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FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE Disciplina: TSP II Docente: Profa. Ana Manuela Estudante: Denilda Caldas de Santana Turno: Noite ATIVIDADE 1 1- O que representou o século XI? E qual foi o resultado de tudo que ocorreu nesse século? Resp. Esse representou um século de incerteza da existência de Deus e de confusão que resultou na queda das grades verdades que haviam sido acumuladas por mais de dois milênios. O resultado foi um semi-caos no interior do qual o homem ficou entregue à perplexidade e à dúvida. 2- O que restou da destruição do mundo e de Deus segundo Michel Montaigne? Resp. O que resultou foi o vazio do ceticismo e a ausência de qualquer garantia. 3- Como era visto o louco antes do século XVII? Resp. Era aquele que não tinha razão, não pensava, animal irracional. O homem pode ficar louco mas, o pensamento jamais. 4- Qual o ponto mais significativo a ser destacado na Visão Cartesiana da loucura? Resp. A loucura não atingia o pensamento, mas, apenas o homem. Quem fica louco é o homem e não o pensamento. O louco não pensava porque ele tinha desrazão. 5- Qual foi o ponto que chegou a consciência da loucura no século XVIII? Resp. Que a loucura foi fabricada, sendo que a grande fábrica foi o hospital e que o grande artesão foi o psiquiatra. 6- Fale sobre as práticas de denominação da loucura. Resp. Num certo período adquiriram características idênticas as empregadas para se domar um animal bravo. O louco era um animal selvagem que o médico dominava. 7- Por que Focault afirmou que a loucura era uma produção do século XVIII? Resp. Porque nessa época produzir saber sobre loucura era produzir a própria loucura. 8- Como era visto o louco na visão do psiquiatra dentro do contexto do saber psiquiátrico? Resp. Era visto como um indivíduo perigoso e o psiquiatra era aquele que poderia resguardar a sociedade da ameaça que ele representava. 9- Relate o que era o diagnóstico segundo Foucault. Resp. O diagnóstico não era diferencial mas, absoluto. 10- Dentro do contexto do século XVIII, a loucura tinha cura? Resp. Não. O louco não era curado, mas sim domado. 11- Descreva o objetivo do interrogatório, da confissão e do papel do hereditariedade. Resp. Iterrogatório - objetivava buscar nos antecedentes a confissão da loucura, ou seja, o reconhecimento por parte do próprio paciente de sua loucura. Confissão - era indicativa da submissão do paciente à vontade do médico. Possuía uma função catártica. Hereditariedade- modo de substancialização da loucura. Se na família possuía um louco o paciente era denominado louco. ATIVIDADE 2 1- No século XIX o psiquiatra já conseguia responder o que era loucura? Resp. Não. Ele identificava a loucura mas, não sabia o que era. Não conseguia defini-la com clareza. Tinha uma reação de exclusão. 2- Qual o objetivo de Moreau de Tours aplicar o Haxexe em si próprio? Resp. Produzir os mesmos sintomas da loucura em si próprio e poder retornar ao estado normal, adquirindo assim um saber direto sobre a loucura. A partir daí a loucura passou a ser vivenciada. Cria-se uma relação interna com a loucura, uma vivência própria. 3- A partir de Morreau de Tours, como era a relação do psiquiatra com a loucura? Resp. Deixou de ser uma relação de exterioridade para ser uma relação de interioridade com a própria loucura. Uma relação de vivência. 4- O que falava Moureau de Tours sobre os sonhos? Resp. Falava que os sonhos são desorganizados. Moureau diz que os não loucos sonham dormindo e os loucos sonham acordados. Sonho é a loucura do indivíduo adormecido e os loucos são sonhadores acordados. 5- Fale sobre o Mesmerismo. Resp. Foi um advento de Mesme. Seu presuposto era que os seres animados estavam sujeitos às influências magnéticas, ois os corpos dos animais e do homem são dotados das mesmas propriedades do ímã. Trabalhava com o magnetismo, principalmente o ímã para fins terapêuticos. Para tirar a histeria aplicava uma injeção de ferro na pessoa. O ímã atraía a pessoa causando muita dor e a dor tirava a histeria. Quando as pessoas saíam das sessões de mesmerismo saíam esgotadas. Ele só curava o sintoma que poderia voltar. A partir daí o nome loucura passou a ser histeria. 6- O que foi Braidismo? Resp. Foi uma técnica de hipnose, cujo efeito depende apenas do estado físico e psiquico do paciente. Fundada por James Braid. Só foi uma teoria, não teve atendimento prático. Dele sai a técnica de hipnose propriamente dita. 7- Explique essa frase: Com a hipnose o psiquiatra passava a dispor de um controle sobre a mente e o corpo doente. Resp. Com a hipnose o psiquiatra tem um domínio sobre a mente e o corpo doente. Ele tem o domínio sobre a pessoa fazendo com que o indivíduo haja de acordo com o querer dele. Nas sessões era sugerido o que o paciente deveria lembrar para que revivesse a cena com toda carga de emoção e o psiquiatra decidia se o paciente lembraria ou não do que aconteceu durante a sessão. 8- Descreva sobre a relação de Charcot com a histeria. Resp. Sua primeira impressão sobre a histeria é que era uma doença orgânica, porém, não achou medicação para ela. Depois uma esfinger (mistério), algo inexplicável, mas, não tinha uma parte determinada do corpo que a histeria se manifestava, não tinha um referencial anatômico, daí enquadra novamente a histeria como doença orgânica pois, tinha sintomatologia bem definida. Se tem sintoma bem definido, tem doença do corpo, mas, não achou a cura para ela. Por fim passou a ser uma doença do sistema nervoso, doença psicológica ou psicossomática, que medicação não cura. Aí Charcot trata a histeria com a hipnose com sugestão. 9- Freud adere um modelo de Charcot para estudar a histeria? Nessa época fale sobre a hipótese da histeria ser uma simulação. Resp. Sim à princípio, depois abandona. Inicialmente achava que a histeria era uma simulação mas, essa ideia foi afastada por Charcot que afirmou ser uma doença funcional com um conjunto de sintomas bem definidos e na qual a simulação desempenha um papel bem desprezível. 10- No artigo que Freud escreveu para a enciclopédia Villaret, recomenda dois tipos de tratamento para a neurose histérica. Explique cada um deles. Resp. A primeira técnica consiste em afastar o paciente do convívio familiar e interná-lo em um hospital. Acreditava que tirando o paciente do convívio familiar ele seria tratado. O tratamento era feito no hospital com o processo hipnótico. O ambiente familiar era considerado como gerador de crises que eram deflagradas pelas expectativas ansiosos dos familiares. A segunda técnica era a remoção das causas psíquicas dos sintomas histéricos sob hipnose. Como os sintomas eram inconscientes o método para eliminar era a hipnose com sugestão para remover o distúrbio. 11- Descreva o método empregado por Breuer? Resp.Era o método catártico. O paciente era hipnotizado mas, não era sugestionado pelo médico mas, sim, fazia com que o paciente remontasse (conta) sua história sem sugestão. 12- Quem era Ana O. ? Qual foi o tratamento utilizado por Breuer para tratar Ana O? O método alcançou o objetivo desejado com o tratamento? Resp. Era uma paciente de Breuer. Usou o método catártico que a princípio atingiu o objetivo de curar os sintomas da sua histeria, mas, depois aparecia outros sintomas. 13- O que era Purgação? Resp. É a descarga de afetos que estava ligada à experiência traumática. Purgar é descarregar algo. Está sempre ligada a ab-reação. É o ato em si. 14- O que era Ab-reação? Resp. É a liberação da descarga de afetos. Por isso não pode ocorrer separada da purgação. Vem antes da purgação. ATIVIDADE 3 1- Freud acrescentava um componente a mais na técnica aplicada por Breuer. Qual o componente? Como ficava a técnica? Resp.O componente a mais foi a sugestão. A técnica ficava método catártico mais sugestão. 2- Explique por que o procedimento hipnótico foi um obstáculo para o pilar da teoria Psicanalítica que é a defesa. Resp. Porque ele fica susceptível ao poder do método. Vem o recalque. Ele nãose defende, e a defesa é o primordial mecanismo da Psicanálise. 3- Descreva a Teoria do Recalque. Resp. É um mecanismo de defesa. Pegamos um material consciente que não é suportável e colocamos no inconsciente de forma inconsciente. 4- Fale sobre a resistência. Resp. Também é um mecanismo de defesa que quer dizer força contrária ao processo analítico. O ato de não lembrar é resistir 5- Descreva a conversão histérica. Resp. É uma carga de afeto (sentimentos) somada a uma ideia ameaçadora transformada em um sintoma analítico. 6- Descreva a Teoria do Trauma. Resp. Foi criada por Charcot e nela todo sintoma neurótico vem de um trauma adquirido na infância. Toda sintomatologia que o paciente apresenta está ligado aos traumas da infância. 7- Descreva a 1ª Tópica Freudiana. Resp. No modelo tópico Freud sistematizou um modelo de lugar. O inconsciente (primordial), o consciente e o pré-consciente. Pré-consciente- pequeno reservatório que pela nossa vontade chegamos até ele. Inconsciente- é formado a partir da gestação. É um imenso reservatório que não temos noção do seu tamanho e pelo ato da nossa vontade não conseguimos chegar até ele. Só o acessamos a partir de alguns mecanismos como, sonho, hipnose, sintomas, ato falhos e chistos. Sintoma - é o sinalizador de que algo não está bem. Está ligado ao trauma da infância. É a conversão da dor psíquica em dor física, como acontece na histeria. Ato falho- material inconsciente que sai do nosso controle, sem querer. Chistos- Tudo que falamos que não é socialmente aceito por isso justificamos como brincadeira. Dentro do inconsciente existe um núcleo do inconsciente que contém dois tipos de material, o genuinamente inconsciente e o recalcado. Dentro do material genuinamente inconsciente temos as fantasias: fantasia originária, fantasia de sedução e fantasia de castração. Originária - origem da vida. É o coito. O pai e a mãe participam e a criança deve ficar apenas na imaginação. Sedução - introduz o bebê na vida sexual. A sedutora é a mãe com suas carícias durante o cuidado ao bebê. Castração- determina o sexo. O castrador é o pai que determina o sexo da criança. A menina nasce oca, sem o falo e o menino com o perigo de castração, compete com o falo do pai. Consciente- é o que está acontecendo num exato momento, onde recebemos informações internas e externas, ela não reserva nada. O que vivenciamos daqui há algum momento não existe mais no consciente, pois vai para o pré-consciente ou para o inconsciente. Daí surge os termos repressão e recalque, que a princípio Freud tratava com iguais, depois os diferenciou-os. Repressão é jogar a informação do consciente para o pré-consciente e recalque é jogar do consciente para o inconsciente. Na repressão há representação de palavras, sensações e cheiros 8- Fale sobre a Censura. Resp. Temos dois tipos de censura: fraca e verdadeira Censura fraca divide o consciente do pré consciente. É fraca porque a barreira que existe é o ato da vontade. A partir da nossa vontade o material do pré-consciente vai para o consciente. A barreira existe mas conseguimos quebrá-la por nossa vontade. Censura verdadeira divide o consciente do inconsciente. Não conseguimos passar o material do inconsciente para o consciente a partir da nossa vontade. Também chamada censura do recalque, porque recalcamos todo material do consciente para o inconsciente. A barreira é verdadeira.
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