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O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial

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NOVAIS, Fernando A. O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial. IN:Brasil em Perspectiva. SP: DIFEL, 1969.(PÁG 47-62)
O BRASIL NOS QUADROS DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL
A atividade colonizadora dos povos europeus na época moderna, inaugurada com a ocupação e utilização das ilhas atlânticas e longo desenvolvimento em larga escala com o povoamento e valorização econômica da América, distingue-se da empresa de exploração comercial que desde o século XV já vinha realizando pelos portugueses nos entrepostos do litoral atlântico, africano e no mundo indiano.(pág. 47)
A empresa colonial é mais complexa, envolvendo povoamento europeu uma adesão de uma economia completa voltada para o mercado metropolitano. 
A colonização promovera a intervenção direta de empresários europeus no âmbito da produção. 
A colonização da época moderna apresenta-se, em primeiro lugar como o desdobramento da expansão marítima-comercial europeia que assimila a abertura dos tempos modernos.
A agricultura tropical garante a posse da colônia portuguesa.(pág.48)
A mineração garante aos europeus, ajuntar as condições nos estímulos de sua economia, mas com caráter de empresa. (pág.49)
O renascimento do comercio se consolida a partir do século XI, buscando mudanças na organização política europeia e para abertura de novas rotas e conquistas de maiores mercados.
Do século Xv ao XVII, Portugal, Espanha, Países Baixos, França e Inglaterra realizam sucessivamente a transição para forma moderna de Estado, e se lançam na elaboração de seus respectivos impérios coloniais. Complicando ainda mais os tradicionais problemas da velha Europa, sucedendo por hegemonias coloniais e continentais.
A colonização constituía em um dos principais elementos para fortalecimento dos estados modernos e de superação das limitações do desenvolvimento da economia capitalista europeia: Política mercantilista.(pág. 50)
A política econômica do mercantilismo ataca simultaneamente todas as frentes, preconizando a abolição das aduanas internas, tributação em escala nacional, unidade de pesos e medidas, política tarifaria protecionista, balança favorável, com conseqüente ingresso do bulhão, colônias para complementar a economia metropolitana. 
Primeira preocupação dos estados colonizadores será resguardar a área de seu império face as demais potencias, sendo que a administração será feita a partir da metrópole e a preocupação fiscal dominara todo mecanismo administrativo. (pág. 51)
O Estado realiza a política burguesa e simultaneamente se fortalece. parte significativa de massa real gerada pela produção da colônia é transferida pelo sistema de colonização para a metrópole e apropriada pela burguesia mercantil. O Estado realiza política burguesa e se fortalece, abrindo novas fontes de tributação. (pág. 52)
A colonização agrícola no Brasil se inicia dentro da estrutura monopolista do sistema colonial, sendo que alguns setores da exploração da America portuguesa reservam se diretamente à coroa, (pau Brasil, sal, etc.) sendo que o grande comércio açucareiro fica dentro do monopólio da classe mercantil portuguesa. (pág. 53)
O sistema colonial promovia , ao mesmo tempo, acumulação de capitais por parte dos grupos empresariais e a expansão dos mercados consumidores dos produtos manufaturados. 
A produção colonial se ajusta às necessidades da procura europeia, implantando uma agricultura complementar a da metrópole. Na America espanhola, a colonização se especializa na produção de produtos agrícolas tropicais. Deste, o açúcar ocupava no inicio do século XVI uma posição excepcional no mercado europeu. 
A cultura da cana e o fabrico do açúcar nas regiões quentes e úmidas do Brasil tropical apresentaram , na quarta década do século XVI como solução que permitia valorizar economicamente a colônia, integrando nas linhas do comercio europeu. (pág. 56)
A produção para o mercado europeu posteriormente se desdobrará na produção de outros produtos tropicais (tabaco, algodão, etc). A especialização da economia colonial em produtos complementares a europeia é inerente a mesma natureza da época mercantilista. Quando encarada no contexto da economia europeia, a colonial aparece como altamente especializada. (pág. 58).
No inicio do século XVII, a Inglaterra inicia sua jornada como potencia colonizadora, dando origem a servidão temporária do trabalhador em pagamento do transporte que lhe era pelas companhias inglesas do comércio e colonização. (pág.61)
O mercantilismo europeu se desenvolveu em torno do escravismo, do trafico negreiro e de varias formas de servidão. A sociedade estamentiza em castas incomunicáveis, com o privilegio da camada dominante, juridicamente definida, estrutura fundamental do sistema de colonização da época mercantilista. (pág.62)

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