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GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS prova 3

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Questão 1�
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
�
Texto da questão
A atividade de fiscalização depende da interação com vários setores do órgão contratante, de modo que o fiscal deve conhecer quais os procedimentos e providências devem ser adotados para a correta execução do contrato.
Indique a alternativa que contém um item que não é essencial para a atividade de fiscalização de contratos.
 
a. Publicação do extrato do contrato.
b. Publicação da Portaria de nomeação de fiscal do contrato.
c. Emissão da nota de empenho.
d. Relação dos contratos vigentes no órgão. 
Essa é a resposta correta. Outros contratos que não o fiscalizado não interferem diretamente na atividade do fiscal de contrato, exceto, por exemplo, se comprometesse a capacidade de pagamento do próprio órgão, hipótese minimizada pela adoção de providências prévias impostas pela legislação, a exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Assim, o documento não é essencial para atividade de fiscalização do contrato.
e. Relação dos equipamentos que serão utilizados na execução do contrato.
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A partir do conhecimento dos documentos necessários para a boa fiscalização dos contratos, e, principalmente, do teor desses documentos, o fiscal de contratos pode, por meio de técnicas de fiscalização, comparar o que fora contratado com o que está sendo executado.
Veja que sem o domínio dos termos do contrato, ele não tem como aferir, por comparação, se as condições de execução do contrato estão em conformidade com o que foi ofertado na licitação e ajustado no contrato.
A portaria (ou equivalente) de designação não está diretamente vinculada à operacionalização da fiscalização. No entanto, é de extrema relevância para que o fiscal possa ter legitimidade de atuação e competência para agir.
Gabarito: Relação dos contratos vigentes no órgão.
Essa é a resposta correta. Outros contratos que não o fiscalizado não interferem diretamente na atividade do fiscal de contrato, exceto, por exemplo, se comprometesse a capacidade de pagamento do próprio órgão, hipótese minimizada pela adoção de providências prévias impostas pela legislação, a exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Assim, o documento não é essencial para atividade de fiscalização do contrato.�
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Texto da questão
As sanções aplicadas pela Administração em face de um contrato administrativo estão reguladas na Seção II, do Capítulo IV (arts. 87 a 88) da Lei 8.666/1993 e no art. 7º da Lei 10.520/2002 (Lei do Pregão).
Com base nesses dispositivos e no que foi estudado no curso, assinale a alternativa correta.
 
a. O impedimento de licitar e contratar com a Administração por prazo não superior a 2 anos, em razão de falha na execução, independe da modalidade de licitação que precedeu o contrato.
b. A multa aplicada em face de um contrato administrativo independe de previsão no edital da licitação que o precedeu, considerando que já há previsão na Lei 8.666/1993 para a sanção, estando, assim, na seara da discricionariedade do contratante a sua gradação.
c. Por ser a sanção mais leve e não haver consequência pecuniária para o contratado, a pena de Advertência prescinde do contraditório do interessado.
d. A sanção de Advertência pode ser aplicada conjuntamente com a com multa somente quando decorrente de inexecução total do contrato.
e. A declaração de inidoneidade para contratar com a Administração Pública pode ser aplicada como sanção às empresas que tenham cometido ilícitos visando frustrar os objetivos da licitação. 
Essa é a resposta correta. Além do inciso IV do art. 87 da Lei 8.666/1993, autorizador da aplicação de declaração de inidoneidade por inexecução de contrato administrativo, o inciso II, do art. 88 do mesmo diploma autoriza a aplicação da sanção sempre que haja a prática dos atos ilícitos ali mencionados.
Feedback
A Lei do Pregão (Lei 10.520/2002) incorporou diversos dispositivos da Lei 8.666/1993, notadamente quanto à parte que disciplina os contratos administrativos decorrentes da nova modalidade de licitação introduzida no ordenamento jurídico por essa Lei.
No entanto, a sanção por inadimplemento contratual - que na referida Lei foi consignada com a expressão "falhar ou fraudar" na execução do contrato - tem disciplina própria, mais gravosa para os contratantes inadimplentes, faltosos com as obrigações assumidas.
Enquanto nos contratos decorrentes de licitações regidas pela Lei 8.666/1993 há a suspensão temporária por até dois anos e a declaração de inidoneidade enquanto perdurarem os motivos, nos contratos precedidos por Pregão a pena pode ir até 5 anos.
Nesse sentido, observa-se que houve uma mudança de 'filosofia' na nova modalidade, pois enquanto nas modalidades tradicionais predominava o controle prévio, com as exigências focadas nas formalidades; na modalidade Pregão houve a inversão dessa 'filosofia', flexibilizando as formalidades, mas impondo maior responsabilidade aos licitantes quanto ao cumprimento delas. Como contrapartida, no caso de descumprimento, a penalidade é mais gravosa.
Por fim, lembro, ainda, a possibilidade de o TCU aplicar a sanção de declaração de inidoneidade, por até 5 anos, em face de fraude à licitação, conforme art. 46 da Lei 8.443/1992 (Lei Orgânica do TCU). Nesse caso, independe da modalidade que precedeu à contratação.
Gabarito: A declaração de inidoneidade para contratar com a Administração Pública pode ser aplicada como sanção às empresas que tenham cometido ilícitos visando frustrar os objetivos da licitação.
Essa é a resposta correta. Além do inciso IV do art. 87 da Lei 8.666/1993, autorizador da aplicação de declaração de inidoneidade por inexecução de contrato administrativo, o inciso II, do art. 88 do mesmo diploma autoriza a aplicação da sanção sempre que haja a prática dos atos ilícitos ali mencionados.�
Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
�
Texto da questão
O fiscal do contrato de fornecimento de medicamentos para os postos de saúde do município, por residir há muito tempo na localidade, tinha informações de que muitas outras pessoas que residiam no município reclamavam da falta de remédios nos postos de saúde.
Resolveu, então, fazer uma inspeção no estoque desses medicamentos e verificou que no posto de saúde que ficava na área urbana, o maior do município, o estoque de medicamentos era bem acompanhado pelo farmacêutico, com informações individualizadas dos quantitativos de todos os itens. Também apurou que nos postos de saúde rurais, os estoques de medicamentos não eram individualmente controlados. O que havia era apenas a conferência das quantidades de medicamentos que chegavam com relação aos pedidos anteriormente feitos.
O fiscal do contrato concluiu que o controle de estoques dos medicamentos era deficiente e que era uma das causas das reclamações dos munícipes. Logo após as constatações feitas, encaminhou relatório sobre esse assunto para o seu superior hierárquico.
Avalie essas ações do fiscal do contrato, marque a alternativa correta.
 
a. O fiscal do contrato não agiu corretamente, pois essa inspeção estava fora das suas competências.
b. O fiscal do contrato não agiu corretamente, pois essa inspeção é uma atribuição do secretário de saúde.
c. O fiscal do contrato não agiu corretamente, pois essa inspeção é uma atribuição do secretário de controle interno.
d. O fiscal do contrato agiu corretamente, todavia deveria ter encaminhado o seu relatório para o secretário de controle interno.
e. O fiscal do contrato agiu corretamente, pois essa inspeção é uma técnica útil para a fiscalização de contratos de fornecimento de medicamentos e, por isso, faz parte das suas competências. 
A alternativa está correta. A inspeção é uma das ferramentas importantes para o sucesso da fiscalização do contrato de fornecimento de medicamentos. Além disso, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 67 da Lei nº 8.666/93, as decisões e providências que ultrapassam a competência do fiscal do contrato devem ser solicitadasa seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
Feedback
A inspeção é uma das ferramentas importantes para o sucesso da fiscalização de um contrato. De acordo com o parágrafo 2º do artigo 67 da Lei nº 8.666/93, as decisões e providências que ultrapassam a competência do fiscal do contrato devem ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
Gabarito: O fiscal do contrato agiu corretamente, pois essa inspeção é uma técnica útil para a fiscalização de contratos de fornecimento de medicamentos e, por isso, faz parte das suas competências.
A alternativa está correta. A inspeção é uma das ferramentas importantes para o sucesso da fiscalização do contrato de fornecimento de medicamentos. Além disso, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 67 da Lei nº 8.666/93, as decisões e providências que ultrapassam a competência do fiscal do contrato devem ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.�
Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
�
Texto da questão
Algumas orientações fixadas na Instrução Normativa SLTI nº 02/2008 e nos Manuais do Ministério da Fazenda, do Superior Tribunal de Justiça, do Instituto Federal de Educação da Ciência e Tecnologia Farroupilha do Ministério da Educação e o Tribunal de Contas da União, dentre outras e a depender do objeto contratado, são fundamentais para que o fiscal de contrato possa conduzir eficientemente o processo de fiscalização.
Marque a alternativa que corresponde a uma dessas orientações.
 
a. Conhecer detalhadamente o contrato e as principais cláusulas nele estabelecidas, sanando quaisquer dúvidas com os demais setores responsáveis pela Administração, objetivando o fiel cumprimento do contrato.
b. Anotar em livro próprio as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. 
A alternativa está correta. O fiscal deve anotar em livro próprio (livro de ocorrências) todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. Assim, terá como provar que exerceu corretamente suas atribuições, no caso de surgirem problemas posteriores em função das ocorrências observadas.
c. Realizar, juntamente com o contratante, as medições dos serviços nas datas estabelecidas, antes de atestar as respectivas notas fiscais.
d. Comunicar à autoridade superior atrasos iguais ou superiores a 30 dias nos prazos de entrega ou de execução do objeto.
e. Receber em mãos as notas fiscais e demais documentos relativos à execução do contrato, de modo garantir a integridade e a autenticidade da documentação.
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Para que o fiscal tenha condições de efetuar seu trabalho de modo a resguardar todos os interesses das partes do contrato, sobretudo da Administração Pública, é muito importante que ele, além de lançar mão dos instrumentos de praxe, procure buscar mais informações e conhecimento por meio da leitura dos manuais disponibilizados pelos diversos órgãos públicos, além da Lei, da doutrina e da jurisprudência, lembrando sempre de observar as especificidades de cada contrato nos casos concretos.
Na biblioteca deste curso estão disponíveis alguns documentos que poderão ser uteis para a atuação dos Gestores e Fiscais do Contrato.
Gabarito: Anotar em livro próprio as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
A alternativa está correta. O fiscal deve anotar em livro próprio (livro de ocorrências) todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. Assim, terá como provar que exerceu corretamente suas atribuições, no caso de surgirem problemas posteriores em função das ocorrências observadas.�
Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Texto da questão
Quando a autoridade competente designa um servidor para atuar como fiscal de contrato, confia a esse servidor a importante tarefa de assegurar que a prestação do serviço ou a entrega do bem seja feita de forma adequada, conforme contratado.
Qual das situações abaixo se caracteriza como uma atuação eficiente do fiscal de contrato.
 
a. O fiscal do contrato, em face de ter uma empresa contratada para auxiliá-lo na fiscalização, limita-se a assinar os relatórios produzidos pela empresa.
b. Após ser comunicado pela empresa sobre um fato superveniente que está impedindo a continuidade do contrato, o fiscal se deslocou até o local de execução, determinou a suspensão dos trabalhos naquele dia (para evitar prejuízos maiores), marcou uma reunião com o representante da empresa para a manhã seguinte e comunicou o fato ao seu superior. 
Essa é a resposta correta. O fiscal do contrato mostrou iniciativa e segurança na sua atuação, buscando minimizar os efeitos do fato superveniente, assumindo inclusive a responsabilidade de determinar a paralisação em nome do interesse público.
c. Com base no bom relacionamento e confiança que tinha no contratado, o fiscal da obra aceitou uma alteração na execução do contrato, com a promessa do contratado de entrega do serviço antes da data marcada.
d. O fiscal do contrato passou a omitir algumas informações em seus relatórios para forçar a rescisão do contrato, pois a empresa vinha descumprindo cláusulas contratuais e ele sabia que ela não teria condições de executar a obra até o final. Com a rescisão, ele poderia chamar outra empresa que pudesse terminar a obra no prazo pretendido.
e. A empresa contratada para auxiliar a fiscalização do contrato de construção de uma ponte, após fazer as conferências in loco no canteiro de obras, encaminha tal relatório para o engenheiro designado como fiscal da obra, que assina os documentos e os encaminha para o setor de pagamento.
Feedback
A atividade de fiscalização exige do servidor designado muito mais do que conhecimento técnico, exige postura investigativa e questionadora, ao mesmo tempo em que cordial e equilibrada.
Deve ter em mente que o interesse público, que deve permear toda contratação, é o objetivo do trabalho de fiscalização. Com isso em mente não deve se desviar de uma conduta com responsabilidade, ética e integridade, pautando suas ações dentro dos limites da legalidade.
Assim, quando assistido por terceiros, deve estabelecer com clareza os limites da atuação de cada um, não confiando nem desconfiando, mas sempre verificando a pertinência das informações, com base nos normativos e procedimentos prescritos pelo órgão a que está vinculado.
Quando da fiscalização, primar pela formalização das ocorrências, afastando qualquer ingerência ou tentativa do contratado de 'informalizar' a atividade de fiscalização, em nome de uma suposta maior agilidade de procedimentos que só favorece a ineficiência e baixa efetividade da fiscalização.
Gabarito: Após ser comunicado pela empresa sobre um fato superveniente que está impedindo a continuidade do contrato, o fiscal se deslocou até o local de execução, determinou a suspensão dos trabalhos naquele dia (para evitar prejuízos maiores), marcou uma reunião com o representante da empresa para a manhã seguinte e comunicou o fato ao seu superior.
Essa é a resposta correta. O fiscal do contrato mostrou iniciativa e segurança na sua atuação, buscando minimizar os efeitos do fato superveniente, assumindo inclusive a responsabilidade de determinar a paralisação em nome do interesse público.�
Questão 6
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Texto da questão
A Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu interpretação diversa da adotada até então, acerca da responsabilidade do tomador dos serviços nos contratos chamados de terceirização, nos quais a entidade contrata mão de obra para determinadas atividades que não fazem parte de sua atividade fim.
Assinale a alternativa que expressa o entendimento do TST materializadosna Súmula 331.
 
a. Para que haja a responsabilização da Administração tomadora dos serviços, é preciso que o empregador tenha inadimplido com suas obrigações, e que a tomadora do serviço tenha participado da relação processual que apurou a irregularidade, bem como reste evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações relativas à fiscalização. 
Essa é a resposta correta. As condicionantes para a responsabilização da Administração estão presentes, quais sejam: inadimplência das obrigações do empregador; participação na relação processual; e conduta culposa na fiscalização.
b. A administração é responsável solidária pelos débitos trabalhistas havidos em relação aos empregados que lhe prestaram serviço, no âmbito do contrato de terceirização de mão de obra, desde que não tenha fiscalizado corretamente o cumprimento das obrigações trabalhistas pelo empregador.
c. Para caracterização da responsabilidade subsidiária da Administração tomadora dos serviços de mão de obra, é preciso que haja pessoalidade e subordinação direta dos empregados com a tomadora dos serviços.
d. Se a empresa terceirizada não cumprir com as obrigações trabalhistas dos empregados, a Administração Pública tomadora dos serviços responde subsidiariamente em relação aos débitos trabalhistas daqueles empregados.
e. Os encargos trabalhistas não adimplidos pela empresa contratada pela Administração não torna esta última responsável solidária, mas autoriza o pagamento direto aos empregados dessas verbas não pagas pelo empregador.
Feedback
É importante observar que, enquanto a responsabilidade subsidiária impõe que primeiro se busque o cumprimento da obrigação do devedor principal, para, em não logrando êxito, cobrar do responsável subsidiário, na responsabilidade solidária, ambos são devedores conjuntos. Ou seja, nesta não há benefício de ordem nem proporcionalidade, qualquer um (ou todos) pode ser cobrado pelo todo. Naquela (subsidiária), há o benefício de ordem: primeiro se cobra de quem não cumpriu para depois cobrar daquele que, por alguma disposição, esteja na situação de responsável subsidiário.
Importante também destacarmos a responsabilidade da Administração em duas situações, que receberam tratamento distinto da Lei 8.666/1993 acerca dos débitos trabalhistas e previdenciários, decorrente da execução do contrato de terceirização: o débito trabalhista, expresso no art. 71, § 1º, da Lei, e o Previdenciário, aposto no § 2º do mesmo artigo.
Se formos ver o texto da Lei, observaremos que, para os débitos previdenciários, não tem jeito, se a empresa contratada pela Administração não pagar, quem vai ter de pagar é o órgão contratante.
Já para os débitos trabalhistas, a lei prevê expressamente que os débitos decorrentes de uma relação de emprego com a empresa terceirizada, por exemplo, não transferem tal obrigação para a Administração.
No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho, por meio do Enunciado 331, firmou entendimento de que haveria responsabilidade do contratante em caso da inadimplência do empregador, em clara oposição à expressa disposição da Lei.
No final de 2011, o STF julgou constitucional o § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, fazendo com que a aplicação do enunciado 331 fosse limitada à análise de cada caso e não mais automaticamente como vinha sendo aplicado pela justiça trabalhista, o que levou à retificação da súmula nos termos atuais, em que ainda considera a Administração subsidiária quanto a débitos trabalhistas, mas condicionada à comprovação de que houve "conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora" e que ela (Administração) tenha participado da relação processual.
Essa duas condicionantes são fundamentais para a responsabilização da Administração Pública nos termos da Súmula mencionada, pois se não houve conduta culposa, ou seja, se a Administração tomadora do serviço terceirizado adotou todas as providências quanto ao acompanhamento e fiscalização do contrato, mas ainda assim, ao final da execução do contrato, e em sede de processo trabalhista, foi constatado que a empresa estava inadimplente com as obrigações trabalhistas relativas aos seus empregados, a Administração não pode ser responsabilizada.
Além disso, e esse aspecto é muito importante, para que a Administração seja responsabilizada é preciso que ela tenha integrado a relação processual, ou seja, ela tenha sido arrolada no processo trabalhista que busca o pagamentos das verbas trabalhistas sonegadas dos empregados. Nada mais justo que esses condicionantes, pois atentaria contra o princípio do processo legal se a Administração fosse compelida a fazer algo (no caso pagar os direitos trabalhistas dos empregados do contrato) sem que tivesse a oportunidade do contraditório e da ampla defesa.
Gabarito: Para que haja a responsabilização da Administração tomadora dos serviços, é preciso que o empregador tenha inadimplido com suas obrigações, e que a tomadora do serviço tenha participado da relação processual que apurou a irregularidade, bem como reste evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações relativas à fiscalização.
Essa é a resposta correta. As condicionantes para a responsabilização da Administração estão presentes, quais sejam: inadimplência das obrigações do empregador; participação na relação processual; e conduta culposa na fiscalização.�
Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
�
Texto da questão
Durante a execução de um contrato de obras firmado com determinada administração municipal, que previa o pagamento no prazo de 30 dias após a apresentação das faturas, mesmo regularmente cumprindo suas obrigações, executando os serviços e apresentando os boletins de medição e faturas relativas a esses serviços, a empresa não recebe há 2 meses, o que motivou um pedido de rescisão do contrato, alegando descumprimento da obrigação da prefeitura quanto ao pagamento.
Acerca dos motivos para rescisão de um contrato administrativo, assinale a alternativa correta.
 
a. A empresa deverá suspender a execução do serviço, rescindir o contrato e cobrar judicialmente as faturas atrasadas, com juros e correção monetária, sempre que a Administração descumprir a cláusula de pagamento no prazo acordado.
b. A empresa não poderá suspender a execução dos serviços apenas em face do atraso de 2 meses mencionado, pois essa ocorrência se insere nas hipóteses das cláusulas exorbitantes, próprias dos contratos administrativos. 
Essa é a alternativa correta. Somente o atraso superior a 90 dias autoriza ao particular a rescisão do contrato firmado com a Administração. A prevalência do interesse público sobre o particular, configurando como cláusula exorbitante própria dos contratos administrativos, está no "afastamento da incidência da exceção do contrato não cumprido" contra a Administração, ou seja, apesar de a Administração não cumprir a cláusula do pagamento na forma do termo de contrato, ainda assim o particular não pode invocá-la para rescindi-lo.
c. A administração municipal não poderá ser apontada como causadora da rescisão de um contrato administrativo, pois deve sempre prevalecer o interesse público sobre o privado.
d. A empresa poderá invocar razões de interesse público e rescindir o contrato administrativo, alegando que a execução compromete a sua viabilidade econômica.
e. Caso a administração municipal suspenda a execução do contrato por prazo superior a 120 dias, em face, por exemplo, de não ter recursos orçamentários, o contrato será automaticamente rescindido, cabendo à empresa a indenização correspondente aos prejuízos a ele causados.
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Os motivos para rescisão de um contrato administrativo estão enumerados no art. 78 da Lei 8.666/1993. Para compreender bem as responsabilidades e consequências devemos conjugá-lo (ou seja, analisá-lo conjuntamente) com os arts. 79 e 80, pois neles estão definidas as hipóteses de incidênciade penalidades, indenizações e prerrogativas dos partícipes do contrato.
É importante notar que, havendo rescisão justificada por uma das partes, a outra parte terá direito a indenização decorrente dos prejuízos causados por tal rescisão.
Gabarito: A empresa não poderá suspender a execução dos serviços apenas em face do atraso de 2 meses mencionado, pois essa ocorrência se insere nas hipóteses das cláusulas exorbitantes, próprias dos contratos administrativos.
Essa é a alternativa correta. Somente o atraso superior a 90 dias autoriza ao particular a rescisão do contrato firmado com a Administração. A prevalência do interesse público sobre o particular, configurando como cláusula exorbitante própria dos contratos administrativos, está no "afastamento da incidência da exceção do contrato não cumprido" contra a Administração, ou seja, apesar de a Administração não cumprir a cláusula do pagamento na forma do termo de contrato, ainda assim o particular não pode invocá-la para rescindi-lo.�
Questão 8
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
�
Texto da questão
No intuito de se certificar que o contrato fosse executado exatamente da forma consignada na proposta da empresa vencedora da licitação, a Administração fez constar no edital da licitação a obrigatoriedade de contratação de um fiscal, às custas da empresa contratada. Como o contrato se referia a serviços de informática com especificidades e nível de detalhamento aprofundado, exigia-se que a empresa comprovasse a qualificação técnica da pessoa indicada, caso contrário a Administração poderia determinar a substituição do fiscal.
Acerca do procedimento acima, indique a opção certa, de acordo com as disposições da Lei 8.666/1993.
 
a. O procedimento está correto, pois a Lei 8.666/1993 obriga que todo contrato administrativo deve ser acompanhado e fiscalizado, podendo inclusive ser contrato terceiro estranho à Administração. 
Essa não é a resposta correta. A fiscalização dos contratos administrativos deve ser realizada por servidor designado pelo órgão contratante e não pela empresa contratada, podendo ser auxiliado por terceiro contratado.
b. O procedimento está errado, pois a competência para fiscalizar a execução de um contrato administrativo é da própria administração, não sendo admitida a presença de terceiros nessa função.
c. O procedimento está errado, pois como o fiscal foi contratado pela empresa, cabe a ela a escolha do fiscal e a definição das exigências de qualificação dele.
d. O procedimento está correto caso a Administração declare formalmente que não possui em seus quadros pessoal especializado no objeto da contratação capaz de fiscalizar o fiel cumprimento das obrigações por envolver conhecimento especializado.
e. O procedimento está errado, pois a designação de um fiscal para acompanhar a execução dos contratos é obrigação da Administração, que deverá escolher dentre os servidores do quadro o que tenha melhores condições para executar a tarefa.
Feedback
O fiscal do contrato é figura importante para que a Administração seja capaz de cobrar do contratado a correta execução da avença nos termos que foram acordados. Deste fato decorre de a fiscalização dos contratos ser irrenunciável e indelegável, podendo, quando o objeto assim o exigir, haver a contratação de terceiros para auxiliar a Administração em tal função.
Em algumas ocasiões, o objeto do contrato possui tal especificidade e complexidade que o órgão contratante poderá não ter pessoal suficiente ou qualificado para a tarefa, razão pela qual a Lei autoriza a contratação de terceiros. A publicação "Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU", indica que a "contratação de profissional ou empresa para auxiliar a fiscalização do contrato é procedimento admitido e recomendável, especialmente em contratos complexos ou de valor elevado". Essa mesma publicação recomenda que "deve ser mantida pela Administração, desde o início até o final da execução do contrato, equipe de fiscalização ou profissional habilitados, com experiência".
Ainda assim, a responsabilidade pela fiscalização continua sendo do servidor designado, cabendo a ele a responsabilidade pela comunicação à autoridade superior de qualquer irregularidade na execução do contrato.
Daí a importância de a Administração designar para a atividade um servidor que tenha condições técnicas e com perfil adequado para fiscalização. No caso de não haver, ou de o objeto da contratação ser muito específico, pode-se contratar terceiros para auxiliá-lo na fiscalização.
Em todo caso, a responsabilidade por erros e omissões da fiscalização pode ser atribuída ao fiscal e à autoridade que o designou. Em sendo designado para a atividade e constatado que não tem condições técnicas para o exercício da atividade, deve o servidor incumbido da fiscalizar informar à autoridade que o designou de suas limitações.
Por fim, cabe diferenciar o fiscal do contrato da figura do preposto da empresa, designado para representar a empresa na execução do contrato. A função do preposto é servir como o contato da empresa com a Administração, nunca a de fiscalizar a execução do contrato. Qualquer questão envolvendo a execução do contrato deverá ser encaminhada ao preposto da empresa para as providências devidas, nunca diretamente aos empregados terceirizados.
Gabarito: O procedimento está errado, pois a designação de um fiscal para acompanhar a execução dos contratos é obrigação da Administração, que deverá escolher dentre os servidores do quadro o que tenha melhores condições para executar a tarefa.
Essa é a resposta correta. A obrigação da Administração de fiscalizar os contratos firmados é irrenunciável e indelegável, podendo, quando o objeto assim o exigir, contratar terceiros para auxiliá-la.�
Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
�
Texto da questão
Em determinado município, o transporte escolar de alunos residentes na área rural é realizado por meio de uma empresa que disponibiliza ônibus para atender as rotas estabelecidas pela secretaria de educação. Essa empresa é remunerada mensalmente pelo total de quilômetros rodados pelos ônibus.
Você, como fiscal desse contrato, ao verificar o cumprimento das cláusulas contratuais, observou que em certo mês, em mais da metade daquelas rotas, as quantidades de quilômetros rodados superaram em 20% os quantitativos previstos inicialmente no contrato.
Qual das providências a seguir contribui mais para o esclarecimento do ocorrido?
 
a. Aguardar mais um mês para ver se a situação se repete.
b. Solicitar a seu superior hierárquico que encaminhe ao secretário de educação ofício descrevendo a situação.
c. Solicitar ao superior hierárquico que encaminhe ao secretário de controle interno ofício descrevendo a situação.
d. Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada solicitando justificativas para a situação.
e. Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada solicitando justificativas para a situação e obter informações sobre o assunto junto à secretaria municipal de educação. 
A alternativa está correta. Dentre as descritas, esta providência é a mais indicada, pois possibilitará uma justificativa da contratada e o confronto com as informações disponíveis na secretaria municipal de educação.
Feedback
O fiscal do contrato deve conhecer detalhadamente o contrato e as cláusulas nele estabelecidas. Também deverá acompanhar a execução dos serviços, neste caso, verificando atentamente as distâncias percorridas pelos ônibus.
Na situação descrita no enunciado desta questão, a melhor providência é verificar tanto junto à contratada quanto à secretaria de educação os motivos que levaram ao acréscimo de 20% nas distâncias percorridas em mais da metade das rotas.
Gabarito: Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada solicitando justificativas para a situação e obter informações sobre o assunto junto à secretaria municipal de educação.
A alternativa está correta. Dentre as descritas, esta providência é a mais indicada, poispossibilitará uma justificativa da contratada e o confronto com as informações disponíveis na secretaria municipal de educação.�
Questão 10
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
�
Texto da questão
A Instrução Normativa SLTI nº 02/2008 orienta em vários de seus dispositivos a forma como se deve proceder quando do acompanhamento e da fiscalização da execução dos contratos, em especial quando nele está envolvida a prestação de serviços com dedicação exclusiva de mão-de-obra.
Quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais, cabe ao fiscal realizar as seguintes verificações, EXCETO:
 
a. Fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação quando cabível.
b. Cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em relação aos empregados vinculados ao contrato.
c. Recolhimento da contribuição previdenciária estabelecida para o empregador e de seus empregados, conforme dispõe o artigo 195, § 3o da Constituição federal, sob pena de rescisão contratual.
d. Cumprimento das obrigações contidas na convenção coletiva, no acordo coletivo ou na sentença normativa em dissídio coletivo de trabalho.
e. Recolhimento do FGTS referente ao mês atual. 
Na verdade, o recolhimento do FGTS deve ser feito em relação ao mês anterior, e não no mês atual, como afirmado na alternativa.
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Para que o fiscal tenha condições de efetuar seu trabalho de modo a resguardar todos os interesses da Administração Pública, é muito importante que ele, além de lançar mão dos instrumentos de praxe, procure buscar mais informações e conhecimento por meio da leitura dos manuais disponibilizados pelos diversos órgãos públicos, além da Lei, da doutrina e da jurisprudência, lembrando sempre de observar as especificidades de cada contrato nos casos concretos.
Gabarito: Recolhimento do FGTS referente ao mês atual.
Na verdade, o recolhimento do FGTS deve ser feito em relação ao mês anterior, e não no mês atual, como afirmado na alternativa.�

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