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TCC Israela e Ana Paula

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A composição e forma do corpo
A estatura diminui cerca de um cm por década a partir dos 40 anos. Os motivos podem ser devido à redução dos arcos dos pés, aumento da curvatura da coluna vertebral ou diminuição do diâmetro dos discos intervertebrais. Já os diâmetros da caixa torácica e do crânio tendem a aumentar com o envelhecimento. Há também o crescimento do nariz e das orelhas, dando o formato típico da face do idoso (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; SOUZA, 2002).
A composição do corpo também sofre alteração, havendo aumento do tecido adiposo no tronco e diminuição nos membros inferiores. O teor total de água corpórea diminui por perda de água intracelular. O potássio total também diminui, ele é um íon potencialmente intracelular. Ocorre redução no número de células em todos os órgãos, mas os mais afetados são os rins e o fígado. Os músculos também sofrem prejuízo com o passar do tempo (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; SOUZA, 2002; STEVES, DOWD e DURIK,1997) 
Alterações cutâneas
A pele é constituída por epiderme e derme. A epiderme é formada por células e a derme por tecido conjuntivo que contém fibras colágenas e elásticas responsáveis pela elasticidade e firmeza da pele. Com o envelhecimento, a elastina torna-se porosa perdendo, assim, a elasticidade e formando as rugas. As espessuras da pele e do subcutâneo diminuem, os vasos sanguíneos facilmente rompem-se, havendo o surgimento de equimoses aos menores traumas e predispondo a hipotermia em condições ambientais de grandes resfriamentos (SOUZA, 2002; CUCE e GOMES, 2002; STEVES, DOWD e DURIK,1997). São comuns, também, manchas salientes e escuras conhecidas como queratose seborréica. Essas alterações podem ser aumentadas com a maior exposição da pele ao sol. A pálpebra inferior tende a ficar com formato de bolsa por apresentar edema (SOUZA, 2002; CUCE e GOMES, 2002). As glândulas sudoríparas e sebáceas reduzem sua atividade ficando, assim, a pele seca, áspera, mais sujeita a infecções e mais sensível às variações de temperatura. Ocorre diminuição da regulação térmica por causa da menor sudorese, podendo levar ao choque térmico em situações de grande aquecimento (SOUZA, 2002; CUCE e GOMES, 2002; STEVES, DOWD e DURIK,1997).
O número de melanócitos diminui, resultando em palidez na pele do idoso e ocorrem também alterações no seu funcionamento em certas regiões como a face e dorso da mão, formando manchas, também chamadas de máculas, hiperpigmentadas, de bordas irregulares, de cor variável do marrom claro ao escuro, de alguns centímetros até alguns milímetros, lisas e achatadas; são os lentigos solares ou senis . (JACOB e SOUZA, 2005; NASCIMENTO, 2002)
Há uma diminuição no número de pêlos no corpo. Eles ficam mais finos, rarefeitos, quebradiços e menos numerosos na cabeça, axilas, púbis e membros, principalmente nas pernas. Por outro lado, ocorre o surgimento de pêlos supérfluos e mais grossos nas narinas, orelhas e sobrancelhas, principalmente nos homens. Nas mulheres, ocorre o aumento no mento e no lábio superior devido ao aumento de hormônios andrógenos e a diminuição dos estrogênios (JACOB e SOUZA, 2005; NASCIMENTO, 2002).
As unhas do idoso começam a apresentar diminuição da velocidade de crescimento, a partir da terceira década e tornam-se opacas, frágeis, finas e sem brilho. (CUCE e GOMES, 2002)
Alterações músculos-esqueléticos
As articulações dos joelhos, pulsos, cotovelos e quadris, chamadas articulações sinoviais, são as mais afetadas pelo envelhecimento. A cartilagem articular é um tipo de tecido conjuntivo que auxilia no movimento da articulação, e é constituída por camadas de células, os condrócitos, que secretam um lubrificante composto por água, fibras colágenas e proteoglicanas, chamado líquido sinovial (JACOB e SOUZA, 2005; RIBEIRO, SANTOS e CAMPOS, 2008).
Com o passar do tempo, ocorre a diminuição do líquido sinovial e afinamento da cartilagem e os ligamentos podem ficar mais curtos e menos flexíveis (JACOB e SOUZA, 2005; RIBEIRO, SANTOS e CAMPOS, 2008). Como conseqüência, há uma menor amplitude de movimento nas articulações afetadas. Associado a isto, nota-se a perda da densidade óssea, principalmente nas mulheres pós-menopausa, podendo ocorrer osteoporose (RIBEIRO, SANTOS e CAMPOS, 2008). 
O tecido ósseo é uma forma rígida de tecido conjuntivo, constituído por osteócitos, osteoblastos e osteoclastos. Os osteócitos encontram-se numa matriz protéica de fibras colágenas impregnadas de sais minerais, especialmente fosfato de cálcio. As fibras colágenas fornecem elasticidade e os minerais, resistência. Há dois tipos predominantes de ossos: o compacto e o esponjoso. O osso compacto é mais denso e menos ativo metabolicamente e está localizado na camada externa da diáfise dos ossos longos, sendo conhecido como cortical. O osso esponjoso ou trabecular aparece nas epífises e é constituído por espículas ósseas separadas por espaços. Em média, 75% do osso do corpo é compacto e 25%, esponjoso (SOUZA, 2002; GANONG, 1998; LOPES, 2002).
Nas duas primeiras décadas, ocorre a formação com um incremento progressivo de massa óssea. O homem atinge sua maior massa óssea aos quarenta anos, isto é conhecido como “pico de massa óssea”. A partir deste momento, há uma diminuição da atividade dos osteoblastos e, ao mesmo tempo, aumento da atividade dos osteoclastos, ocorrendo assim, a perda progressiva, absoluta, da massa óssea até então presente. Este processo é chamado de osteopenia fisiológica (ROSSI e SADER, 2002). Nas mulheres, após a menopausa, a perda de massa óssea aumenta em até dez vezes (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; STEVES, DOWD e DURIK,1997).
Com o envelhecimento, há um aumento da reabsorção óssea, diminuindo a espessura do osso compacto, enquanto no osso esponjoso há um aumento no tamanho das trabéculas por perda de lâminas ósseas (SOUZA, 2002; LOPES, 2002).
O sistema muscular e o articular são responsáveis, em conjunto, pelo movimento do corpo e é constituído basicamente pelo músculo esquelético (SOUZA, 2002; MOORE, 1994).
No músculo, durante o envelhecimento, ocorre a perda de massa muscular com diminuição do peso, da área de secção transversal e do número de células. Algumas células atrofiam e morrem, outras são substituídas por tecido adiposo e conjuntivo, ocorrendo um aumento do tecido adiposo e do colágeno intersticial na musculatura do idoso (SOUZA, 2002; ROSSI e SADER, 2006).
A perda de células musculares com o passar da idade depende do grau de atividade física que o indivíduo exerce, seu estado nutricional e o aspecto hereditário. Diferentes músculos sofrem processo de atrofia de modo diferente no mesmo indivíduo. Os músculos que são usados menos se atrofiam mais (SOUZA, 2002; ROSSI e SADER, 2006). A esse declínio muscular devido à idade dá-se o nome de sarcopenia, termo que denota o processo de envelhecimento muscular associado à diminuição da massa, da força e da velocidade de contração. A etiologia da sarcopenia é multifatorial, pois envolve alteração no metabolismo do músculo, alterações endócrinas e fatores nutricionais e genéticos. O grau de sarcopenia é diferente para cada músculo e varia entre os indivíduos, neste momento, vale destacar que o declínio muscular é maior nos membros inferiores comprometendo o equilíbrio, a marcha e a ortostase (ROSSI e SADER, 2006).
Nas suturas do crânio, ocorre a união dos ossos pelo tecido fibroso que, com o envelhecimento, vai sendo substituído por osso, esse processo tem início aos 30 anos. O crânio tem, normalmente, menos ossos, havendo, assim, a diminuição de resistência dessa articulação a fraturas (SOUZA, 2002; MOORE, 1994).
Os discos intervertebrais constituídos por um núcleo pulposo e um anel fibrocartilaginoso também sofrem alteração na velhice. O núcleo pulposo perde água e proteoglicanos e suas fibras colágenas tornam-se espessas e em maior número. Já no anel fibroso, ocorre o contrário, que é perda de células, depósitos de cálcio e as fibras colágenas espessas tornam-se mais delgadas. Essas alterações fazem a espessurado disco intervertebral diminuir, acentuando-se as curvas da coluna e contribuindo para a cifose torácica, muito comum entre os idosos e mais freqüentes nas regiões cervical e lombar (SOUZA, 2002).
Alterações no sistema reprodutor
As alterações do envelhecimento cós órgãos genitais masculinos são menos notórios do que no gênero feminino (SOUZA, 2002; DOUGLAS, 1998). Com o passar da idade, os órgãos genitais diminuem em peso e atrofiam-se, mas os testículos não diminuem necessariamente com a idade. As células das paredes dos túbulos seminíferos, que são responsáveis pela reprodução e nutrição dos gametas masculinos, ficam menores e menos ativas. O número de espermatozóides reduz a metade, mas a fertilidade, normalmente, continua até as idades mais avançadas (JACOB e SOUZA, 2005). Nota-se diminuição gradual na produção de testosterona pelas células intersticiais sem, no entanto, ultrapassar os limites da normalidade (SOUZA, 2002; DOUGLAS, 1998). A redução dos níveis desse hormônio reflete-se na perda gradativa da força muscular (SOUZA, 2002). Ocorre um aumento de peso e tamanho da próstata com o envelhecimento, isto se deve à expansão da região da próstata em torno da uretra. Como conseqüência, pode-se ter dificuldade de micção. Há substituição de fibras musculares por tecido fibroso e redução na produção de líquido prostático que se inicia após a quinta década. As glândulas seminais também se atrofiam e tem sua musculatura substituída por tecido conjuntivo (SOUZA, 2002). O pênis sofre perda de elasticidade e alteração de arteríolas dos corpos cavernosos resultando em dificuldades no mecanismo de ereção (SOUZA, 2002). 
A menopausa acontece entre os quarenta e cinquenta anos de idade decorrente da falência total da função ovariana (produção de esteróides e ausência de ovulação) (JACOB e SOUZA, 2005). Seu diagnóstico é retrospectivo, pois é definida após um período de doze meses consecutivos sem que ocorra menstruação (PEREIRA, SILVIA e SIQUEIRA, 2008). A redução da libido, nas mulheres, pode ser atribuída, entre inúmeros outros fatores, à atrofia vaginal, perda das rugosidades e redução da secreção vaginal (PEREIRA, SILVIA e SIQUEIRA, 2008). As glândulas mamárias também se atrofiam e são substituídas por tecido adiposo, ficando assim menos firmes, pendentes e flácidas, devido ao enfraquecimento dos ligamentos de sustentação (SOUZA, 2002).
Alterações neurológicas
O sistema nervoso é o mais comprometido com o envelhecimento por conta da sua responsabilidade pela vida de relação (sensações, movimentos, funções psíquicas, entre outros) e pela vida vegetativa (funções biológicas internas) (SOUZA, 2002; CANÇADO e HORTA, 2006). O cérebro diminui de volume e peso (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; SOUZA, 2002; STEVES, DOWD e DURIK, 1997; CANÇADO e HORTA, 2006). Na idade de 75 anos, a perda de neurônios é estimada em cerca de 10% (JACOB e SOUZA, 2005; RIBEIRO, SANTOS e CAMPOS, 2008). Ocorre certo grau de atrofia cortical, conseqüentemente aumento volumétrico do sistema ventricular, o que é evidenciado pelo estudo tomográfico (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; SOUZA, 2002). Essa redução de massa encefálica está associada à perda neuronal, que não é uniforme em todas as áreas cerebrais (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; SOUZA, 2002; STEVES, DOWD e DURIK,1997; CANÇADO e HORTA, 2006).
Há perda pequena, mas significativa da memória, atualmente chamado de comprometimento cognitivo leve. Uma das causas da deterioração cognitiva é a diminuição neuronal e de neurotransmissores, cujo grau varia nas diferentes partes do cérebro, especialmente no córtex dos giros pré-centrais (a área motora voluntária) e dos giros temporais, e no córtex do cerebelo. Surgem também, placas senis e emaranhados neurofibrilares (JACOB e SOUZA, 2005; RIBEIRO, SANTOS e CAMPOS, 2008). Os dendritos dos neurônios também deformam-se e diminuem de número em várias áreas do córtex, reduzindo a área de superfície para sinapses. Essas alterações podem evoluir até a morte completa da célula (SOUZA, 2002).
No giro do hipocampo do idoso, área associada à memória para fatos recentes encontra-se as denominadas placas neuríticas e os emaranhados neurofibrilares. Esses são massas de neurofibrilas no interior do citoplasma neuronal, enquanto as placas neuríticas são massas de proteína amilóide situados entre os neurônios. O significado funcional desses elementos é desconhecido, mas são notados em grande quantidade nos cérebros de pacientes com Alzheimer e doença de Parkinson. Em alguns idosos, o número desses elementos é pequeno e parece não alterar as funções celulares (SOUZA, 2002; CANÇADO e HORTA, 2006).
O processo de perda neuronal, na medula espinhal, é notado após os 60 anos. A maneira como isto afeta a função do sistema nervoso varia entre as pessoas e depende de vários fatores, entre os quais da região em que ela é mais intensa. Como conseqüência da perda de células nervosas, há um menor número de axônios nos nervos e também no sistema nervoso central (SOUZA, 2002). São também relatadas outras alterações desse sistema, como redução de catecolaminas e dopamina, diminuição dos reflexos posturais e redução da fase 4 do sono, que gera alterações como: esquecimento benigno, marcha senil e o despertar precoce, respectivamente (SANTANA, 2001; CANÇADO e HORTA, 2006).
Alterações cardiovasculares
As principais alterações cardiovasculares que tem ligação com o envelhecimento ocorrem no miocárdio, no nó sino-atrial, nas valvas cardíacas e nos vasos sanguíneos, sendo modificações tanto anatômicas quanto funcionais (SOUZA, 2002; AFFIUNE, 2006; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002; LIBERMAN, 2005).
Com o envelhecimento, ocorre o aumento da rigidez arterial e conseqüentemente o aumento da pós-carga que pode ser considerado principal marcador do envelhecimento do aparelho circulatório. O aumento da pós-carga repercute, então, no aumento da pressão arterial sistólica, desencadeando uma série de modificações anatômicas no coração: hipertrofia ventricular esquerda, aumento do átrio esquerdo e alterações funcionais como a diminuição do enchimento ventricular no início da diástole e diminuição da distensibilidade do ventrículo esquerdo (SOUZA, 2002; AFFIUNE, 2006; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002; LIBERMAN, 2005).
A aorta encontra-se dilatada, com espessamento de sua camada íntima. Esse espessamento é notório até em populações com baixa incidência de aterosclerose e é acompanhado pela dilatação da luz e diminuição da complacência ou distensibilidade dos vasos (SOUZA, 2002; AFFIUNE, 2006; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002; LIBERMAN, 2005). As outras artérias do corpo também sofrem os mesmos processos arterioscleróticos, diminuindo, em maior ou menor grau, a luz do vaso. As artérias renais, coronarianas e carótidas estreitam-se com no processo de envelhecimento, sendo isto mais intenso nos homens do que nas mulheres (SOUZA, 2002).
No miocárdio, há o aumento do tamanho do coração e da espessura do ventrículo esquerdo (SOUZA, 2002; AFFIUNE, 2006; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002; LIBERMAN, 2005). Isso é ocasionado por conta do aumento do tamanho dos miócitos e aumento do colágeno intercelular, apesar do número de miócitos reduzir. A perda de miócitos é substituída por tecido fibroso e pode ser devida à perda de capilares da parede cardíaca (SOUZA, 2002; AFFIUNE, 2006; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002). Outras alterações anatômicas ligadas ao envelhecimento são: acúmulo de gordura, principalmente nos átrios e septo intercavitário, a fibrose disseminada não dependente de coronariopatias, o depósito de lipofucsina em fibras cardíacas, a hipertrofia do miocárdio ventricular, principalmente da câmara esquerda, calcificação do miocárdio e amiloidose senil (SOUZA, 2002; AFFIUNE, 2006; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002).
 Observa-se na fibra muscular cardíaca do idoso, por meio de microscopia eletrônica: presença do pigmento lipofucsina, acúmulos localizados de mitocôndrias, mitocôndrias em degeneração, presença de gotas lipídicas no citoplasma, aumento de elementosdo tecido conjuntivo nos espaços intercelulares, tanto de fibras colágenas como elásticas e/ou infiltração gordurosa (SOUZA, 2002; AFFIUNE, 2006; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002).
Ocorre uma alteração lenta, mas contínua, com início por volta dos 60 anos, no sistema de condução. Nesta alteração temos infiltração de células adiposas entre as células musculares especializadas do sistema de condução, acentuada redução do número dessas células, com conseqüente substituição por fibras colágenas e elásticas do tecido conjuntivo (SOUZA, 2002; AFFIUNE, 2006; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002).
Nas valvas cardíacas, há o maior acometimento nas atrioventriculares esquerda e aórticas. Surgem placas arterioscleróticas e espessamento das cordas tendíneas, alem de calcificação e fibrose. As valvas, com o passar do tempo, ficam opacas e espessadas. A calcificação valvar aparenta ocorrer com mais freqüência em mulheres (AFFIUNE, 2006; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002).
Todas essas alterações, anatômicas e fisiológicas, interferem na função cardíaca, porém tal interferência varia de um indivíduo para outro (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; DECOURT, PILEGGI e ASSIS, 2002; LIBERMAN, 2005).
O envelhecimento promove modificações estruturais que levam à redução da reserva funcional, limitando o desempenho durante a atividade física e diminuindo a capacidade de tolerância em várias situações de grande demanda (LIBERMAN, 2005). O débito cardíaco diminui tanto em repouso quanto durante o esforço, tendo uma influência importante do envelhecimento por meio de várias reduções, entre elas: 1) da resposta do aumento da freqüência cardíaca ao esforço ou outro estímulo (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; AFFIUNE, 2006; LIBERMAN, 2005); 2) da complacência do ventrículo esquerdo, com retardo do relaxamento do ventrículo, com elevação da pressão diastólica dessa cavidade, levando à disfunção diastólica do idoso, muito freqüente e que se deve principalmente à dependência da contração atrial para manter o enchimento ventricular e o débito (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; AFFIUNE, 2006; LIBERMAN, 2005); 3) da complacência arterial, com o crescimento da resistência periférica e, como conseqüência, aumento da pressão arterial sistólica, com aumento da pós-carga dificultando a ejeção ventricular (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; AFFIUNE, 2006; LIBERMAN, 2005); 4) da resposta cronotrópica e inotrópica às catecolaminas (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; AFFIUNE, 2006; LIBERMAN, 2005); 5) do consumo máximo de oxigênio ao exercitar com o avançar da idade, que significa a diminuição da capacidade do corpo em transportar oxigênio para os tecidos (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; AFFIUNE, 2006); 6) da resposta vascular ao reflexo barorreceptor, com maior susceptibilidade do idoso a hipotensão (LIBERMAN, 2005) e 7) da atividade da renina plasmática (LIBERMAN, 2005).
Nota-se que, em condições basais, a função cardíaca é adequada para as atividades orgânicas, porém em condições fora do normal, como esforços físicos exagerados, anemia, febre, emoções, infecções e hipertireoidismo, ela pode ser responsável por descompensações (PAPALÉO, CARVALHO e SALLES, 2002; AFFIUNE, 2006). 
Alterações no sistema respiratório (Ana Paula)
As principais alterações no idoso afeta a regulação pulmonar e extra pulmonar.. A alteração no controle da ventilação pulmonar, decorre de uma resposta ineficiente às variações de paO2, pCO2 e pH sanguíneo. Em comparação ao jovem, quando a PaCO2 cai a 40mmHg, existe um aumento de ventilação em torno de 5 vezes, já no idoso, essa compensação é bem menos evidente. (6,24,27)
As modificações estruturais do sistema respiratório também influem na fisiologia respiratória do idoso. Devido ao comprometimento da densidade óssea, ocorre um achatamento de vértebras, discos intervertebrais, calcificação das cartilagens costais e articulações costo-esternais. Estas alterações enrijecem a caixa torácica do idoso, passando a importar a ação da musculatura abdominal e do diafragma na respiração. (6,8,24,27). No envelhecimento, ocorre um comprometimento na musculatura da respiração associado a um enrijecimento de caixa torácica que instala um quadro de pressões máximas inspiratórias e expiratórias reduzidas, e devido às alterações estruturais, aumenta-se a dificuldade na dinâmica da respiração. (14,24,27). O diagframa é o único músculo que não apresenta comprometimento no envelhecimento, podendo ser comparado ao diagframa de um jovem. (24,27). 
Nas vias extra pulmonares, traquéia e bifurcação, ocorre um aumentando o diâmetro, devido ao enrijecimento por calcificação, aumentando o espaço morto. Já as vias pulmonares, tem facilidade de colabamento devido ao afrouxamento estrutural, aumentando assim, o volume residual. (24,27)
No envelhecimento a perfusão capilar e ventilação alveolar são prejudicadas, devido a queda de oxigênio no sangue arterial. Com o avançar da idade, ocorre uma sensível diminuição de oxigênio, por isso o idoso é mais propenso a hipoxemias. (24,27).
O mecanismo de defesa pulmonar, a tosse, encontra-se comprometimento, assim uma menor efetividade de eliminar partículas e secreções pulmonares, facilitando aspirações brônquica. (24,27).
Todas as alterações explicam que o idoso é mais sensíveis às infecções, medicamentos que influem no sistema nervoso central, drogas depressoras de respiração. (6,24,27)
Alterações no sistema digestório (Ana Paula)
As alterações no idoso ocorre de forma estrutural e funcional da boca ao reto. (28,29). A perda de dentes é uma alteração presente no envelhecimento. Devido às alterações nos tecidos da cavidade bucal, que perdem a capacidade de sustentação, a perda de dentes contribui a uma menor proteção imunitária. Tais eventos, associados a uma deficiente prevenção terapêutica, tabagismo, e a ocorrência de osteoporose, instala a perda dentária. (28,30). Na função mastigatória, não é observada alterações, mas a perda da dentição contribui para uma saúde bucal deteriorada, comprometendo o estado nutricional, e consequente perda de peso do idoso. (28,30). 
A motilidade do idoso é alterada, principalmente a nível de esôfago. A musculatura lisa pouco se altera, mas uma redução de sua inervação intrínseca é presente. O refluxo gastroesofágico no idoso, apresentam duração mais prolongada, estabelecendo um quadro particular na administração de medicamentos. O comprometimento da deglutição, o prolongado esvaziamento gástrico, aumentam o risco de aspirações. (14,28,29). Tais alterações exigem uma administração de medicamentos com líquidos. (29)
Com o progredir da idade, o estômago apresenta sinais de atrofia. Além de uma deficiência na secreção gástrica, pois ocorre uma diminuição das células parietais, devido a atrofia, a acloridria acarreta a deficiência de ferro, já que a absorção ocorre em meio ácido. O esvaziamento gástrico é outro fator que influi na absorção de medicamentos, pois apresenta-se discretamente ou moderadamente aumentado. (6, 14, 18, 29).
No fígado, as alterações do envelhecimento interferem na metabolização de medicamentos. Há aumento de peso do orgão, na quantidade de colágeno e diminuição de hepatócitos. (8,29). A secreção de albumina, colesterol e ácidos biliares encontram-se diminuídos no idoso. A albumina diminuída, proteína que se combina a fármacos, influi na farmacocinética do medicamento. (6,29). A capacidade de metabolização de drogas reduz de 5 a 30% no envelhecimento. (6,28,29)
 Alterações no sistema urinário (Ana Paula)
No rim, ocorre uma diminuição do peso, comprometendo a filtração glomerular no idoso. A bexiga e uretra são afetadas por meio do desequilìbrios dos músculos estriados e lisos, na contração e expulsão da urina. (32) Ocorre a denervação da bexiga, a musculatura enfraquece, com redução na força de contração. No jovem, quando a bexiga atinge a metade da capacidade, os receptores mandam informações ao sistema nervoso para a expulsão da urina. Já no idoso, a informação só é enviada na capacidade máxima da bexiga, ocorrendo oquadro de urgência urinária.(8)
O fluxo sanguíneo renal é reduzido, e com o envelhecimento a perda da função renal progride (32,33), tal mudança influi diretamente na excreção de medicamentos por via renal. (32,33)
Patologias que mais acometem os idosos e seus mecanismos de ação�
No Brasil, a maior carga de mortalidade, corresponde aos idosos , e mesmo diante deste quadro, recebe-se pouca atenção em relação a mortalidade de crianças.�
As doenças do aparelho circulatório, segundo o Ministério da Saúde, correspondem a 37% do número de mortes de idosos, em destaque: infarto, hipertensão arterial e derrame. �
A diabetes é uma das doenças de caráter crônico mais presente na população mundial. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 33% da população brasileira, dos 60 a 79 anos de idade apresentam quadro de diabetes ou alteração nos níveis de glicose. (BRASIL, retirado do site) O diabetes mellitus 2 é considerada um problema de saúde pública devido a sua prevalência mundial e principalmente por acometer idosos, além de ser um fator de risco cardiovascular e cerebrovascular.�
DIABETES
�NOVO TÓPICO, ANA PAULA	
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