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Ginecologia – Sd. Sexualmente Transmissíveis Corrimento Vaginal Corrimento Uretral Úlcera Genital Baixo Alto Gonococo e Clamidia Sífilis Cancro Mole Linfogranuloma Herpes Donovanose Vulvovaginite Cervicite DIP Vaginose Candidíase Tricomoníase V. inespecífica Gonococo e Clamídia Gonococo e Clamidia *O lactobacillus sp é a espécie que predomina na flora bacteriana vaginal normal!!! *São agentes bacterianos da flora normal: Lactobacillus, Staphylococcus epidermidis, E. coli, Gardnerella vaginalis, ureaplasma, mycoplasma, bacterioides, cândida. *Mucorréia = Secreção vaginal fisiológica, aumentada de intensidade, na ausência de inflamação vaginal e presença de muco claro e límpido. pH normal. Não exige tratamento. *Efeito ANTABUSE ou DISSULFIRAM Uso de álcool concomitante ao tratamento com imidazólicos (Metronidazol, Secnidazol) Ocorre inibição da aldeído-desidrogenase, aumentando a concentração de acetaldeído, toxico ao organismo Mal-estar, náuseas, tonteiras, gosto metálico na boca. # Vulvovaginites: 1 – Vaginose: Principal causa de corrimento vaginal Agente: Gardenerella Vaginallis (predominante) Desequilíbrio da flora vaginal normal e crescimento polimicrobiano Fatores de risco: Múltiplos parceiros, duchas vaginais, tabagismo, não uso de condom Clínica: Corrimento fino, branco-acizentado, de odor fétido (peixe-podre), não aderente e com microbolhas, sem dispaurenia, que se agrava durante a menstruação e o coito. Diagnostico: Critérios de AMSEL (3 de 4) Corrimento fino, branco-acizentado, homogêneo pH vaginal > 4,5 Teste das Aminas (Whiff teste) positivo (KOH) Exame a fresco (MO): Presença de células-chaves (clue-cells) Tratamento: Metronidazol 500mg VO de 12/12h por 7 dias Todas as mulheres devem ser tratadas incluindo as gestantes Não é necessário manejo dos parceiros, nem seguimento 2 – Candidíase: Segunda causa mais comum de corrimento vaginal Agente: Candida Albicans (90%) *Em casos recorrentes C. glabrata Fatores de risco: Gravidez, obesidade, DM, drogas (ATB, Corticoide, ACO), Imunodepressão. Clínica: Prurido intenso associado a corrimento branco viscoso, em nata, inodoro, com dispaurenia e disúria, hiperemia e edema vulvar, fissuras e maceração da vulva. Diagnóstico: pH vaginal < 4,5 Whiff teste negativo Exame a fresco (MO): Pseudo-hifas e esporos Tratamento: Creme imidazólico local por 7-14 dias OU Fluconazol VO, D.U. Não é necessário tratamento do parceiro, nem seguimento. Na gravidez Somente os derivados de uso tópico estão indicados 3 – Tricomoníase: Agente: Trichomonas vaginallis Fatores de risco: Atividade sexual desprotegida Clínica: Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso, com odor fétido. Prurido e irritação vulvar podem estar presentes Colpite em framboesa Diagnostico: pH vaginal > 5 Whiff teste positivo Teste de Schiller Colo em “pele de onça” Exame a fresco (MO): Protozoários flagelados Tratamento: Metronidazol 2g VO, DU O parceiro também deverá ser tratado!!! Deve haver abstinência sexual durante o tratamento!! O seguimento clinico não é necessário. 4 – Vulvovaginite Inespecífica: Sem agente principal ou inespecífico Acomete a população infanto-juvenil Diagnostico de exclusão Anamnese + EFG + Exame a fresco Fatores predisponentes: Proximidade uretra-vagina-anus, menor coaptação das formações labiais, higiene pobre ou inadequada, uso de fraldas, corpo estranho, abuso sexual, parasitoses intestinais. Clínica: Leucorréia de aspecto variável, prurido, ardência vulvar, disúria, hiperemia e edema vulvar. Tratamento: Medidas de higiene, evitar contato com irritantes, tratar parasitoses e infecção urinária quando houver, banhos de assento com antissépticos. # Cervicites: Agentes: Gonococo (N. gonorrhae) e Clamidia trachomatis Fatores de risco: Relação sexual desprotegida Clínica: Corrimento vaginal (secreção mucopurulenta no orifício externo do colo uterino), colo hiperemiado, sinusorragia, dispaurenia, disúria. Pode evoluir para uma DIP. Tratamento: Inidicações: Mucopus endocervical OU colo friável OU dor à mobilização do colo OU presença de qualquer critério de risco para DST. Gonococo Ceftriaxone 250mg IM DU / Ciprofloxacino 500mg VO, DU Clamidia Azitromicina 1g VO DU / Doxiciclina 100mg VO 12/12 7dias # Doença Inflamatória Pélvica: Conceito: Síndrome clinica secundária à ascensão e disseminação, no trato genital feminino superior, de micro-organismos provenientes da vagina e/ou da endocervice, que podem acometer útero, trompas, ovários, superfície peritoneal e estruturas contiguas. Agentes: Gonococo e Clamidia (Agentes iniciais ou primários) Fatores de Risco: Idade < 25 anos, Inicio da atividade sexual precoce, estado civil (solteira), baixa renda, DST prévia, uso de DIU. Fatores protetores: Métodos de barreira, uso de ACO. Clínica: Descarga Vaginal Purulenta + Sintomas “altos” (Febre, dor abdominal infra-umbilical) *Sd. de Fitz-Hughs-Curtis Aderências do tipo corda-de-violino entre a parede abdominal anterior e a superfície hepática Diagnóstico: NÃO existe um teste definitivo para o diagnóstico!!! 3 critérios MAIORES + 1 Menor OU 1 critério ELABORADO Maiores: DOR Dor infraumbilical ou pélvica Dor a palpação dos anexos Dor a mobilização do colo uterino Menores: EXAME FISICO / ALTERAÇÕES LABORATORIAIS Febre Massa pélvica Cervicite Leucocitose, aumento de proteína C, VHS Comprovação laboratorial de infecção por gonococo ou clamídia Elaborados: ALTERAÇÕES ENCONTRADAS EM EXAMES Evidencia histopatológica de endometrite Abscesso tubo-ovariano na USG Alterações laparoscópicas Estadiamento e Tratamento: CLASSIFICAÇÃO DE MONIF Estagio 1 Sem peritonite Tratamento Ambulatorial (Reavaliar em 72h) Ceftriaxona IM, DU + Doxiciclina 100mg VO 14 dias c/ ou s/ Metronidazol 500mg, VO, 12/12h 14 dias Estagio 2 Com peritonite Tratamento Hospitalar (Reavaliar em 48h) Clindamicina 900mg IV 8/8h + Gentamicina 2mg/Kg IV 8/8h *Manter ATB até 24h após a melhora clinica *Alta para casa com Doxiciclina 100mg VO por 14 dias Estagio 3 Oclusao de trompas Abscesso tubo-ovariano Estagio 4 Abscesso tubo-ovariano > 10 cm Abscesso roto Tratamento Hospitalar + Cirurgia Complicações: Precoces Abscesso tubo-ovariano, Sd. de Fitz-Hugh-Curtis Tardias Infertilidade, Prenhez ectópica, Dor pélvica crônica, Dispaurenia, DIP recorrente # Corrimento Uretral - Uretrites: Conceito: Inflamação purulenta acompanhada de descarga uretral mucoide, mucopurulenta ou purulenta. São mais comuns no sexo masculino. Tipos: Gonococo (Gonocócica): Período de incubação curto Transmissão sexual Blenorragia OU Blenorreia OU Gonorréia Clínica: Prurido no meato uretral, disúria, secreção mucoide/mucopurulenta. Complicações: Balanopostite, prostatite, epididimite, estenose de uretra. Diagnóstico: Clínico Tratamento: Ceftriaxone 250mg IM DU / Ciprofloxacino 500mg VO, DU Clamídia (Não-Gonocócica): Período de incubação longo Transmissão sexual Clínica: semelhante *Síndrome de Reiter Uretrite + Artrite + Conjuntivite Complicações: semelhantes Diagnóstico: Clínico Tratamento: Azitromicina 1g VO DU / Doxiciclina 100mg VO 12/12 7dias # Úlceras Genitais: Múltiplas Dolorosas Fistulização de Linfonodos Herpes Cancro Donovanose Fundo Limpo Fundo Sujo Único Múltiplos Herpes Cancro Cancro Linfogranuloma Únicas Indolores Não fistulizam Sífilis Linfogranuloma Sífilis Donovanose Linfogranuloma Donovanose Herpes Sífilis A – Sífilis: Agente: Treponema Pallidum Nomes: Lues, Mal Venéreo Tipos: Congênita Adquirida Recente Até um ano após a infecção Adquirida Tardia Após um ano de infecção Formas Clínicas: Primária Cancro Duro (Única e Indolor, que desaparece sem deixar cicatriz) Secundária Condiloma Plano, Sifílides papulosas, Roséolas sifilíticas Linfadenopatiageneralizada Latente Recente Assintomática com < de 1 ano Terciária Tubérculos (Gomas), Tabis dorsalis, Artropatia de Charcot Latente tardia Assintomática com > de 1 ano *A Sífilis pode ser transmitida em qualquer fase da gravidez. Quanto mais recente for a infecção, maiores são as taxas de transmissão vertical. Diagnóstico: VDRL (Rastreio ou Seguimento FTA-ABS (Contato) Resultado - - Nunca teve contato ou Janela imunológica - + Já teve contato ou Tem contato + - Falso positivo + + Tem atualmente (tratada ou não) VDRL > 1:8 na gestação Tratar VDRL < 1:8 na gestação Realizar FTA-ABS Tratamento: Estágio Tratamento Penicilina Benzatina Alternativa Eritromicina Primária 2. 400.000 UI, DU 500mg, VO, 6/6h, 15 dias Secundária OU Latente Recente Duas doses, DU (intervalo de 1 semana) = 4.800.000 UI 500mg, VO, 6/6h, 15 dias Terciária OU Latente Tardia Três doses, DU (intervalo de 1 semana) = 7.200.000 UI 500mg, VO, 6/6h, 30 dias Gestantes Dose apropriada para cada estágio da doença Não há alternativas comprovadas. Está indicada a dessensibilização *Reação de Jarisch-Herxheimer: Reação adversa ao tratamento com Penicilina, caracterizada por febre, mialgias, cefaleia, hipotensão arterial e exacerbação das lesões cutâneas, decorrente da destruição maciça de treponemas. Deve ser tratada apenas com sintomáticos. Não justifica a interrupção do esquema terapêutico. *Considerar gestante inadequadamente tratada quando: Tratamento concluído com menos de 1 mês do parto Tratadas com regime não-penicilínico Tratamento incompleto ou inadequado para a fase clinica Elevação dos títulos sorológicos após o termino do tratamento Parceiro não tratado, ou na ausência de documentação deste tratamento B – Cancro Mole: Agente: Haemophilus ducreyi Transmissão exclusivamente sexual Nomes: Cancroide, Cavalo Período de incubação curto: 4 – 7 dias Clínica: Pápulas eritematosas, que progride para pústulas que se rompem originando ulceras dolorosas, geralmente múltiplas devido à auto-incoculação. Ulceras Endurecidas, bordo irregular, contorno eritematoso, fundo recoberto por exsudato necrótico amarelado, com odor fétido. Acometimento de linfonodos inguinais, geralmente unilateral, dolorosos, que evoluem para fistulização em orifício único. Diagnóstico: Clínico Tratamento: Azitromicina 1g, VO, DU C – Linfogranuloma Venéreo: Agente: Clamídia Trachomatis L1,L2, L3 Transmissão exclusivamente sexual Nomes: Doença de Nicolas-Favre-Durand, Mula Clínica: Lesão de inoculação tipo pápula, inicialmente indolor, que desaparece sem deixar sequela. Ocorre adenopatia inguinal, dolorosa, unilateral, que fistuliza por múltiplos orifícios tipo em “bico de regador”. Diagnóstico: Clínico Tratamento: Doxiciclina 100mg, 12/12h VO, 14-21 dias D – Herpes Genital: Agentes: Herpes simplex vírus (HSV) tipo 1 (oral) e tipo 2 (genital). Primo-infecção geralmente é assintomática. Na gravidez, pode haver graves consequências fetais. A cesariana deve ser sempre indicada no caso de lesões ativas genitais. Clínica: Pápulas eritematosas dolorosas, que se tornam vesículas, que coalescem e se rompem, dando origem à ulcerações, com bordas lisas, rasas, fundo limpo e com posterior cicatrização. Adenopatia inguinal é bilateral, dolorosa, sem fistulização. Diagnóstico: Clinico / Citodiagnóstico de Tzanck Tratamento: Aciclovir 400mg, 8/8h, 7-10 dias + Sintomático + Assepsia. E – Donovanose: Agente: D. granulomatis Nome: Granuloma inguinal Clínica: Nodulação subcutânea, unilateral, indolor, que ulcera, auto-inoculável, múltiplas, que não fistulizam. Diagnóstico: Clínico / Biopsia Corpusculos de Donovan Tratamento: Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h por 21 dias ou até cura clínica
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