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AV2 PSICOLOGIA
Abordagem psicológica da violência 
Você deve entender que não há uma linha divisória entre a agressividade e a violência. A interpretação dessas situações dependerá do contexto legal e sociocultural. Além disso, essa interpretação é dinâmica porque se modifica na medida Definições de Violência.
DICIONÁRIO HOUAISS
–ação ou efeito de violentar, empregar a força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral (contra alguém); ato violento, crueldade, força.
Aspecto jurídico 
–constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém para submeter-se à vontade do outro; coação
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE –OMS –imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis
COMUNIDADE INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS
a violência é compreendida como toda violação de direitos civis; políticos; econômicos e culturais.
PSICOLOGIA 	
BOCK , FURTADO E TEIXEIRA
Uso desejado da agressividade, com fins destrutivos, podendo ser voluntário, racional e consciente ou involuntário, irracional e inconsciente.
MANGINI (2008)
A violência ocorre quando a agressividade não está relacionada à proteção de interesses vitais, trazendo em si a ideia de destruição entre seres da mesma espécie, quando outras soluções poderiam ser empregadas. Dificam. A agressividade, segundo Mangini(2008), citada por Fiorelli e Mangini (2010), é como se fosse uma força, um comportamento, algo que ajuda a sobrevivência e a adaptação do indivíduo. 
Para essa autora (Mangini, 2008), a agressividade é uma característica da personalidade que aparece no comportamento da pessoa. Não canalização da agressividade para fins construtivos a falta de estabilidade emocional, a impulsividade e a baixa tolerância a frustrações. Mecanismos de controle da Agressividade por exemplo, a educação, a lei e a tradição. 
Desde a infância - o ser humano é levado a aprender a reprimir e a não expressar a agressividade de forma descontrolada. Mundo – transformação dos impulsos agressivos em produções consideradas socialmente positivas, como a criação intelectual, as artes e o esporte.
Violência e agressividade 
Contexto social e cultural no qual o ato é realizado. O comportamento agressivo em um contexto pode ser considerado violência 
em outro, e vice-versa. Não há uma linha divisória entre a agressividade e a violência. A interpretação dessas situações dependerá do contexto legal e sociocultural. Interpretação dinâmica porque se modifica na medida em que os costumes se modificam.
Teorias sobre a agressividade
PSICANÁLISE
A agressividade é constitutiva do ser humano e, ao mesmo tempo, afirma-se a importância da cultura e da vida social, como reguladoras dos impulsos destrutivos. A função de controle dos impulsos destrutivos processo de socialização em que é esperado que as ligações significativas com os outros sejam determinantes.
Winnicott
(2012),psicanalista inglês, afirma que a agressividade e a destrutividade humanas estão intrinsecamente relacionadas à questão da constituição do sentido da realidade externa. A Importância está nos estágios iniciais do desenvolvimento, em que se mostram as raízes da agressividade. 
GESTALT	
Destaca este tema afirmando que a agressividade é resultado de uma percepção inadequada dos comportamentos realizados, ou seja, a pessoa não conseguiu discriminar os detalhes que diferenciam um comportamento agressivo de outro socialmente adaptado.
BEHAVIORISMO
explica que existe a possibilidade do comportamento 
agressivo ser aprendido por meio de um condicionamento por reforço 
positivo. Por exemplo : o indivíduo apresenta um comportamento agressivo; consegue o que quer; ele volta a agredir pelo mesmo ou outro motivo e obtém novamente sucesso, com isso, torna se cada vez mais agressivo.
SOCIOCOGNITIVA
Cognitiva afirma que a agressividade pode ter origem nos modelos :a criança e o adolescente aprendem o que é considerado agressividade ou violência com os pais, colegas de escola, ídolos etc.
A Partir daí, passam a se comportar de forma a repeti-los, para estar
“à Altura deles” ou mais perto deles.
 
Tipos de violência 
Violência estrutural 
É aquelas violências que negam cidadania para alguns indivíduos ou grupos de pessoas, pautadas de descriminação social contra os diferentes.
Violência urbana
São as que vão contra alei penal, como: assassinatos, sequestros, roubos ou qualquer tipo de crime contra as pessoas ou patrimônios que se manifestam nas cidades grandes. A violência urbana prejudica a qualidade das relações sociais e destrói a qualidade de vida.
Violência institucional 
É praticada por instituições prestadoras de serviços públicos como hospitais, escolas, etc. feitas por agentes que deveriam proteger as vitimas contra violência e reparadora de danos.
Violência simbólica 
A violência simbólica é um tipo de atentado, desvalorização ou restrição do patrimônio material ou imaterial de determinado grupo identificado culturalmente. São relações estabelecidas entre grupos dominantes e dominadas que aparecem de forma “naturalizada”. A violência simbólica é sutil e permeia nosso cotidiano de forma implícita. 
Violência domestica 
Tipo que ocorre no lar, com pessoas que tem ou não vínculos familiares. Abusos sexuais contra crianças ou maus tratos contra idosos também se encaixa nesse tipo de violência. Existem cinco tipos de agressão: sexual, psicológica, física, patrimonial e moral. A negligência é o ato de omissão e com essa omissão pode causar danos permanentes e graves.
Violência psicológica 
Ocorre de forma indireta, não implícita, como xingamentos, ameaças e humilhações. Nesse caso a vitima sente-se culpada pelos transtornos. 
Violência sexual 
 na qual o agressor abusa do poder que tem sobre a vítima para obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, sendo induzida ou obrigada a práticas sexuais com ou sem violência física. A violência sexual acaba por englobar o medo, a vergonha e a culpa sentidos pela vítima, mesmo naquelas que acabam por denunciar o agressor, por essa razão, a ocorrência desses crimes tende a ser ocultada.
Violência verbal 
Ela pode ocorrer através do silencio, que muitas vezes é pior do que os métodos habituais como as ofensas morais, insultos, depreciação e interrogatórios.
Violência física 
É o uso da força como objeto de ferir. São comum tapas, murros, queimaduras e agressões com objetos. Estudiosos afirmam que além da investigação dos comportamentos violentos, deve-se buscar estratégias de implantação de comportamentos de paz, por uma cultura de não violência.
Comportamentos antissociais 
Há muitos evidencias que a violência e a psicose estão relacionadas, mas uma minoria de pessoas que praticam violências são psicóticas Os quadros psiquiátricos onde mais comumente podemos encontrar comportamentos antissociais são: distúrbio explosivo da personalidade; distúrbio antissocial da personalidade (veremos separadamente, mais adiante); distúrbio borderline da personalidade; psicose; e episódio maníaco.
 Distúrbios explosivo da personalidade 
Tem a tendência de agir por impulso, sem se preocupar com os consequências de tais atos. A raiva pode levar a violência, essas situações podem ser desencadeadas quando suas atitudes são criticadas ou impedida pelos outros. Esses indivíduos são bem sociáveis, falantes e simpáticos. Há uma sensibilidade aos aborrecimentos causados por pequenas situações no ambiente que vão produzir, nos explosivos, respostas de violência e agressividade sem controle. Essas pessoas são de pavio-curto oucinco-segundos.
Distúrbio borderline de personalidade
Embora, o borderline mantenha uma conduta adequada em um bom numero de situações, ele tropeça em outros simples. O limiar da tolerância a frustração é extremamente sensível. Esta sujeita a grandes manifestações de instabilidade afetiva, oscilando bruscamente entre emoções como amor e odeio, entre a apatia e o entusiasmo exagerado. A vida conjugal com essas pessoas pode ser muito problemática, pois ao mesmo tempo de se apegam ao outro e os amam, de repente podemaltrata-los cruelmente. Eles vivem exigindo apoio, afeto e amor continuamente, sem isso aparecem o medo a solidão ou a incapacidade de ficar só, em presença de si mesmo. 
Psicose
Perda de conato com a realidade. Nos períodos de crise mais intensos podem ocorrer alucinações, delírios, pensamentos desordenados, acentuada inquietude psicomotora (é caracterizada por um estado de excitação mental e atividade motora aumentadas), sensações de angustias intensas e opressão e insônia severa
Tal situação mental é frequentemente acompanhada por uma falta de “crítica” , que se traduz numa incapacidade de reconhecer o caráter estranho ou bizarro do seu comportamento. Desta forma surgem também, nos momentos de crise, dificuldades de interação social e em cumprir normalmente as atividades de vida diária, podendo gerar comportamentos violentos, muitas vezes, defensivos e em função das alucinações ou delírios decorrentes de seu estado.
Episodio maníaco 
Esses indivíduos podem se mostra hostil e ameaçador para outros. É uma excitação eufórica do humor por uma intensa agonia motora, distraibilidade, logorreia e por uma redução de sono. Ele pode se valoriza e fazer coisas que normalmente não faria, pois distorce a realidade de modo a não enxergar os perigos das suas ações.
 
Dependência de álcool e drogas 
A variabilidade dos efeitos provocada pelas drogas e álcool, em diferentes indivíduos, sugere que pensemos na contribuição de fatores orgânicos, socioculturais e de personalidade. É importante saber que pessoas com o mesmo grau de intoxicação, por substâncias ou álcool, têm respostas emocionais diferentes e condutas diversas. A associação entre álcool, drogas e violência merece seguir sendo estudada, na busca de mais conhecimentos e práticas que possam contribuir para a prevenção da violência.
Transtorno desafiador opositivo 
Aparece aos 8 anos. Podemos caracterizar este transtorno, quando ele persiste, por pelo menos 6 meses, como o comportamento da criança. Em geral, é percebido a ocorrência frequente de pelo menos quatro dos seguintes comportamentos: perder a paciência, discutir com adultos, desafiar ativamente ou recusar-se a obedecer a solicitações ou regras dos adultos, deliberadamente fazer coisas que aborrecem outras pessoas, responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento, ser suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros, mostrar-se enraivecido e ressentido, ou ser rancoroso ou vingativo. Este transtorno antecedo o transtorno de conduta.
Transtorno de conduta 
Personalidade antissocial na juventude. Como a personalidade não está formada, antes dos 18 anos, não se pode dar o diagnóstico de personalidade patológica para menores, mas a correspondência que existe entre a personalidade antissocial e o transtorno de conduta é muito próxima. Este transtorno consiste em uma série de comportamentos que perturbam quem está próximo, com atividades perigosas e até mesmo ilegais. Esses jovens e crianças não se importam com os sentimentos dos outros nem apresentam sofrimento psíquico por atos moralmente reprováveis. Assim o comportamento deles apresenta maior impacto nos outros do que nos próprios. Essas crianças ou adolescentes costumam apresentar precocemente um comportamento violento, reagindo agressivamente a tudo e a todos, supervalorizando apenas o seu prazer, mesmo que em detrimento do bem estar alheio.
Transtorno de personalidade antissocial 
É comum tratar esse transtorno como psicopatia . a psicopatia para trindade, pode ser a evolução do comportamento antissocial, ou seja, teria todas as características do comportamento antissocial, mas com uma atenção especifica aos fatores psicológicos. E o antissocial é um fator genético e ambiental. Costumam desorganizar o meio e as relações sociais, causando sofrimento nas pessoas que vivem ao seu redor. Apesar de causar problemas para os outros, são pessoas que estão sempre bem, não sentindo culpa nem necessidade de reparar os prejuízos que causam. Os estelionatário sofre normalmente desse transtorno.
Fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais, indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção;
Propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer;
Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro;
Irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas;
Desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia;
Irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras;
Ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outra pessoa.
Por meio de crueldade com que agem, fazem suas vitimas presas e são visto como predadores. Seus valores não são o mesmo no meio social. O importante é satisfazer seus desejos a qualquer custo. Não se importam com as leis como a cultura e a sociedade estabelecida, criam as suas próprias leis. Seu comportamento é planejado e utilitário. Não se sentem responsáveis pelos seus atos, pois os outros são responsáveis por ele. O outro só tem existência como alguém para ser usado, por isso não conseguem aprender com seus erros. Eles tem uma ficha criminal de crimes feitos de varias formas, principalmente violentos.
Bullying e assedio moral
No bullying os agressores (bullies) são descritos como pessoas que manifestam pouca empatia. Além disso, têm baixa resistência às frustrações, custando a adaptar-se às normas, porque gostam de poder e de controle e, assim, adotam condutas antissociais. As vítimas são pessoas consideradas diferentes ou “esquisitas”. Essas diferenças podem ser de raça, religião, opção sexual, desenvolvimento acadêmico, sotaque, maneira de ser e de se vestir. Encontramos também Bullying em relação a pessoas que se destacam no seu meio e pessoas novatas em diferentes situações. Algumas características ações repetitivas contra uma mesma pessoa em um período longo, desigualdade de poder o que dificulta a defesa e a ausência de motivos para justificar os ataques.
Assedio moral 
O assédio moral é uma coação social, que pode ser instalada em qualquer tipo de hierarquia ou relação que se sustente pela desigualdade social e pela autoridade. O assédio moral é um fenômeno antigo, no entanto sua importância atual deve-se ao novo cenário no trabalho, onde os vínculos e interesses próprios levam sempre à uma disputa competitiva. O conceito de assédio moral é amplo, subjetivo e tem diversas vertentes. Para Margarida Barreto, o assédio moral pode ser definido como a exposição de trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função, de forma repetitiva e prolongada ao longo da jornada de trabalho. É uma atitude desumana, violenta e sem ética nas relações de trabalho, que afeta a dignidade, a identidade e viola os direitos fundamentais dos indivíduos.
Quanto ao papel do psicólogo, constata-se a necessidade de um olhar mais amplo, que contemple, além das demandas particulares de cada sujeito (tratamento do agressor e da vítima), um envolvimento com o social, pois não se pode isolar a violência do contexto social em que ela está inserida. Os profissionais, que trabalham com este fenômeno, devem estar mais flexíveis, dispostos a traçar novos caminhos, criar novas alternativas que possam contemplar as demandas trazidas da forma mais integrada possível. A violência, para o psicólogo, deve ser ratada e não punida. Ele utilizará a investigação das causas, usará as pesquisas já realizadas para, a partir de um trabalho em equipe, tornar viável a reestruturação da situação onde ocorreu a violência. É preciso, desta forma, uma maior qualificação, para o psicólogo, como profissional e como pessoa, para que ele possa trabalhar nesta área.

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