Buscar

Organização do Trabalho nas Empresas Contemporâneas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Quais questões ainda são plausíveis para se observar a organização do trabalho nas empresas contemporâneas e quais questões você consideraria melhor avaliadas ou modificadas pelos atuais gestores.
O filme “A classe Operária vai ao paraíso- 1971” desenrolou-se em um período marcado por transformações políticas e sociais, principalmente para o capitalismo. A partir do modelo Taylorista-fordista, o qual visa o desenvolvimento tecnológico e aumento da produtividade do trabalho de modo a tornar mais simples e rápida as funções do operário (Fundamentos da administração p.14). Fez com que os operários se tornassem um apêndice da máquina, onde não é mais a máquina que se adapta ao homem é o homem que tem de adaptar-se à máquina.
Desde a década de 70 onde o filme foi transcorrido até a contemporaneidade, muitas coisas mudaram com relação as formas de trabalho. Segundo Karl Marx o trabalho é a atividade sobre a qual o ser humano emprega sua força para produzir os meios para o seu sustento (OLIVEIRA, 2016). Entende-se, portanto, que qualquer que seja a força que se exerça para garantia do sustento, pode ser considerado uma forma de trabalho, mesmo que sejam utilizados recursos de uma máquina no processo de produção do modo Taylorista.
O filme mostra uma realidade vivenciada na época em que o capitalismo estava amplamente impregnado. Como diz o discurso de um líder sindical: “quando faziam 1000 peças por dia ganhavam 300 liras de salário, agora produzem 3000 peças e o salário é o mesmo”. Este fato evidencia o predomínio pleno da inclusão real sobre a forma da mais-valia relativa. “Para tal intento, configuram-se de duas formas de extração da mais-valia: a absoluta, que representa o aumento da utilização da força de trabalho pelo prolongamento da jornada de trabalho com o mesmo valor salarial; e a relativa que resulta da intensificação do trabalho através da introdução de inovações nas condições técnicas e sociais do processo de trabalho em uma mesma jornada e com o mesmo salário” (Marx, 1987 apud Oliveira, 2004).
  A postura que os operários deveriam manter no trabalho era sempre em pé, o que faz com que um operário veterano com problemas de próstata obtivesse incontinência urinária. Essa e outras questões que o filme aponta, vieram aos poucos se transformando. Na contemporaneidade podemos observar mudanças significativas aprovadas pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) como: carteira de trabalho, jornada de trabalho com hora extra, 13º salário, férias remuneradas, FGTS, Seguro desemprego, vale transporte, abono salarial, alimentação e assistência médica, licença maternidade, aviso prévio, adicional noturno e faltas justificadas.
 Estes apontamentos quando comparados com a vida, vivida pelo operários da fábrica, põe-nos a refletir que as organizações do trabalho mudaram significativamente com o passar do tempo, pontuo ainda que os atuais gestores têm autonomia para fazer a diferença no interior de sua empresa, oferendo melhores condições de trabalho aos seus funcionários, e uma escuta qualificada, pois a comunicação é a grande alma do negócio, ouvir a equipe é uma forte estratégia de crescimento. Dar-lhes a eles a oportunidade de opinar e a liberdade de dar ideias, pode ser um diferencial do gestor de uma empresa.
2- Quais questões ainda são plausíveis para se observar a organização do trabalho nas empresas contemporâneas e quais questões você consideraria melhor avaliadas ou modificadas pelos atuais gestores.
Em relação ao ritmo de trabalho individual, esta é uma preocupação necessária aos gestores ao avaliarem a organização de um trabalho, já que a exaustão dos empregados poderá vir a causar não apenas queda na produtividade da empresa, como também o descontentamento de ambos, e para órgãos governamentais (não privados) poderá gerar possíveis greves, como exemplo temos os tempos da Revolução Industrial. Quanto ao ritmo de funcionamento global dos instrumentos, trata-se de outra avaliação bastante relevante, uma vez que, qualquer descompasso poderá desenfrear graves prejuízos. No fim do dia, atingir o melhor equilíbrio possível entre tais fatores é do maior interesse do gestor de qualquer empresa.
3. REFERÊNCIAS
RODRIGUES, Lucas de Oliveira. Conceito de Trabalho. Disponível em: <http://alunosonline.uol.com.br/sociologia/conceito-trabalho.html>. Acesso em: 08 mar. 2018.
A classe Operária Vai Ao Paraíso. Direção: Elio Petri, Ugo Pirro. Produção: Elio Petri. Italia: ., 1971. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mlZV3G_C8jg Acesso em 08/03/2019.
CLT, Ministerio do Trabalho. Conheça quais são os principais direitos do trabalhador . Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/01/1219174-conheca-quais-sao-os-principais-direitos-do-trabalhador.shtml>. Acesso em: 08 mar. 2018.
OLIVEIRA, R.P “Tudo é arriscado”: a representação do trabalho entre trabalhadores informais da construção civil. 2004. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva). Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2004.

Outros materiais