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* * Profa. Luciana Madeira, M.Sc. Rio de Janeiro – 2012 Contabilidade Empresarial Pós-Graduação GESTÃO E PLANEJAMENTO TRIBUTARIO * * * Aula 3 Análise Modelo Fleuriet * * * Obtenção das Demonstrações Financeiras Mensurar o desempenho de subunidades– O Diretor Financeiro tem, em tese, livre acesso à informação Analisar a situação creditícia – quando um cliente pede crédito, tem interesse em fornecer suas informações para análise. De qualquer forma, pode-se obter informações adicionais na Economática e no Serasa. Verificar a situação de empresas Investidas – Empresas com ações negociadas na Bolsa, são obrigadas a divulgar suas Demonstrações contábeis trimestrais e anuais no site da CVM Situação economico-financeira de empresas reguladas – o órgão regulador tem poder de polícia sobre as entidades reguladas. A empresa é obrigada a divulgar suas informações ou fica sujeita às penalidades Análise das Demonstrações Financeiras * * * Análise das Demonstrações Financeiras Indicadores: poucos e vitais * * * Análise das Demonstrações Financeiras * * * Indicadores Liquidez: medem a capacidade de pagamento Endividamento: segurança oferecida aos capitais alheios e sua política de obtenção de recursos Lucratividade: avaliam o desempenho global em termos de capacidade de gerar lucro Rentabilidade: avaliam o desempenho em termos da capacidade de remunerar o capital nela aplicado Prazos médios; medem o ciclo operacional da entidade, capacidade de gerenciar seus estoques e de negociar com fornecedores e clientes Indicadores de fluxos de caixa: auxiliam a interpretar as informações do DFC. Capacidade de gerar caixa pela atividade operacional. Análise das Demonstrações Financeiras FINANCEIRO ECONOMICO OPERACIONAL * * * Capital de Giro são recursos que as empresas mantêm para atender suas necessidades operacionais imediatas. Exemplo: negociar preços melhores com os fornecedores ou aproveitar uma oportunidade de negócio vantajosa, pagar salários e tarifas publica. Fazem parte do capital de giro os recursos em caixa, aplicações financeiras, estoques e duplicatas a receber. Os esforços do administrador financeiro típico é resolução de problemas de capital de giro constituídos por formação e financiamento de estoques, gerenciamento das contas a receber e administração de déficits de caixa. A empresa acaba sendo arrastada pelos problemas de gestão do capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de longo prazo. O MODELO FLEURIET * * * Capital de giro O capital de giro é extremamente importante para as empresas, haja vista que é com estes recursos que a empresa se mantém em funcionamento no curto prazo. Caso a empresa não administre corretamente os itens que fazem parte do capital de giro, poderá levá-la a uma situação de insolvência. a ação preventiva tem um papel importante para a solução dos problemas de capital de giro. A principal ação consiste na formação de reserva financeira para enfrentar as mudanças inesperadas no quadro financeiro da empresa. O MODELO FLEURIET * * * Necessidade de capital de giro (NCG) O correto dimensionamento da necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do administrador financeiro. Elevado volume de capital de giro desvia recursos financeiros que poderiam ser aplicados. Todavia, capital de giro muito reduzido restringirá a capacidade de operação e de vendas da empresa. O MODELO FLEURIET * * * A necessidade de capital de giro pode ser estimada com utilização dos demonstrativos contábeis (balanço patrimonial). Necessário que se reclassifiquem algumas contas tanto do ativo como do passivo – com a finalidade específica de se proceder a esses cálculos. Passa-se a considerar o balanço patrimonial da seguinte maneira: Ativo Permanente (AP), estratégico ou não ciclico – formado pelos itens de longo prazo do ativo (não circulante). Ativo Operacional (AO) ou ciclico – representa os recursos utilizados nas operações da empresa que dependem das características de seu ciclo operacional. É composto por: duplicatas a receber, estoques e outros valores a receber que possuem natureza permanente. Ativo Flutuante (AF), financeiro ou errático – corresponde aos itens de curtíssimo prazo do ativo circulante que possuem natureza transitória como caixa, bancos e aplicações financeiras de curto prazo (disponibilidades). O MODELO FLEURIET * * * Necessidade de capital de giro (NCG) Passivo Permanente (PP) ), estratégico ou não ciclico – é formado pelas contas de longo prazo do passivo e representa a fonte permanente de recursos financeiros da empresa. É igual à soma do não circulante com o patrimônio líquido. Passivo Operacional (PO) ou ciclico – representa as contas do passivo vinculadas ao ciclo operacional da empresa, tais como fornecedores, salários, encargos, impostos, taxas e outras contas a pagar. Passivo Flutuante ( PF) financeiro ou errático – corresponde aos itens de curtíssimo prazo do passivo circulante que não têm vinculação direta com as operações da empresa. São eles: empréstimos, financiamentos e outras obrigações financeiras de curto prazo. O MODELO FLEURIET * * * Modelo dinâmico (Fleuriet) Contas cíclicas- operacionais Contas erráticas ou flutuantes Contas não cíclicas ou permanentes O MODELO FLEURIET * * * Modelo dinâmico (Fleuriet) Representa a liquidez corporativa Utilizado na gerencia financeira das empresas Reclassificação das contas de balanço – Estratégicas: vinculadas à alta administração da empresa (longo prazo) Operacionais: vinculadas à operação, objetivo social da empresa Táticas: vinculadas ao dia a dia da Tesouraria (curto e curtissimo prazos) As contas do ativo e passivo devem ser reclassificadas em função do tempo que levam para girar O MODELO FLEURIET * * * Modelo dinâmico (Fleuriet) NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional Necessidade de capital de giro Ativo operacional (cíclico) Passivo operacional NCG Quando as saídas de caixa ocorrem antes das entradas de caixa cria-se uma necessidade de aplicação permanente de fundos, evidenciada por uma diferença positiva entre o ativo cíclico e o passivo cíclico. A essa necessidade permanente de fundos denomina-se de Necessidade de Capital de Giro, O MODELO FLEURIET * * * Modelo dinâmico (Fleuriet) CGL = Passivo Permanente – Ativo Permanente capital de giro liquido Ativo Permanente Passivo Permanente Capital Giro Tesouraria = Ativo flutuante – Passivo Flutuante Saldo de tesouraria Passivo Flutuante Ativo Flutuante Uma parte dos fundos permanentes é utilizada para financiar a Necessidade de Capital de Giro, visto que esses recursos são normalmente utilizados para financiar as aplicações permanentes (Ativo permanente e certos itens do Realizável a Longo Prazo). A parte do passivo permanente (contas não cíclicas do passivo) que não esteja financiando o ativo permanente (contas não cíclicas do ativo) compõe o Capital de Giro. O MODELO FLEURIET * * * Modelo dinâmico (Fleuriet) Efeito Tesoura - ocorre quando a empresa financia a maior parte da necessidade de capital de giro através de créditos de curto prazo. Nesse caso, o saldo de tesouraria se apresenta negativo e crescendo, em valor absoluto, proporcionalmente mais do que a necessidade de capital de giro. O acompanhamento cuidadoso do Saldo de Tesouraria, observado sob o prisma do grau de alavancagem operacional e financeira, dará ao empresário uma medida adequada de como e quanto se endividar. Nem sempre o crescimento das vendas é um movimento sadio, nem sempre a queda nas vendas é um movimento pernicioso. Trata-se de um descompasso entre a evolução das fontes disponíveis de longo prazo (CDG) e as aplicações (NCG)que acabam precisando ser financiadas. As empresas que operam com Saldo de Tesouraria negativo financiam sua Necessidade de Capital de Giro com fundos de curto prazo O MODELO FLEURIET * * * Causas do efeito tesoura e necessidade de capital de giro surgem como conseqüência de: Redução das vendas Investimentos elevados com retorno a longo prazo Crescimento expressivo do ciclo financeiro (tempo decorrido entre o pagamento do fornecedor e o recebimento das vendas) Baixa geração de lucros Investimentos com baixo retorno Inflação alta Política de distribuição de dividendos (alto percentual) Aumento das vendas com longo prazo de realização má administração da empresa elevando demais os custos fixos; sazonalidade das vendas; excesso de inadimplência por parte de clientes; empréstimos e financiamentos obtidos a custos muito elevados; O MODELO FLEURIET * * * Modelo dinâmico (Fleuriet)- exemplo O MODELO FLEURIET * * * Modelo dinâmico (Fleuriet) – após reclassificação Neces. Capital giro NCG= AO-PO NCG=7000-5000 NCG=2.000 Capital de giro liq. CGL=PP-AP CGL=13000-10000 CGL=3000 Efeito Tesoura ET= CGL-NCG OU AF-PF ET=3000-2000 ET=1000 (não ocorreu) O MODELO FLEURIET * * * NCG positiva: ocorre quando o ativo cíclico é maior que o passivo cíclico. Neste caso, a empresa apresenta uma demanda de recursos para o giro dos negócios, o que poderá ser financiado com recursos próprios e/ou recursos de terceiros de curto e de longo prazo. · NCG negativa: ocorre quando o ativo cíclico é menor que o passivo cíclico. Neste caso a empresa não apresenta demanda de recursos para o giro dos negócios, mas ao contrário, dispõe de fontes para financiar outras aplicações em conformidade com as políticas de sua administração. NCG nula: ocorre quando o ativo cíclico é igual ao passivo cíclico. Neste caso a empresa não tem necessidade de financiamento para giro dos negócios, financiando-os apenas com contas cíclicas. O MODELO FLEURIET * * * Planejamento Compra e estocagem Pagamento compras Consumo materias Ordem compra Processo fabricação Produção e estoque Pedido cliente venda Recebimento venda CICLO FINANCEIRO: numero dias vendas que a empresa destina ao financiamento de suas necessidades de capital de giro O MODELO FLEURIET * * * CDG positiva: quando as fontes permanentes superam as aplicações permanentes, e, neste caso, há a utilização de recursos estáveis de longo prazo no financiamento da NCG com o CDG representando uma fonte de fundos permanentes para financiar as operações da empresa. CDG negativo: na sua ocorrência as aplicações permanentes superam as fontes permanentes, caracterizando a utilização de recursos de curto prazo no financiamento de ativos de pouca liquidez (de longo prazo). Neste caso, o CDG se transforma em aplicação de fundos, ou seja, ativos permanentes estão sendo financiados por recursos de curto prazo, o que pode acarretar problemas de insolvência. CDG nulo: as aplicações permanentes se igualam às fontes permanentes, indicando que os recursos de curto prazo estão financiando as flutuações da NCG O MODELO FLEURIET * * * Tesouraria positiva: quando Ativo errático > Passivo errático, indica que haverá disponibilidade mais do que suficiente para liquidar as exigibilidades do passivo errático, expressando uma situação financeira folgada. Tesouraria negativa: quando o Ativo errático < Passivo errático, indica que as disponibilidades do ativo errático não são suficientes para liquidar as exigibilidades do passivo errático, mostrando que a empresa está se utilizando de capital de terceiros de curto prazo para financiar suas atividades. Tesouraria nula: ocorre quando o Ativo errático é igual ao Passivo errático. O MODELO FLEURIET * * * Tipo 1: pior situação. Grande dependência de recursos de curto prazo. Necessidade de capital de giro + e capital de giro e tesouraria negativos; Tipo 2: situação delicada. Apesar de não ter Necessidade capital giro, ainda que a tivesse ele não tem nada disponível pois até a tesouraria está negativa. Empresa muito exposta Tipo 3: NCG negativa e suficiente para custear o CDG.formando um excedente em T (positivo) Tipo4: demanda operacional. A NCG é financiada pelo CDG e por T Tipo 5: estrutura confortável. Recursos de CDG suficientes para financiar a NCG Tipo 6: melhor situação. O MODELO FLEURIET * * * a NCG positiva deve ser financiada com parte dos fundos permanentes da empresa, e caso ela seja financiada com parte dos fundos de curto prazo o risco de insolvência aumenta, enquanto a NCG negativa constitui o passivo cíclico como uma fonte de fundos para a companhia. O MODELO FLEURIET * * * Um CDG negativo significa que se está financiando parte dos ativos permanente com fundos de curto prazo, aumentando o risco de insolvência. Mesmo com um CDG negativo a empresa pode se desenvolver desde que tenha uma NCG negativa, o que é observado no período 2004 e 2005. O CDG negativo ou praticamente nulo observado no período de 1998 até 2000 e novamente em 2003 evidencia que a NCG respectiva a esse período foi financiada com recursos de curto prazo. Em 2006 e 2007 o CDG se apresentou positivo, evidenciando que parte da NCG respectiva foi financiada com fundos de longo prazo. O MODELO FLEURIET * * * Se o Saldo de Tesouraria for positivo, significa que a empresa dispõe de fundos de curto prazo que, podem ser aplicados em títulos de liquidez imediata. Aumentando sua segurança financeira. Caso o T seja negativo, significa que o CDG é insuficiente para financiar a NCG. Indicando que a empresa financia parte de sua Necessidade de Capital de Giro e/ou o ativo permanente com fundos de curto prazo, aumentando o risco de insolvência O MODELO FLEURIET * * * Desta forma, evidencia-se essencialmente uma baixa liquidez até 2005, apresentando, porém uma situação excelente em 2006 e 2007. O MODELO FLEURIET * * * Por tratar-se de uma relação de proporção entre o T e a NCG o Indicador de Liquidez reflete adequadamente as relações entre as variáveis do Modelo Fleuriet, uma vez que somente a partir de 2005 o setor em estudo apresentou indicadores positivos. quanto mais negativo for o valor do indicador, pior tenderá a ser situação financeira da empresa e, a análise de tendência, evidenciada por este indicador, ao longo de pelo menos três anos, verifica a existência do efeito tesoura. Desta forma observa-se a possibilidade de ocorrência do Efeito Tesoura no setor estudado no período de 1998 a 2004. O MODELO FLEURIET
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