouxe consequências desastrosas como a violência, o crime organizado a corrupção e uma serie de outros fatores que contribuem para o aumento da criminalização da droga em especial a maconha. Segundo Dr. Dráuzio, Legalizar não significa liberar geral. É possível criar leis e estabelecer regras que protejam os adolescentes, disciplinem o uso e permitam oferecer assistência aos interessados em livrar-se da dependência. O dinheiro gasto na repressão seria mais útil em campanhas educativas para explicar às crianças que drogas psicoativas fazem mal, prejudicam o aprendizado, isolam o usuário, tumultuam a vida familiar e causam dependência química escravizadora. Nos anos 1960, mais de 60% dos adultos brasileiros fumavam cigarro. Hoje, são 15% a 17%, números que não param de cair, porque estamos aprendendo a lidar com a dependência de nicotina, a esclarecer a população a respeito dos malefícios do fumo e a criar regras de convívio social com os fumantes. Embora os efeitos adversos do tabagismo sejam mais trágicos do que os da maconha, algum cidadão de bom senso proporia colocarmos o cigarro na ilegalidade? Manter a ilusão de que a questão da maconha será resolvida pela repressão policial é fechar os olhos à realidade, é adotar a estratégia dos avestruzes. Enfatiza o Dr. Dráuzio: É insensato insistirmos ad eternum num erro que traz consequências tão devastadoras, só por medo de cometer outros.
 - ASPECTOS POLÍTICOS SOBRE A LEGALIZAÇÃO
 	 A discussão sobre a legalização da maconha seja ela para quaisquer fins tem sido levantada no mais alto pedestal do interesse político brasileiro debates sobre o assunto na Câmara Legislativa Federal e no Senado tem sido corriqueiros. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) argumentou que "é um crime" fechar os olhos para o problema das drogas. O Brasil está perdendo a guerra contra as drogas. Temos que procurar outro caminho para enfrentar essa guerra. Ou regulamentando, não para permitir o uso, mas para resolver o problema, ou criando novos mecanismos que, sem regulamentar, façam com que a gente consiga ganhar – observou.
O coronel Jorge da Silva, ex-chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio de Janeiro, concordou com o senador. Ele disse que, embora já tenha sido favorável à prisão de usuários e à proibição total das drogas, os índices de violência demonstram que o atual modelo proibicionista não deu resultados positivos. Esse modelo, em vez de cumprir a sua finalidade, que é proteger a juventude, massacra a juventude – afirmou o coronel, ressaltando que as populações mais pobres são as principais vítimas da violência que envolvem traficantes e policiais.
Segundo Nivio Nascimento, do programa Estado de Direito do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), faltam evidências de efeitos da regulamentação da maconha, seja no nível de consumo ou na redução da violência. Ele defendeu um equilíbrio entre ações destinadas à redução da oferta e à redução da demanda. Durante muitos anos, as políticas de drogas se centraram na redução da oferta por meio de ações de repressão ao uso, porte e tráfico de entorpecentes. Erros ocorreram, mas também acertos. O fato é que ficou em segundo plano a redução da demanda, que se traduz em ações destinadas a educação, tratamento e reintegração social de usuários e dependentes – disse.
1.3.1 – OPINIÕES CONTRÁRIAS
Para alguns a liberação do uso da maconha para fins recreativos serviria como porta de acesso a liberação de outras drogas mais nocivas à saúde, e mesmo sem uma liberação do uso de outras substancias daria margem a interpretações de leis normatizando não só o uso legal da maconha, mas de outra substancias químicas que causam dependência, - argumentou Rossana Brasil, presidente da Comissão de Políticas Públicas sobre Drogas da OAB-CE, enfatizando que o uso de drogas é uma doença incurável e progressiva que leva a apenas dois caminhos: cadeia ou cemitério.
Nazareno Feitosa, da Federação Espírita do Distrito Federal, levantou uma série de pontos contrários à regulamentação e questionou eventuais benefícios da maconha para uso terapêutico. Em sua opinião, a legalização da maconha tampouco é caminho para se reduzir a violência. As leis e as proibições não eliminam totalmente os crimes, mas diminuem sua incidência e o número de vítimas. É assim na China, em Cuba, nos EUA e na Suécia, para citar alguns exemplos. E a legalização da maconha não influenciaria o tráfico, pois somente 20% do dinheiro do tráfico advêm da maconha – afirmou.
O que está por trás são especulações de grupos poderosos. O Brasil, diferente do Uruguai, hoje tem terras improdutivas em que a maconha se aplica muito bem. Na hora que tornar legal, os traficantes do mundo vão comprar droga aqui – afirmou.
1.3.2 - MANIQUEÍSMOS
O Coronel Jorge da Silva em debate no Senado diz que precisamos tomar cuidado com o maniqueísmo, e, buscar uma política que paute não apenas na proibição e na intolerância, mas buscar políticas publica mais brando e que estejam engajadas em prevenção e educação mostrando as pessoas que o álcool e o cigarro são tão maléficos quanto à maconha e ninguém se sente incomodado com isso. Na minha cabeça não entra criminalizar um e não criminalizar outro. Se vamos criminalizar tudo, então, vamos conversar – disse.
REFERÊNCIAS:
	
Fonte: http://apps.einstein.br/alcooledrogas/novosite/drogas_historia_maconha.htm. Página visitada em 07/10/2014.
Fonte: http://edemocracia.camara.gov.br/web/espaco-livre/forum/-/message_boards/message/989108. Página visitada em 07/10/2014.		
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2014/07/1491185-legalizacao-da-maconha.shtml. Página visitada em 22/09/2014.
Fonte: R7.COM, FHC evita debate sobre maconha em ano eleitoral para preservar Serra. Página visitada em 06/04/2010.
Fonte: Presidência da República Federativa do Brasil. Lei nº 11.343/2006 - ver artigo 28, § 2º.
Fonte: Presidência da República Federativa do Brasil. Lei nº 11.343/2006].
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2014/07/1491185-legalizacao-da-maconha.shtml. Página visitada em 15/09/2014.
Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/02/senado-vai-discutir-proposta-popular-de-legalizacao-da-maconha.html. Página visitada 21/09/2014.
Fonte: http://revistaforum.com.br/digital/135/o-brasil-vai-legalizar-maconha/.Página visitada 28/09/2014.	 
� Acadêmicos do curso de Direito da Faculdade Montes Belos.

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