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Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Universidade Federal do Pará Centro de Ciências Biológicas Departamento de Fisiologia Bioquímica do Envelhecimento Prof. Ricardo Vieira Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Envelhecimento • Acúmulo de danos celulares • Perda de funções biológicas • Diminuição da fertilidade • Aumento da mortalidade • Ocorre após a maturidade sexual • A morte é o evento final e ocorre em tempo que depende da massa corpórea Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Longevidade comparativa entre animais 1. Cavalo marinho 1-2 2. Camudongo 3 3. Garoupa 5 4. Porquinho da índia7 5. Abelha rainha 7 6. Peixe dourado 7 7. Besouro 5-10 8. Minhoca 5-10 9. Andorinha 9 10. Morcego 10-15 11. Esponja 15 12. Coelho 12 13. Ovelha 15 14. Rã 12-20 15. Estornilho 19 16. Caranguejeira 20 17. Cão 20 18. Foca 20-25 19. Gato 27 20. Gado 30 21. Cobras & Lagartos 25-30 22. Ostra 27 23. Pombo 35 24. Leão 30-35 25. Newt 35 26. Sapo 36 27. Zebra 38 28. Chipanzé 39 29. Avestruz 30-40 30. Cavalo 40 31. Hipopótamo 54 32. Carpa 50 33. Lagosta 50 34. Pelicano 40 35. Mexilhão 50-100 36. Ganso 47 37. Crocodilo 50-60 38. Anêmona do mar 60-70 39. Elefante indiano 77 40. Cacatua 70-85 41. Águia dourada 80 42. Esturjão 80-100 43. Homem 112 44. Abutre 117 45. Tartaruga gigante 100-150 Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Aspectos evolutivos do envelhecimento • Seleção natural: não permite que um grande número de animais cheguem a idade avançadas, impedindo o aparecimento dos genes responsáveis pelos efeitos deletérios típicos da velhice. • Antagonismo pleiotrópico: (efeitos múltiplos em um simples gene): genes que trazem efeitos benéficos na fase inicial da vida mas deletérios na fase final são selecionados. • Recursos descartáveis: um organismo se beneficiará mais se “investir” mecanismos de reprodução ou sobrevivência do que em processos da “reparo”. Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Sintomas do envelhecimento 1 Artérias • Aumento plasmático de colesterol • espessamento, calcificação e endurecimento • Hipertensão • Aumento do risco para DAC 2 Bexiga • Enfraquecimento do tecido de revestimento • Baixa capacidade de armazenar urina • Reduzida capacidade de esvaziamento 3 Sangue • Queda na produção de hemácias e leucócitos 4 Peso corpóreo • Queda de peso após 55 anos devido a perda de massa muscular, água tecidual e composição óssea Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Sintomas do envelhecimento 5 Audição • Perda gradual na habilidade de ouvir altas freqüencias após 30 anos • Crescimento de pelos no canal auditivo 6 Olfato • Queda no olfato depois de 65 anos. 7 Paladar • Perda gradual de todos os sabores com a idade 8 Visão • Presbiopia • Dificuldades de foco sob luz intensa • Percepção de cores alterada Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Sintomas do envelhecimento 9 Ossos • Perda acelerada de células ósseas a partir de 35 anos devido a desmineralização • Osteoporose é mais comum em mulheres 10 Cérebro • Perda gradual de tecido nervoso (5-10% até os 90 anos) • Baixo reflexo muscular • Perda de memória • Insônia 11 Face • Rugas • Pêlos faciais • Bolsas sobre os olhos • Queixo duplo • Afinamento de bochechas • Orelhas e nariz mais longos Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Sintomas do envelhecimento 12 Gordura • Aumento no armazenamento 13 Cabelos • Afinamento, embranquecimento e queda acentuada 14 Coração • Espessamento do miocárdio • Perda gradual da eficácia no bombeamento sanguíneo 15 Hormônios • Queda na concentração plasmática de vários hormônios 16 Imunidade • Declínio na resposta imune • Aumento a respostas auto-imunes Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Sintomas do envelhecimento 17 Articulação • Cartilagem torna-se quebradiça • Líquido sinovial torna-se menos denso • Tendões e ligamentos perdem a elasticidade 18 Rins • Diminuição na massa e volume renal • Diminuição na depuração renal • Aumento de impurezas sangüíneas 19 Fígado • Não há sintomas associados ao envelhecimento 20 Pulmões • Perda na elasticidade • Diminuição na capacidade de ventilação pulmonar a partir de 20 anos (cerca de 40% aos 70 anos) • Retenção de CO2 e menor oxigenação tecidual. Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Sintomas do envelhecimento 21 Metabolismo • Queda no metabolismo da glicose • Redução de alimentos ricos em carboidratos prolonga a vida 22 Músculos • Perda de massa muscular relacionada ao desuso, queda no fluxo sanguíneo e suprimento energético. 23 Próstata • Redução na produção de esperma depois de 60 anos. • Aumento no volume prostático leva a dificuldade na micção. 24 Sistema reprodutivo • Menopausa após 45 anos devido a queda de estrógenos • Possível disfunção erétil após 80 anos Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Sintomas do envelhecimento 25 Pele • Rugas • Ressecamento • Manchas senis negras (mãos, colo e rosto) 26 Termoregulação • Diminuição de adaptação a variações bruscas de temperatura 27 Tumores • Comum a incidência aumentada em órgãos reprodutivos Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Radicais livres K 1s2O que é um radical livre? L 2s2 2p4Átomo de oxigênio Número atômico: 8 + + + + + ++ + L K Átomo ou molécula com número ímpar de elétrons na última camada Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Radicais livres O que é um radical livre? Átomo de oxigênio Número atômico: 8 + + + + + ++ + L K + + + + + ++ + L K Átomo ou molécula com número ímpar de elétrons na última camada Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Radicais livres K 1s2 L 2s2 2p4 O que é um radical livre? Molécula de oxigênio (O2) União de dois átomos de Oxigênio L 2s2 2p4 K 1s2 + + + + + ++ + L K + + + + + ++ + L K Última camada: 12 e- Átomo ou molécula com número ímpar de elétrons na última camada Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Radicais livres Glicose Proteínas Fontes endógenas ou exógenas Triglicerídeos Acetil-CoA Aminoácidos Ácidos graxos Metabolismo energético ATP Nas reações biológicas, o Oxigênio é REDUZIDO a água nas mitocôndrias Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Radicais livres MEMBRANA EXTERNA ESPAÇO INTERMEMBRANA MEMBRANA INTERNA Adaptado de Alberts et al., 1997 PIRUVATO PIRUVATO ÁCIDOS GRAXOS ÁCIDOS GRAXOS O2 H2Oe- H+ H+ H+ H+ ATPADP GLICOSE AMINOÁCIDOS H+ ACETIL-COA Ciclo de Kreb s NADH e- FADH CO2 Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Radicais livres H2O2 Peróxido de hidrogênio Radical HIDROXILA OH-O2 Radical SUPERÓXIDO -. HO2 . Radical HIDROPEROXILA O2 e- e - H+ H2O Água H+ e- H+ Água H2O e- H+ Espécies Reativas do Metabolismo do Oxigênio (ERMO) Reagent Oxygen Species (ROS) O:O.. .. .. .. . . Última camada: 12 e- :O:O.. .. .. .. . Radical SUPERÓXIDO H:O:O.. .. .. .. . Radical HIDROPEROXILA O:H.. .. . Radical HIDROXILA H:O:O:H.. .. .. .. Peróxido de hidrogênio H:O:H.. .. Água Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do EnvelhecimentoRadicais livres H2O2 Peróxido de hidrogênio Radical HIDROXILA OH-O2 Radical SUPERÓXIDO -. HO2 . Radical HIDROPEROXILA O2 e- e - H+ H2O Água H+ e- H+ Água H2O e- H+ Pouco reativo Importante na ação leucocitária Mais reativo que o superóxido Ação lesiva a membranasNão é um radical livre Vida longa Atravessa membranas Destrói membranas Ferro Æ10.000x O mais reativo Combina-se com Cobre e Ferro Principal ROS mutante do DNA Liga-se a –SH e -SS- de proteínas Oxida ácidos graxos poliinsaturados Espécies Reativas do Metabolismo do Oxigênio (ERMO) Reagent Oxygen Species (ROS) Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Radicais livres Estresse oxidativo Eventos relacionados a ROS Toxicidade decorrente da ação de medicamentos Doenças auto-imunes Hemocromatose trasnfusional Artrite reumatóide Disfunção renal pós-transplante Síndrome demencial Lesão pós-concussão cerebral e pós- hipertensão craniana Lesão pós-isquêmica no cérebro, coração, pele, intestino, pâncreas, fígado, músculo, rins e pulmões Lesão pulmonar e retina Aterosclerose Câncer Mutações Envelhecimento Adaptado de Ferreira & Matsubara 1997 Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Radicais livres Mutações em enzimas do sistema antioxidante Oxidantes fisiológicos Metais livres (p.ex.: ferro) Sistema imune celular Over training AGEs (Advanced Glycosilation End products) Hiperglicemia Toxinas Radicais livres Adaptado de Ferreira & Matsubara 1997 Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Radicais livres Vitamina A* Vitamina C Vitamina E Superóxido dismutase (SOD) Catalase Glutationa peroxidase (GSH-Px) Glutationa-redutase (GSHrd) Glutationa reduzida (GSH) Antioxidantes fisiológicos Adaptado de Ferreira & Matsubara 1997 Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Apoptose e envelhecimento REPARO • Excisão • Enzimática NÃO-REPARO Ativação de enzimas que degradam o DNA (p.ex.: Caspases,perforina) APOPTOSE Agente degradante Radiação ultravioleta Radicais livres Medicamentos Toxinas Hormônios Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Apoptose e envelhecimento Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Hipóteses sobre causas genéticas • Estudo em ratos knockout têm identificado genes candidatos independente de processos oxidativos. • Com o tempo, há ativação/inativação de genes que induzem: • Perda na fidelidade da replicação de RNAm • Perda na fidelidade na tradução das proteínas • Acúmulo de mutações somáticas • Alteração nos mecanismos de regulação da expressão gênica Prof. Ricardo Vieira (jrvieira@ufpa.br)Bioquímica do Envelhecimento Hipóteses sobre causas genéticas Telomerase, envelhecimento e câncer • Células somáticas possuem ação diminuída (ou nenhuma) da telomerase, o que leva ao encurtamento dos cromossomos e a morte celular. • Células cancerígenas possuem alta atividade de telomerase. • Medicamentos inibidores da telomerase possuem propriedade antitumoral.
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