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Apostila - Histologia dos sistemas 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA DOS SISTEMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Departamento de Morfologia 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2013 
 
 
 2
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA 
CURSO: NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA DOS SISTEMAS 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: SISTEMA FUNCIONAIS DO CORPO HUMANO 
 
 
 
 
Autores dos Capítulos Originais 
Amélia Dulce Villela de Carvalho 
Conceição Ribeiro da Silva Machado 
Marco Jacques Magalhães 
Robson de Barros Rossoni 
 
 
Revisor dos Capítulos 
 
Hélio Chiarini-Garcia 
 
 
 
 
 
2013 
 
 
 
 3
ÍNDICE 
 
 
 Página 
 
Sistema Circulatório 04 
Sistema Respiratório 07 
Sistema Digestivo 10 
Fígado e Pâncreas 16 
 
 4
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
 
Prof. Marco Jacques Magalhães 
 
 
O sistema circulatório possibilita o movimento de todos os líquidos corporais e é formado pelos 
seguintes componentes: 
 
 
1. VASOS SANGUÍNEOS 
 
Artérias: 
 - elásticas ou de grande calibre 
 - musculares de médio calibre 
 - musculares de pequeno calibre ou arteríola 
Veias: 
 - musculares ou de grande calibre 
 - fibrosas de médio calibre 
 - fibrosas de pequeno calibre ou vênula 
Capilares: 
 - comuns contínuos - sem poros 
 - comuns fenestrados - com poros 
 - sinusóides 
 
2. VASOS LINFÁTICOS - não serão objeto de estudo 
 
3. CORAÇÃO 
 
 ARTÉRIAS 
 
 
 
As artérias apresentam as seguintes características gerais que precisam ser bem conhecidas: 
a - parede espessa em relação ao diâmetro do lume; 
b - lume bem aberto e regular; 
c -três túnicas bem individualizadas: íntima ou interna, média e externa ou adventícia; 
d -presença da membrana limitante elástica interna na túnica íntima, separando a túnica 
 íntima da túnica média. 
Nota: a túnica média é utilizada para o diagnóstico das artérias. 
Os constituintes das túnicas são os seguintes: 
Túnica íntima ou interna 
Formada por endotélio, tecido conjuntivo subendotelial e membrana limitante elástica interna. Do 
endotélio observa-se apenas o núcleo da célula endotelial fazendo saliência para o lume do 
vaso. O tecido conjuntivo subendotelial é escasso - quando visto - apresenta-se como pequena 
faixa acidófila. A membrana limitante elástica interna é pouco diferenciada por se confundir com 
as lâminas elásticas da túnica média. Pode-se considerar, para efeito de identificação, como 
sendo a primeira lâmina visível após o endotélio e tecido conjuntivo subendotelial. 
 
 
 5
Túnica média 
Nas artérias elásticas constitui-se por grande quantidade de lâminas elásticas dispostas 
concentricamente e que, com a técnica de coloração para identificação de material elástico, 
aparecem coradas em negro. Já nas artérias musculares, observa-se predomínio de células 
musculares lisas dispostas concentricamente. 
Túnica adventícia ou externa 
Constituída por tecido conjuntivo, relativamente espesso, com fibras elásticas e pequenos vasos 
sanguíneos (vistos em apenas algumas lâminas) que irrigam a própria túnica adventícia e parte 
da túnica média. Dá-se o nome de vasa vasorum ao “conjunto” dos pequenos vasos da 
adventícia. Pode-se encontrar capilares e, dependendo do calibre da artéria, arteríolas. Em 
algumas lâminas, há tecido conjuntivo adiposo mais externamente. A vasa vasorum é mais bem 
identificada nas artérias de médio calibre das lâminas 42 e 43. 
 
ARTÉRIAS MUSCULARES OU DISTRIBUIDORAS 
 
A principal característica destas artérias é a presença dominante de músculo liso na túnica 
média. Através do relaxamento ou contração deste músculo, controla-se o diâmetro da artéria e, 
consequentemente, o fluxo sanguíneo. 
Didaticamente são subdivididas em: 
a) artéria muscular de médio calibre, quando possui mais de cinco camadas de células 
musculares lisas na túnica média (pode atingir mais ou menos 40 camadas); 
b) artéria muscular de pequeno calibre ou arteríola, quando possui até cinco camadas de células 
musculares lisas na túnica média. 
 
 
LÂMINA nº 42 e 43 - artérias musculares - HE 
Artéria muscular de médio calibre 
Identificar as três túnicas que nesta coloração são bem individualizadas. Observe: 
a) túnica íntima - endotélio, tecido conjuntivo subendotelial e membrana limitante elástica interna 
evidente; 
b) túnica média - com mais de cinco camadas de células musculares lisas; 
c) túnica adventícia - de tecido conjuntivo, espessa e com pequenos vasos que constituem 
 a vasa vasorum. 
 
 
Artéria muscular de pequeno calibre ou arteríola 
Observe as seguintes características: 
a) túnica íntima - endotélio, tecido conjuntivo subendotelial (não identificável) e membrana 
limitante elástica interna; 
b) túnica média - com até cinco camadas de células musculares lisas; 
c) túnica adventícia - de tecido conjuntivo, delgada e mal definida. 
 
 
 
 
 
 6
VEIAS 
 
A morfologia das veias é extremamente variável, sendo sua sistematização difícil. 
 
Apresentam as seguintes características gerais que devem ser bem conhecidas: 
a - parede fina em relação ao diâmetro do lume; 
b - lume irregular e amplo; 
c- três túnicas mal individualizadas; as túnicas média e adventícia não apresentam separação 
nítida 
Nota: algumas veias podem apresentar válvula que são pregas da túnica íntima. 
LÂMINA nº 43 - Feixe de vasos sanguíneos e nervos - HE 
 
Não há necessidade de identificar os tipos de veias, o aluno deverá exclusivamente diferenciar 
as veias fibrosas de médio calibre e fibrosas de pequeno calibre das artérias musculares de 
médio e musculares de pequeno calibre, através de suas características gerais. 
Identificar as veias (médio e pequeno calibre) através de sua túnica mais desenvolvida - túnica 
adventícia - que é constituída exclusivamente por tecido conjuntivo denso. 
Nota: em geral, as veias situam-se ao lado de artérias de mesmo calibre que o seu. Desta forma, 
identificar vênulas quando próximas de arteríolas. As veias fibrosas de médio calibre (quando 
presentes na lâmina) ao lado de artérias musculares de médio calibre. 
 
CAPILARES SANGUÍNEOS 
 
Capilar sanguíneo comum 
 
Formado por uma única camada de células pavimentosas - células endoteliais - que se apóia 
sobre uma lâmina basal. Ao longo dos capilares são encontradas células de origem 
mesenquimatosa envolvendo parcialmente as células endoteliais. São as células adventiciais ou 
pericitos. 
Nota: a distinção entre capilar comum contínuo e capilar comum fenestrado, somente é possível 
na microscopia eletrônica. 
LÂMINA nº 57 - Esôfago - capilares comuns - HE 
 
No tecido conjuntivo, logo abaixo do epitélio estratificado do esôfago, identificar cortes 
transversais de capilar comum contínuo, Apresentam de um a três núcleos de células endoteliais 
que delimitam o lume (ou luz) do capilar. O citoplasma não é visível. A lâmina basal onde se 
apóiam as células endoteliais não é evidenciada nesta preparação. 
 
 7
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
Prof. Marco Jacques Magalhães 
 
 
O sistema respiratório é composto pelas vias aéreas extrapulmonares e pelos pulmões. 
 
 
Vias aéreas extrapulmonares: 
 -fossas nasais 
 -nasofaringe 
 -laringe 
 -traquéia 
 -brônquios primários 
 
 
Pulmões 
 1- folheto visceral da pleura (revestimento externo) 
 2- formações conjuntivo-elásticas 
 3- vias aéreas intrapulmonares: 
- extralobulares: brônquios secundários ou lobares e brônquios terciários 
 ou segmentares. 
 - intralobulares: bronquíolos terminais. 
 4- parênquima pulmonar: 
 - bronquíolos respiratórios 
 - canais ou ductos alveolares 
 - sacos alveolares- alvéolos pulmonares 
 
 
 
VIAS AÉREAS 
 
 
Apresentam estrutura geral semelhante, com algumas variações, desde a laringe até os 
brônquios terciários. As vias aéreas apresentam três camadas ou túnicas abaixo descritas de 
dentro para fora: 
 
1 - Mucosa 
- Epitélio - simples, prismático, pseudoestratificado, ciliado, com células caliciformes, apoiado em 
uma membrana basal. Nas pregas vocais o epitélio é estratificado pavimentoso. 
- Lâmina própria - situada logo abaixo do epitélio, formada por tecido conjuntivo, podendo conter 
raras glândulas. Nos brônquios secundários e terciários contém o músculo bronquial que separa 
a mucosa da submucosa. 
 
2 - Submucosa 
Formada por tecido conjuntivo frouxo, contém glândulas túbulo-acinosas mistas. 
 
3 - Adventícia ou externa 
De natureza conjuntivo-cartilaginosa ou conjuntivo-músculo-cartilaginosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 8
LÂMINA n° 73 - Traquéia - H.E. 
 
 
A traquéia é formada de dentro para fora por três túnicas: mucosa, submucosa e adventícia. 
 
1- Mucosa: formada por epitélio de revestimento e lâmina própria. 
 - epitélio - simples, prismático, pseudoestratificado, ciliado e com células 
 caliciformes. Membrana basal não visível. 
- lâmina própria - fina faixa de tecido conjuntivo localizada abaixo do epitélio. 
 
2 - Submucosa - formada por tecido conjuntivo frouxo contendo glândulas túbulo- 
 acinosas mistas. 
 
3 - Adventícia - formada por tecido conjuntivo e semi-anéis cartilaginosos (cartilagem 
 hialina), em forma de C. As extremidades dorsais dos semi-anéis são 
 ligadas pelo músculo liso traqueal. 
 
 
LÂMINA n° 72 - Pulmão - H.E. 
 
O pulmão é revestido externamente pelo folheto visceral da pleura que é uma lâmina serosa. As 
lâminas serosas são constituídas por mesotélio (epitélio simples pavimentoso) apoiado sobre 
lâmina própria conjuntiva. O órgão possui formações conjuntivo-elásticas de sustentação em 
forma de bainha ou septos, que permitem sua expansão na inspiração e determinam a retração 
na expiração. 
 
 
 
VIAS AÉREAS INTRAPULMONARES 
 
Brônquios 
 
Mucosa: 
- epitélio - simples, pseudoestratificado, ciliado, com células caliciformes. 
- lâmina própria - conjuntiva, fina, contém o músculo liso bronquial (de 
 Reissessen) que separa a mucosa da submucosa. 
 
Submucosa: 
- contém glândulas simples, túbulo-acinosas mistas que diminuem em 
 quantidade a medida em que vai diminuindo o calibre dos brônquios 
 nas sucessivas ramificações 
 
Externa: 
- conjuntivo-cartilaginosa; a cartilagem, do tipo hialina, apresenta-se sob forma 
de placas irregulares de cartilagem que diminuem de tamanho com a 
progressiva diminuição do calibre dos brônquios. 
 
 
Bronquíolos terminais 
 
Mucosa 
- epitélio - simples, prismático ou cúbico, ciliado ou não; as células caliciformes 
são ausentes ou raras. 
- lâmina própria - conjuntivo-elástica com músculo liso bronquiolar bem 
evidente. - 
- Não há submucosa nem glândulas. 
 
Externa - - conjuntiva, delgada, sem cartilagem. 
 
 9
PARÊNQUIMA PULMONAR 
 
 
É a porção funcional do órgão, ou seja, onde ocorre a hematose. 
 
Bronquíolo respiratório 
Epitélio - simples, prismático ou cúbico, com ou sem cílios e sem células caliciformes. 
Lâmina própria - fina camada de tecido conjuntivo elástico com fibras musculares lisas 
entremeadas. A parede dos bronquíolos respiratórios apresenta alvéolos intercalados de espaço 
em espaço, daí serem incluídos no parênquima pulmonar. Os bronquíolos respiratórios 
ramificam-se em canais ou ductos alveolares. 
 
Ductos alveolares 
São semelhantes a corredores onde se abrem os sacos alveolares. Não tem parede própria. 
 
Sacos alveolares 
Porção terminal dos ductos alveolares onde abrem dois ou mais alvéolos pulmonares 
 
Alvéolos pulmonares 
Cavidades de forma hexagonal, que se abrem nos sacos alveolares e na parede dos bronquíolos 
respiratórios, separadas por finas paredes ou septos interalveolares. As paredes são comuns 
para alvéolos adjacentes podendo haver poros que intercomunicam os alvéolos. 
 
A parede alveolar é revestida por um epitélio simples pavimentoso cujas células de núcleo ovóide 
e de cromatina densa, são denominadas pneumócitos I. Estes, são visíveis com segurança 
somente pela microscopia eletrônica; ao microscópio óptico elas se confundem com as células 
do endotélio dos capilares existentes na parede alveolar e com células conjuntivas também aí 
existentes. São encontradas interpostas entre os pneumócitos I células epiteliais secretoras 
chamadas células septais ou pneumócitos II, de núcleo volumoso e cromatina frouxa. 
 
 No eixo da parede alveolar há uma fina rede de fibras reticulares entremeadas com fibras 
elásticas que servem de sustentação à rede de capilares sanguíneos alveolares aí existentes. 
Como já referido, são também encontradas neste eixo células conjuntivas esparsas como 
fibrócitos, mastócitos e macrófagos. Estes últimos podem atravessar a parede e cair na luz 
alveolar. De modo geral o lume alveolar é amplo e vazio podendo eventualmente conter células 
descamadas. 
 10
 
TUBO DIGESTIVO 
 
 
 
Prof.ª Amélia Dulce Villela Carvalho 
Modificações Profa. Roseli Deolinda Ribeiro 
 
 
 O sistema digestivo é composto pelo tubo digestivo e pelas glândulas anexas. Fazem 
parte do sistema digestivo a boca, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno e jejuno-íleo), 
intestino grosso (cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, sigmóide e reto) e 
canal anal. As glândulas anexas são: glândulas salivares, pâncreas e fígado. 
 
 
BOCA 
 
 A boca é uma cavidade virtual quando em posição anatômica e de relaxamento da 
musculatura estomatognática. É também chamada de cavidade oral. Anatomicamente pode-se 
distinguir duas regiões: o vestíbulo ou fundo de saco, região delimitada pelos processos 
alveolares (com as arcadas dentárias) e pela parede labial e jugal. A outra região é chamada de 
cavidade bucal e é a região que acomoda a língua; é delimitada pelos processos alveolares (com 
as arcadas dentárias), o teto (palato duro e palato mole), assoalho da cavidade oral e ístimo das 
fauces (posteriormente). 
 Histologicamente a boca apresenta-se revestida por tecidos moles; estes rodeiam 
também os órgãos dentários. O revestimento da boca apresenta importantes variações 
histológicas regionais. Assim, na região dos lábios, observa-se, exteriormente que há um 
revestimento de pele fina, pilosa com anexos comuns desse tipo de revestimento. A borda de 
transição ou zona vermelha (em humanos) é revestida por um conjunto de estruturas similares à 
pele fina, havendo, porém, perda dos anexos; o epitélio de revestimento é corrugado 
/”enrrugado” e o tecido conjuntivo assemelha-se ao da derme. Gradualmente, no sentido da pele-
vestíbulo, o epitélio perde a queratina e vai se tornando mais espesso, com maior número de 
camadas no estrato espinhoso. Em humanos, há glândulas salivares (menores) labiais. O 
conjuntivo vai adquirindo maior volume de fibras elásticas e vasos de pequeno calibre. Observe-
se que essa transição é gradual, de modo que a região mucosa (vestibular) do lábio se confunde 
com o restante do revestimento (mucoso) do vestíbulo. O músculo orbicular dos lábios é estriado 
esquelético e forma um cerne (eixo) central que é comum às 3 regiões dos lábios. 
 
 
 
Lâmina nº 54 - Corte de lábio (cão) HE 
 
 
 Identifique em menor aumento as regiões do lábio, que consistem em três regiões: (a) 
região cutânea, (b) região vermelha e (c) região da mucosa oral. 
 
(a) Região cutânea: é revestida por uma pele delgada, constituído de epitélio pavimentoso 
estratificado e queratinizado com glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas e folículos pilosos. 
(b) Região vermelha:revestido pelo epitélio pavimentoso estratificado, com fina e compacta 
queratinização, sustentado por papilas dérmicas altas, contendo vasos sanguíneos que são 
responsáveis pela cor vermelha desta região, no homem 
(c) Região da mucosa oral ou mucosa de revestimento: é constituída por um tecido epitelial de 
revestimento pavimentoso não queratinizado, com muitas camadas de células, similarmente à 
pele; uma lâmina própria de conjuntivo próprio, rico em fibras elásticas e os demais componentes 
comuns desse tecido. 
 
 11
 Em médio aumento, identifique as estruturas que estão em negrito no texto. 
 
 A maior parte do revestimento da boca é similar aquele da região interna do lábio ou 
mucosa oral. Este revestimento é constituído por uma mucosa, que é o revestimento mais 
comum das cavidades úmidas do organismo. 
 
Na boca observa-se: 
 
a) mucosa de revestimento: 
 
A mucosa de revestimento é constituída por um tecido epitelial de revestimento pavimentoso não 
queratinizado, com muitas camadas de células, similarmente à pele; uma lâmina própria de 
conjuntivo próprio, rico em fibras elásticas e os demais componentes comuns desse tecido, tal 
como descrito anteriormente na região da mucosa oral dos lábios. Ocasionalmente, há glândulas 
salivares menores que recebem nomes da região onde se encontram: palatinas, linguais (região 
ventral e da raiz da língua), jugais (das bochechas) e assim por diante. 
 
b) mucosa mastigatória: 
 
A mucosa mastigatória se encontra nas regiões sujeitas a um maior atrito do bolo alimentar: 
gengivas e palato duro. Apresenta tecido epitelial de revestimento pavimentoso não 
queratinizado, embora a queratina, aqui, seja bioquimicamente diferente daquela da epiderme - é 
uma das queratinas de superfícies úmidas. A lâmina própria é de tecido conjuntivo próprio, denso 
não ordenado, rico em fibras colágenas e sem glândulas. As gengivas rodeiam as peças 
dentárias e fazem parte do periodonto, que é o sistema de manutenção do órgão dentário em 
seu posicionamento anatômico, histológico e clínico adequado; é também o sistema que resolve 
o esforço mastigatório. 
 
c) mucosa especializada da língua: ver lâmina nº 56, a seguir. 
 
 
 
LÍNGUA 
 
 
 A língua é constituída por um eixo conjuntivo muscular circundado pela mucosa lingual. 
Os músculos são estriados e classificados em músculos próprios ou intrínsecos e músculos 
extrínsecos. A mucosa lingual é constituída por epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado sobre uma lâmina própria de tecido conjuntivo. A mucosa apresenta diferenciação 
nas faces ventral e dorsal da língua. A face dorsal apresenta-se eriçada por papilas enquanto 
que a face ventral não as apresenta sendo a superfície lisa. Na superfície dorsal da língua 
encontramos uma série de protuberâncias, que são as papilas linguais. Há 3 tipos de papilas em 
humanos adultos: as filiformes (mais abundantes), as fungiformes e as valadas ou circunvaladas 
(menos abundantes e localizadas no V lingual). 
 
 
LÂMINA N° 56 - Corte de língua ao nível do V lingual - H.E. 
 
 
 Identifique em aumento menor: 
 
 
1 - Feixe de fibras musculares estriadas esqueléticas. 
 
2 - Papilas valadas ou circunvaladas - possuem geralmente a forma de cálice e circundadas por 
um sulco (sulco anular) no fundo do qual se abrem os ductos de glândulas acinosas serosas 
(glândulas de Von Ebner). No epitélio da papila e do sulco existem botões gustativos que são 
estruturas ovóides e mais claras que as células epiteliais. 
 12
3 - Glândulas serosas - simples acinosas (de Von Ebner) na lâmina própria e na espessura do 
tecido muscular. Seus ductos desembocam no sulco anular. 
 
4 - Glândulas mucosas - simples túbulo-acinosas (de Weber) estão presentes entre feixes de 
fibras musculares. 
 
 Identifique em aumento maior: 
 Os botões gustativos das papilas valadas com os dois tipos celulares evidentes. 
 a) Células de sustentação - núcleos em bastonete e bem corados. 
 b) Células sensoriais ou receptores - núcleos grandes, ovóides e claros. 
 
 
 
ESTRUTURA GERAL DO TUBO DIGESTIVO A PARTIR DO ESÔFAGO 
 
 
 Há sempre quatro túnicas bem definidas. 
 
I - TÚNICA MUCOSA 
 
 1. Epitélio estratificado pavimentoso - no esôfago e canal anal. 
 2. Simples prismático - produtor de muco, no estômago. 
3. Simples prismático com borda estriada (células absortivas) e células 
 caliciformes, nos intestinos. 
 4. Lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos, linfáticos, 
 podendo conter glândulas e nódulos linfóides. 
 5. Muscular da mucosa - característica do tubo digestivo: feixes circulares e 
 longitudinais de tecido muscular liso. Separa a mucosa da submucosa. 
 
 
II - TÚNICA SUBMUCOSA 
 
 Tecido conjuntivo, rico em vasos sanguíneos e linfáticos com ou sem glândulas. 
Presença de plexo nervoso submucoso (de Meissner), responsável pela inervação da muscular 
da mucosa e de glândulas. 
 
 
III - TÚNICA MUSCULAR 
 
 Estriada no terço inicial do esôfago e no canal anal. Musculatura lisa no restante do tubo, 
 geralmente com duas camadas nítidas: 
 1 - camada interna - circular. 
 2 - camada externa - longitudinal. Entre as duas camadas musculares encontra-se o 
 plexo nervoso mioentérico (de Auerbach), responsável pela inervação simpática 
 e parassimpática da musculatura. No estômago existem três camadas. 
 
 
IV - TÚNICA EXTERNA 
 
 Variável conforme a região do tubo digestivo: 
 1 - adventícia - conjuntiva, encontrada no esôfago, na porção distal do reto e no 
 canal anal. 
 2 - serosa - encontrada no estômago e intestinos. Corresponde ao folheto visceral 
 do peritônio. É constituída de epitélio simples pavimentoso (mesotélio) e uma 
 lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. 
 
 
 
 
 13
ESÔFAGO 
 
 
 Órgão tubular destinado a transportar rapidamente os alimentos para o estômago. 
 
 
LÂMINA N° 57 - Esôfago - H.E. 
 
 Esta lâmina corresponde ao terço médio de esôfago de cão. 
 Identificar em aumento menor. 
 
a) Mucosa - epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. Lâmina própria de tecido 
conjuntivo, sem glândulas. A muscular da mucosa é constituída de feixes de musculatura lisa 
cortados transversalmente não formando faixa contínua. 
 
b) Submucosa - com vasos e glândulas esofágicas profundas (glândulas exócrinas túbulo-
acinosas ramificadas mucosas). Seus ductos possuem epitélio simples cúbico ou biestratificado 
próximo ao epitélio. 
 
c) Muscular - formada por duas camadas de musculatura estriada (no cão) sendo a camada 
interna circular e a externa longitudinal. Entre as duas camadas pode-se encontrar gânglios do 
plexo mioentérico. 
 
d) Adventícia - formada por tecido conjuntivo frouxo contendo vasos e nervos. 
 
 
 
 
ESTÔMAGO 
 
 
 É a porção dilatada do tubo digestivo que recebe o bolo alimentar permitindo a ação de 
enzimas digestivas. Apresenta quatro regiões anatômicas. São elas: regiões cárdica, fúndica, do 
corpo e pilórica. Histologicamente as regiões fúndica e do corpo são idênticas. A mucosa 
apresenta características típicas para cada região que consistem principalmente em diferenças 
na profundidade das fossetas e nas variedades de glândulas gástricas. O epitélio de 
revestimento, entretanto, é idêntico em todas as regiões. 
 
 
LÂMINA N° 59 - Região Fúndica e do corpo do estômago - H.E 
 
 Identifique em aumento menor: 
 
a . Mucosa 
1 . Epitélio simples prismático , produtor de muco. 
2 . Fossetas pouco profundas com epitélio simples prismático. 
3 . Lâmina própria quase totalmente tomada pelas glândulas fúndicas, não se 
conseguindo individualizá-las facilmente. A parte superior da lâmina própria é mais 
celular. 
 
 
4 . Nas glândulas observe em maior aumento: 
I. Células parietais- arredondadas com núcleo esférico central e fortemente 
acidófila (avermelhadas). Predominam no colo da glândula. 
II. Células principais ou zimogênicas - piramidais e basófilas (azuladas) 
predominando no terço basal da glândula. 
 
5. Muscular da mucosa é bem nítida, formando faixa de tecido muscular liso 
separando a mucosa da submucosa . 
 14
b . Submucosa - tecido conjuntivo rico em vasos. 
 
c . Muscular - camada interna - feixes de fibras oblíquas; camada média - feixe de fibras 
 circulares e externa - feixe de fibras longitudinais. 
 
d . Serosa - conservada , na maioria das lâminas. 
 
 
 
 
INTESTINO DELGADO 
 
 
 É a porção do tubo digestivo onde ocorrem os processos finais da digestão dos alimentos 
e de absorção dos produtos da digestão. Várias enzimas são aí acrescentadas ao bolo alimentar. 
Histologicamente o jejuno e íleo possuem a mesma estrutura. Apresentam vilosidades intestinais 
que são elevações digitiformes da mucosa e pregas circulares formadas por pregas da mucosa e 
submucosa. As vilosidades apresentam um eixo conjuntivo de lâmina própria, muito celular e 
vascularizado, revestido por epitélio. 
 
 
 
LÂMINA N° 61 - Duodeno - H.E 
 
 
 Identifique em aumento menor e maior as vilosidades que são baixas e largas, com 
aspecto de folhas, cortadas longitudinalmente. As glândulas intestinais são longas. 
 
 
a. Na mucosa intestinal identificar : 
 
1 . As vilosidades com: epitélio simples prismático com borda estriada (células absortivas) 
 e células caliciformes e eixo de tecido conjuntivo (lâmina própria) 
2 . Lâmina própria, abaixo das vilosidades, com glândulas intestinais (simples tubulosas, 
 com epitélio idêntico ao das vilosidades). 
3. Muscular da mucosa, separando a mucosa da submucosa. Envia feixes de fibras 
 musculares para as vilosidades 
 
b. Submucosa - tem como aspecto característico, a presença das glândulas exócrinas 
 simples túbulo-acinosas mucosas, tomando a maior parte da submucosa. 
 
c. Muscular - camada interna circular e camada externa longitudinal. Identifique 
 em aumento maior os gânglios do plexo mioentérico entre as camadas 
 musculares média e externa. 
 
d. Serosa - conservada na maioria das lâminas. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE ESTÔMAGO E DUODENO 
 
 
 
1. Estômago - epitélio simples prismático produtor de muco, com glândulas gástricas na 
 lâmina própria da mucosa. 
 
2. Duodeno - vilosidades mais largas e glândulas intestinais mais longas que as do jejuno- 
 íleo. Presença de glândulas duodenais (de Brünner) na submucosa 
 
 15
INTESTINO GROSSO 
 
 
 Não apresenta vilosidades, as células caliciformes são mais numerosas e as glândulas 
intestinais são mais longas que as do intestino delgado. Cólons e ceco apresentam a mesma 
estrutura histológica. 
 
 
LÂMINA N° 63 - Intestino grosso - H.E 
 
 Identifique em aumento menor e maior: 
 
a . Mucosa - desprovida de vilosidades 
 
1. Epitélio simples prismático com borda estriada, com células caliciformes mais 
 numerosas do que no intestino delgado. 
2. Lâmina própria constituída de conjuntivo frouxo com glândulas intestinais cortadas 
 transversal e longitudinalmente. Identifique pelo menos uma glândula cortada 
 longitudinalmente. 
3. Muscular da mucosa evidente. 
 
b. Submucosa - de tecido conjuntivo frouxo com vasos, sem glândulas, podendo ocorrer 
folículos linfóides isolados. Os gânglios dos plexos submucosos são de difícil 
identificação. São formados por aglomerados de corpos de neurônios de núcleos 
vesiculosos e fibras nervosas amielínicas. 
 
c. Muscular - interna circular e externa longitudinal. A camada muscular externa forma 
faixas espessas denominadas tênias, facilmente visíveis em peças anatômicas. Entre 
as túnicas musculares, identificar gânglios do plexo mioentérico com corpos de 
neurônios e fibras nervosas amielínicas. 
 
d . Serosa - conservada em algumas áreas. 
 
 
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GLÂNDULAS ANEXAS DO TUBO DIGESTIVO 
 
 
Profa . Amélia Dulce Villela de Carvalho 
Prof . Marco Jacques Magalhães 
 
 
 
PÂNCREAS 
 
 
 Glândula anfícrina com secreção exócrina produzida pelos ácinos pâncreáticos e 
secreção endócrina produzida pelas ilhotas pancreáticas (de Langerhans). A parte exócrina é 
classificada como glândula exócrina composta, acinosa, serosa pura. Nas ilhotas pancreáticas 
(parte endócrina) as células epiteliais apresentam disposição cordonal. A parte exócrina do 
pâncreas difere da parótida pela ausência de ductos estriados e presença das células centro-
acinosas, que correspondem ao início dos ductos intercalares na parte central dos ácinos. 
 
 
LÂMINA N° 68 - Pâncreas - Hematoxilina crômica floxina de Gomori 
 
 
 Identificar em aumento menor: 
 
 
Septos finos e delicados. Em alguns locais observam-se vasos . 
 
a. Parte exócrina - ácinos serosos com células apresentando basofilia basal (ergastoplasma) e 
ductos interlobulares. Alguns ductos apresentam epitélio prismático alto, podendo conter células 
caliciformes e produto de secreção no lume. 
 
b. Parte endócrina - observe as ilhotas pancreáticas com forma esferoidal espalhadas entre os 
ácinos. 
 
 Identificar em aumento maior: 
 
a . Parte exócrina - ácinos pancreáticos serosos formados por células com núcleos basais, 
basofilia basal (ergastoplasma) e grânulos de zimogênio corados em vermelho no ápice. Os 
núcleos de cromatina frouxa existentes na parte central dos ácinos são das células chamadas de 
centro-acinosas, que correspondem ao início dos ductos intercalares. No pâncreas não existem 
ductos estriados. Observe nos septos conjuntivos, a ocorrência de ductos interlobulares com 
epitélio simples prismático e, eventualmente, com células caliciformes. 
 
b. Parte endócrina - localizar uma ilhota pancreática. Suas células se dispõem em cordões ou 
faixas entre uma rica rede de capilares sanguíneos. Nesta técnica de coloração, distinguem-se 
dois tipos celulares nas ilhotas, células alfa e beta, embora elas possuam um terceiro tipo celular, 
célula delta. 
 b.1. Células alfa - citoplasma acidófilo, corado em vermelho pela floxina. Secretam 
 glucagon. 
 b.2. Células beta - coram-se em azul e são mais numerosos. Secretam insulina. 
 b.3. Células delta - nesta coloração se confundem com as células beta. Secretam 
 somatostatina. 
 
 
 
 
 
 
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FÍGADO 
 
Prof. Marco Jacques Magalhães 
 
 
 
 Órgão constituído por quatro lóbos subdivididos em lóbulos. Recebe duplo suprimento 
sanguíneo através da artéria hepática (sangue oxigenado) e veia porta (sangue venoso mas rico 
em metabólitos absorvidos pelos intestinos). No hilo hepático penetram a veia porta e artéria 
hepática e emergem os ductos biliares direito e esquerdo. 
 
 
LÂMINA N° 70 - Fígado de porco - Tricrômico de Gomori 
 
 Em pequeno aumento percorrer toda a lâmina e identificar as formações conjuntivas 
coradas em verde: 
 
Cápsula - conjuntiva, revestida em sua maior parte pela serosa peritonial que é formada por 
epitélio simples pavimentoso (mesotélio) e delicado tecido conjuntivo. 
 
Espaços porta - ao nível do hilo hepático a cápsula se inflete para dentro do órgão envolvendo 
ramos da artéria hepática, ramos da veia porta e ductos biliares, formando em torno destes 
elementos um envoltório de tecido conjuntivo denominado bainha conjuntiva perivasculobiliar. 
Cortes desta bainha são chamados espaços porta ou porto-biliares e contém (identificar em 
aumento maior): 
- um ou mais ramos da artéria hepática 
- um ou mais ramos da veia porta 
- um ou mais ductos biliares (epitélio simples cúbico ou prismático) 
- capilares sanguíneos e linfáticos. 
 
Septos interlobulares - em apenas algumas espécies animais(porco, camelo e urso branco), 
septos conjuntivos unem os espaços porta, delimitando morfologicamente os lóbulos hepáticos, 
que apresentam, como na lâmina da coleção, em pequeno aumento e cortes transversais, uma 
forma hexagonal. No interior dos lóbulos existe um delicado estroma conjuntivo rico em fibras 
reticulares, não evidenciado nesta preparação. 
 
Parênquima hepático - representado pelos lóbulos hepáticos e vias biliares intra-hepáticas. 
 
 Em aumento maior estudar os componentes dos lóbulos hepáticos, que são: 
 a) lâminas epiteliais de hepatócitos 
 b) labirinto hepático. 
 
a ) Lâminas epiteliais de hepatócitos - as lâminas epiteliais de hepatócitos se dispõem em forma 
radial da periferia para o centro do lóbulo em direção a veia aí existente, denominada veia centro 
lobular. Os hepatócitos são células epiteliais poliédricas, de citoplasma granuloso, acidófilo, 
possuindo um ou dois núcleos centrais de cromatina frouxa. Entre hepatócitos contíguos e à 
custa de depressões justapostas em suas superfícies, forma-se os canalículos biliares 
intercelulares, portanto sem parede própria. Estes se dirigem do centro do lóbulo em direção aos 
espaços porta na periferia, onde desembocam nos chamados colangíolos periportais (canal de 
Hering), que por sua vez se abrem nos ductos biliares do espaço porta. Os canalículos biliares 
não são visíveis nesta preparação. 
 
b ) Labirinto hepático - As lâminas de hepatócitos delimitam entre elas um conjunto de cavidades 
intercomunicantes, à maneira de uma esponja, que é denominado labirinto hepático e que 
contém: capilares sinusóides, espaços perissinusoidais (espaços de Disse) e a veia centro 
lobular. 
- Capilares sinusóides - dirigem-se da periferia do lóbulo para a veia centro lobular, onde 
desembocam. Recebem sangue arterial e venoso da artéria hepática e veia porta, 
respectivamente. Apresentam lume irregular com dilatações ou seios, trajeto tortuoso e são 
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anastomosados. São revestidos por células endoteliais comuns e por células fagocitárias, que, 
no fígado, são denominadas de células de Küpffer. 
- Espaços de Disse - situados entre as lâminas de hepatócitos e os capilares sinusóides. São 
espaços virtuais (muito pequenos) não sendo visíveis nas preparações histológicas usuais, como 
nesta lâmina. 
- Veia centro lobular- recebe o sangue dos capilares sinusóides e se situa no centro do lóbulo. 
Sua parede é fina e muito perfurada. 
- Vias biliares intra-hepáticas - formadas pelos ductos biliares encontrados nos espaços porta. Os 
ductos de menor calibre possuem epitélio cúbico e os de maior calibre, epitélio prismático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	00 Introdução
	01 Circulatório
	02 Respiratório
	03 Tubo Digestivo
	04 Pâncreas e Fígado

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