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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA I (Edson Knippel)

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Nathália Leiser 
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA I 
EDSON KNIPPEL 
7D12 
PROVAS 
P1: Conjunto de avaliações – para cada peça dada em aula, vamos para o lab – 12 peças que 
valem de 0 a 10 – em grupo, com consulta e auxilio do professor. 
P2: prova individual, escrita, com acesso só ao vade. Dia 22/05. 
Atividades externas – entrega dia 08/05 – se não entregar, reprova (vale até um ponto de 
participação): essas atividades são visitas em audiências durante o semestre (três atividades 
externas): 
• Primeira atividade – audiência: essa audiência não vale jecrim ou militar. Ir no tribunal 
da barra funda. Outra coisa importante: tem que ter assinatura do juiz e carimbo. 
Formulário que está no moodle e na papelaria do mack (pegar 6 folhas). 
• Segunda atividade – tribunal do júri. Barra funda (chegar cedo, tentar pegar de tese 
comum). tem que ter assinatura do juiz e carimbo. 
• Terceira atividade – sessão de julgamento no tribunal com sustentação oral (ideal ir no 
TJ). tem que ter assinatura de alguém e carimbo. 
06 de fevereiro de 2018 
INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento administrativo presidido pela autoridade policial (delegado de polícia), cuja 
finalidade é a obtenção de indícios de autoria e prova da materialidade. Inquérito policial é 
procedimento administrativo sem a existência de litigio, de lide. O objetivo do Inquérito é 
investigar. Por essa razão que não tem contraditório ou ampla defesa. 
O advogado pode requerer diligencia no Inquérito, mas o delegado não será obrigado a acatar 
(juiz também não, mas tem diferença – se num procedimento ordinário, eu arrolo testemunhas 
dentro do prazo, o juiz é obrigado a ouvir; no inquérito não, o delegado não tem que acatar, 
mesmo que no prazo). 
O MP não pode presidir o inquérito policial, mas pode presidir investigação criminal – varia 
de estado por estado, mas aqui é o PIC (procedimento de investigação criminal) a investigação 
presidida pelo MP. 
Finalidade do IP: obtenção de indícios de autoria e prova de materialidade, para que eu possa 
depois propor a ação penal. O IP tem natureza preparatória – não é um fim em si mesmo. 
Outras questões ligadas ao IP: o advogado tem direito à vista do IP, não precisando ter 
procuração, mesmo que o IP esteja conclusos com o delegado de policia, mesmo de peças que 
não tenham sido juntadas ainda (desde que não comprometa a investigação – por exemplo, 
comprometeria a investigação quando: tivesse interceptação telefônica (só crime de reclusão), 
Nathália Leiser 
quando fosse ter busca e apreensão ou condução coercitiva e o advogado soubesse). O IP tem 
um sigilo, mas esse sigilo não atinge o advogado (Sumula Vinculante 14, STF). 
E se o delegado não permitir o advogado ver o IP? Além de medidas administrativas 
(corregedoria), poderia impetrar Mandado de Segurança ou entrar com uma Reclamação (por 
ir contra a sumula vinculante). 
O IP é dispensável – a sua instauração não é obrigatória. Pode ser substituído por outras peças 
de informação (pelo PIC, por exemplo, ou pelo Termo Circunstanciado do Jecrim). 
Como se instaura o IP? 
• Primeira forma: manda instaurar o IP baixando uma portaria (a fonte dessa portaria é a 
narrativa que constou no boletim de ocorrência – que não é prova!). 
• Segunda forma: instauração do IP por requerimento ou representação do ofendido. 
Representação – ação penal publica condicionada. Requerimento – ação penal publica 
incondicionada (requerimento é uma opção) ou ação penal privada (requerimento é 
obrigatório na privada). 
• Terceira forma: requisição1 do MP ou do Juiz. 
• Quarta forma: forma coercitiva, porque a pessoa está na delegacia porque ela foi 
conduzida (auto de prisão em flagrante delito). 
Peça de hoje: versa sobre requerimento de inquérito policial. 
Endereçada ao delegado de polícia (deixo com – a não ser que tenha a informação do distrito 
e cidade). 
“Ilustríssimo senhor doutor delegado de policia titular do – distrito policial de –.” 
Pular cerca de 10 linhas. 
Preambulo. Se não deu a informação no enunciado, colocar a info entre parênteses – por 
exemplo: não me falaram se era brasileiro, coloco “(nacionalidade)”no texto. 
 “‘A’, nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço, por intermédio de seu 
advogado, que a esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de vossa senhoria, requerer 
a instauração de Inquérito Policial para apurar infração penal, em tese praticada por ‘B’, 
nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço, em razão dos fatos a seguir 
descritos.” 
Nessa peça, unicamente, não precisa dividir em fato, direito e pedido, porque estamos só 
pedindo a investigação. É melhor não tipificar, porque mais na frente podem aparecer novos 
fatos que mudam o crime. 
Descrever os fatos criminosos – basicamente é o que estará no enunciado, não tenho que ler 
um inquérito policial para extrair o fato. Alerta: enunciados do moodle não estão organizados, 
 
1 Diferença de requerimento para requisição – requerimento é um pedido; requisição é uma ordem. Delegado não 
pode falar não para uma requisição do juiz. Porém, ninguém é obrigado a cumprir ordem manifestamente ilegal. 
Nathália Leiser 
as informações podem estar fora de ordem cronológica, para que a gente organize em ordem 
lógica ou cronológica. 
Pedido: 
 “Ante o exposto, é a presente, para requerer: 
a. A instauração de inquérito policial; 
b. A oitiva do requerente para confirmar o teor desta petição; 
c. A oitiva das testemunhas arroladas abaixo; 
d. (outros pedidos relacionados ao caso concreto – depende, se for uma questão de 
falsidade, tem que pedir pericia; se for uma questão ligada a um contrato, precisa 
juntar o documento)” 
Posso arrolar testemunhas logo após a letra “c”, após a assinatura ou em folha aparte. É comum 
arrolar em folha aparte (no exame de ordem é recomendado arrolar depois da assinatura). 
Fechar a peça. 
 “Termos em que, 
pede deferimento. 
(local, data) 
Advogado, OAB No – 
Ciente e de acordo, 
Assinatura do cliente” 
Observação: não colocar seu nome e sempre pedir para o cliente assinar junto. 
João durante sua ausência de uma viagem ao exterior, teve sua casa invadida por uma pessoa 
que, de lá, subtraiu bens, tais como: televisão, computador e sua coleção de relógios. Quando 
Joao retornou, encontrou a porta de sua casa destrancada e notou a falta desses objetos, 
avaliados em 500 mil reais. Conversando com vizinhos, de nome Pedro e Maria, foi informado 
que, durante a sua viagem, notaram que José, que morava no mesmo bairro, havia entrado em 
sua casa, dizendo que possuía permissão para tanto. João nunca autorizou José a ingressar em 
sua casa. Como advogado de João, tome medida cabível a fim de que o fato seja investigado. 
20 de fevereiro de 2018 
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE 
Na prisão penal (prisão pena ou pena privativa de liberdade), é necessário que haja o transito 
em julgado de sentença condenatória. As espécies de penas privativas de liberdade são: 
reclusão, detenção e prisão simples (é típica de inquérito policial). Reclusão e detenção são 
penas típicas de crime. Quando se fala em prisão processual, também chamada de prisão 
provisória ou cautelar, estamos falando de três espécies: (i) preventiva; (ii) temporária e (iii) 
flagrante. 
Nathália Leiser 
Prisão temporária: só pode ser decretada no inquérito policial, depende de ordem 
judicial (é decretada), não pode ser decretada de ofício. O prazo da temporária para 
crime comum é de até 5 dias, podendo ser prorrogada por igual período; enquanto para 
crime hediondo ou equiparado2, o prazo sobe para até 30 dias, prorrogáveis por igual 
período. A prorrogação do prazo deve ser fundamentada, pois não é automática. 
Prisão preventiva: pode ser decretada tanto na fasedo inquérito policial quanto na da 
ação penal. Não tem prazo definido em lei, sendo que se utiliza os critérios da 
razoabilidade e proporcionalidade. Os requisitos da prisão preventiva são a garantia da 
ordem publica, da ordem econômica, a conveniência da instrução criminal (ameaça de 
testemunhas) e assegurar a aplicação da lei penal (risco de fuga). 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem 
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para 
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime 
e indício suficiente de autoria. 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso 
de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras 
medidas cautelares (art. 282, § 4o). 
Prisão em flagrante: qualquer do povo pode prender em flagrante, é um direito do 
cidadão. Quem deve prender em flagrante são as autoridades policiais e seus agentes. 
Não é declarada, ela é comunicada. Ou seja, tem controle judicial, mas imediatamente 
posterior e não anterior. 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes 
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal – é surpreendido praticando 
efetivamente o crime (esfaqueando a vítima). 
II - acaba de cometê-la – é surpreendido quando acabou de praticar o 
crime (esfaqueou a vítima pela última vez). 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração 
– é impropria, tem uma perseguição logo após a pratica do crime, 
perseguição continua e ininterrupta (não pode perder o paradeiro do 
criminoso). 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou 
papéis que façam presumir ser ele autor da infração – encontrado logo 
após a prática do crime, é presumido. 
 
2 Tráfico de drogas, terrorismo e tortura não são hediondos, são equiparados constitucionalmente (ou 
assemelhados). 
Nathália Leiser 
Formalidades que cercam a prisão em flagrante: 
(i) Comunicação imediata da prisão ao juiz competente, membro do MP, à família do 
preso ou pessoa por ele indicada. 
(ii) Entrega da nota de culpa ao preso – é um documento que informa ao preso a razão 
da sua prisão, que deve ser entregue no prazo de 24 horas. 
(iii) Lavratura e remessa do auto de prisão em flagrante delito ao juiz – controle judicial 
acontecendo de novo, no (i) era só uma comunicação, agora é um documento com 
um maior lastro para o controle judicial. Se o preso não tiver advogado constituído, 
deve-se enviar esse auto para a defensoria. Essa lavratura e remessa deve acontecer 
no prazo de 24 horas; assim como a audiência de custódia. 
Quando cabe relaxamento de prisão em flagrante? Cabe relaxamento quando a prisão for ilegal 
(porque não é caso de flagrante, porque formalidade não foi observada ou prazo não foi 
observado). 
Peça de hoje: relaxamento em prisão em flagrante. 
Vamos usar dois fundamentos legais: artigo 5º, LXV, CF e artigo 310, I, CPP – deve ser 
colocado no preambulo, pois é fundamento legal do preambulo. 
Quem pode pedir pelo relaxamento é o preso, representado por seu advogado, o ministério 
publico ou o juiz, de oficio. 
Edereçamento para juiz. 
1. Justiça estadual: 
“EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA –a VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE –.” 
2. Justiça federal: 
“EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA –a VARA CRIMINAL DA 
JUSTIÇA FEDERAL DA SUSEÇÃO JUDICÁRIA DE –.” 
3. Júri3 – primeira fase: 
“EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA –a VARA DO JÚRI DA 
COMARCA DE –.” 
Pular dez linhas antes do preambulo. 
Preambulo. 
Nome e qualificação completa do preso. 
‘A’, nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço, por intermédio de seu 
advogado, que a esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de vossa excelência, 
 
3 Estupro seguido de morte não é crime de competência do júri – mas o estupro em concurso com o homicídio 
sim. Exemplo de crime conexo aos de crimes contra a vida é o homicídio seguido de ocultação de cadáver. 
Nathália Leiser 
requerer4 RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO, artigo 5, LXV, CF e 
artigo 310, I, CPP. 
Depois do preambulo, há a divisão de fato, direito e pedido. Nos fatos, devemos atentar a: (i) 
trabalhar com dados constantes no enunciado; (ii) não criar ou modificar dados; (ii) evitar 
parágrafos longos (máximo 5 linhas). 
No direito, temos que demonstrar que a prisão em flagrante delito é ilegal (não é caso de prisão 
em flagrante delito, excesso de prazo ou se alguma formalidade não foi observada). 
1. Premissa maior: texto de lei. Exemplo: 
Dispõe o artigo 5º, LCV, da Constituição Federal: 
 “A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade 
judiciária” 
No caso em tela é de rigor o relaxamento da prisão em flagrante, como será 
demonstrada a seguir. 
2. Premissa menor: caso concreto. 
Responder porque a prisão é ilegal. 
3. Conclusão: fechamento ligando as duas premissas. Exemplo: 
Diante do exposto, uma vez demonstrada a ilegalidade da prisão, deve ela ser 
relaxada. 
Pedido. 
Pede relaxamento após oitiva do MP e expedição do alvará de soltura. Sempre (!) pedirá o 
alvará de soltura. Na preventiva e temporária não se pede, porque não necessariamente o sujeito 
esta preso – já que só tem a ordem e não necessariamente a prisão; pedimos então o 
contramandado de prisão. 
Fechar a peça. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
(local, data) 
Advogado, OAB No – 
** Semana que vem: primeiro horário aula junto com a 7D11, segundo horário não teremos 
aula. A peça de hoje será para o dia 04/03. Quando o Edson voltar, vamos fazer a queixa crime 
(daqui duas semanas) – o Rogério que falará sobre queixa crime. 
 
27 de fevereiro de 2018 
 
4 Nessa peça é requerer! 
Nathália Leiser 
Rogério 
QUEIXA-CRIME 
Para o processo penal, é uma petição inicial acusatória de iniciativa privada. A estruturação 
básica (mínima) da queixa crime, tem os seguintes itens: 
1. Endereçamento 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ (DE DIREITO ou FEDERAL – depende da 
competência – conferir art. 109, CF ou súmulas 38, 52, etc.) DA (de onde? Depende do crime. 
A. Infrações penais de menor potencial ofensivo: JECRIM; B. infrações que por si só ultrapasse 
o limite máximo de dois anos na pena máxima em abstrato – essa infração será processada em 
VARA CRIMINAL – duas hipóteses: (i) pena superior a dois anos, por si só ou (ii) varias 
infrações penais de menor potencial ofensivo praticadas em concurso; C. VARA DO JURI – 
art. 559, CF, art. 29, CPP, art. 100, §3º, CP – a vitima passa a ter legitimidade para queixa 
crime em ação privada subsidiaria da publica; D. crime de violência doméstica contra a mulher 
– JUIZADO DE VIOLENCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER) DA (se 
for juiz federal, é para a subseção judiciária; otherwise, é a comarca X). 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO OU JUIZ FEDERAL DA 
EGRÉGIA -VARA CRIMINAL (ou outras) DA COMARCA DA SUBSEÇÃO JUDICIARIA DE 
-, ESTADO DE SÃO PAULO. 
2. Preâmbulo 
‘a’, brasileiro, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço, via seu advogado e procurador que 
a esta subscreve (procuração especifica inclusa – artigo 44, CPP, vem, respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência, oferecer QUEIXA CRIME, nos moldes do artigo 41, CPP 
(artigo 100, §2º, CPP ou artigo 145 do CP) contra ‘b’, brasileiro, estado civil, profissão, RG, 
CPF, endereço, pelos motivos que a seguir aduz: (pular uma linha) 
Observação:a procuração - nomeia e constitui como seu procurador XX, a quem confere, 
poderes especiais para oferecer queixa-crime contra YY, pelos seguintes fatos: abcde. 
3. Fatos 
Narrativa de fatos extremamente objetiva. 
4. Direito 
Teses jurídicas de imputação. Para cada fato, tem que mostrar autoria ou participação. 
Devemos também colocar o tipo penal (nome, artigo, qualificadora, causas de aumento de 
pena). Caso existam dois ou mais crimes, depois de descrever cada fato, temos que tratar do 
concurso de crimes (precisarei apontar qual concurso de crimes que se trata – material (artigo 
69, CP), formal (artigo 70, CP) ou é continuado (continuidade delitiva – artigo 71, CP)). 
5. Pedido 
Diante do exposto, requer: 
a. O recebimento da presente queixa-crime. 
Nathália Leiser 
b. O Ministério Publico pode participar como fiscal da lei na ação de iniciativa privada 
(artigo 48, CPP), então pedir: A manifestação do Ministério Público (ver qual). 
c. A citação5 do querelado. 
d. A intimação e oitiva das testemunhas, cujo rol segue abaixo. 
e. A condenação do querelado, ao final do processo, na(s) pena(s) prevista(s) no(s) 
artigo(s) tal(is). 
f. A fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV, CPP. 
Termos em que, pede deferimento. 
(local, data6) 
Advogado, OAB 
06 de março de 2018 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
O PROCEDIMENTO ORDINÁRIO – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS. 
O procedimento ordinário começa com o oferecimento da inicial acusatória, que pode ser uma 
denúncia (ação penal publica) ou uma queixa-crime (ação penal privada). Os requisitos que 
devem conter na denuncia ou na queixa estão no artigo 41 do CPP: 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com 
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos 
pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando 
necessário, o rol das testemunhas. 
Lembrando que no procedimento ordinário, até 8 testemunhas poderão ser arroladas. Oferecida 
a inicial, os autos seguem para a conclusão, para o juiz, que irá decidir se recebe ou se rejeita 
a inicial. As hipóteses de rejeição estão no artigo 395, CPP. 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação 
penal; ou 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
Se houver rejeição, cabe recurso em sentido estrito (RESE). A grosso modo, principalmente 
para o âmbito civil, o RESE faz as vezes do agravo – não é igual, mas decisão interlocutória 
no processo penal é combatida, via de regra, com RESE. 
 
5 É ato presente: se defenda. Intimação é para avisar de algo que já ocorreu. 
6 Na prova, o prazo para a queixa crime, é seis meses a partir do conhecimento da autoria delitiva (artigo 10 do 
CP – inclui o dia do inicio e exclui o do fim) – então seis meses de hoje, por exemplo, seria 26 de agosto. Em 
regra, quando a prova fala coloca o dia final do prazo, você tem que incluir o dia do fim. 
Nathália Leiser 
Se o juiz receber a inicial, no mesmo despacho que recebe a inicial, ele manda citar o réu. Então 
o próximo passo será a citação, que, em regra, no processo penal, é pessoal (mandado). Se o 
réu não for encontrado, haverá citação por edital. Se houver suspeita de ocultação, haverá 
citação por hora certa. Após a citação do réu, tem prazo de 10 dias para oferecimento de 
resposta à acusação. 
Ou seja, a ultima coisa que o enunciado tem que informar é a citação. Se falar em audiência 
ou sentença, não é resposta à acusação. “Réu foi citado. Tome a medida cabível” é resposta 
à citação a peça cabível. 
Fundamento legal da resposta à acusação – 396 e 396-A, CPP. O que colocar na resposta à 
acusação depende se é pratica simulada (nossa aula) ou real (escritório). Na prática simulada 
(aqui e OAB), devemos escrever tudo que for de interesse do acusado – absolutamente tudo. 
Devemos esgotar o assunto. Matéria preliminar, matéria de mérito, justificações, documentos, 
indicação de provas, rol de testemunhas, tudo. Cuidado: isso é para a prática simulada. 
No dia a dia do escritório, na prática real, eu não preciso falar tudo – posso até mesmo fazer 
uma defesa genérica. Cuidado: resposta à acusação não é contestação, o assunto não vai 
precluir nem nada – posso abordar depois. 
A resposta à acusação é momento para arrolar testemunhas – até 8 testemunhas. O grande 
objetivo da pratica simulada na resposta à acusação é a obtenção da absolvição sumária, que é 
o julgamento antecipado da lide a favor do réu – hipóteses do artigo 397, CPP. 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste 
Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do 
agente, salvo inimputabilidade; 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
IV - extinta a punibilidade do agente. 
Se absolver sumariamente, encerra o processo. Se não absolver sumariamente, haverá a 
continuação do processo – não tem condenação sumária – e o juiz marcará a audiência (será 
abordada mais a frente, já que é importante nos memoriais) no prazo de 60 dias. 
20 de março de 2018 
Na audiência, terá instrução, debates e julgamento. A instrução começa com a oitiva da vitima, 
depois testemunhas (primeiro da acusação, depois as da defesa), aí teremos esclarecimento do 
perito e acareação (não é obrigatório, só se tiver requerimento da parte interessada), aí tem 
reconhecimento de pessoas e coisas, e fecha com o interrogatório. 
Depois da instrução, as partes podem requerer diligencia. Depois disso, tem debates orais 
(primeiro a acusação, depois a defesa – 20 minutos prorrogáveis por mais 10 minutos). Só que 
esses debates orais podem ser substituídos por memoriais. 
06 de março de 2018 
Nathália Leiser 
PEÇA DE HOJE – RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
Fundamentos legais da peça (ambos devem estar no preambulo): 396 e 396-A, CPP. 
Prazo: 10 dias – mas é um prazo impróprio, ou seja, a resposta à acusação pode ser ofertada 
fora do prazo sem que haja prejuízo. Em outras palavras, o processo não segue sem a resposta 
à acusação (é indispensável). 
Legitimidade: acusado representado por seu advogado. Precisa ter capacidade postulatória. É 
uma peça privativa de advogado. Exame da OAB, faz dez anos que não cai HC na prova de 
penal – porque se soubermos fazer bem HC, a gente resolve 80% dos problemas. Se no exame 
vier pedindo “faça peça privativa de advogado”, afasta a possibilidade do HC. 
A peça será dividida em fato, direito e pedido. 
Endereçamentos: 
1. Justiça estadual: 
“EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA –a VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE –.” 
2. Justiça federal: 
“EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA –a VARA CRIMINAL DA 
JUSTIÇA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICÁRIA DE –.” 
Preâmbulo: nome das partes, não precisa de qualificação – mas mencionar “qualificado a fls.”, 
oferecer/apresentar NOME DA PEÇA, com fulcro nos artigos 396 e 396-A, CPP. Pula uma 
linha. 
Dos Fatos: trabalhar com os dados do enunciado, sem criar ou modificar e evitando parágrafos 
longos. 
Do direito: começa a ter a possibilidade de dividir o tópico do direito em três partes: preliminar, 
mérito e tese subsidiária. Não significa que sempre teremos os três tópicos (faremos apenas um 
tópico na aula e terá uma tese só – que será insignificância no crime de descaminho). 
a) Preliminar: nulidade é matéria de preliminar – matéria que pode impedir a 
apreciação do mérito (art. 564, CPP). 
b) Mérito: teses que me levem à absolvição sumária. Aqui, nomérito, devemos 
pensar na absolvição sumaria. 
c) Tese subsidiária: se não for acolhida a principal (absolvição sumária), tentarei 
melhorar a situação do réu de alguma forma (não falar de pena nesse momento 
– um exemplo do que pedir aqui é produção de prova, revogação da prisão [caso 
preso], desclassificação [não é comum, é bem polêmica – ex: de extorsão para 
exercício arbitrário das próprias razões]). 
Do pedido: 
Ante o exposto, é a presente para requerer: 
Nathália Leiser 
a) Preliminarmente, a nulidade, com fundamento legal no artigo 564 
b) Caso Vossa Excelência não acolha a preliminar arguida, pede-se no tocante ao mérito 
a absolvição sumária, com fundamento legal no artigo 397, inciso XXX. 
c) Se Vossa Excelência entender por bem não acatar a matéria de mérito aqui sustentada, 
pede-se, subsidiariamente, XXX, com fundamento legal no artigo XX. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
(local, data) 
Assinatura 
20 de março de 2018 
MEMORIAIS 
Os memoriais substituem os debates orais quando a causa for complexa, quando o numero de 
acusados for alto ou quando for deferida diligencia complementar (aquela diligencia que 
pedimos depois do interrogatório). 
O prazo dos memoriais é de 5 dias para a acusação e 5 dias para a defesa. Memoriais no 
processo penal são diferentes do civil, aqui não é só para reiterar, é para falar tudo. É a peça 
que a defesa diz para o que veio, tudo tem que ser abordado nessa peça – é a ultima chance de 
falar antes da sentença. Não haverá outra oportunidade. 
Esses memoriais também são chamados de alegações finais. Sabemos que é memorias quando 
o enunciado fala de audiência no enunciado, mas não de sentença. 
Depois disso, tem a sentença, que pode ser na própria audiência ou no prazo de 5 dias. O recurso 
para eliminar essa sentença pode ser apelação ou embargos de declaração. Apelação em 5 dias, 
embargos em 2 dias. 
A PEÇA DE HOJE – MEMORIAIS: 
Fundamento legal: em regra, o 403, §3º, CPP. Exceção: artigo 404, § único, CPP. Só vai usar 
o 404 se for deferida a diligencia complementar. Se não for esse o motivo, sempre usar o 403. 
O prazo para apresentar os memoriais é de 5 dias. Quanto à legitimidade, as partes 
podem/devem oferecer memoriais (acusação e defesa, sempre). Se tiver assistente da acusação, 
ele também deve oferecer memoriais. 
Estrutura da peça dividida em fato, direito e pedido. Vamos endereçar a peça para o juiz da 
causa, que pode ser estadual ou federal de primeiro grau. Dai pular dez linhas antes do 
preambulo. 
Não precisa qualificar as partes, só colocar “qualificado a fls”. O verbo é oferecer ou 
apresentar. O nome da peça é MEMORIAIS ou ALEGAÇÕES FINAIS EM FORMA DE DE 
MEMORIAS ou só ALEGAÇÕES FINAIS. 
Hoje não é para colocar os dois fundamentos legais, só um dos dois. 
Nathália Leiser 
Pular uma linha antes dos fatos. Nos fatos, temos que colocar, na OAB, o que for importante 
para o direito – se não for importante para o direito, não devemos colocar (devemos enxugar o 
enunciado por causa da pouca quantidade de linhas). Sempre evitar parágrafos longos! 
Pular uma linha antes do direito. Aqui, no direito, temos que expor absolutamente tudo que for 
de interesse do acusado. Aí podemos seguir a regra de preliminar (matéria que se for acolhida, 
impede o julgamento do mérito – nulidades e causas extintivas de punibilidade [com exceção 
à resposta à acusação, essas causas sempre ficam na preliminar], no caso dos memoriais), 
mérito (tudo que leve à absolvição [uma das hipóteses do artigo 386, CPP], não mais à 
absolvição sumária [estamos no final do procedimento, então não é mais sumária]) e teses 
subsidiárias (posso falar do que eu quiser – tenho que imaginar que meu pedido principal não 
foi acolhido [absolvição], então posso falar de pena mínima, direito de apelar em liberdade, 
desclassificação, regime mais favorável, pena alternativa, afastamento de qualificadora, etc. – 
pode acumular pedidos). Prática simulada: somos obrigados a falar sobre tudo (por isso saímos 
só da absolvição e também pedimos diminuição de pena); mas na vida real, nós que mandamos 
(se a tese de absolvição seja forte, posso não falar dessas teses subsidiárias). 
Lembrando, esses três requisitos não são obrigatórios. Não dá tempo para fazer em aula. 
Sobre o pedido: 
Ante o exposto, é a presente para requerer: 
a) Preliminarmente, a nulidade, com fundamento legal no artigo 564 [e o respectivo inciso 
– causa extintiva de punibilidade, em regra, usamos o artigo 107 do CP] 
b) Caso Vossa Excelência não acolha a preliminar arguida, pede-se no tocante ao mérito 
a absolvição, com fundamento legal no artigo 386, CPP. 
c) Se Vossa Excelência entender por bem não acatar a matéria de mérito aqui sustentada, 
pede-se, subsidiariamente, [XXX], com fundamento legal no artigo [XX]. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
(local, data) 
Assinatura. 
Sobre o exercício: não tem preliminar. No mérito, fato atípico, porque é furto de uso (dolo não 
é de subtrair, pode usar e devolver – devolução nas mesmas condições em que foi encontrado, 
sem percepção da vitima) – 386, ver o inciso de fato atípico. 
Defesa intimada em 7 de março – contar prazo de 5 dias corridos (datar a peça). 
27 de março de 2018 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RESE) 
O RESE faz as vezes do agravo no processo penal. Geralmente, com o RESE, atacaremos 
decisões interlocutórias. Seu principal fundamento está no artigo 581, CPP. Mas nós temos 
fundamentos também em leis especiais (art. 294, CTB e no artigo 2 do decreto-lei 201/67). O 
Nathália Leiser 
despacho que indefere ou decreta prisão preventiva ou afastamento do cargo também pode ser 
combatido com o RESE. 
A principal hipótese de cabimento do RESE é o 581, que tem 24 incisos (vários revogados), 
sendo que os mais importantes são: 
I – Decisão que rejeita a inicial, a denuncia ou a queixa: a regra é o cabimento do RESE se a 
inicial for rejeitada. Um detalhe: se for JECRIM, temos uma única exceção: se a inicial for 
rejeitada no JECRIM, caberá apelação. 
II – Decisão que concluir pela incompetência do juízo (ex.: desclassificação, no júri). 
IV – Pronúncia – outra decisão ligada ao júri. Também cabe RESE. 
X – Decisão que concede ou nega a ordem de HC: em primeiro grau. O código não fala “em 
primeiro grau”. Se a denegação se der em tribunal, cabe recurso ordinário (ROC). 
XV – Decisão que denegar ou julgar a apelação deserta: por exemplo – se o juiz achar que sua 
apelação é intempestiva, caberá RESE; mas, se o juiz entender que teu RESE também é 
intempestivo, interposição de carta testemunhável. 
PRAZO 
O prazo para interpor é de 5 dias. O prazo para razões e contrarrazões é de 2 dias. Exceção: 
581, XIV, CPP: 20 dias. 
Exemplo: fui intimada de uma decisão de pronuncia. Tenho 5 dias para manifestar interesse – 
petição curta. Dai o juiz me intima de novo para eu interpor as razões. A minha peça vai ser de 
5 dias para interpor e arrazoar. 
A exceção é pela exclusão ou inclusão de jurados na lista geral de jurados – tenho 20 dias daí. 
LEGITIMIDADE 
Só as partes podem interpor RESE (acusação e defesa). 
Hoje vamos fazer as duas coisas (a). 
ENDEREÇAMENO 
Justiça estadual e federal só, ou júri (estadual). 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _A VARA DO JÚRI DA 
COMARCA DE_. 
INTERPOSIÇÃO 
“A”, já qualificado nos presentes autos, por intermédio de seu advogado, que a esta subscreve, 
vem, respeitosamente, à presença de vossa excelência, inconformado com a respeitável decisão 
de fls., interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fundamento legal no artigo -. 
Requer assim, que seja recebido e processado o presente recurso, juntando-se às razões anexas. 
Caso vossa excelência, ao proceder ao juízo de retratação, entenda por bem manter a respeitável 
decisão, pede-seque sejam remetidos os autos ao egrégio tribunal – (ex.: de justiça da região 
x). 
Nathália Leiser 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
(local, data). 
RAZÕES 
(na outra folha) 
RAZOES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
RECORRENTE: 
RECORRIDO: 
AUTOS No: 
(pula 5 linhas) 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE _ // TRIBUNAL FEDERAL DA 
_REGIÃO 
Colenda câmara (tj) ou turma (trf). 
Doutos julgadores. 
(pula dez linhas) 
Faz fato, direito e pedido. 
FATOS: não devemos criar dados, modificar e evitar parágrafos longos. Devemos citar a 
decisão que pretendemos rebater. 
DIREITO: combater a decisão impugnada – posso continuar dividindo essa parte em 
preliminar, mérito e tese subsidiária; o único tópico que podemos falar por agora é a preliminar, 
que é por nulidade (564, CPP) ou causa extintiva de punibilidade (107, CP). Mérito decorre do 
caso concreto, assim como a tese subsidiária. 
PEDIDOS: Ante o exposto, é a presente para requerer o conhecimento e o provimento do 
recurso em sentido estrito ora interposto, para que: 
(a) Preliminarmente, ..., com fundamento legal no artigo ...; 
Não colocar “termos em que pede deferimento”, só local e data e assinatura. 
Caso: desclassificação para homicídio culposo. “não percebeu e continuou acelerando”. 
Tese subsidiaria sobre o motivo fútil: no dolo direto, temos o desejo pelo resultado – como 
temos no dolo eventual, que ele não quer o resultado, uma qualificadora? É incompatível. 
Contar 5 dias a partir do dia 10/03/2017. 
APELAÇÃO (EXCETO JÚRI) 
Fundamentos legais: artigo 593, CPP (regra) e artigo 82, Lei 9099/95 (Jecrim) 
O artigo 593 é dividido em dois incisos que não são do júri (o do júri é o III). 
Nathália Leiser 
I – Para impugnar sentença condenatória ou absolutória proferida por juiz singular. 
II – Decisão definitiva ou com força de definitiva (ex.: pedido de inimputabilidade – a partir 
do momento que existe essa alegação, o juiz manda instaurar um incidente [terá autos 
principais e autos do incidente] – ao final do incidente, haverá uma decisão sobre ele, que o 
encerra: é sobre essa decisão que cabe apelação) proferida por juiz singular. 
A apelação no Jecrim cabe para impugnar rejeição da inicial, impugnar sentença ou para 
impugnar decisão que homologa transação penal. Rejeitando a inicial no Jecrim, não cabe 
RESE (que é a regra), mas apelação. 
O prazo da apelação é de 5 dias para a interposição (mesmo prazo do RESE) e de 8 dias para 
as razões e contrarrazões (diferente do RESE). Só ocorre o prazo de 8 dias a partir de nova 
intimação. Exceção: no Jecrim, o prazo único (para interpor e arrazoar) é de 10 dias e a apelação 
supletiva (assistente, que é a vítima – depende de não interposição pelo MP), que é de 15 dias 
(se ele não estiver habilitado – se estiver habilitado, será o prazo da regra). Se o MP recorrer, 
o assistente oferece razoes ao recurso do MP. 
Quem pode apelar? As partes (acusação e defesa) e o assistente (de forma supletiva). 
Na peça de hoje: petição de juntada e razões (prazo de 8 dias). Semana que vem é petição de 
juntada mais contrarrazões. 
Na interposição hoje, teremos três possibilidades de endereçamento. 
Estadual 1º grau – vara criminal da comarca de 
Federal 1º grau – subseção 
Jecrim. 
Obs.: 593 é para interposição. Razoes e contrarrazões usa o artigo 600, caput, CPP. 
Completar o egrégio tribunal. 
Petição de juntada: tem que ter juntada e remessa dos autos ao egrégio tribunal x. 
RAZOES DE APELAÇÃO 
Egrégio tribunal de justiça do estado de _ 
Colenda camara (ou turma), 
Doutos julgadores. 
1. Dos Fatos: não inventar ou modificar dados! Tem que citar a decisão/sentença que 
vamos combater. 
2. Do Direito: preliminar (nulidade e causa extintiva de punibilidade), mérito (absolvição, 
em regra) e tese subsidiaria (qualquer tese que possa melhorar a situação de quem está 
apelando). 
3. Dos pedidos: pedir conhecimento e provimento do recurso (!) e depois colocar em 
ordem lógica os outros pedidos. Nulidade = 564, CPP. Causa extintiva de punibilidade 
= 107, CP. Mérito, absolvição = se for sumaria, 397, CPP ou, se for absolvição ao final 
Nathália Leiser 
do processo, 387, CPP. Subsidiariamente = depende do caso. Não colocar pedindo 
deferimento! Fechar com local e data. 
Arma de briquedo, majorante, bons antecedentes. Indique o ultimo dia imaginando que fomos 
intimados hoje. 
Mérito: absolvição – reconhecimento fotográfico e não teve certeza se era ele. 
Subsidiária: arma de brinquedo – redução de pena e mudar regime (sumulas vinculantes 
2 do stf e 1 do stj sobre não poder determinar o regime por causa da gravidade do crime). 
10 de abril de 2018 
APELAÇÃO AO JÚRI 
Contrarrazões de apelação é o que faremos hoje. 
Temos apelação no júri primeira fase e no júri segunda fase. A primeira fase é o juízo de 
admissibilidade e a segunda é o juízo de mérito. 
A primeira fase vai até a preclusão da denúncia. Nós podemos ter apelação nessa primeira fase 
em caso de absolvição sumária ou impronúncia. Temos quatro decisões possíveis ao final da 
primeira fase: pronuncia, impronuncia, absolvição sumária e desclassificação. Pronuncia e 
desclassificação são impugnadas via RESE. 
Decisao começa com vogal, o recurso começa com vogal. Mesma coisa para consoante. 
Absolvição sumária e impronuncia são apelação. 
No júri segunda fase, usaremos o 593, III, CPP. O inciso III é só para o júri segunda fase. 
Segunda fase: 
a) Nulidade posterior à pronúncia: comunicação entre jurados sobre o caso, manifestação 
dos jurados sobre a causa, documentos não juntados pelo menos 3 dias uteis antes. Se 
acontece essa nulidade posterior, tem a apelação – pedindo novo júri. 
b) Sentença do juiz presidente contrária à lei ou decisão dos jurados – apelação pedindo 
reforma da sentença. 
c) Erro ou injustiça na aplicação da pena ou da medida de segurança – apelação pedindo 
reforma da sentença. 
d) Decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos (totalmente contrária) 
– apelação pedindo novo júri. Se for provido, terá a realização de um novo julgamento. 
Não pode pedir absolvição ou condenação, só um novo júri. Se o jurado errar de novo, 
fica errado mesmo (não pode apelar de novo por esse motivo) – por causa do principio 
da soberania do veredito. Tribunal não põe a mão na decisão dos jurados. Pode apelar 
por outro motivo, só não por essa letra 
Prazo é o mesmo – 5 dias para interpor e 8 dias para razoes e contrarrazões. 15 dias se o 
assistente não estiver habilitado. 
Conteúdo – agora é petição de juntada e contrarrazões de apelação. 
Peticao de juntada – ou júri primeira fase, ou segunda. 
Nathália Leiser 
Primeira fase: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _A VARA 
DO JÚRI DA COMARCA DE _. 
Segunda fase: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO _O 
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE _. 
 
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO 
Egrégio tribunal de justiça do Estado de _ou Egrégio TRF da _ Região, 
Colenda câmara (turma), 
Doutos Julgadores. 
 
Dos fatos: não atacar a decisão, mas defender. Não pode pedir para aumentar a pena. 
Do direito: apelou sobre o que – é sobre isso que vamos impugnar. Não temos que impugnar 
além disso. Não precisa dividir em preliminar, etc. Falar “da ausência de nulidade” ou “do 
acerto da sentença”. Não tem estrutura predeterminada. 
Do pedido: pedir improvimento do recurso. Só. 
Colocar só local e data e assinatura. Não tem “termos em que”. 
Caso de hoje: 8 dias de prazo. A sentença está de acordo com o conjunto probatório. Só tinham 
os dois no quarto, o trajeto do disparo não evidencia suicídio, não tinha resíduo de pólvora na 
mão da vitima, ele tem antecedentes criminais (indicativo de violência contra a mulher), fugiu, 
tem testemunhas. 
Focarnos fatos, não tanto no processo. 
08 de maio de 2018 
Rogério 
REVISÃO CRIMINAL 
Artigos 621 e seguintes do CPP. 
Não é recurso, é uma ação impugnativa, contra sentença condenatória (latu sensu: abarca 
acordão condenatório, ainda que de competência originária). 
Estrutura básica: endereçamento, preambulo, fatos, direito e pedido. A questão é, para quem 
eu endereço a revisão criminal? Artigo 624, CPP: pelo STF (ainda existe, obvio), pelo Tribunal 
Federal de Recursos (não existe mais), Tribunais de Justiça (existem) ou de Alçada (não existe 
mais). Pode endereçar para o STJ, apesar de não estar no CPP. 
O endereçamento, então, é para o órgão colegiado. Transito em julgado em primeira instancia: 
endereçamento para órgão colegiado de 2ª instância. Transito em julgado no STJ: 
endereçamento para o próprio STJ. Transito em julgado no STF: endereçamento para o STF. 
Nathália Leiser 
Para julgar uma revisão criminal, com trânsito em julgado no próprio tribunal, haverá a junção 
de duas câmaras ou turmas: grupo de câmaras (cada câmara tem 5 desembargadores) e dai faz 
a distribuição – como julga-se em numero impar, não ficaram 10 desembargadores, mas 9. 
Sempre endereçar para a pessoa do presidente. 
Preâmbulo: precisa qualificar as partes. Precisa de procuração anexa. Revisão criminal pode 
ter pedido liminar (a pessoa está cumprindo pena, tem motivo de urgência – pode pedir a 
suspensão da execução da pena até o julgamento do mérito). 
OBS.: é possível revisão criminal in memorium (art. 623, CPP). 
OBS.: é possível pedir indenização (art. 630, CPP). Não é fixado o valor da indenização na 
revisão criminal, recebe-se um titulo sem liquidez – só é reconhecido o direito a uma justa 
indenização. 
Não tem prazo. Tem marco para inicio: transito em julgado.

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