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CÓDIGO DE NAPOLEÃO
Foi em uma época de crise, onde a França enfrentava problemas de ordem econômica, política e social, e após ter sofrido algumas derrotas militares que, Napoleão Bonaparte derrubou o Diretório e criou o Consulado, concentrando em suas mãos maior parte do poder. Ele que se destacou por ser um jovem de apenas 30 anos e por tamanhas vitórias no campo de batalha. E foi em menos de um mês uma nova Constituição foi redigida e deu a ele o título de primeiro Cônsul da França.
Napoleão, com o intuito de recuperar a economia francesa e as instituições, desgastadas após dez anos de revolução, promoveu mudanças. A primeira medida tomada por ele foi, a reaproximação do seu governo com a Igreja Católica. Para normalizar a economia, incentivou a industrialização, crio um banco nacional e uma nova moeda: o franco. Gerou uma grande quantidade de empregos ao iniciar um programa de obras públicas, como a construção de estradas e portos e a urbanização das cidades. Ao mesmo tempo anistiou os nobres que haviam se exilado no exterior, reorganizou o sistema de cobrança de impostos, promoveu reformas educacionais e editou um novo código civil: o Código Napoleônico.
Segundo OLIVEIRA : 
o Código Civil dos francês, conhecido como Código de Napoleão, nome que lhe foi dado pela lei de 3 de setembro de 1807 e posteriormente derrogada em 17 de agosto de 1816, deve- se à obstinação de Napoleão na sua concretização , além da sabedoria na escolha dos juristas para a sua implantação. Realmente, a comissão redatora do texto definitivo do Código Civil francês era composta por grandes pensadores, como Portalis, considerado filósofo do grupo, como Thonchet, jurisconsulto, com grande experiência, que segundo Napoleão era a alma do Conselho de Estado, como Bigot de Préameneu, defensor do direito consuetudinário francês, e como o secretário Maleville, defensor das ideias dos direito romano. E o participante mais atuante: o próprio Napoleão, que presidiu pessoalmente grande parte das reuniões sobre o Código Civil. O Código de Napoleão foi publicado por meio de 36 leis, desde 5 de março de 1803, até 25 de março de 1804, data em que se publicou a última lei sobre prescrição. A promulgação da lei como um corpo de leis veio correr em 21 de março de 1804, como veículo das ideias da Revolução Francesa, e, portanto, podemos afirmar que é uma codificação que teve por base os ideais liberais burgueses firmados no tripé: a) liberdade contratual; b) respeito absoluto à propriedade privada; e c) responsabilidade civil fundada na culpa. Umas das características do Código Civil francês é seu caráter laico, isto é, a sua independência em relação à Igreja Católica. De fato, o casamento visto como um contrato é subtraído do poder da Igreja; o mesmo se dá em relação aos registros dos estados civis, merecendo uma regulamentação detalhada o Registro Civil. (Oliveira, 1998, p.66).
Utilizando das palavras do Dr. José Fábio Rodrigues Maciel, Advogado e Professor de História do Direito2 – No Código de Napoleão, a propriedade foi transformada em direito inviolável e sagrado. Foi ele que suprimiu o direito da primogenitura em relação às sucessões, admitiu a possibilidade de divórcio em casos de adultério e eliminou o que ainda restava do feudalismo em relação ao direito das coisas, com o intuito de eliminar totalmente os usos e costumes feudais ainda presentes na sociedade francesa. Enfatizou-se que o legislador não deve perder de vista que as leis são elaboradas para os homens, e não os homens para as leis e que estas de vem ser adaptadas ao caráter, aos hábitos, à situação do povo, para o qual elas se destinam. E foi o responsável pela unificação da legislação civil e pelo sepultamento do pluralismo jurídico, já que admitia apenas um único direito vigente para qualquer membro da sociedade. 
E por consequência do Código de Napoleão, e da vontade de estabelecer um direito positivo e sistemático, onde “ um legislador que ditaria leis válidas para todos os tempos e para todos os lugares”. (BOBBIO,1999,p.65), surgiu a Escola da Exegese.
ESCOLA DA EXEGESE
	A Escola da Exegese surgiu a partir da codificação em 1804, como forma de interpretação que ocorria mediante privilégio dos aspectos gramáticas lógicos, utilizado métodos que limita estritamente o intérprete ao texto da lei. Como sustenta Margarida L. Camargo (2003,p.64): “os códigos não deixam nada ao arbítrio do intérprete; este não tem por missão fazer o direito. O direito já está feito. Não há mais incertezas; o direito está escrito nos textos autênticos.”
	A Escola da Exegese iniciou na França, mas logo depois ultrapassou as fronteiras da França e se fez presente na maior parte dos países da Europa continental do século XIX.
Essa escola consistia na reunião de vários juristas franceses que orientaram o processo de criação e de aplicação do Código de Napoleão, especialmente no que se refere à exegese do texto legal. O Código Civil napoleônico buscava unificar e positivar o Direito como ferramenta de controle social e político. Acreditavam que o Direito deveria ser interpretado de forma nacional e racional, esclarecendo a real acepção da norma. 
Segundo Bobbio , a história da escola da exegese, cujo conhecimento exige fundamentalmente a obra de Bennecase , pode ser dividida em três períodos: os primórdios (1804 – 1830), o apogeu (1830 – 1880) e o declínio (1880 em diante), que tem como marco a obra de François Geny ( Méthode d’interprétation et sources em droit prive positif, 1899).Os principais representantes dessa escola, cuja as obras aparecem durante a segunda fase de sua história, são: Alexandre Duranton, Charles Aubry, Frédéric Rau, Demolombe e Troplong.
Os caracteres fundamentais da escola da exegese podem, segundo o tratado de Bennecase, ser fixado em cinco aspectos, como relata Bobbio : 
• Inversão das relações tradicionais entre direito natural e direito positivo.
Os precursores da escola não negam “a existência de certos princípios absolutos e imutáveis, anteriores e superiores a toda legislação positiva”, mas afirmam, que “o direito natural não constitui um corpo completo de preceitos absolutos e imutáveis”, visto que tais princípios absolutos são muito vagos e podem ser determinados somente pelo direito positivo, ao qual exclusivamente deve dirigir o jurista.(BOBBIO,199,p.85)
Demolombe efetua, pois, uma inversão tipicamente positivista das relações entre o direito natural e o direito positivo. Em lugar de mensurar a validade do direito positivo com base na sua conformidade com o natural, afirma que este último e tanto mais relevante quanto seja consagrado pelo primeiro. Esta inversão leva diretamente a uma formulação logicamente contraditória, no momento em que o autor diz que o direito natural não é necessariamente o melhor direito, dado que a própria definição de direito natural comporta a ideia de sua excelência e da sua superioridade relativamente do direito positivo. ( BOBBIO, 1999, p.85)
Outra divergência que ocorria entre direito natural e direito positivo, que era o da aplicabilidade em via subsidiária do direito natural em caso de lacunas no direito positivo. No Código de Napoleão, era admitido tal função. Mas os membros da escola de exegese, não admitia a intervenção do juiz ao aplicar a lei, “ o juiz não pode legalmente pretender que a lei não lhe proporciona os meios para resolver a causa que lhe é submetida” ( Bonnecase, op.cit.,p168).
• Concepção rigidamente estatal do direito.
Nesse segundo aspecto, os juristas são exclusivamente as normas postas pelo Estado, ou seja, somente o Estado possui legitimidade para redigir as normas que regularão as condutas da sociedade.Tal característica assemelha-se com o principio da onipotência do legislador, onde, baseando neste princípio, o legislador possui autenticidade para poder legislar o que ele achar conveniente. 9 BOBBIO, 199,p.86).
• A interpretação da lei fundada na intenção do legislador.
	Trata-se de uma concepção da interpretação que tem uma grande importância na historia e na práticada jurisprudência. E que remeteremos ao próprio jurista a explicação:
[...] se o único direito é aquele contido na lei, compreendida como manifestação da vontade do Estado, torna-se então natural conceber a interpretação do direito como a busca da vontade do legislador naqueles casos ( obscuridade ou lacuna da lei) nos quais ela não deflui imediatamente do próprio do texto legislativo, e todas as técnica hermenêuticas - estudo dos trabalhos preparatórios, da finalidade a qual a lei foi emitida, da linguagem legislativa, das relações lógica- sistemáticas entre uma dada disposição legislativa e as outras disposições etc. – são empregadas para atingir tal propósito. (BOBBIO,1999,p.87)
	• O culto do texto da lei.
É através da identificação do direito com a lei escrita, que temos o quarto aspecto, onde o intérprete deve ser rigorosamente subordinado as disposições dos artigos do Código. Como um dos expoentes dessa escola expressa:
A minha máxima, a minha profissão de fé é: os textos acima de tudo! [...] tenho portanto por finalidade interpretar, explicar o próprio Código de Napoleão, considerado como lei viva, como lei aplicável e obrigatória, e a minha preferência pelo método dogmático não me impedira de tomar sempre por base os próprios artigos da lei. (Bonnecase,op.cit.,p129)
• Respeito pelo princípio de autoridade.
E por último, destaca-se a autoridade que é dada ao legislador, que tem o poder de estabelecer o que é justo e o que é injusto, de modo que sua decisão não venha ser colada em discussão.
Segundo Bobbio, na escola da exegese o recurso ao princípio de autoridade é particularmente pronunciado não só pelo absoluto respeito que seus expoentes têm pela lei, como também pela grande autoridade da qual gozaram alguns dos primeiros comentadores do Código, cujas afirmações foram anotadas pelos juristas posteriores como se fossem outros tantos dogmas.( Bobbio, 199,p.89)
Por base nessas características, pode-se dizer que: o interprete desenvolve a sua atividade totalmente circunscrito ao texto da lei, não lhe sendo dado ir alem dele. Realiza apenas um trabalho de exegese, a partir do pressuposto de que a lei escrita contém todo o direito. È um sistema hermético, que pressupõe a plenitude e perfeição da lei escrita, considerada esta como um revelação completa e acabada do direito.( Lima, Iara Menezes)
E devido as limitações da Escola da Exegese, em se relacionar com o Direito, ela sofreu criticas de vários autores, entre eles: François Gény.Essas críticas se fundamentavam em torno do fetichismo da lei e da forma literal como se interpretava o Direito. Embora a deficiência da Escola não vinha só da interpretação, mas também da forma como era considerado o sistema; fechado e restrito ao Código Civil. Com isso a Escola não acompanhou a dinâmica da sociedade, tomando a lei como única fonte do Direito.
François Gény não desconsidera a lei como fonte principal do direito, mas defende que uma pesquisa científica, de base sociológica, seria capaz de oferecer ao intérprete os critérios de justiça prevalecentes na sociedade e que, na realidade, dariam ensejo ao surgimento de novas leis.
Neste ponto, esclarece-nos Camargo (2003, p. 68-69):
Por meio de uma construção de base empírica feita sobre o trabalho dos juízes, que se defrontam muitas vezes com casos de "lacuna", em vez de teorizar apenas no plano do abstrato ou do meramente racional, Gény faz sua defesa pela "livre investigação científica". [...] Quando o ordenamento jurídico não apresentasse uma lei específica para determinado caso, o juiz deveria lançar mão da análise feita sobre os fatos sociais, bem como das leis que regem a sua estabilidade, para então obter a regra capaz de resolver a questão. A seu turno, a investigação científica mostrava-se conveniente, apto a fornecer não apenas uma solução objetiva e criteriosa, possível de evitar qualquer arbítrio, como também uma solução legítima, pois que originária dos próprios costumes e valores existentes na sociedade. Gény esclarece seu pensamento sintetizando-o na ideia da livre pesquisa científica.
 E foi ao final do século XIX, a Escola da Exegese viu ruir a sua popularidade no meio acadêmico. Tal fato ocorreu devido às severas críticas a muitas de suas características Contudo, é válido afirmar que o Código Napoleônico e a Escola da Exegese representaram um grande avanço, na época, para a ciência do direito e satisfizeram os anseios de ordem e segurança jurídica não somente da burguesia francesa, mas do povo francês como um todo.
INTRODUÇÃO
“Minha verdadeira glória não é ter vencido quarenta batalhas; Waterloo apagará as lembranças de tantas vitórias; o que nada apagará,o que viverá eternamente, é meu Código Civil”. Napoleão Bonaparte
O presente trabalho é sobre Código Napoleônico, que foi o Código Civil francês criado por Napoleão Bonaparte, que com apenas 30 anos criou o primeiro Código Civil Francês que tinha o intuito de garantir a igualdade perante a lei, a liberdade individual, o direito à propriedade privada, entre outras características criado na França em 21 de março de 1804. 
Trata-se também de mostrar o que foi a Escola de Exegese, criada no mesmo ano que o código napoleônico, veio com o objetivo de interpretar o novo do código civil francês e foi considerado o ápice do positivismo jurídico, feita com a reunião de juristas, com dever de ajudar na criação e aplicação do Código, ambos com o objetivo de positivar o direito como ferramenta de controle social e político. 
O objetivo central desde trabalho é mostrar a forma da aplicabilidade Positivista do Direito, imperada na França no século XIX, fato que ocasionou o fim das leis “feudais” ainda imperadas na França. 
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com citações de pesquisadores, professores e historiadores ambos voltados para a área do Direito.
FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
Mileny Almeida
José Lucas Santos Rodrigues
O Código Napoleônico e a Escola da Exegese 
Cachoeiro de Itapemirim 2013
Mileny Almeida
José Lucas Santos Rodrigues
O Código Napoleônico e a Escola da Exegese 
Trabalho apresentado a disciplina de Historia do Direito da Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim, como requisito geral da avaliação do 3° bimestre.
Prof. Francisco Ribeiro 
Cachoeiro de Itapemirim 2013
CONCLUSÃO
Através dos ensinamentos desses mestres do pensamento jurídico francês, nos séculos XIX e XX, o Código de Napoleão, explicado, comentado, criticado passou a ser, em todo o mundo civilizado, o foco principal dos legisladores e juristas, que lhe sofrem a irresistível atração, ainda os que se apartaram de sua técnica e do seu espírito.
O Código criado por Napoleão Bonaparte representava uma reforma das leis existentes no país relacionadas a particulares, família, propriedade, contratos; e reorganizou a educação da França, foi o primeiro código da idade moderna de ideologia burguesa
Foi a primeira grande sistematização legislativa do direito dos contratos, foi fruto político direto da revolução francesa, vinda direto da vitoria da classe burguesa.
A escola da Exegese é a principal manifestação do positivismo estatal, avalorativo e legalista, predominou na Europa no inicio do século XIX, formada por juristas, visava a reduzir às leis emanadas pelo Estado, cabendo, portanto, ao intérprete do Direito a mera distinção do texto legal através de um método gramatical ou literal.
Seu principal objetivo era a codificação do Código Napoleônico, os interpretes desta escola tiveram uma visão limitada do direito, por ser o legislador o detentor da criação das leis cabendo lhe aos juristas presentes na escola, a aplicabilidade da lei de forma gramatical. A forma de aplicabilidade da lei desta época influência o Direito até nos dias atuais .

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