Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA PARA USO DOMICILIAR: ESTUDO DE CASO Leonardo Ferreira de Vasconcelos1 Osmar Mendes Ferreira2 Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental Av. Universitária, N.º 1440 – Setor Universitário – Fone (62)3227-1351. CEP: 74605-010 – Goiânia - GO. RESUMO A água, na atualidade está se tornando um dos recursos naturais mais importante entre todos. Para alguns é tratada com indiferença, como fonte inesgotável e para outros, como riqueza, e em muitos casos, como sobrevivência. Neste contexto, estudos apontam para o aproveitamento e reuso como alternativa à pressão sobre as fontes ainda existentes. Nesta pesquisa mostramos a viabilidade do uso racional da água da chuva nas atividades domésticas de uso não potável. Associada a esses fatores discutirá o panorama da distribuição da água no planeta, no Brasil e suas regiões, evidenciando a importância deste recurso para a população. Complementando esse quadro de informação, foi desenvolvido nessa pesquisa o estudo da viabilidade à captação da água da chuva para uso doméstico não potável, que nos evidencia o quanto pode ser economizado e como podemos fazê-lo, tanto economicamente quanto ecologicamente. Palavras-chave: captação de água de chuva, uso da água de chuva, viabilidade econômica. ABSTRACT: The water, at the present time he/she is becoming one of the more important natural resources among all. For some it is treated with indifference, as inexhaustible source and for other, as wealth, and in many cases, as survival. In this context, studies appear for the use and reuse as alternative to the pressure on the sources still existent. In this research we showed the viability of the rational use of the water of the rain in the domestic activities. Associated the those factors will discuss the panorama of the distribution of the water in the planet, in Brazil and their areas, evidencing the importance of this resource for the population. Complementing that picture of information, it was developed in that research the study of the viability to the reception of the water of the rain for domestic use, that in the display as simple measure, the all can be saved and as we can do him/it, so much economically as ecologically. Keywords: reception of rainwater, use of the rainwater, economical viability Goiânia, 2007/1 1 Acadêmico do curso de Engª Ambiental da Universidade Católica de Goiás. (lfv.eng@gmail.com) 2 Orientador Profº Msc. Dep. Engª Universidade Católica de Goiás - UCG. (mendes_osmar@yahoo.com.br) 2 1 INTRODUÇÃO O crescimento populacional associado aos padrões de consumo impostos pela oferta de novos produtos, resultantes do desenvolvimento tecnológico vem resultando nas últimas décadas, num aumento da utilização da água e da pressão sobre as fontes existentes. Muitos interesses passaram a ser conflitantes e a urgência em aumentar a disponibilidade de água, uma preocupação incessante. Durante muitos anos, os esforços mantiveram-se na direção de realizar a gestão da oferta, aumentando-se a extensão de redes de abastecimento, buscando-se água em lugares cada vez mais distantes. No território brasileiro, apesar da grande quantidade de água existente, a concentração de água doce disponível para o consumo pouco coincide com a concentração populacional. A água é o símbolo comum da humanidade, respeitada e valorizada em todas as religiões e culturas, tornou-se também um símbolo da equidade social, pois a crise da água é, sobretudo, de distribuição, conhecimento e recursos, e não de escassez absoluta. Com o objetivo claro de reduzir o consumo de água, através de ações tecnológicas, econômicas ou sociais, deu-se início ao desenvolvimento de diversos programas de uso racional. Esses problemas associados justificam a discussão da viabilidade do uso de água da chuva para usos básicos em uma residência domiciliar. Essa alternativa certamente resultará na diminuição do uso de água fornecida pelas companhias de saneamento, na demanda dos custos com o uso de água potável e na redução dos riscos de enchentes em caso de chuvas intensas. Portanto, essa pesquisa tem como objetivo demonstrar a quantidade de água de chuva podemos aproveitar no consumo total de uma residência, constituindo parâmetros de referencia para demonstrar essa viabilidade. Chamar a atenção para esse problema que só no momento não constitui em um problema de escassez eminente, poderá acontecer a curto prazo em nossa região, dado o crescimento acelerado de seu uso, e despertar a consciência de que esse é um bem finito, também complementa o objetivo da pesquisa. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Quando falamos o termo água, refere-se á um elemento natural, desvinculado de qualquer uso ou utilização, por sua vez, o termo recurso hídrico é a consideração da água 3 como bem econômico passível de utilização com tal fim (REBOUÇAS, 1999). Nesse caso incluímos os rios, lagos, aqüíferos subterrâneos e outras fontes de água, mas somente quando utilizados. A atual pressão sobre os recursos hídricos resulta do crescimento populacional, tecnológico e econômico, traduzindo-se nas expressivas taxas de urbanização das últimas décadas e aliando-se à ocorrência de cheias e secas e à degradação do meio ambiente hídrico, que atingem cada vez maiores contingentes populacionais (ANA, 2002). Segundo Rebouças (1999), o impacto do crescimento acelerado da população e do maior uso da água, imposto pelos padrões de conforto e bem estar da vida moderna junto à degradação alarmante sobre as fontes, intensifica em especial a escassez de água em algumas partes do globo terrestre. A humanidade está confrontando com uma série de problemas globais - sócio- ambiental e financeiros. Em função disso, a discussão com o meio ambiente em geral, como a água em particular, adquirem especial importância, pois a demanda de água aumenta proporcionalmente ao crescimento populacional. Muitos interesses passaram a ser conflitantes e a urgência em aumentar a disponibilidade de água, uma preocupação incessante. Diante disso, práticas para o incentivo do desenvolvimento sustentável surgem constantemente sendo coerente com seu fundamento básico: “Desenvolvimento sustentável: é o crescimento econômico considerando o meio ambiente no seu processo produtivo, assegurando os recursos naturais em qualidade e quantidade suficientes às futuras gerações, para que o crescimento econômico torna-se um processo sustentável assegurando o equilíbrio ecológico e a igualdade social” (LEFF, 2001). 2.1 Distribuição da água no planeta e no Brasil Considera-se atualmente que a quantidade total de água no planeta, de 1386 milhões de km³, tem permanecido de modo aproximadamente constante durante nos últimos 500 milhões de anos (REBOUÇAS, 1999). A água é de longe a substância mais abundante do globo terrestre, cobrindo cerca de 71% da sua superfície (XAVIER, 2006). Esse valor percentual pode estar na forma líquida, sólida ou gasosa, cuja distribuição dos volumes estocados nos principais reservatórios de água da terra é mostrada na Tabela 1. 4 Tabela 1: Áreas, volumes totais e relativos de água dos principais reservatórios da Terra. Reservatório Área (10³km²) Volume (106km³) Volume Total (%) Volume de água doce (%) Oceanos 361.300 1.338 96,5 - Subsolo 134.800 23,4 1,7 - Calotas Polares 16.227 24,1 1,74 68,9 Antártida 13.980 21,6 1,56 61,7 Groelândia 1.802 2,3 0,17 6,68 Ártico 226 0,084 0,006 0,24 Geleiras 224 0,041 0,003 0,12 Solos Gelados 21.000 0,300 0,022 0,86 Lagos 2.059 0,176 0,013 0,26 Água Doce 1.236 0,091 0,007 - Pântanos 2.683 0,011 0,00080,03 Atmosfera - 0,013 0,001 0,04 TOTAIS 510.000 1.386 100 - ÁGUA DOCE - 35,0 2,53 100 Fonte: Adaptado de Shiklomanov in IHP/UNESCO (1998). Desse volume total, 97% formam os oceanos e mares e 3% os rios, lagos, aqüíferos subterrâneos, geleiras e outras fontes de água doce, conforme ilustra a Figura 1. Figura 1: Distribuição de águas doces na terra Fonte: Adaptado de Shiklomanov in IHP/UNESCO (1998). Dos 3% de água doce existente, a maior parte está sob forma de gelo, seguida de água subterrânea, rios e lagos e outros reservatórios (VAZ apud ANA). É ilustrado na Figura 2 que, por mais que tenhamos grande quantidade em volume de água doce, a maior parte encontra-se inacessível e de elevado custo para sua captação, tornando mais oportuno à captação da água de superfície (VAZ apud ANA). 97% 3% Água Salgada Água Doce 5 Figura 2: Distribuição de águas doces na Terra. Fonte: Adaptado de Shiklomanov in IHP/UNESCO (1998). A produção hídrica no Brasil é de 177.900m³/s e mais 73.100m³ da Amazônia internacional, representa 53% da produção de água doce do continente Sul Americano (334.000m³/s) e 12% do total mundial (1488.000m³/s) (REBOUÇAS, 1999). Os números confirmam o destaque do Brasil no cenário mundial pela grande descarga de água doce de seus rios nos mares. Muitos acreditam que a cultura do desperdício surgiu devido a grande abundancia de água que temos, aliada à pequena valoração econômica, pois a água é considerada bem de uso comum do povo (BRASIL, 1988). 2.2 Escassez de água no Brasil A água é um recurso natural indispensável à vida, ao desenvolvimento econômico e ao bem-estar. Contudo, a cada dia está mais difícil encontra-la em qualidade e em quantidade satisfatória. Quando potável, é encontrada atualmente em menores quantidades e em elevadas altitudes. Embora dispensem tratamento, a não ser simples cloração, seu uso restringe-se a pequenas populações (SETTI, 2000). Ainda que o total de água que participa do ciclo hidrológico não se altere, por se tratar de um ciclo fechado, pode-se mudar sua qualidade e sua distribuição. A figura 3 ilustra o ciclo hidrológico, onde na atmosfera, o vapor da água em forma de nuvens pode ser transformado em chuva, neve ou granizo, dependendo das condições do clima. Essa transformação provoca o que se chama de precipitação. A precipitação ocorre sobre a superfície do planeta, tanto nos continentes como nos oceanos. Nos continentes, uma parte Água Doce 3% do Total 0,3%0,9% 68,9% 29,9% Calotas Polares e Geleiras Água Subterrânea Doce Rios e Lagos Outros Reservatórios 6 das precipitações é devolvida para a atmosfera, graças à evaporação, outra parte acaba desaguando nos oceanos depois de percorrer os caminhos recortados pelos rios. Os oceanos recebem água de duas fontes: das precipitações e do desaguamento dos rios, e perdem pela evaporação. Na atmosfera, o excesso de vapor sobre os oceanos é transportada para os continentes, em sentido inverso ao desaguamento (ANA, 2002). Figura 3: Esquema do ciclo hidrológico. Fonte: ANA (2002). A evolução dos padrões demográficos e o tipo de desenvolvimento econômico observado no Brasil aumentaram a pressão sobre os recursos hídricos, provocando a situação de escassez e conflitos de utilização em várias regiões do país. Ainda houve uma progressiva piora das condições da qualidade das águas dos rios que atravessam cidades e regiões com intensas atividades industriais, agropecuárias e de mineração, tornando inviável seu uso para determinados fins (ANA, 2002). Portanto, mesmo não se alterando o total de chuvas, se os cuidados devidos não forem tomados para sua permanência em boas condições de uso no local de interesse, a água pode ficar cada vez mais inacessível à população. O Brasil é um país repleto de diversidades – climas, relevo, cultura e recurso hídrico. Existem no Brasil regiões riquíssimas em água de boa qualidade e até regiões semi- áridas, onde podem ocorrer longos períodos sem chuva, passando por áreas urbanas com sérios problemas de poluição e inundação (ANA, 2002). Estima-se que o Brasil possui 10% do total de água doce do mundo, tornando-o, em termos quantitativos, um dos mais ricos desse recurso no mundo. Observa-se também que há uma grande variação de distribuição, no tempo e no espaço, entre as diferentes regiões do país (ANA, 2002). Na Figura 4, vemos o Brasil dividido em regiões hidrográficas e percentuais de área, população e vazão média em relação ao país. A ilustração permite-nos uma visão clara da variação da distribuição da água pela população existente em cada região. 7 Figura 4: Regiões hidrográficas brasileiras e percentuais de área, população e vazão média em relação ao país. Fonte: ANA (2002). A Figura 5 apresenta a disponibilidade hídrica per capita (vazão média dividida pela população). A situação mais crítica é observada na região nordeste, nas bacias dos estados de Pernambuco, com 428m³/hab.ano, na Bahia e Sergipe, com 479m³/hab.ano, no Rio Grande do Norte, com 1.165m³/hab.ano. Outro quadro de baixa disponibilidade associado a uma concentração elevada é visto na bacia do rio Tietê, região hidrográfica do Paraná, com 810m³/hab.ano, no estado de São Paulo. Já na região hidrográfica do Amazonas, norte do Brasil representa os maiores índices de disponibilidade per capita do país, que varia de 558 mil a 1,7milhão de m³/hab.ano (ANA, 2002). 8 Figura 5: Disponibilidade Hídrica das Bacias Hidrográficas. Fonte: ANA (2002). A Figura 6 ilustra a densidade populacional por região hidrográfica, expressa em hab/km². A densidade demográfica média no País, de aproximadamente 20 hab/km² é bastante variável. Os índices variam de 1,9 a 0,6 hab.km² na região norte, 385 a 773 hab.km² na região sudeste do país (ANA, 2002). Portanto, a situação de maior disponibilidade de água para as atividades humanas é aquela que alia alta vazão específica com baixa densidade populacional e a situação de escassez de água no Brasil não é um caso de déficit de recurso e sim pelo mau uso e má distribuição da população, que se aglomera em grandes centros urbanos, e estes muitas vezes sem nenhum planejamento. Figura 6: Densidade Populacional por Região Hidrográfica Fonte: ANA (2002). 9 2.3 A Legislação Brasileira dos Recursos Hídricos Ao lado da base técnica, é necessário um embasamento jurídico sólido. No caso do Brasil, a Constituição Federal, o Código de Águas, a Legislação Subseqüente e Correlata, a Lei no 9.427 de 26 de dezembro de 1996, a Lei 9.433 de 8 de janeiro de 1997, a Secretaria de Recursos Hídricos e a Agência Nacional de Águas, são fortes instrumentos e instituições de defesa dos Recursos Hídricos (SENRA, 2004). Tendo como destaque a Lei 9.433, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamentos de Recursos Hídricos. A Lei nº13.123/97 estabelece normas de orientação a Política Estadual de Recursos Hídricos bem como ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do estado de Goiás, tendo como órgão gestor, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. É de competência do Estado legislar e controlar o uso das águas subterrâneas (SETTI, 2000). Segundo a Lei no 9.433/97 (SETTI, 2000) – A Lei das Águas institui a Política de Recursos Hídricos cujos fundamentos são: a) a água é um bem de domínio público de uso do povo: O Estado concede o direito de uso da água e não de sua propriedade. A outorga não implica alienaçãoparcial das águas, mas o simples direito de uso; b) usos prioritários e múltiplos da água: O recurso tem de atender a sua função social e a situações de escassez. A outorga pode ser parcial ou totalmente suspensa, para atender ao consumo humano e animal. A água deve ser utilizada considerando se projetos de usos múltiplos, tais como: consumo humano, dessedentação de animais, diluição de esgotos, transporte, lazer, paisagística, potencial hidrelétrico, etc. As prioridades de uso serão estabelecidas nos planos de recursos hídricos; c) a água como um bem de valor econômico: A água é reconhecida como recurso natural limitado e dotado de valor, sendo a cobrança pelo seu uso um poderoso instrumento de gestão, onde é aplicado o princípio de poluidor-pagador, que possibilitará a conscientização do usuário. A Lei no 9.433/97 no artigo 22 informa que “os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de seus recursos hídricos serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram gerados”. Isso pressupõe que os valores obtidos com a cobrança propiciarão recursos para obras, serviços, programas, estudos, projetos na bacia; 10 d) a gestão descentralizada e participativa: A bacia hidrográfica é a unidade de atuação para implementação dos planos, estando organizada em Comitês de Bacia. Isso permite que diversos agentes da sociedade opinem e deliberem sobre os 15 processos de gestão de água, pois, nos comitês, o número de representantes do poder público, federal, estadual e municipal, está limitado em até 50% do total. No dia 7 de junho de 2000, foi elaborado o projeto de criação da Agência Nacional da Água - ANA, uma autarquia sob regime especial, com autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente; sancionada pelo Presidente da República no dia 17 de julho de 2000, foi transformada na Lei no 9.984, que é responsável pela execução da Política Nacional de Recursos Hídricos. Sobre águas pluviais, o Decreto no 24.643 de 10 de julho de 1934, em seu Capítulo V, artigo 103, estabelece que: “As Águas Pluviais pertencem ao dono do prédio onde caírem diretamente, podendo o mesmo dispor delas à vontade, salvo existindo direito em sentido contrário”. Porém, não é permitido desperdiçar essas águas em prejuízo dos outros prédios que delas se possam aproveitar, sob pena de indenização aos proprietários dos mesmos, além de desviar essas águas de seu curso natural para lhes dar outro curso, sem consentimento expresso dos donos dos prédios que irão recebê-las (SETTI, 2000). Algumas cidades brasileiras criaram Decretos para retardar o escoamento da água que cai sobre o telhado, para evitar o colapso do sistema de escoamento de seus municípios. Na cidade de Rio de Janeiro, o Decreto no 23.940 de 30 de janeiro de 2004, declara obrigatória a retenção das águas pluviais de áreas impermeabilizadas maiores que 500 m². Já o município de Curitiba, em sua Lei no 10.785 de 18 de setembro de 2003, deixa mais clara a intenção de conservação, uso racional da água e a importância da mesma, exigindo: captação, armazenamento e utilização de água das chuvas nas novas edificações. Além do reuso das águas servidas em vasos sanitários, e apenas após tal utilização é permitida a sua descarga na rede pública de esgoto (AGUAPARÁ, 2005). Na cidade de São Paulo, foi criado Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água, no dia 10 de março de 2004, que prevê que todos os clientes que atingirem uma redução de 20% em suas médias de consumo de água recebem um prêmio de 20% de desconto no valor final de suas contas (AGUAPARÁ, 2005). 2.4 Saneamento no Brasil e em Goiás Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD (ANA, 2002), 11 mostra na Tabela 2 que o Brasil possui, em média, 89,8 % dos domicílios servidos com água canalizada (rede geral). Os valores da Tabela 2 representam a evolução da cobertura dos serviços de água e esgoto no Brasil, num espaço de tempo de 5 (cinco) décadas atrás até os dias atuais. Os menores percentuais de atendimento restringe-se aos estados do Acre (43,9%) e do Pará (47,7%), enquanto os maiores valores percentuais concentram-se em São Paulo (97,8%) e no Paraná (96,4%). Tabela 2: Evolução da Cobertura dos Serviços de Água e Esgotos no Brasil. Ano 1960 1970 1980 1990 2000 Abastecimento de Água (%) Domicílios urbanos – Rede de distribuição 41,8 60,5 79,2 86,3 89,8 Domicílios Totais – Rede de distribuição - - - - 77,8 Esgotamento Sanitário (%) Domicílios urbanos – Rede de distribuição 26,0 22,2 37,0 47,9 56,0 Domicílios Totais – Rede de distribuição - - - - 47,2 Fonte: PEREIRA (2006). A proporção de água distribuída com tratamento varia de acordo com o tamanho da população dos municípios. Naqueles com mais de 100.000 habitantes a água é quase totalmente tratada. Já nos municípios com menos de 20.000 habitantes, 32,1% do volume distribuído não recebe qualquer tipo de tratamento (BRASIL, 2005). Em Goiás, a situação não é muito diferente das demais regiões do Brasil. O problema de escassez se dá pelos mesmos motivos e a pressão sobre as fontes cada vez maiores. O Quadro 1, ilustra o crescimento do consumo per capita para Goiânia em cinco cenários distintos, de acordo com a evolução econômica do município. Quadro 1: Evolução do consumo per capita de água em Goiânia – 1985/2010. Ano Per Capita (l/hab/dia) 1985 269 1990 266 1995 268 2000 271 2010 278 Fonte: Saneamento Básico e Problemas Ambientais em Goiânia (1992). O fato do consumo per capita ter evoluido, é mais um motivo para investimentos na área de saneamento. Para se ter uma idéia, em 1980, a grande maioria, do tipo de 12 distribuição realizada em Goiânia, se dava por poços, seguido de rede geral e as demais formas de abastecimento, conforme mostrado no Quadro 2. Quadro 2: Formas de abastecimento em Goiânia. Formas de Abastecimento(%) Domicílios Rede Geral Poço Outra Forma Sem Informação 157.284 45,95 52,14 1,86 0,04 Fonte: Saneamento Básico e Problemas Ambientais em Goiânia (1992). 2.5 Aproveitamento das águas das chuvas Atualmente o aproveitamento de água da chuva é praticado em países como Estados Unidos, Alemanha, Japão, entre outros. No Brasil, o sistema é utilizado em algumas cidades do Nordeste como fonte de suprimento de água. A viabilidade do uso de água da chuva é caracterizada pela diminuição na demanda de água fornecida pelas companhias de saneamento, tendo como conseqüência à diminuição dos custos com água potável e a redução do risco de enchentes em caso de chuvas fortes. No processo de coleta de água da chuva, são utilizadas áreas impermeáveis, normalmente o telhado. A primeira água que cai no telhado, lavando-o, apresenta um grau de contaminação bastante elevado e, por isso, é aconselhável o desprezo desta primeira água. A água armazenada deverá ser utilizada somente para consumo não potável, como em bacias sanitárias, em torneiras de jardim, para lavagem de veículos e para lavagem de roupas. 2.5.1 Por que aproveitar a água da chuva? Apenas 3% da água existente no planeta é potável. Desse percentual, somente 0,7% está acessível. A maior parte da água utilizada, quase 70%, vai para a agroindústria; 20% vai para as indústrias e 10%, para as casas. Desta forma a água da chuva deve ser considerada uma alternativa. As águas de chuva são encaradas pela legislação brasileira hoje como esgoto, pois ela usualmente vai dos telhados, e dos pisos para as bocas de lobo aonde, como "solvente universal", vai carreando todo tipo de impurezas, dissolvidas, suspensas, ou simplesmente arrastadas mecanicamente, para um córrego que vai acabar dando num rio que por sua vez vai acabar suprindo uma captação para Tratamento de ÁguaPotável. Pesquisas realizadas mostram que após o início da chuva, somente as primeiras águas carreiam ácidos, microorganismos, e outros poluentes atmosféricos, sendo que normalmente pouco tempo após 13 a mesma torna-se mais limpa, podendo ser coletada em reservatórios fechados. O semi-árido Nordestino tem projetos como a construção de cisternas para água de beber para seus habitantes. (AGUAPARÁ, 2005). Uma forma simples de aproveitar a chuva seria, construir calhas no telhado que escoem a água para reservatórios fechados. A primeira água que cai vai lavar o telhado e não deve ser aproveitada, mas o restante pode servir para várias atividades domésticas. Porém nosso estudo resume-se na utilização do uso não potável. 2.5.2 Reaproveitamento da água de chuva em condomínios Em condomínios, a água de chuva armazenada significa uma expressiva economia no gasto de água nas áreas comuns. Ela pode ser utilizada para lavagem das calçadas, do playground, de carros, na irrigação dos canteiros e jardins, na reserva para casos de incêndio e até mesmo em banheiros das áreas comuns. 2.5.3 Como construir uma cisterna para armazenar a água da chuva A cisterna capta a água da chuva por meio do telhado e de calhas. Esta água fica armazenada ao abrigo da luz e do calor e é bombeada para uma caixa d’água paralela à rede hidráulica normal, que pode abastecer o banheiro, a lavanderia etc. A água de chuva é captada pelo telhado, conduzida pelo sistema através da calha para filtragem e armazenada em cisternas ou caixas d’água. Cada sistema é dimensionado de acordo com a área de captação e os índices de chuva da região onde será instalado: Residências em construção: pode ser feito um sistema paralelo á água da rua e incluir o uso em descarga de banheiros, lavagem da roupa e torneiras externas (SENRA, 2006). Residências já construídas: onde não se quer ou não for possível mexer nas instalações existentes, é possível aproveitar a água da chuva para jardins, piscina, limpeza de calçadas, lavagem de carros, entre outros usos. A água pode ser usada para resfriar equipamentos e máquinas, em serviço de limpeza, para descarga de banheiros, no reservatório contra incêndio, irrigação de áreas verdes. Nos dias de chuva intensa, as cisternas podem funcionar como áreas de contenção, diminuindo ou até evitando alagamentos e sobrecarga da rede pluvial. Um telhado, com área de 200 m² pode captar aproximadamente 250.000 litros de água por ano (AGUAPARÁ, 2005). 14 Na figura 07 ilustra um tipo de captação. A água captada da chuva é direcionada pelas calhas do telhado até as canalizações, que novamente será direcionada para os reservatórios. Figura 07: esquema de captação e armazenamento de água de chuva Fonte: SETTI (2000). 2.5.4 Campanhas educativas para a utilização da água de chuva A água da chuva pode ser utilizada de várias formas: durante a lavagem de roupas, carros, calçadas, automóveis ou irrigação de hortas e jardins. Com isso ela é capaz de compensar deficiências, substituindo com vantagens, até 50% da água oriunda dos sistemas públicos de abastecimento (água tratada, destinada a finalidades mais nobres). Por outro lado, a retenção da água proveniente da chuva, principalmente nos centros das cidades, que possuem quase que a totalidade de seu solo impermeabilizado por ruas, calçadas e edificações, contribui para a diminuição das enchentes. Além, de leis e regulamentos, fomentando ou até obrigando a adoção de medidas capazes de levar à otimização na utilização dos recursos hídricos, a conservação da água depende, sobretudo de mais que campanhas de conscientização, de ações educativas junto à 15 comunidade, esclarecendo sobre as maneiras de evitar o desperdício, as formas de economizar e as fontes alternativas para a captação de água, bem como a diferenciação dos usos da mesma, ou seja: para algumas atividades não há necessidade de utilização de água tratada (SENRA, 2006). O desperdício é apontado hoje como um dos principais inimigos a serem combatidos, visto que a população de um modo geral não dá o devido valor ao líquido da vida, prevalecendo à ilusão de um bem inesgotável. Talvez um fator que contribua para este descaso da população, além da falta de consciência e educação sobre a proteção dos recursos hídricos, seja o baixo custo comparativamente a outros produtos do mercado. Uma ação preventiva de educação ambiental é crucial para evitar as medidas dispendiosas subseqüentes para reabilitar, tratar e desenvolver novas fontes de água. Rever hábitos dos indivíduos e da coletividade, não é uma tarefa fácil. Daí a importância de investir na nova geração, nos jovens e crianças, pois, é através da educação que se formam cidadãos conscientes. 3 METODOLOGIA O desenvolvimento dessa pesquisa deu-se em um cenário residencial com as seguintes características. Será comparada a quantidade (em metros cúbicos) dos usos “não potáveis”, das águas servidas (pela concessionária de água de Goiás) a fim de substitui-las pelas águas da chuva, para discutir a viabilidade do sistema. Para a obtenção das variáveis, temos o “volume residencial” (m³), consumido por uma residência com quatro moradores (distribuída pela concessionária de água de Goiás). A outra variável será o “volume água da chuva” (m³) em estudo, à captação para uso domiciliar. A captação em estudo se dará pela simples coleta por meio de calhas no telhado da área estudada onde a água será direcionada para um reservatório. A primeira água que cai vai lavar o telhado e não deve ser aproveitada, mas o restante pode servir para várias atividades domésticas. Porém nosso estudo resume-se na utilização do uso não potável. Para a variável “volume água da chuva” tem-se dados empíricos, que são as médias mensais de água precipitada do ano 2000 até 2006, coletados nos dados do Instituto Nacional de Metereologia (INMET, 2006), no período de chuva, que compreende os meses de setembro (de um ano) até abril (do outro ano) e assim sucessivamente. Para isso, faz-se necessário a limpeza dos dados pelo método de Grubbs (método para modelos matemáticos para limpeza de dados) para que se obtenha uma média adotada confiável a fim de se 16 correlacionar com a variável “volume residencial”. Após obtidos os dados das duas variáveis, será comparado o uso da água residencial (servida pela concessionária de água de Goiás) ao uso da água captada, em volume (m³), para termos idéia em quanto podemos economizar, quais os setores que poderemos fazer o uso de água pluvial para verificarmos a viabilidade do sistema. Para o trato dos dados, iremos fazer o uso do Microsoft Office Excel, ferramenta necessária para tabulação e análise dos dados matemáticos para que possamos correlacionar as variáveis, analisando a viabilidade da implantação do sistema de captação. Os dados da variável “volume residencial” fora obtido em uma conta emitida pela concessionária de água de Goiás, da residência pesquisada, nos meses de chuva do ano de 2005 a 2006. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os dados mostrados no Quadro 3, são os meses de chuva, que compreendem setembro de um ano até abril de outro ano, no período de 2000 até 2006. Quadro 3: Precipitação dos meses chuvosos entre 2000 – 2006 em Goiânia Ano Precipitação (mm) Mês 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005 2005-2006 setembro 110 125 70 40 5 50 outubro 80 185 30 110 170 100 novembro 330 320 150 270 130 280 dezembro 320 230 280 225 250 460 janeiro 210 210 315 280 240 140 fevereiro 230 400 270 310 170 220 março 180 300 205 270 525 320 abril 170 25 110 120 40 210 Fonte: INMET (2006). O Quadro 4 mostra o cálculo da média adotada. Como os dados são empíricos, foi necessário fazer a limpeza dosdados, pela utilização do método de Grubbs. Este método faz- se o uso da média dos dados iniciais, desvio padrão, máximo, mínimo, Gmáximo, Gmínimo e por fim a obtenção de uma média adotada confiável. 17 Quadro 4: Média extraída pelo método de Grubbs entre o período de 2000 – 2006 Ano Precipitação (mm) Mês 2000-2001 2001- 2002 2002- 2003 2003- 2004 2004- 2005 2005- 2006 Média Desvio Padrão Máx Mín G Máx G Mín Média Adotada (mm) setembro 110 125 70 40 5 50 67 44,91 125 5 1,299 1,373 67,50 outubro 80 185 30 110 170 100 113 57,60 185 30 1,259 1,432 115,00 novembro 330 320 150 270 130 280 247 85,95 330 130 0,970 1,357 270,00 dezembro 320 230 280 225 250 460 294 88,57 460 225 1,872 0,781 261,00 janeiro 210 210 315 280 240 140 233 61,14 315 140 1,349 1,513 233,33 fevereiro 230 400 270 310 170 220 267 80,66 400 170 1,653 1,198 257,50 março 180 300 205 270 525 320 300 122,76 525 180 1,833 0,978 255,00 abril 170 25 110 120 40 210 113 71,82 210 25 1,358 1,218 110,00 Fonte: Adaptado de INMET (2006). O valor do Gcrítico utilizado foi de 1,113 para 6 (seis) repetições. Os valores que ultrapassaram este valor foram excluídos para o cálculo da média adotada (valores em negrito no Quadro 4). Devemos considerar uma perda por evaporação de 10% da água a ser armazenada. O Quadro 5 mostra o cálculo da obtenção da água da chuva armazenada para o uso permitido (m³). Para obtermos o volume de água da chuva, dimensionamos a área do reservatório pela área do telhado da casa (100m²). A água é captada por meio de calhas no telhado e levada até o reservatório. Multiplicando-se a média adotada (m) pela área do reservatório (m²) temos o volume de água para o uso permitido (já considerada a perda por evaporação). Quadro 5: Cálculo da obtenção da água da chuva armazenada para o uso permitido Meses Média Adotada (m) Área do Reservatório (m²) Volume Água da Chuva (m³) – 10% Volume Residencial (m³) setembro 0,068 100 5,4 10 outubro 0,115 100 9 18 novembro 0,270 100 21,6 19 dezembro 0,261 100 20,7 27 janeiro 0,233 100 18,9 24 fevereiro 0,258 100 20,7 33 março 0,255 100 20,7 15 abril 0,110 100 9 20 Fonte: Adaptado de INMET (2006). Na Tabela 3, mostra a porcentagem de aproveitamento do volume captado em relação ao volume residencial consumido. Nota-se que o percentual de aproveitamento superou (exceto em abril) em 50% o volume residencial consumido (uso potável e não potável) pela casa em estudo. 18 Tabela 3: Porcentagem de aproveitamento do volume captado pelo residencial consumido Meses Volume Água da Chuva (m³) Volume Residencial (m³) Porcentual de aproveitamento (%) setembro 5,4 10 54 outubro 9 18 50 novembro 21,6 19 113,68 dezembro 20,7 27 76,67 janeiro 18,9 24 78,75 fevereiro 20,7 33 62,73 março 20,7 15 138 abril 9 20 45 Fonte: Adaptado de INMET (2006). Segundo Rebouças (1999), se até 60% em uma residência, o volume de água tratada é utilizada para usos não potáveis (lavagem de piso, descarga, rega de jardim, lavagem de carros), ou seja, para usos que não necessita de água tratada, o porcentual de aproveitamento supriu quase todos os valores do volume consumido na residência. Analisando 60% do volume residencial pelo volume captado, temos os valores supridos nos meses de novembro até março, como mostrados na Tabela 4 abaixo. Tabela 4: Porcentagem do volume residencial (60%, utilizado para usos não potáveis) pelo volume captado das chuvas Meses Volume Residencial (m³) 60% Volume residencial (m³) – Uso não potável Volume Água da Chuva (m³) setembro 10 6 5,4 outubro 18 10,80 9 novembro 19 11,40 21,6 dezembro 27 16,20 20,7 janeiro 24 14,40 18,9 fevereiro 33 19,80 20,7 março 15 9 20,7 abril 20 12 9 Fonte: Adaptado de INMET (2006). A Figura 6 mostra o comparativo entre o porcentual do volume usado em uma residência (60% para usos não potáveis) pelo volume captado das chuvas (que poderia ser usado para o mesmo fim). Vemos que quase todos os meses são possíveis aproveitar a água da chuva para os fins não potáveis pela água tratada servida pela concessionária (água da rua). 19 0 5 10 15 20 25 30 set out nov dez jan fev mar abr Meses Vo lu m e (m ³) Uso não potável (60% do uso total) Volume Água da Chuva (m³) Figura 6: Comparativo entre as variáveis: volume água da chuva e uso Permitido Fonte: Adaptado de INMET (2006). 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Através de medidas como a proposta nesta pesquisa, fora evidenciada a viabilidade da sustentabilidade hídrica e econômica para a residência. Em todos os meses analisados (exceto em outubro e abril, haja vista que são meses que chove pouco), o volume de água chuvas superou os usos não potáveis da residência em estudo. Se a proposta já foi viável para uma residência, imaginemos então para um bairro, para um setor, uma cidade. Programas de incentivo à redução de água devem ser criados nos municípios. Na elaboração do Plano Diretor das cidades, deveria ser incluso a obrigatoriedade de ter na planta de edificação de uma construção qualquer, um sistema de captação de água da chuva como a descrita na pesquisa, como pré-requisito para aprovação da mesma no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, seguindo o exemplo de algumas regiões brasileiras. A adoção do sistema de captação na fase inicial da obra fica mais barata do que se implantada pós obra. Além da economia financeira, tal medida aliviaria o sistema de drenagem das cidades, pois a retenção dessas águas diminui a carga cinética e mecânica de seu escoamento para as redes pluviais, além de estarmos diminuindo o uso de água potável para fins que não se necessita da mesma, barateando o tratamento de água, colaborando com o meio ambiente e para a população geral. Fomentar a redução do consumo e aproveitar os recursos naturais existentes de forma sustentável é unir os benefícios ecológicos aos econômicos a favor do equilíbrio natural do planeta. 20 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ANA – Agência Nacional de Águas. A Evolução da Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil / The Evolution of Water Resources Management in Brazil. Brasília; ANA, 2002. BRASIL. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação - Geral de Vigilância em Saúde Ambiental. Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à qualidade da água para consumo humano. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2005. LEFF, Enrique. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder/Enrique Leff. Tradução de Lúcia Mathilde Endlich Orth. Petrópolis: Editora Vozes, 2001. PEREIRA,Dilma Seli Peña. Saneamento Básico Situação Atual na América Latina - Enfoque Brasil. III Congresso Ibérico Sobre Gestão e Planeamiento da Água - "A directiva quadro da água: realidade e futuro". Disponível em < http://tierra.rediris.es/hidrored/congresos/psevilla/dilma1po.html > Acesso em 02 de out. 2006. INMET, 2006. Instituto Nacional de Metereologia. Previsão do Tempo. Disponível em:< www.inmet.gov.br > Acesso em 21 de mar. 2007 REBOUÇAS, A.C. Águas Doce no Mundo e no Brasil. In: Águas Doces Do Brasil. Aldo da Cunha Rebouças [et al.] (Org). Escrituras Editora, 1999. SENRA, J. B. Cuidando das águas por um Brasil melhor. Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Disponível em: < www.cnrh-srh.gov.br > Acesso em 01 de out. 2006. 2004. SETTI, 2000, A. A. Gestão de Recursos Hídricos; aspectos legais, econômicos e sociais. In: Gestão de Recursos Hídricos. DemétriusDavid da Silva, Fernando Falco Pruski.(Edit). Brasília, DF: Editora: UFV [et al.]. 2000. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DO PARÁ. ÁGUAPARÁ - Educação Ambiental para Conservação dos Recursos Hídricos [II]: REUSO DA ÁGUA DA CHUVA. Belém: Série Relatórios Técnicos Nº 4, 2005. XAVIER, Fred. Hidrosfera. Belo Horizonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre. Disponível em:< http://pt.wikipedia.org >. Acesso em 11 de out. 2006.
Compartilhar