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aula 8 validade eficacia da norma (1)

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TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Os planos da vigência, validade e eficácia da norma.
Teoria do Ordenamento Jurídico 
- A validade do ordenamento jurídico. 
- Hierarquia e constitucionalidade das leis. 
- Sistema e ordenamento jurídico à luz da Constituição Brasileira. 
- Regras da Completude no Brasil.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
 
CONCEITO: É um conjunto de normas sobre normas, isto porque disciplina as próprias normas jurídicas, prescrevendo-lhes a maneira de aplicação e entendimento, predeterminando as fontes e indicando-lhes as dimensões espaço-temporais. Ela não rege a vida das pessoas, mas sim as próprias normas jurídicas. Logo, ela ultrapassa o âmbito do Direito Civil, atingindo tanto o direito privado quanto o público.
 
Contém normas de direito (também chamadas de normas de apoio). Trata-se de um código de normas. A doutrina a considera como uma lei de introdução às leis por conter princípios gerais sobre as normas sem qualquer discriminação, indicando como aplicá-las. E ela continua em vigor, a despeito do novo Código Civil, em sua plenitude e de forma autônoma. Em síntese, a LIND trata dos seguintes assuntos:
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Toda norma jurídica tem um âmbito de aplicação temporal, espacial, material e pessoal, dentro dos quais ela tem vigência e validade. 
Quanto à Vigência, vamos analisar as leis sob dois prismas: Temporal e Territorial.
 
I. VIGÊNCIA DAS LEIS NO TEMPO
 As leis também possuem um ciclo vital: nascem, aplicam-se a determinadas situações, podem ser modificadas e “morrem”. Elas são regidas, inicialmente, por dois princípios fundamentais:
 A) Princípio da Obrigatoriedade das Leis – uma vez em vigor, a lei torna-se obrigatória para todos os seus destinatários. Publicada a lei, ninguém se escusa de cumpri-la alegando que não a conhece (art. 3o da Lei de Introdução do Código Civil). Tal dispositivo visa garantir a estabilidade e a eficácia do sistema jurídico que ficaria comprometido se fosse admitida a alegação de ignorância de lei em vigor. 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
 
O erro de direito (que seria a alegação de desconhecimento da lei) só pode ser invocado em raríssimas ocasiões e quando não houver o objetivo de furtar-se o agente ao cumprimento da lei. 
Reforçando: para a LINDB o desconhecimento da lei não pode ser alegado; já para o Código Civil pode haver tal alegação em situações especialíssimas (art. 139, III).
 
B) Princípio da Continuidade das Leis – a partir de sua vigência, a lei tem eficácia contínua, até que outra a revogue (embora possam existir “leis temporárias”, conforme veremos adiante – art. 2o da LIND). 
O desuso ou o decurso de tempo, não fazem com que a lei perca sua eficácia.
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
INÍCIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS
 
A criação de uma lei obedece a um procedimento próprio, definido nas normas constitucionais. Uma lei não entra em vigor de imediato. De uma forma geral, há um processo de criação da lei que passa por cinco etapas. Vejamos de forma resumida.
 
A criação de uma lei obedece a um procedimento próprio, definido nas normas constitucionais (arts. 59 a 69, CF/88). Há todo um processo solene de elaboração da lei, chamado de processo legislativo.
 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
REGRAS – VIGÊNCIA/VALIDADE 
 
Salvo disposição em contrário, uma lei começa a vigorar, em todo o país, quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada (art. 1o, caput da LIND).
 Este dispositivo prevê um intervalo de tempo entre a publicação da lei e a data de início de sua vigência. Porém esse princípio não é absoluto porque quase todas as leis contêm em seu texto disposição prescrevendo sua entrada em vigor na data da respectiva publicação.
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
O espaço compreendido entre a publicação da lei e sua entrada em vigor denomina-se vacatio legis. Geralmente este prazo é estabelecido para melhor divulgação dos textos legais antes que eles entrem em vigor e para que os órgãos da administração se aparelhem melhor ao novo texto legal. Enquanto não transcorrido esse período, a lei nova, mesmo que já publicada, ainda não tem força obrigatória ou vinculante.
 
A atual legislação adotou o sistema simultâneo. Portanto, a regra geral teórica no Brasil é a de que uma lei entra em vigor em todo o território nacional 45 dias após a publicação. Trata-se, portanto, de um prazo único para todo País, sendo simultânea a sua obrigatoriedade.
 
Uma lei pode entrar em vigor na data de sua publicação ou em outra data mais à frente, desde que haja previsão expressa em seu próprio texto. Isto é assim devido à importância ou urgência de determinada lei e a maior ou menor dificuldade de adaptação da sociedade a esta nova lei. Somente quando não houver expressa disposição na própria lei acerca da data em que ela entrará em vigor (omissão proposital da lei), aí sim, ela entrará em vigor em 45 dias após a publicação.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
2) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada (art. 1o, §1o da LICC). Isto é, se uma lei for editada no Brasil, mas para surtir efeitos no estrangeiro (em geral quando cuida de atribuição de ministros, embaixadores, cônsules, convenções de direito internacional, etc.) e esta lei for omissa quanto à data que entrará em vigor (a data de sua vigência efetiva), esta lei somente entrará em vigor 03 (três) meses após a sua publicação.
 
3) Uma lei pode ter sido publicada com algum erro substancial (implicando em uma divergência de aplicabilidade). O art. 1o, §3o da LICC determina que “se antes de entrar em vigor ocorrer nova publicação desta lei, destinada à correção de seu texto, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação”.
 Ex: Uma lei foi publicada em determinado dia e é omissa em relação ao dia que entrará em vigor. Assim, somente entrará em vigor 45 dias após a publicação. Vinte dias depois de publicada, alguém notou que houve um erro no texto da Lei. Desta forma ela deve ser republicada. E aquele prazo de 45 dias recomeça a contar; inicia-se novamente a contagem do prazo de vacatio a partir do dia da republicação da lei. Notem que continua sendo a mesma Lei.
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
4) Por outro lado, as correções de texto de lei que já está em vigor consideram-se lei nova (art. 1o, §4o, LIND). Sujeita-se, naturalmente, aos prazos normais das demais leis. Ex: Uma lei foi publicada, cumpriu o prazo de vacatio legis e entrou em vigor. Alguns dias depois, um erro foi notado. Neste caso, quando houver a “republicação”, esta será considerada como lei nova. No entanto, para haver esta republicação para correção, é necessário um novo processo legislativo, pois se trata de lei nova.
 
Contagem
 O prazo de vacatio legis conta-se: incluindo-se o dia do começo (ou seja, o dia da publicação da Lei) e também do último dia do prazo (que é o dia do seu vencimento). Assim, a lei entrará em vigor no dia subsequente a sua consumação integral (ainda que se trate de domingo ou feriado).
  
Tal regra está prevista no art. 8o, §1o da Lei Complementar no 95/98, com texto modificado pela L.C. no 107/01 e regulamentada pelo Decreto no 4.176/02, que dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal. 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Observação Não há vacatio legis em caso de decretos e regulamentos, cuja obrigatoriedade é determinada pela sua publicação (salvo se eles dispuserem de forma diversa). Assim, na omissão de quando essas espécies normativas entrarão em vigor, isto ocorrerá na data da sua publicação.
 
FIM DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS
 
Não se destinando à vigência temporária, uma lei terá vigor até que outra a modifique ou a revogue. É o que dispõe o art. 2o, caput da LINDB.
 A regra geral é de que uma lei não tem um prazo certo para vigorar; ela permanece em vigor enquanto nãofor modificada ou revogada por outra (eficácia contínua).
 No entanto, algumas leis são expedidas com prazo de duração. Nestes casos a lei possui vigência temporária. 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Ex: lei que concede favores fiscais durante 10 anos às indústrias que se instalarem em determinada região; racionamento de combustível durante a guerra; Imposto/Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (IPMF, CPMF), Leis Orçamentárias, etc. 
Tais normas desaparecem do ordenamento jurídico com o decurso do prazo estabelecido ou quando ela já cumpriu os objetivos a que se propôs (ex: lei que se destina alojar, de forma temporária, em escolas públicas, pessoas desabrigadas por causa de uma inundação). 
Assim, lei temporária é a que nasce com termo prefixado de duração ou com um objetivo a ser cumprido. A Lei já nasce com um prazo para perder sua vigência. Contudo, não se fixando um prazo determinado, prolonga-se a obrigatoriedade da norma (princípio da continuidade) até que ela seja modificada ou revogada por outra.
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Revogar (do latim revocatio, revocare = anular, desfazer, desvigorar) é tornar sem efeito uma lei ou qualquer outra norma jurídica; é a supressão da força obrigatória da lei, retirando-lhe a eficácia. Podem ser revogadas as leis, os regulamentos, as portarias, as cláusulas contratuais, etc. O art. 2o, §1o da LIND dispõe que a lei posterior revoga a anterior em três situações:
 
1) quando expressamente assim o declare;
2) quando seja com ela incompatível;
3) quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
 Podemos classificar a revogação em:
 
a) Total (ou ab-rogação) – quando a lei nova regula inteiramente a matéria da lei anterior, ou quando existe incompatibilidade (explícita ou implícita) entre as leis. A norma anterior perde sua eficácia na totalidade.
 
b) Parcial (ou derrogação) – quando torna sem efeito apenas uma parte da lei ou norma, permanecendo em vigor todos os dispositivos que não foram modificados.
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
A revogação ainda pode ser classificada quanto à forma de execução:
 
a) Expressa (ou por via direta) – quando a lei nova taxativamente declara revogada a lei anterior ou aponta os dispositivos que pretende suprimir (art. 2o, §1º, primeira parte da LIND). Seria interessante que todas as leis dissessem exatamente o que estão revogando. Mas isso não ocorre na prática. 
 
O art. 9o da LC 98/95, com a redação da LC 107/01, determina que “a cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas”.
 
b) Tácita (indireta ou via oblíqua) – quando a lei posterior é incompatível com a anterior e não há disposição expressa no texto novo indicando a lei que foi revogada. Diz o art. 2º, §1º, segunda parte da LIND, que ocorre a revogação tácita quando “seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria que tratava a lei anterior”. Geralmente o legislador utiliza, no final das leis, a seguinte expressão genérica: “revogam-se as disposições em contrário”.
 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Termos Importantes
 
1) Atividade – é o fenômeno jurídico pelo qual a lei regula todas as situações durante o seu período de vida (vigência). É a regra em nosso Direito. 
 
2) Extra-atividade – ocorre quando uma lei regula situações fora do seu período de vigência. Trata da exceção em nosso Direito. A extra-atividade pode abranger situações passadas e/ou futuras. Portanto, possui duas espécies:
 
a) Retroatividade – a lei regula situações que ocorreram antes do início de sua vigência.
 
b) Ultra-atividade – a lei foi revogada, mas continua sendo aplicada.
 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
REPRISTINAÇÃO
 
Repristinar significa restituir ao valor, caráter ou estado primitivo. Na ordem jurídica repristinação (ou efeito repristinatório) é o restabelecimento da eficácia de uma lei anteriormente revogada. Preceitua o art. 2o, §3o da Lei de Introdução as do Direito Brasileiro que a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, salvo disposição em contrário. 
 
Ex: Se a lei “A” é revogada pela lei “B” e posteriormente a lei “B” é revogada pela lei “C”, não se restabelece a vigência da lei “A”. No Brasil não há repristinação ou restauração automática da lei velha, se uma lei mais nova for revogada.
Mas é importante deixar bem claro que é possível que ocorra o fenômeno da repristinação. Mas isso somente é admissível quando a nova lei (no exemplo acima a lei “C”) determinar expressamente que a lei velha (lei “A”) retome a sua eficácia.
 Outra situação citada pela doutrina é a seguinte: foi editada a lei "A". Posteriormente foi editada a lei "B" que revogou a "A". Tempos depois, a lei "B" foi considerada inconstitucional. Neste caso retorna a vigência da lei "A".
 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
CONFLITO DAS NORMAS NO TEMPO
 
Quando uma norma é modificada por outra e já se haviam formado relações jurídicas na vigência da lei anterior, podem surgir conflitos. 
Qual norma deve ser aplicada a um caso concreto? 
O chamado direito intertemporal visa solucionar estes conflitos entre as normas. Para tanto são usados dois critérios: as disposições transitórias e o princípio da irretroatividade das leis.
 
 A) DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS (ou direito intertemporal) – A lei, para evitar eventuais e futuros conflitos, em seu próprio corpo, geralmente ao final, pode estabelecer regras temporárias, destinadas a dirimir conflitos entre a nova lei e a antiga, conciliando a nova lei com as relações já definidas pela norma anterior. Observem que o próprio Código Civil em vigor contém um Livro Complementar, chamado “das disposições finais e transitórias” (arts. 2.028 até 2.043). 
 Em seu corpo percebe-se que há uma série de regras, sendo que algumas delas autorizam a aplicação do Código anterior (mesmo já revogado, continua produzindo efeito - ultratividade).  
 
 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
B) IRRETROATIVIDADE DAS LEIS – Etimologicamente retroatividade quer dizer atividade para trás, ou seja, produção de efeitos em situações passadas. Juridicamente, podemos dizer que uma norma retroage quando ela vigora, não somente a partir de sua publicação, mas, ainda, regula certas situações jurídicas que vêm do passado. Na realidade uma lei é expedida para disciplinar fatos futuros, a partir de sua vigência. 
 
A vigência de uma lei se estende, como já dissemos, desde o início de sua obrigatoriedade até o início da obrigatoriedade de outra lei. A regra no Brasil é a irretroatividade das leis, ou seja, estas não se aplicam às situações constituídas anteriormente. Trata-se de um princípio que visa dar estabilidade e segurança ao ordenamento jurídico preservando situações já consolidadas sob a lei antiga, em que o interesse particular deve prevalecer.
 
No entanto, há casos em que a lei nova pode retroagir ao passado, alcançando consequências jurídicas de fatos efetuados sob a égide de lei anterior.
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Em regra, deve prevalecer o princípio da irretroatividade.
 Há um duplo fundamento: constitucional e infraconstitucional. 
O art. 5o, inciso XXXVI da Constituição Federal determina que “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. De uma forma análoga, o art. 6o da LIND prevê que: “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada”. 
Observem que a cláusula de irretroatividade da lei nova convive com outro preceito de direito intertemporal, que é o da eficácia imediata e geral da lei nova. Isto quer dizer que a lei nova atinge os fatos pendentes e os futuros que se realizarem já sob sua vigência, não abrangendo os fatos passados. Em latim dizemos: tempus regi actum (o tempo rege o ato). Ou seja, a lei que incide sobre um determinado ato é a do tempo em que este ato se realizou. 
 
 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. - Lei de Introduçãoàs normas do Direito Brasileiro
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:
Art. 1o  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1o  Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei 2.145, de 1953)  (Vide Lei nº 2.410, de 1955)  (Vide Lei nº 3.244, de 1957)  (Vide Lei nº 4.966, de 1966)  (Vide Decreto-Lei nº 333, de 1967)
§ 2o  (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).
§ 3o  Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4o  As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. (Vide Lei nº 3.991, de 1961) 
§ 1o  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
§ 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Art. 3o  Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Art. 5o  Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957). 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
HIERARQUIA E CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS 
 AS NORMASDE UM ORDENAMENTO JURÍDICO NÃO ESTÃO TODAS EM UM MESMO PATAMAR, EM UM MESMO PLANO.
EXISTEMNORMAS SUPERIORES E NORMAS INFERIORES.
A NORMA SUPREMA OU TAMBÉM CHAMADA NORMA FUNDAMENTAL NÃO DECORRE DE NENHUMA OUTRA NORMA SUPERIOR.
ELA QUE DÁ UNIDADE A OUTRAS NORMAS QUE JUNTAS, COMPÕEM O CHAMADO ODENAMENTO JURÍDICO.
 
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
 
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
LIMITES MATERIAIS DA NORMA FUNDAMENTAL OU SUPERIOR
SÃO AQUELES QUE DIZEM RESPEITO AO CONTEÚDO DAS NORMAS .
EX: LIMITAÇÕES DOSDIREITOS FUNDAMENTAIS
LIMITES FORMAIS DA NORMA FUNDAMENTAL OU SUPERIOR
SÃO AQUELES QUE DIZEM RESPEITO AO PROCESSO LEGISLATIVO.
 
QUANDO ESSES LIMITES NÃO SÃO OBSERVADOS, AS NORMAS SÃO CONSIDERADAS ILEGÍTIMAS OU INCONSTITUCIONAIS
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
A TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO realiza um estudo da correlação existente entre as normas que vigoram em um determinado Estado, lidando essencialmente com uma concepção sistemática, que tem como pressuposto a existência de uma pluralidade de normas, que interagem de forma harmônica no interior do ordenamento jurídico.
Tal sistematização normativa concretiza também o chamado dogma da COMPLETUDE, que consiste basicamente na impossibilidade da existência de situação de fato que escape à normatividade jurídica, ainda que seja preciso lançar de mecanismos técnicos de integração, para o preenchimento de eventuais lacunas existentes no direito positivo.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As regras de completude do direito são exatamente aquelas contidas no artigo 140 do Código de Processo Civil:
Art. 140.  O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.
Parágrafo único.  O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

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