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A contentracao do capital

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A concentração do capital
Marx cita que a acumulação de capital tende a se acelerar o tempo todo, na medida em que a economia cresce, pois o sentido do progresso é de aumentar a produtividade do trabalho humano. Este conceito ainda é aceito nos tempos de hoje. Marx conceitua progresso como ‘fazer mais com menos.’ Porém, na medica em que o aumento da produtividade é maior, necessita-se de uma condição: colocar à disposição do trabalhador um conjunto de máquinas e ferramentas cada vez maior.
Então, dá-se a chamada concentração de capital: quando mais produto e me capitalizo, maior meu poder de investimento para que produza mais com menos trabalho (entende-se que posso investir em máquinas etc.). Esse processo possui um limite, que é a própria acumulação da sociedade inteira, ou seja, o crescimento de acumulação de capital individual está sujeito ao limite que o sistema é capaz de ampliar (pode ser barrado por uma crise ou escassez de mercadoo; oferta e demanda).
Centralização: Marx conceitua como a expropriação de capitalistas; se dá quando empresas em tempos de ‘vacas magras’, com dificuldades de vendas, são engolidas por empresas maiores e acabam se fundindo ou desaparecendo por conta da forte concorrência. Por isso, entende-se que no capitalismo, temos fases de acumulação, concentração e depressão (centralização).
Capital Fictício
Hilferding denomina capital fictício como uma alusão à taxa de juros. Por exemplo, se compramos uma ação a 1000,00 (vira-se valor patrimonial) e esperamos uma taxa de juros a 5%, mas a taxa de lucro (da empresa) é de 10%. Logo, essas ações são vendidas no mercado por 2000,00, pois seu valor é estipulado pela ‘expectativa’ dos acionistas. Esses 2000,00 recebem o termo de capital fictício pois as instalações da organização não estão valendo 2000,00, mas sim 1000,00 que foi o valor aplicado primeiramente.
Berle e Galbraith defendem que a concentração do capital é um processo quantitativo. Eles dixem que toda economia é dirigida por tecnocratas, por pessoas cuja qualificação profissional lhes permite, dirigir a empresa tendo em vista os interesses dela, o seu próprio crescimento e sua segurança, nada mais. Por outro lado, a empresa monopolista (dominar vários ramos de produção) não tem condições de controlar a economia do país inteiro. De acordo com Galbraith, pessoas que possuem cargos de alto escalão em empresas tecnocratas, tendem a assumir também cargos importantes no Estado, o que lhes permitem também, tomarem decisões que possam beneficiar outras companhias.
Nessas condições, Galbraith cita que o sistema tende a se dirigir para uma sociedade industrial, se aproximando de um modelo de ‘socialismo tecnocrático’ do que capitalista. Ele sugere então que é uma coisa muito parecida com uma passagem para o socialismo
Em contrapartida, Sweezy e Baran propõe que o capitalismo monopolista acentua cada vezmais as contradições do capitalismo como tal, em vez de resolvê-las. O fato de a economia estar sendo dirigida por uma forma mais centralizada por grandes trustes com a colaboração do estado não significa que haja uma verdadeira socialização. Ainda os critérios que regem a condução da economia privada, tendo por objetivo o lucro das empresas, a busca do lucro nunca foi abandonada. Na medida que o lucro é contraditório com uma repartição menos desigual e com uma crescente produção de bens de uso, ele gera um excedente que é cada vez maior, sem a certeza que seja de fato acumulado.

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