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3 - COGNIÇÕES - crenças, expectativas e autoconceito-1

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COGNIÇÕES: CRENÇAS PESSOAIS DE CONTROLE
A motivação e as cognições
As cognições referem-se aos eventos mentais tais como: crenças, expectativas e autoconceito.
Relacionam-se ao modo de pensar do indivíduo sobre suas habilidades em relação aos próprios sucessos e fracassos.
As expectativas sobre o próprio futuro e sobre as capacidades de enfrentamento dos problemas (crença de controle pessoal) tem importantes implicações motivacionais.
Ex.: Correr 5Km se de antemão você sabe que não conseguiria chegar nem aos 3km.
Motivação para exercitar 
o controle pessoal
O desejo de exercitar o controle pessoal baseia-se na crença de que se possui o poder de produzir resultados favoráveis.
A intensidade que cada pessoa tem de exercitar seu controle pessoal relaciona-se com a intensidade das expectativas que tem de serem capazes realizar o que esperam.
	OBS.: EXPECTATIVA – predição subjetiva da probabilidade de ocorrência de um evento.
Tipos de Expectativas
Expectativas de eficácia: julgamento sobre a própria capacidade para executar um determinado ato ou ação. Estimam a probabilidade de um indivíduo comportar-se de uma determinada maneira.
Expectativa de resultado: julgamento sobre a produção de um determinado resultado, após o curso de uma ação. Estimam a probabilidade de ocorrência de determinadas consequências após ocorrido o comportamento.
PESSOA	 COMPORTAMENTO	 RESULTADO
	Expectativa de			Expectativa de 
	 eficácia			 resultado
“Consigo fazer isso?”	 “Isso dará certo?”
É preciso que tanto a expectativa de eficácia quanto a expectativa de resultado sejam elevadas para que o comportamento se energize e se direcione para uma meta.
A auto-eficácia(A. Bandura)
Expectativa de eficácia ≠ auto-eficácia
Auto-eficácia: capacidade da pessoa em utilizar seus próprios recursos, orquestrar suas habilidades/capacidades, para enfrentar as demandas e as circunstâncias desafiadoras. Julgamento próprio de quão bem (ou quão mal) a pessoa enfrentará a situação.
Quanto maior a auto-eficácia, maior a expectativa de eficácia.
Auto-eficácia ≠ Capacidade
A competência requer a capacidade de organizar as próprias habilidades com o objetivo de um desempenho eficaz, especialmente em circunstâncias desafiadoras e difíceis.
Capacidade de improvisar, traduzir suas habilidades para melhor resolução do desafio, para um desempenho eficiente.
Ex.: dirigir um carro em situação normal e dirigir um carro em situação arriscada.
Auto-eficácia ≈ autoconfiança ≠ dúvida
Numa situação desafiadora/difícil/perigosa, é necessário:
Controlar a inquietação;
Tomar decisões conscientes;
Evitar perigos;
Ter capacidade de negociação;
Saber exercer liderança
É necessário ter uma auto-eficácia elevada.
Na situação oposta, no caso de dúvida, a situação desafiadora pode produzir:
Ansiedade;
Confusão;
Pensamentos negativos;
Tensão corporal;
Comportamentos de evitação.
A dúvida pode interferir 
negativamente no desempenho.
	A quantidade de auto-eficácia (versus dúvida de si) é a variável motivacional que determina a quantidade em que o indivíduo é bem-sucedido (ou malsucedido) ao enfrentar a situação quando suas habilidades e capacidades estão submetidas a pressão.
Fontes da auto-eficácia
História do comportamento pessoal
Experiência vicária
Persuasões verbais (conversas preparatórias)
Estados fisiológicos
Obs.: A história do comportamento pessoal e a experiência vicária são os fatores mais fortes e influentes da auto-eficácia, constituindo-se possibilidades de intervenções terapêuticas promissoras. A persuasão verbal e a regulação de estados fisiológicos funcionam como oportunidades para se alterar crenças pessimistas de auto-eficácia.
História do comportamento pessoal
As pessoas aprendem sua auto-eficácia atual a partir de interpretações de suas tentativas anteriores de executar o mesmo comportamento.
Quando as tentativas anteriores são consideradas competentes, eleva-se a auto-eficácia;
Quando as tentativas de execução da tarefa são consideradas incompetentes, diminui-se a auto-eficácia.
Ex.: elogios e sentimento de orgulho pelo trabalho bem-feito.
	Importante: se a história do comportamento produziu um forte sentimento de eficácia, a auto-eficácia do indivíduo não será abalada por uma situação de incompetência. 
Experiência Vicária
Relaciona-se com a observação de um modelo realizando a mesma ação que um indivíduo está para executar, e a percepção das consequências deste.
	A partir de um processo de comparação social, o ato de observar uma pessoa realizando eficientemente uma tarefa, aumenta no observador seu sentimento de auto-eficácia.
	Quanto maior a semelhança percebida entre o modelo e o observador, maior a identificação com o comportamento do modelo.	
	Ex.: “Se até ele não conseguiu fazer, como eu conseguirei fazê-lo?”; “Se ele consegue, eu também consigo.”
Persuasão verbal
A comunicação persuasiva (fortalecendo as qualidades) faz a pessoa desviar a atenção de suas fontes de ineficiência para as fontes de eficiência.
Ex.: treinadores esportivos, pais, professores, patrões, colegas, amigos, etc.
	“ Faz que você consegue.”; “Você tem competência para realizar este trabalho!”
Estado Fisiológico
Um estado fisiológico anormal (fadiga, dor, tensão muscular, confusão mental, tremor etc.) são sinais de que as demandas das tarefas estão sendo maiores que a capacidade do indivíduo de enfrentá-las, ou seja, aumentam seu senso de ineficácia.
Por outro lado, a ausência de tensão, medo, ansiedade fornecem um feedback corporal de que a pessoa está apta a enfrentar o desafio.
A Auto-eficácia e o comportamento
As crenças de auto-eficácia contribuem de várias formas para o desenvolvimento humano.
Quanto maior a esperança na realização adequada da ação, maior sua vontade de dedicar esforço e persistência nas dificuldades que ocorrerão no curso de tal ação.
Quanto menor a esperança na realização da ação, mais suscetíveis a abandonar a tarefa, ou se contentar com resultados medíocres, as pessoas serão.
Efeitos da auto-eficácia no comportamento
Escolha das atividades e seleção dos ambientes
Quantidade de esforço e persistência no desempenho
Qualidade do pensamento e tomada de decisão no desempenho
Reações emocionais (stress e ansiedade)
Escolha: seleção de atividades e ambientes
As pessoas tendem a procurar e se aproximar das atividades e situações na qual experimentam sentimentos de controle e tendem a evadir-se na situação contrária (auto-proteção, pois a sensação de dúvida supera a sua sensação de eficácia).
Ex.: evitar uma aula difícil; evitar um encontro social 
As escolhas de evitação possuem um efeito nocivo e durável sobre o desenvolvimento.
Crenças fracas de auto-eficácia (dúvida) inviabilizam a vontade de participar das atividades afetando negativamente o exercício de potenciais em desenvolvimento.
A evitação de situações causada pela dúvida gera uma limitação gradativa do campo de ação do indivíduo.
Esforço e Persistência
As crenças de auto-eficácia influenciam a quantidade e a duração dos esforços que as pessoas empregam diante das adversidades;
Crenças fortes de auto-eficácia produzem esforços persistentes para lidar com as adversidades;
Crenças baixas de auto-eficácia geram o desinteresse na ação a partir do primeiro obstáculo.
As crenças de auto-eficácia silenciam as dúvidas e potencializam uma recuperação rápida (resiliência) da auto-assertividade após as dificuldades.
“ É a resiliência da auto-eficácia diante do martelar ininterrupto do fracasso que fornece o apoio motivacional necessário para continuar o esforço persistente para o alcance de um funcionamento competente e para o desenvolvimento proficiente.” (Bandura)
Pensamento e tomada de decisão
Em situações estressantes, o desempenho de pessoas que acreditam na sua eficácia é melhor do que aquelas que não possuem esta crença.
Na tomada de decisão, a dúvida distrai e tira o foco da ação/ problema.
Emocionalidade
Se a crença de auto-eficácia prevalece(emocionalidade positiva):
Atenção focada nas demandas e desafios da tarefa;
Visualização de formas de resolução do problema;
Otimismo;
Interesse no feedback;
Se a dúvida prevalece (emocionalidade negativa):
Evidencia/ foco nas deficiências pessoais;
Visualização de obstáculos para o cumprimento da tarefa;
Pessimismo, ansiedade e depressão.
Emocionalmente, a crença de auto-eficácia protege os indivíduos da ansiedade e do stress das situações cotidianas.
Terapeuticamente, um aumento da auto-eficácia significa diminuição da ansiedade.
Grau de auto-eficácia
História do comportamento pessoal;
Experiência Vicária;
Persuasão Verbal (conversa preparatória)
Atividade Fisiológica
Escolha (aproximação ou evitação
Esforço e persistência
Pensamento e tomada de decisão
Reações emocionais
(estresse e ansiedade)
FONTES
EFEITOS NO COMPORTAMENTO
Auto-eficácia e dotação de Poder
Envolve a posse de conhecimentos, competências e crenças que permitem ao indivíduo exercer controle sobre sua própria vida.
Refere-se a percepção do controle que se tem para guiar sua própria vida.
 
Para a dotação de poder, além do conhecimento sobre como deverão agir, as pessoas necessitam de:
		1) traduzir seu conhecimento e suas competências em um desempenho eficaz;
		2) Exercer seu controle sobre pensamentos aversivos e intrusivos
Exemplo: Violência contra a mulher – não adianta saber que é necessário fazer a denúncia; mas a crença na auto-eficácia precisa alimentar a dotação de poder pessoal e evitar pensamentos aversivos (medo da morte) para se ter coragem e denunciar.
	
Modelagem de domínio: dotando as pessoas de poder
Programa formal que emprega um treinamento de auto-eficácia com o propósito de dotar as pessoas de poder.
Um especialista em determinada habilidade trabalha com o grupo mostrando-lhes como enfrentar situações desafiadoras.
Ex.: Treinadores, professores, instrutores de artes marciais, psicólogos etc.
O programa possui sete passos:
Identificação das habilidades para um enfrentamento eficaz e mensuração da expectativa de eficácia para cada habilidade, por aluno;
Apresentação de um modelo para cada uma das habilidades;
Os estudantes realizam cada habilidade modelada e o professor lhes dá um feedback;
Os estudantes integram as habilidades num desempenho geral numa situação de desafio pelo professor;
5) Os estudantes participam cooperativamente em grupos de aprendizagem;
6) Individualmente, os alunos executam tarefas bem próximas de uma situação da vida real, sob a orientação do professor, que lhe serve de modelo e lhes dá o feedback corretivo;
7) O professor serve de modelo para que os estudantes vejam como é ter um comportamento confiante e como utilizar técnicas que controlam a excitação.
Ex.: artes marciais, falar em público, medo de dirigir; aprender matemática
Crenças pessoais de controle
Refletem o grau com que um indivíduo acredita que será capaz de produzir os resultados que deseja e impedir a ocorrência de resultados indesejáveis.
Crenças de controle fortes: atribuição de causalidade pessoal aos resultados das ações;
Crenças de controle fracas: atribuição de causalidade impessoal (o indivíduo percebe que tem pouco domínio no resultado da ação).
Orientação motivacional de domínio versus orientação motivacional de desamparo
Orientação motivacional de domínio: imagem forte e resistente do self mesmo em casos de fracasso; motivação para a proficiência;
Orientação motivacional de desamparo: visão frágil do self; motivação para o desempenho – quando é baixa, ocorre o desinteresse pela tarefa.
Desamparo apreendido
Refere-se ao estado psicológico que resulta quando um indivíduo espera que os resultados de sua vida são incontroláveis.
Sensação de fatalidade (falta de controle) com relação às situações cotidianas.
As expectativas de resultados influenciam o desamparo aprendido, tal como a expectativa de eficácia influencia a auto-eficácia.
A aprendizagem do desamparo
O desamparo não é inato, mas aprendido.
Tal aprendizagem depende de três componentes:
Contingência
Cognição
Comportamento
Contingência
Refere-se a relação objetiva entre o comportamento da pessoa e os resultados do ambiente (casa, trabalho, relação interpessoal, etc.).
A contingência acontece em um continuum que varia desde os resultados aleatórios (incontroláveis) até os resultados que ocorrem em sincronia com o comportamento voluntário (controláveis).
Então, o grau de contingência serve para avaliar a possibilidade de controle sobre o ambiente e, consequentemente, a realização de um determinado comportamento.
Ex.: possibilidade de receber multa, ganhar um prêmio na loteria, ser assaltado etc.
Cognição
Referem-se as tendenciosidades (ilusões de controle), atribuições (de motivos pelo qual acreditamos ter o controle) e as expectativas (crenças subjetivas de controle que aprendemos com as experiências passadas). 
Situam-se na interseção entre as contingências reais e objetivas e a compreensão subjetiva que o indivíduo tem do seu controle pessoal.
Então, para compreender o desamparo aprendido, é importante considerar a relação que a pessoa faz sobre as contingências ambientais objetivas e as crenças pessoas e subjetivas de controle.
Comportamento
Refere-se ao comportamento voluntário de enfrentamento, que varia num continuum de muita atividade para a muita passividade (letargia).
A letargia, passividade e a desistência são característicos de um comportamento de desamparo;
A atividade, o sentido de alerta e a assertividade são características de quem não sofre desamparo (possuem alguma expectativa de controle)
Efeitos do desamparo
Deficiências motivacionais: consiste numa diminuição da vontade para tentar. (“Por que tentar, se eu não tenho controle do resultado?”)
Deficiências de aprendizagem: referem-se a aquisição de um pessimismo capaz de interferir na capacidade de aprendizagem da pessoa; sentimento de impotência.
3)Deficiências emocionais: consistem em rupturas afetivas acarretando reações emocionais depressivas e letárgicas em situações que exigem atividade e assertividade (sentimento de impotência).
Desamparo e Depressão
O desamparo aprendido e a depressão são eventos similares e baseados no sentimento de impotência do sujeito diante de algo que é inevitável.
Há o compartilhamento dos seguintes sintomas: passividade, baixa estima, perda de apetite.
Crenças de controle e Estilo explicativo
Reflete a maneira como as pessoas explicam os motivos pelos quais os eventos ruins lhes acontecem.
O estilo explicativo otimista: manifesta-se como uma tendência a explicar os maus eventos com atribuição de causalidade externa e controláveis. Ex.: “Perdi o jogo porque o outro trapaceou.”
O estilo explicativo pessimista: manifesta-se como a tendência a explicar os maus eventos com atribuição de causalidade interna e incontroláveis. Ex.: “Perdi porque tenho pouca coordenação motora.”
Crenças de controle e a Teoria da Reatância
A Teoria da Reatância, tal como a teoria do desamparo aprendido, tenta explicar o comportamento diante de situações consideradas incontroláveis.
Reatância refere-se à tentativa comportamental e psicológica de restabelecer (“reagir” contra) uma liberdade que foi eliminada ou ameaçada.
Se a pessoa espera exercer controle sobre a situação: uma situação incontrolável ativa a reatância, tornando as pessoas mais ativas, hostis ou agressivas.
Se a crença de controle é baixa: uma situação incontrolável ativa o estado de desamparo e sentimento de incompetência e impotência.

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