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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais CAA 082 - Meteorologia e Climatologia � PAGE �11� __________________________________________________________________ TEMPERATURA DO AR E DO SOLO Temperatura do Ar É uma medida indireta e simples da energia interna de um sistema, proporcional ao seu estado vibratório. Em termos físicos é definida relativamente ao movimento das moléculas, sendo maior a temperatura quanto mais rápido o movimento das moléculas. Pode também ser definida como a quantidade de calor que um corpo apresenta. O Balanço de Radiação na Superfície do Solo A variação diária da temperatura do ar está diretamente relacionada com a chegada de energia solar e o aquecimento do solo. A superfície do solo, com ou sem vegetação, é o principal receptor da radiação solar e da radiação atmosférica, sendo também um emissor de radiação. Seu balanço de radiação, variável no decurso do dia e do ano, promove variações diárias e anuais na temperatura do solo e do ar. As variações diárias do balanço de radiação da superfície do solo ocorrem em função da trajetória diária do sol acima do horizonte, enquanto que as variações estacionais em função da variação da declinação do sol ao longo do ano. Conforme já foi visto, o balanço de radiação de uma superfície é composto por uma entrada de energia, a radiação solar absorvida, e por uma liberação de energia através da emissão efetiva terrestre. A radiação absorvida ocorre durante o período em que o sol está acima do horizonte, e sua intensidade é proporcional à altura do sol acima do horizonte, sendo máxima na sua passagem meridiana. A emissão efetiva terrestre é crescente do nascer do sol até a sua passagem meridiana, quando passa a ser decrescente até o nascer seguinte. A representação gráfica da radiação solar absorvida e da emissão efetiva terrestre define três regiões, conforme é mostrado na Figura 1. A área (I + II) representa o total diário da radiação solar absorvida enquanto que a área (I + III) o total diário da emissão efetiva terrestre. A área I é a radiação solar absorvida usada para repor parte da emissão efetiva terrestre. A área II representa a fração excedente da radiação solar absorvida e que é disponível para outros processos. A área III representa o déficit de radiação da superfície. Figura 1 – Curso diário da radiação solar absorvida e da emissão efetiva terrestre. Para um dia, a diferença entre as áreas II e III é pequena e variável no decurso do ano. Os pontos A e B da Figura I são momentos em que o balanço de radiação é nulo; o intervalo entre A e B é um período em que o balanço de radiação é positivo e entre B e A, ele é negativo. Sob condição de balanço positivo de radiação, a energia excedente é repartida em três fluxos, conforme a Figura 2, que são: A, fluxo de calor para o aquecimento do ar; S, fluxo de calor para o aquecimento para o interior do solo e E, o fluxo de calor latente usado na evaporação. Sob condição de balanço negativo de radiação, geralmente ocorre fluxo de calor latente de evaporação E, sendo o déficit de energia suprido por um fluxo de calor do ar A e um fluxo de calor do interior do solo. Os fluxos de calor A são responsáveis pelo aquecimento e resfriamento do ar, enquanto que os fluxos S os são pelo aquecimento e resfriamento do solo. Figura 2 – Repartição do balanço de radiação Q da superfície do solo (a) balanço positivo, (b) balanço negativo. A = fluxo de calor de / para o ar; E = fluxo de calor latente de evaporação; S = fluxo de calor de / para o solo. Transporte de Calor no Ar Junto ao Solo O aquecimento e resfriamento do ar é governado pelo balanço de radiação da superfície do solo, conforme mostra a Figura 2. As trocas de calor do ar com a superfície do solo se dão basicamente por condução e por convecção. Devido a baixa condutividade térmica do ar, os processos de seu aquecimento e resfriamento não atingiriam mais de 3 metros de altura se ocorressem exclusivamente por condução. Por outro lado, as observações mostram que a pelo menos 1000 metros de altura existe uma diferença marcante de temperatura entre o dia e a noite. O fator preponderante de transporte de calor na atmosfera é a difusão turbulenta, ocasionada pelos movimentos turbulentos do ar na atmosfera, que transportam, além do calor, outras propriedades importantes como o vapor de água, o gás carbônico, etc. A difusão turbulenta tem duas causas: o movimento friccional e o movimento convectivo. O movimento friccional ou convecção forçada é causada por variações na rugosidade das superfícies e por variações da velocidade do vento com a altura. O movimento convectivo ou convecção livre é conseqüência do balanço positivo de radiação da superfície. Durante o dia ambos os processos se desenvolvem enquanto que a noite o processo predominante é o movimento friccional. Medição da Temperatura do Ar A medição da temperatura do ar pode ser feita através de termômetros ou de termógrafos. Os valores instantâneos da temperatura do ar são medidos por termômetros comuns de mercúrio em vidro. Os valores extremos diários são medidos por termômetros de extrema, isolados ou combinados. Quando as extremas são medidas isoladamente, tem-se dois termômetros: um de mínima e outro de máxima. O de mínima é de álcool em vidro, no qual uma pequenina barra é imersa no álcool, e que com a contração deste pela diminuição da temperatura, é deslocado pelo menisco da coluna e permanece na posição da menor temperatura alcançada. O de máxima é de mercúrio em vidro, apresentando uma constrição logo acima do bulbo, que impede que a coluna regrida com a diminuição da temperatura, de modo que o mercúrio permanece na posição da maior temperatura alcançada. Figura 3 – Termômetro de máxima Figura 4 – Termômetro de mínima O termógrafo é um registrador de temperatura que funciona pela variação de dimensões do elemento sensível com a temperatura. As variações de temperaturas são registradas continuamente sobre um tambor registrador movido por mecanismo de relojoaria. Os termógrafos com sensores elétricos podem ser: . baseados na variação da resistência de metais com a mudança de temperatura; . junção de fios de metais diferentes que geram corrente elétrica quando submetidos a temperaturas distintas (termopares); e . cristais cuja resistência à corrente elétrica depende da temperatura (termistores). Figura 5 – Termógrafo Os sensores de radiação infravermelha ( 8 < ( < 14 (m) são utilizados para se conhecer a temperatura de organismos vivos (epiderme animal, limbo foliar, etc.) A temperatura do ar deve ser medida à sombra, em local ventilado e protegido da precipitação. Variação Diária e Anual da Temperatura do Ar Variação Diária Quando o balanço de radiação da superfície do solo começa a ser positivo, ou seja, o ponto A da Figura 6, o ar em contato com o solo começa a ser aquecido por condução. Esse ar aquecido expande-se, eleva-se e é substituído por ar de maior densidade. Este é o início de um processo de convecção livre, que se pronuncia com o aumento do balanço positivo de radiação. Por este processo o ar vai sendo sucessivamente aquecido, sendo o de junto do solo aquele que se aquece mais rápida e intensamente. Em conseqüência dessas células de circulação, o ar como um todo tem sua temperatura aumentada continuamente. A temperatura máxima do ar em contato com o solo ocorre simultaneamente com a temperatura máxima da superfície do solo; a medida que se afasta do solo, a temperatura máxima se atrasa continuamente, indo ocorrer a 2 m de altura cerca de duas horasdepois. Após a temperatura máxima, a temperatura do ar diminui como conseqüência da diminuição da temperatura do solo, com o balanço de radiação positivo e decrescente. Quando o balanço de radiação torna-se negativo, estabelece-se um fluxo de calor por condução do ar para superfície. Este fluxo passa a resfriar o ar, iniciando pelas camadas adjacentes. Pelo aumento de densidade pelo resfriamento, as diversas camadas tendem a se acamar. O processo se intensifica continuamente n correr da noite até a nova inversão no balanço de radiação, quando a temperatura do ar adjacente ao solo é mínima. A temperatura mínima atrasa-se para as camadas mais afastadas da superfície do solo. Figura 6 – Curso diário da temperatura do ar. Os pontos A e B da Figura 6 representam os momentos em que o balanço de radiação da superfície do solo é nulo. Variação Anual A variação anual da temperatura do ar é determinada basicamente pelo curso anual da radiação solar global. A Figura 7 mostra o curso anual desses dois parâmetros para Ilhéus. O curso da temperatura do ar acompanha o curso da radiação solar com um atraso aproximado de um mês. Figura 7 – Curso anual dos valores médios mensais da temperatura do ar e média diária da radiação solar global em Ilhéus. A amplitude térmica média anual, definida como sendo a diferença entre as temperaturas médias dos meses mais quente e mais frio, aumenta com o aumento da amplitude anual do coseno do angulo zenital, apresentando maiores valores quanto maior a latitude do local., conforme pode ser observado no Quadro1. A partir das latitudes em que o sol deixa de culminar zenitalmente, a variação anual da temperatura do ar deixa de apresentar o patamar que é decorrência daquele fenômeno, para passar a mostrar uma variação aproximadamente senoidal, como em Porto Alegre, no qual caracteriza-se perfeitamente um mês de maior temperatura média e outro de menor temperatura (Figura 8). Estado Número de Estações Latitude Média (°S) Temperatura Média Anual (°C) Amplitude Térmica Anual (°C) AM 8 2 25.5 1.0 CE 6 5 26.2 2.0 BA 12 13 24.5 3.5 MT 8 18 23.8 5.5 MG 29 20 20.7 6.0 RS 15 30 18.0 10.6 Quadro 1 – Temperatura e amplitude térmica anual de alguns estados brasileiros Figura 8 – Curso anual da temperatura média do ar de algumas capitais. O curso anual da temperatura do ar recebe os efeitos modificadores de certos fatores, dentre os quais os mais importantes são a altitude, a distância até o mar e as características da superfície do solo. A temperatura do ar apresenta uma variação inversa com o aumento de altitude, pelo fato de ocorrer uma descompressão adiabática a medida que o ar se eleva na atmosfera, que lhe causa um resfriamento de 0.6°C por 100 m, em termos médios. Como exemplo, no estado de Minas Gerais, a temperatura média anual de Muriaé (240 m de altitude) é 22.5°C, em Conceição do Mato Dentro (675 m de altitude) é de 20.2°C, em Oliveira (960 m de altitude) é de 19.3°C e em Diamantina (1261 m de altitude) é de 18.4°C. Dessa maneira, diferenças de altitude fazem com que a temperatura de dois locais próximos seja bem diferente. As grandes superfícies de água, principalmente o oceano, tem a capacidade de se aquecer e se resfriar mais lentamente que a superfície do solo devido ao fato que o calor específico da água é aproximadamente duas vezes o do solo e por este ter menor capacidade de transporte de calor. No período de maior intensidade de radiação solar, o ar continental se aquece mais, da mesma forma que se resfria mais no período de menor insolação. De modo que a medida que se caminha do litoral para o interior do continente, as amplitudes térmicas anuais aumentam, fenômeno que recebe o nome de continentalidade, sendo os verões mais quentes e os invernos mais frios. Certas diferenças regionais do tipo de cobertura do solo e outras fazem com que o padrão de temperatura seja alterado. Como exemplo, o sertão seco do nordeste pela pouca vegetação e pouca disponibilidade de água, provocando uma baixíssima evaporação, faz com que a energia solar seja usada intensamente no aquecimento do ar, causando altas temperaturas. Fato inverso ocorre na floresta amazônica, onde o aquecimento do ar é amortecido pela intensa evaporação. Temperatura Média O cálculo da temperatura média diária pode ser feito das seguintes formas: . Média entre as temperaturas máxima e mínima diária Eq. 1 A temperatura média diária calculada acima não fornece informações sobre a amplitude térmica que tem efeitos diversos sobre os organismos vivos. . Método Padrão: Utiliza-se as temperaturas medidas ás 21 horas (T00 GMT) e ás 9 horas (T12 GMT) assim como as temperaturas máximas e mínimas por meio da seguinte equação: Eq. 2 Unidades Térmicas (Graus-Dia) O conceito de unidade térmicas consiste em uma avaliação simplificada da energia que houve disponível paras as plantas num determinado dia. É o acumulo diário de energia que se situa acima da condição mínima e abaixo da condição máxima exigida pela planta. As temperaturas-base são os valores de temperatura mínima e máxima requeridas para que uma determinada espécie vegetal se desenvolva. Abaixo e acima dessas temperaturas-base, há paralisação no desenvolvimento vegetal. Sob condições em que outros fatores (deficiência hídrica, nutricional, pragas e doenças) não afetem o desenvolvimento da planta, a exigência térmica de determinada espécie ou variedade (acúmulo de graus-dia) para que ela complete o ciclo deve ser aproximadamente constante e é denominada de constante térmica. As principais aplicações do conceito de graus-dia é na previsão de data de colheita e no zoneamento das culturas. Tanto as temperaturas-base como a constante térmica variam entre espécies e variedades. De uma maneira simplificada: ( GD = n . GD* ( ( GD = n . (T* - Ti ); e GD* = ( T* - Ti ) Onde: T* é a temperatura média diária ou mensal. GD = graus-dia n = número de dias 1.6.1. Críticas ao Conceito de Graus-Dia . A teoria supõe que a há somente uma temperatura base durante toda a vida da planta. . Considera que as temperaturas diurna e noturna têm o mesmo efeito sobre a planta. . Considera que a resposta da planta à temperatura é linear em toda faixa entre as temperaturas basais (máxima e mínima) . Não leva em conta os diferentes comprimentos de onda. 1.6.2. Fatores Ambientais que Afetam a Constante Térmica . Fertilidade do solo: Quanto maior a quantidade de nitrogênio disponível, menor o ciclo da planta. Quanto maior a quantidade de fósforo disponível menor o ciclo da planta. . Adensamento das plantas: Plantas adensadas tendem a ter o ciclo prolongado, devido a menor disponibilidade térmica (< aquecimento do solo). . Umidade do solo: Quanto menor a disponibilidade de água, mais curto o ciclo. Solos mau drenados são frios e causam maior número de problemas de nutrição. . Tipo de solo: Solos arenosos aquecem mais rápido do que solos argilosos. 1.6.3. Termoperiodismo e Vernalização O termoperiodismo diz respeito a variação anual, mensal e diária da temperatura. Essa variação constitui-se o termoperíodo anual, mensal e diário. A reação das plantas ao termoperíodo denomina-se termoperiodismo. A vernalização é o processo de acumulação de baixas temperaturas por parte da planta desde o estágio de semente germinada até o momento da formação do talo. Gradiente de Temperatura do Ar O termo gradiente de temperaturaé usado para exprimir a taxa de variação da temperatura do ar com a distancia acima do solo. O gradiente é positivo ou negativo dependendo se a temperatura diminui ou aumenta com o aumento da altura. Assim, o gradiente de temperatura ( é dado por: Eq. 3 Toda massa de ar que se eleva na atmosfera expande-se porque a pressão atmosférica exercida sobre ela diminui com a altura. O trabalho realizado na expansão provém do decréscimo na energia interna da parcela de ar, de modo que sua temperatura diminui. Por outro lado, uma parcela descendente comprime-se, sendo que a atmosfera realiza trabalho mecânico sobre ela, aumentando sua energia interna e temperatura. Tais movimentos verticais são suficientemente rápidos para que as mudanças de temperatura não tenham nenhuma troca de calor com o ambiente. Tais variações de temperatura da parcela de ar são chamadas de adiabáticas ou sem transferência de calor. Pode ser demonstrado matematicamente que quando o ar da parcela não é saturado de vapor de água, a taxa de variação adiabática de sua temperatura com a altura é de 1°C por 100m, sendo este valor denominado de gradiente adiabático seco. Em uma parcela satura de vapor de água, a ocorrência de calor latente de condensação (na ascensão) ou de evaporação (na descida), faz com que a taxa de variação adiabática da temperatura com a altura seja menor que o gradiente adiabático seco. Esta nova taxa de variação é denominada de gradiente adiabático úmido, variável de 0.4 a 1.0°C por 100 m, tendo como valor médio 0.5°C/100 m. As taxas de variação de temperatura vistos anteriormente aplicam-se para massas de ar que sobem ou descem na atmosfera. Geralmente a estrutura vertical da temperatura do ar não apresenta aquelas taxas de variação. Existem muitas razoes pelas quais a taxa de variação da temperatura do ar raramente coincida com os gradientes adiabáticos. Em primeiro lugar, o ar nem sempre está subindo ou descendo, ou seja, sofrendo variação adiabática. Em segundo lugar, o ar constantemente ganha ou perde calor. Em terceiro, os movimentos advectivos horizontais provocam mistura de massas de ar. Assim, a estrutura vertical da temperatura do ar é, quase sempre, diferente daquela que ocorre por processos adiabáticos. Temperatura Potencial É a temperatura que teria uma parcela de ar, inicialmente em um nível qualquer da atmosfera (pressão P), se fosse trazida adiabaticamente seca a uma pressão padrão, P0. Em meteorologia., P0 corresponde a 1000 hPa. O conceito de temperatura potencial é de extrema importância em meteorologia. Por exemplo, se se necessita comparar as temperaturas do ar a diferentes alturas, para efeito de cálculos de fluxos de calor, não se pode simplesmente medi-las em níveis diferentes e compara-las diretamente, porque já se sabe que a temperatura varia com a pressão e esta com a altura. Então, a maneira correta de se fazer comparações, neste caso, é transformar todas as temperaturas medidas para as mesmas condições de pressão, ou seja, comparar as temperaturas potenciais. Para se verificarem as condições de estabilidade, por outro lado, tem-se que trabalhar com a temperatura potencial. A expressão matemática para a temperatura potencial (() de uma parcela de ar (equação de Poisson) é: Eq. 4 Onde: T = temperatura (°K); P0 = pressão padrão em mb; e P = pressão na qual a temperatura foi medida em mb. 1.9. Estabilidade e Instabilidade A estabilidade é geralmente definida como aquela condição atmosférica na qual os movimentos ascendentes estão ausentes ou definitivamente inibidos. Ao contrário, instabilidade é definida como o estado atmosférico no qual prevalecem os movimentos verticais. A caracterização de tais condições atmosféricas se faz de acordo com a distribuição vertical da temperatura observado na camada. O gradiente vertical de temperatura, representado por ( (já visto anteriormente) é: Eq. 5 Note-se que se a temperatura da camada de ar cresce com a altura (inversão térmica), ( é negativo; se a temperatura decresce com a altura, ( é positivo. Para se ilustrar o problema da estabilidade atmosférica, considere-se a Figura 9, na qual o ar está sendo forçado a subir para ultrapassar um obstáculo orográfico. A escala de temperatura mostrada junto a montanha refere-se a temperatura do ar que sobe (adiabaticamente), enquanto a escala a direita mostra a temperatura do ar circunvizinho. Como se vê, o ar ascendente possui temperatura menor que o meio que o circunda, o que corresponde a uma situação de estabilidade, pois a parcela, inicialmente forçada a deslocar-se tende a retornar a sua posição original. Figura 9 – Resfriamento adiabático por ascensão forçada, comparado com o gradiente de temperatura atmosférica Temperatura do Solo Em muitas oportunidades, a temperatura do solo é de maior significação ecológica para a vida vegetal do que a temperatura do ar. Algumas árvores suportam temperaturas do ar de –25°C, entretanto suas raízes morrem ao frio de –13 a –16°C. A temperatura do solo responde mais aos efeitos locais de insolação, topografia e outros efeitos semelhantes, podendo diferir muito da temperatura do ar. Muitas localidades em áreas polares e em altas montanhas ficariam certamente sem vegetação se não fosse o fato da temperatura do solo ser muito mais alta que a do ar especialmente durante o período de sol. A temperatura do solo é mais responsável do que a do ar pelo contraste entre as estações de crescimento que existem entre as diferentes encostas e exposições que ocorreram nas montanhas. A temperatura do solo, particularmente as extremas, influem na: . Germinação das sementes; . Atividade funcional das raízes; . Velocidade e duração do crescimento das plantas; e . Ocorrência e severidade das doenças das plantas. Temperaturas do solo extremamente altas tem efeito prejudicial sobre as raízes e podem causar lesões destrutivas nos caules. Temperaturas baixas, por outro lado, impedem a absorção dos nutrientes minerais. A 1°C a umidade do solo não é mais disponível para as plantas. O frio persistente no solo resulta em crescimento pequeno. A significação ecológica da temperatura do solo é obviamente importante para aqueles que trabalham na agricultura. Uma temperatura do solo desfavorável durante a estação de crescimento pode retardar ou mesmo arruinar as colheitas. 2.1. Medição da Temperatura do Solo Os instrumentos utilizados para medir a temperatura do solo incluem: . Geotermômetros; . Termopares (considerado o melhor); e . Termistores. Além do seu custo inicial e de manutenção serem menores, o terrmopar possui um alto grau de precisão e é menor do que os outros termômetros. A Organização Mundial de Meteorológica Mundial (1956) recomendou que as profundidades padrões para medir a temperatura do solo seriam 10, 20, 50 e 100 cm. Onde não se disponha de equipamento adequado, o U.S. Bureau recomenda medidas a 10 cm de profundidade. Entretanto medidas a duas profundidades são preferidas. As medidas de temperatura abaixo da superfície do solo não são tão imprecisas como aquelas acima da superfície porque as variações rápidas são contrabalançadas pela grande capacidade de calor do solo. Portanto, considera-se suficiente para a maioria dos propósitos agrícolas medir unicamente as temperaturas máximas e mínimas diárias, especialmente a grandes profundidades. Figura 10 – Geotermômetros instalados a diferentes profundidades Os geotermômetros comuns são de mercúrio em vidro,com a escala formando um angulo de 90 ou 120° com a parte do bulbo a ser enterrada. A profundidade para a qual se destina o termômetro é definida pelo comprimento entre o centro do bulbo e uma protuberância colocada acima dele. Os geotermômetros para até 40 cm permanecem fixos no solo, enquanto os de 100 cm são retos e instalados através de um tubo de acesso, devendo ser retirados do solo para a sua leitura. Existem geotermômetros especiais de álcool em vidro para medições das temperaturas extremas do solo a diferentes profundidades. Figura 11 – Termógrafo de Solo 2.2. Transporte de Calor no Solo A temperatura mínima da superfície do solo ocorre quando o seu balanço de radiação passa de negativo para positivo. A partir desse momento, a temperatura da superfície do solo aumenta acompanhando o balanço de radiação, ocorrendo a temperatura máxima quando balanço é máximo. A partir daí, a temperatura decresce. O aquecimento da superfície do solo gera processos de dissipação de calor na atmosfera junto da superfície, que tendem a reduzir aquele aquecimento. Esses processos atuam acentuam-se e atingem uma intensidade máxima quando o balanço de radiação é máximo. Com a diminuição do balanço de radiação, os processos de dissipação passam a predominar sobre o de aquecimento da superfície do solo, de modo a promover o seu resfriamento, embora o balanço de radiação seja positivo. O aquecimento e resfriamento do solo se dá as custas do balanço de radiação da superfície. O fluxo descendente de calor S da Figura 2 representa entrada de calor no solo, promovendo seu aquecimento, que segundo a Figura 10 ocorre entre os momentos C e D. O resfriamento do solo se dá pelo fluxo ascendente S da Figura 2, ocorrendo entre os momento D e C. A transferência de calor no solo pode se processar tanto por radiação (emissão de energia em forma de ondas eletromagnéticas), como por convecção (movimentos de massas de ar) ou condução (propagação de calor por movimentos interno das moléculas, tendendo a equilibrar a temperatura). Entretanto, dentro do solo, o processo principal de transporte de calor é por condução. 2.1.1. Propriedades Térmicas do Solo O calor específico de uma substância é a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de uma grama dessa substância de 1°C. O calor específico de todos os solos minerais varia pouco, sendo em média, de 0.18 a 0.20 cal g-1 °C-1. O húmus tem um calor específico muito maior, cerca de 0.45 cal g-1 °C-1 , o da água é 1 cal g-1 °C-1 e do ar (24°C) é 0.24 cal g-1 °C-1. A capacidade de calor de uma substância é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1 cm3 de 1°C e portanto é as vezes chamado de calor específico volumétrico. A capacidade de calor de um solo varia de acordo com o seu conteúdo de umidade. No estado seco, os solos orgânicos tem uma capacidade de calor mais baixa que os minerais, devido a baixa densidade dos primeiros. No campo, entretanto, os solos orgânicos e de textura fina, divido a sua alta capacidade de retenção de água, apresentam maior capacidade calorífica do que os solos mais arenosos. A maioria dos solos tem uma capacidade calorífica que varia de 0.3 a 0.6 cal cm3 °C-1 , sendo o da água igual a 1 cal cm3 °C-1 e o do ar igual a 3.12 x 10-5 cal cm3 °C-1. A velocidade do fluxo de calor no solo é determinada pelo seu gradiente de temperatura e condutividade térmica. A condutividade térmica de uma substância é definida como a quantidade de calor que flui por unidade de tempo através da unidade de área de uma placa de espessura unitária quando é mantida uma diferença de temperatura unitária entre as duas faces opostas da dita superfície. Permanecendo outros fatores constantes, quanto maior a condutividade térmica do solo, menores são as variações de temperatura da superfície e mais efetivo é o seu papel como reservatório de calor. A condutividade térmica de um solo é determinada primariamente pela sua porosidade, umidade e conteúdo de matéria orgânica. Para uma dada umidade, a condutividade térmica decresce dos solos pesados para os mais leves, conforme a porosidade aumenta. Entretanto, no campo, os solos pesados tem um conteúdo de umidade maior, o que aumenta muito a condutividade térmica. A matéria orgânica não transfere tão rapidamente calor quanto um solo mineral.. A condutividade térmica de um solo arenoso é de aproximadamente 0.00046 cal cm-1 Seg-1 °C-1 enquanto a de um solo fino humoso é de 0.00027 cal cm-1 Seg-1 °C-1. Figura 12 – Curso diário do balanço de radiação e temperatura no solo. 2.3. Regime Térmico dos Perfis dos Solos 2.3.1. Variação Diária Na natureza a temperatura do solo varia continuamente em resposta as mudanças nos regimes meteorológicos agindo sobre a interface solo-atmosfera. Esse regime é caracterizado por uma sucessão de noites e dias e inverno e verão. A representação matemática mais simples do regime de flutuação termal é assumir que em todas as profundidades no solo a temperatura oscila como uma função puramente harmônica (senoidal) do tempo ao redor de um valor médio. Vamos assumir que a temperatura média é a mesma para todas as profundidades do solo. No tempo (t = 0), a temperatura na superfície é expressa como: Onde: T(0,t) = a temperatura em z = 0 (superfície) em função do tempo t; = a temperatura média da superfície e do perfil.; A0 = a amplitude da flutuação de temperatura na superfície; e ( = a freqüência radial que é 2( multiplicado pela freqüência atual. No caso de variação diurna, o período é 86400 segundos (24h) e ( = 2(/86400 = 7.27 x 10 –3 /seg. A solução final é: Eq. 6 Onde: d = uma profundidade característica, chamada de profundidade de amortecimento, no qual a amplitude da temperatura diminui a 1/e (1/2.718 = 0.37) da amplitude da superfície. Eq. 7 A diminuição na amplitude e atraso da fase são fenômenos típicos da propagação de uma onda periódica de temperatura nos solos. A explicação física para o amortecimento e retardamento de ondas de temperaturas com a profundidade deve-se ao fato que uma certa quantidade de calor é absorvida ao longo do caminho de propagação. A profundidade de amortecimento é 19 vezes maior para variações anuais do que para variações diárias. Conhecendo-se a profundidade característica (d) e as temperaturas máxima e mínima na superfície do solo e assumindo-se que a variação diária de temperatura do solo é simétrica, que a temperatura média é igual em todo o perfil do solo e que a temperatura é média às 6:00 e 18:00 horas, é possível resolver a Equação 6 e analisar a variação da temperatura do solo com a profundidade. Figura 13 – Temperatura do solo para diferentes profundidades e horas. Exemplo: Temperatura máxima da superfície = 40(C; Temperatura mínima da superfície = 10(C; Profundidade característica (d) = 10 cm Utilizando a Equação 6, a temperatura do solo para as profundidades (0, 5, 10 e 20 cm) e para as seguintes horas ( 6:00, 9:00, 12:00, 15:00, 18:00, 21:00 e 24:00) é calculada e mostrada na Figura 13. O comportamento térmico do solo é de alta relevância para muitos fins, como por exemplo a formação de geadas, formação de orvalho, germinação de sementes, crescimento e produção das culturas, etc. 2.3.2. Variação Anual A temperatura do solo experimenta uma variação anual decorrente do curso do balanço de radiação da superfície. A Figura 14 que o curso anual da temperatura do solo em Pelotas–RS acompanha o curso anual da radiação solar global, com um atraso aproximado de um mês. Da mesma forma que na variação diária, ocorre diminuição de amplitude e retardamento das temperaturas extremas comoo aumento da profundidade. De setembro a marco, a temperatura média do solo a 2 cm é sempre superior a de 100 cm, indicando que neste período ocorre ganho de calor pelo solo; de março a setembro, a posição invertida das curvas indica que ocorre saída de calor do solo com a tendência de limitar o resfriamento da superfície. Entretanto a temperatura média anual do solo praticamente não varia com a profundidade. As medições de temperatura do solo em Pelotas-RS, no período de 1956 a 1966, mostraram que desde a superfície até 1 m de profundidade a temperatura média anual é de 19.6 °C. 2.4. Métodos para Modificar a Temperatura do Solo Os dois meios mais importantes para modificar a temperatura do solo são: regular o recebimento ou perda de energia e alterar as propriedades térmicas da superfície para produzir uma maneira diferente de consumo de energia. Existem quatro caminhos para regular o recebimento de energia: . Aquecer; . Colocar uma camada de material isolante, sobre ou perto da superfície do solo, tal como palha, papel, vidro, polietileno, etc.; . Mudar a absorvicidade do terreno; e . Variar a temperatura do ar pelo uso de ventiladores ou abrigos (quebra-ventos). Figura 14 – Curso da temperatura média mensal do solo a duas profundidades e da radiação solar global em Pelotas. A perda da radiação pode ser reduzida se forem empregados vários materiais isolantes e pela geração de uma cortina de fumaça ou neblina no ar. As propriedades térmicas do solo podem ser modificadas: . Pelo aumento da absorvicidade do terreno; . Mudando a condutividade térmica pelo cultivo, irrigação e compactação; . Alterando a capacidade térmica pela adição ou drenagem de água.; e . Fazendo variar a razão de evaporação removendo ervas daninhas, regulando a umidade do solo, usando-se abrigos, telas, areias, etc. sobre a superfície do solo. 3. Considerações Finais A temperatura do ar e do solo afeta todo o processo de crescimento. Cada variedade tem seu mínimo, ótimo e máximo limites de temperatura para cada estágio de crescimento. Centeio tem requerimento baixo de temperatura e sobrevive a temperaturas baixas durante o inverno. O cacau por exemplo, exige altas temperaturas durante todo o ano. O limite máximo de temperatura para quase todas as culturas é de 50 – 60 °C, variando de espécie para espécie, estágio de crescimento e tempo de exposição. Altas temperaturas não são tão sérias como baixas temperaturas no que diz respeito ao crescimento das plantas se o suprimento de umidade for adequado e a planta adaptada. A temperatura ótima para a ótima taxa de crescimento das plantas não é necessariamente a ótima temperatura para produção. Temperaturas que produzem um crescimento muito rápido podem também levar a formação de plantas mais frágeis e mais susceptíveis ao vento., pragas e doenças. Dentro de certos limites, as altas temperaturas podem se resolvidas através da irrigação e práticas de cultivo. Plantas mais delicadas podem ser colocadas na sombra, protegidos dos raios diretos do sol por arvores maiores ou sombreamento artificial. A seleção de locais com menor exposição solar também pode ajudar. Algumas vezes é desejável temperaturas mais baixas durante o período de germinação e florescimento, o que pode ser conseguido plantando-se mais cedo, ou como no caso do trigo, plantio antes da época mais fria. Os citros tem cores melhores e são mais doces quando sujeitos a períodos curtos de baixas temperaturas. O morango desenvolve melhor sabor com temperaturas diárias na faixa dos 10°C. A influência de baixas temperaturas durante a noite depende das cultura. Batata e beterraba armazenam carbohidratos mais rapidamente durante períodos de noites frias. Algodão, milho e tabaco requerem noite quentes para um desenvolvimento máximo. Em altas latitudes, o maior comprimento do dia torna possível o cultivo de certas para culturas. As culturas devem sempre serem adaptadas ao ciclo local de temperatura. Temperatura do Ar e do Solo _1020062839.xls Gráfico1 26.1 27.3 26.5 22.8 26.7 24.6 26 26.7 26.6 23.2 25.3 24.7 26.1 26.3 26.7 23 26.5 23.1 26.3 26.5 25.2 21.1 26.1 20.1 26.3 26.3 25.2 19.8 24.6 16.8 26.4 25.9 24.3 18.5 23.5 14.3 26.5 25.7 23.6 18.1 22 14.5 27 26.1 23.7 19 24.7 15.3 27.5 26.6 24.2 21 26.6 16.8 27.6 27 25 21.9 27.4 19.2 27.3 27.2 25.5 22.2 27.2 21.3 26.7 27.3 26 22.2 26.6 23.2 Manuas Fortaleza Salvador Belo Horizonte Cuiabá Porto Alegre Meses Temperatura Média (C) Plan1 Jan Fev Mar Ab Maio Jun Jul Ag Set Out Nov Dez Manuas 26.1 26 26.1 26.3 26.3 26.4 26.5 27 27.5 27.6 27.3 26.7 Fortaleza 27.3 26.7 26.3 26.5 26.3 25.9 25.7 26.1 26.6 27 27.2 27.3 Salvador 26.5 26.6 26.7 25.2 25.2 24.3 23.6 23.7 24.2 25 25.5 26 Belo Horizonte 22.8 23.2 23 21.1 19.8 18.5 18.1 19 21 21.9 22.2 22.2 Cuiabá 26.7 25.3 26.5 26.1 24.6 23.5 22 24.7 26.6 27.4 27.2 26.6 Porto Alegre 24.6 24.7 23.1 20.1 16.8 14.3 14.5 15.3 16.8 19.2 21.3 23.2 Plan2 Plan3 _1020066400.unknown _1020086680.unknown _1020516650.xls Gráfico1 26 23.5 25 24 23 23 21 21.5 18 19 15.6 16 14.8 15.5 14.9 15.3 15.8 16.1 18.8 17.9 21.7 20.2 24 22.3 5 cm 100 cm Meses Temperatura do Solo (°C) Gráfico2 26 23.5 40.838 25 24 39.92 23 23 37.34 21 21.5 33.198 18 19 29.03 15.6 16 26.778 14.8 15.5 27.467 14.9 15.3 30.733 15.8 16.1 35 18.8 17.9 38.443 21.7 20.2 40.223 24 22.3 40.83 5 cm 100 cm Meses Gráfico3 26 23.5 43.07 25 24 40.03 23 23 34.64 21 21.5 28.05 18 19 22.4 15.6 16 19.57 14.8 15.5 20.5 14.9 15.3 24.8 15.8 16.1 31.1 18.8 17.9 37.2 21.7 20.2 41.6 24 22.3 43.6 5 cm 100 cm Radiação Meses Temperatura do Solo (°C) Radiação (Mj/m2.dia) Plan1 15 45 75 105 135 165 195 225 255 285 315 345 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 5 cm 26 25 23 21 18 15.6 14.8 14.9 15.8 18.8 21.7 24 100 cm 23.5 24 23 21.5 19 16 15.5 15.3 16.1 17.9 20.2 22.3 Radiação 43.07 40.03 34.64 28.05 22.40 19.57 20.50 24.80 31.10 37.20 41.60 43.60 Plan2 Plan3 _1036933427.xls Gráfico1 25 20.6 20.36 23.15 35.6 27.57 23.82 23.09 40 33.02 27.98 24.15 35.6 33.77 30.39 25.71 25 29.38 29.64 26.84 14.4 22.42 26.17 26.9 10 16.97 22.01 25.84 Prof = 0 Prof = 5 Prof = 10 Prof = 20 Hora Temperatura (C) Temperatura do Solo Plan1 Hora Prof = 0 Prof = 5 Prof = 10 Prof = 20 6:00 25 20.6 20.36 23.15 9:00 35.6 27.57 23.82 23.09 12:00 40 33.02 27.98 24.15 15:00 35.6 33.77 30.39 25.71 18:00 25 29.38 29.64 26.84 21:00 14.4 22.42 26.17 26.9 0:00 10 16.97 22.01 25.84 Plan2 Plan3 _1020515723.xls Gráfico1 Gráfico2 1716.6 1410.4 1323 1177.3 1065.6 1032.4 1015.9 875.5 821.6 Precipitacao Total Anual (mm) Totais Pluviometricos - Postos Gráfico3 107.9 95.2 123.4 106.8 89.1 128.9 96.1 120.3 91.3 74.7 140.1 111.8 127.8 96.6 79.2 122.6 92.5 96 98.565.6 119.6 75.2 68.3 61.3 44.1 105.4 73.1 76.4 70.2 48 132.2 80.2 80.4 65.1 46.1 91.7 54.4 62.9 45.5 24.8 95.1 59.1 84.2 53.2 38.8 104.5 88.6 111.4 80 60.1 121.9 118.5 109.7 123 123.6 140.5 120.9 116.5 140.9 127.5 Barro Preto Floresta Azul Buerarema Santa Cruz da Vitoria Itororó Precipitação (mm) Precipitação - Postos Gráfico4 107.9 95.2 123.4 106.8 89.1 130 100.4 112.1 142.7 128.9 96.1 120.3 91.3 74.7 130 52.9 116.1 154 140.1 111.8 127.8 96.6 79.2 136 89.7 111.6 165.5 122.6 92.5 96 98.5 65.6 115 58.5 102.5 156.6 119.6 75.2 68.3 61.3 44.1 76 34.2 56.7 125.3 105.4 73.1 76.4 70.2 48 84 57.4 50.2 129.5 132.2 80.2 80.4 65.1 46.1 84 30.3 45.9 138.7 91.7 54.4 62.9 45.5 24.8 62 38.3 38.8 100.2 95.1 59.1 84.2 53.2 38.8 76 40.2 45.3 120.7 104.5 88.6 111.4 80 60.1 121 80.1 93.9 141.1 121.9 118.5 109.7 123 123.6 145 121 101.2 142.3 140.5 120.9 116.5 140.9 127.5 164 172.5 141.6 200 Barro Preto Floresta Azul Buerarema Santa Cruz da Vitoria Itororó Jussari Itapetinga Itajú do Colônia Ilhéus Gráfico5 1716.6 1410.4 1323 1177.3 1065.6 1032.4 1015.9 875.5 821.6 Precipitação (mm) Precipitação Total Anual Gráfico6 130 100.4 112.1 142.7 130 52.9 116.1 154 136 89.7 111.6 165.5 115 58.5 102.5 156.6 76 34.2 56.7 125.3 84 57.4 50.2 129.5 84 30.3 45.9 138.7 62 38.3 38.8 100.2 76 40.2 45.3 120.7 121 80.1 93.9 141.1 145 121 101.2 142.3 164 172.5 141.6 200 Jussari Itapetinga Itajú do Colônia Ilhéus Precipitação (mm) Precipitação - Estações Gráfico7 24.2 25.4 25 24.7 24.2 25.8 25.1 24.8 24.3 25.6 25.2 24.8 23.7 24.5 24.3 24.3 22.5 23.3 23.2 22.9 21.2 21.4 21.2 21.9 20.4 20.9 21 21 20.6 21.4 21.2 21.1 21.5 22.6 22.3 22 22.7 23.8 23.6 23.2 23.5 24.4 24.3 24 24.1 24.7 24.7 24.5 Jussari Itapetinga Itajú do Colônia Ilhéus Temperatura (°C) Temperaturas Médias Gráfico8 22.7 23.7 23.4 23.3 Temperatura (°C) Temperatura Média Anual Gráfico9 82.4 74.3 81.1 84.4 83.1 72.5 81 84.7 82.9 75.6 81.6 85 84.5 78.1 83.2 86.3 85 78.6 83.7 86.4 85 80.7 83.2 88.2 85.7 78.9 84 87.2 84 76.1 81.8 86.1 82.8 73.9 80 85 83 74.3 80.8 85.2 88.3 76.4 80.5 84.2 83.3 76.6 80.8 84.8 Jussari Itapetinga Itajú do Colônia Ilhéus Umidade Relativa (%) Umidade Relativa Média Gráfico10 84.2 76.3 81.8 85.6 Umidade Relativa (%) Umidade Relativa - Média Anual Gráfico11 14 21 17 15 11 20 13 10 16 19 19 14 14 19 15 14 17 21 19 17 15 18 18 13 15 20 18 13 18 21 22 14 17 22 22 15 15 20 19 15 15 17 18 14 16 18 17 17 Jussari Itapetinga Itajú do Colônia Ilhéus Numero de Dias Dias sem Chuva - Média Gráfico12 183 236 217 171 Numero de Dias Dias sem Chuva - Média Anual Gráfico13 155.5 202.5 212.4 158.6 152.1 205.3 210.9 152.6 149.8 186.5 210.3 149.3 121.5 162.5 169 120.5 113.7 142.1 145.2 104.4 92 104.5 112 85.5 93.5 116.3 125.6 86.3 110 148.3 147.8 100.2 117.5 169.5 162 115 133.3 197.4 183.9 133.3 131 188 180.5 133.5 126.1 164.8 177.7 130.2 Jussari Itapetinga Itajú do Colônia Ilhéus Evaporação (mm) Evaporação Tanque A -Média Gráfico14 1496 1987.7 2037.3 1469.4 Evaporação (mm) Evaporação Tanque Classe A - Total Anual Gráfico15 161 207 198 210 159 202 177 191 182 205 182 201 156 176 155 173 161 167 158 165 139 130 132 149 149 139 143 155 159 152 146 173 129 156 143 153 133 163 151 164 122 151 160 152 142 167 178 181 Jussari Itapetinga Itajú do Colônia Ilhéus Insolação (horas) Insolação Média Gráfico16 1792 2015 1923 2067 Insolação (horas) Insolação Total Anual Gráfico17 107.9 95.2 123.4 106.8 89.1 128.9 96.1 120.3 91.3 74.7 140.1 111.8 127.8 96.6 79.2 122.6 92.5 96 98.5 65.6 119.6 75.2 68.3 61.3 44.1 105.4 73.1 76.4 70.2 48 132.2 80.2 80.4 65.1 46.1 91.7 54.4 62.9 45.5 24.8 95.1 59.1 84.2 53.2 38.8 104.5 88.6 111.4 80 60.1 121.9 118.5 109.7 123 123.6 140.5 120.9 116.5 140.9 127.5 Barro Preto Floresta Azul Buerarema Santa Cruz da Vitoria Itororó Precipitação (mm) Precipitação Media - Postos Gráfico18 1716.6 1410.4 1323 1177.3 1065.6 1032.4 1015.9 875.5 821.6 Precipitação (mm) Precipitação Total Anual Gráfico19 24.7 24.7 24.5 23.9 22.6 21.3 20.5 20.5 21.4 22.8 23.7 24.3 Uruçuca Temperatura (°C) Temperaturas Média Gráfico20 85 84.8 86.7 87.9 88.8 89 88.9 86.9 86 86 85.9 85.3 Umidade Relativa (%) Umidade Relativa Média Gráfico21 16 12 13 12 15 13 12 14 16 17 15 17 Numero de Dias Dias sem Chuva - Média Gráfico22 161.2 153.1 147.8 110 104.9 82.5 87.3 103.3 113 128.7 135 131.2 Evaporação (mm) Evaporação Tanque A -Média Gráfico23 192 171 190 172 161 150 158 173 150 164 145 180 Insolação (horas) Insolação Média Gráfico24 137.6 148.6 130 132.9 138.7 174.5 138.8 124.1 189.2 152.5 160.2 193.7 188.2 109 146.3 183.7 134.3 64.7 107.9 136.1 157.5 88.9 128.6 174.3 147.4 113.9 123.1 175.5 113.4 79.6 90.2 127.4 109.3 90.4 97.7 109.4 129.9 168.1 134.2 124.9 170.3 157.1 155.2 189.2 166.4 173.5 168.3 178.5 Uruçuca Coaraci Itajuíipe Provisão Precipitação (mm) Precipitação Gráfico25 1849.7 1782.2 1580.5 1520.8 Precipitação (mm) Precipitação Total Anual Gráfico26 7 7 7 6 7 5 7 6 7 5 7 5 7 6 7 6 7 5 7 6 7 5 7 6 7 5 7 6 7 5 7 5 7 6 7 6 8 6 7 6 7 6 7 6 7 6 7 6 Jussari Itapetinga Itajú do Colônia Ilhéus Nebulosidade Nebulosidade Gráfico27 85 67 84 70 Nebulosidade Nebulosidade Total Anual Gráfico28 1.86 1.85 1.74 1.75 1.64 1.66 1.39 1.56 1.36 1.37 0.99 1.36 1.26 1.55 1.62 1.75 1.96 1.85 2.15 1.85 1.98 1.85 1.95 1.66 Itapetinga Ilhéus Velocidade (m/s) Velocidade do Vento Gráfico29 137.6 138.7 189.2 188.2 134.3 157.5 147.4 113.4 109.3 129.9 170.3 166.4 Uruçuca Precipitação (mm) Precipitação Média Gráfico30 2.86 2.56 2.77 2.67 2.37 2.37 2.47 2.57 2.57 2.67 2.77 2.97 Uruçuca Velocidade (m/s) Velocidade do Vento - Média Gráfico31 142.7 154 165.5 156.6 125.3 129.5138.7 100.2 120.7 141.1 142.3 200 Ilhéus Meses Temperatura (C) Gráfico32 24.7 24.8 24.8 24.3 22.9 21.9 21 21.1 22 23.2 24 24.5 Ilhéus Meses Temperatura (C) Gráfico33 24.7 40.838 24.8 39.92 24.8 37.34 24.3 33.198 22.9 29.03 21.9 26.778 21 27.467 21.1 30.733 22 35 23.2 38.443 24 40.223 24.5 40.83 Radiação Temperatura Meses Temperatura (°C) Radiação (Mj/m2.dia) Plan1 Estação Pluviométrica Meses Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Precip Barro Preto 107.90 128.90 140.10 122.60 119.60 105.40 132.20 91.70 95.10 104.50 121.90 140.50 1410.40 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Floresta Azul 95.20 96.10 111.80 92.50 75.20 73.10 80.20 54.40 59.10 88.60 118.50 120.90 1065.60 Jussari 130 130 136 115 76 84 84 62 76 121 145 164 1323.00 Buerarema 123.40 120.30 127.80 96.00 68.30 76.40 80.40 62.90 84.20 111.40 109.70 116.50 1177.30 Itapetinga 100.4 52.9 89.7 58.5 34.2 57.4 30.3 38.3 40.2 80.1 121 172.5 875.50 Santa Cruz da Vitoria 106.80 91.30 96.60 98.50 61.30 70.20 65.10 45.50 53.20 80.00 123.00 140.90 1032.40 Itajú do Colônia 112.1 116.1 111.6 102.5 56.7 50.2 45.9 38.8 45.3 93.9 101.2 141.6 1015.90 Itororó 89.10 74.70 79.20 65.60 44.10 48.00 46.10 24.80 38.80 60.10 123.60 127.50 821.60 Ilhéus 142.7 154 165.5 156.6 125.3 129.5 138.7 100.2 120.7 141.1 142.3 200 1716.60 Almada Barro Preto 1410.4 Temp Temp Floresta Azul 1065.6 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Buerarema 1177.3 Jussari 24.20 24.20 24.30 23.70 22.50 21.20 20.40 20.60 21.50 22.70 23.50 24.10 22.70 Uruçuca 24.70 24.70 24.50 23.90 22.60 21.30 20.50 20.50 21.40 22.80 23.70 24.30 22.90 Santa Cruz da Vitoria 1032.4 Itapetinga 25.40 25.80 25.60 24.50 23.30 21.40 20.90 21.40 22.60 23.80 24.40 24.70 23.70 Itororó 821.6 Itajú do Colônia 25.00 25.10 25.20 24.30 23.20 21.20 21.00 21.20 22.30 23.60 24.30 24.70 23.40 UR Total Ilhéus 24.70 24.80 24.80 24.30 22.90 21.90 21.00 21.10 22.00 23.20 24.00 24.50 23.30 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Ilheus 1716.6 Uruçuca 85.00 84.80 86.70 87.90 88.80 89.00 88.90 86.90 86.00 86.00 85.90 85.30 86.70 Barro Preto 1410.4 Jussari 22.70 Jussari 1323 Itapetinga 23.70 Dias sem Chuva Buerarema 1177.3 Itajú do Colônia 23.40 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Floresta Azul 1065.6 Ilhéus 23.30 Uruçuca 16 12 13 12 15 13 12 14 16 17 15 17 172 Santa Cruz da Vitoria 1032.4 UR Itaju do Colonia 1015.9 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Evaporacao Itapetinga 875.5 Jussari 82.4 83.1 82.9 84.5 85 85 85.7 84 82.8 83 88.3 83.3 84.2 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Itororó 821.6 Itapetinga 74.3 72.5 75.6 78.1 78.6 80.7 78.9 76.1 73.9 74.3 76.4 76.6 76.3 Uruçuca 161.2 153.1 147.8 110 104.9 82.5 87.3 103.3 113 128.7 135 131.2 1458 Itajú do Colônia 81.1 81 81.6 83.2 83.7 83.2 84 81.8 80 80.8 80.5 80.8 81.8 Ilhéus 84.4 84.7 85 86.3 86.4 88.2 87.2 86.1 85 85.2 84.2 84.8 85.6 Insolacao Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Uruçuca 192 171 190 172 161 150 158 173 150 164 145 180 2006 Jussari 84.2 Itapetinga 76.3 Prec Itajú do Colônia 81.8 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Ilhéus 85.6 Uruçuca 137.6 138.7 189.2 188.2 134.3 157.5 147.4 113.4 109.3 129.9 170.3 166.4 1782.20 Dias sem Chuva Coaraci 148.6 174.5 152.5 109 64.7 88.9 113.9 79.6 90.4 168.1 157.1 173.5 1520.80 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Itajuíipe 130 138.8 160.2 146.3 107.9 128.6 123.1 90.2 97.7 134.2 155.2 168.3 1580.50 Jussari 14 11 16 14 17 15 15 18 17 15 15 16 183 Provisão 132.9 124.1 193.7 183.7 136.1 174.3 175.5 127.4109.4 124.9 189.2 178.5 1849.70 Itapetinga 21 20 19 19 21 18 20 21 22 20 17 18 236 Itajú do Colônia 17 13 19 15 19 18 18 22 22 19 18 17 217 Provisão 1849.7 Ilhéus 15 10 14 14 17 13 13 14 15 15 14 17 171 Uruçuca 1782.2 Itajuíipe 1580.5 Coaraci 1520.8 Jussari 183 Vel. do vento Itapetinga 236 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Itajú do Colônia 217 Uruçuca 2.86 2.56 2.77 2.67 2.37 2.37 2.47 2.57 2.57 2.67 2.77 2.97 2.64 Ilhéus 171 Evaporacao Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Jussari 155.5 152.1 149.8 121.5 113.7 92 93.5 110 117.5 133.3 131 126.1 1496 1782.2 Itapetinga 202.5 205.3 186.5 162.5 142.1 104.5 116.3 148.3 169.5 197.4 188 164.8 1987.7 Itajú do Colônia 212.4 210.9 210.3 169 145.2 112 125.6 147.8 162 183.9 180.5 177.7 2037.3 Ilhéus 158.6 152.6 149.3 120.5 104.4 85.5 86.3 100.2 115 133.3 133.5 130.2 1469.4 Jussari 1496 Itapetinga 1987.7 Itajú do Colônia 2037.3 Ilhéus 1469.4 Insolacao Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Media Jussari 161 159 182 156 161 139 149 159 129 133 122 142 1792 Itapetinga 207 202 205 176 167 130 139 152 156 163 151 167 2015 Itajú do Colônia 198 177 182 155 158 132 143 146 143 151 160 178 1923 Ilhéus 210 191 201 173 165 149 155 173 153 164 152 181 2067 Jussari 1792 Itapetinga 2015 Itajú do Colônia 1923 Ilhéus 2067 Nebulosidade Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Jussari 7 7 7 7 7 7 7 7 7 8 7 7 85.00 Itapetinga 7 5 5 6 5 5 5 5 6 6 6 6 67.00 Itajú do Colônia 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 84.00 Ilhéus 6 6 5 6 6 6 6 5 6 6 6 6 70.00 Jussari 85 Itapetinga 67 Itajú do Colônia 84 Ilhéus 70 Velocidade do Vento Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Itapetinga 1.86 1.74 1.64 1.39 1.36 0.99 1.26 1.62 1.96 2.15 1.98 1.95 1.66 Ilhéus 1.85 1.75 1.66 1.56 1.37 1.36 1.55 1.75 1.85 1.85 1.85 1.66 1.67 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ilhéus 24.70 24.80 24.80 24.30 22.90 21.90 21.00 21.10 22.00 23.20 24.00 24.50 40.84 39.92 37.34 33.20 29.03 26.78 27.47 30.73 35.00 38.44 40.22 40.83 Plan2 Plan3 _1020083549.unknown _1020065897.unknown _996351312.unknown _996353557.unknown _1019846850.xls Gráfico1 17 18 18.8 19.5 14.8 16 16.5 17.5 15.1 16 16.2 17.1 16 16.3 16.8 17.2 19 19 19 19 24 23.2 22.8 22 28 27 26 25.1 27.5 27 26.5 26.2 26 26 26 26 24.8 24.9 25 25.2 19 19.9 20 20.7 18 18.5 19.2 19.5 A B 10 40 160 640 Hora Temperatura (C) Plan1 0 3.3 5 6 7.3 9.3 12 15.3 17.2 18 21.3 24 10 17 14.8 15.1 16 19 24 28 27.526 24.8 19 18 40 18 16 16 16.3 19 23.2 27 27 26 24.9 19.9 18.5 160 18.8 16.5 16.2 16.8 19 22.8 26 26.5 26 25 20 19.2 640 19.5 17.5 17.1 17.2 19 22 25.1 26.2 26 25.2 20.7 19.5 Plan2 Plan3 _996352540.unknown _996350960.unknown
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