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Anatomia e Fisiologia

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1 
 
 
 
POSIÇÃO ANATÔMICA ..................................................................................................................................................... 6 
DIVISÃO DO CORPO HUMANO ....................................................................................................................................... 7 
PLANOS ANATÔMICOS DE SECÇÃO ........................................................................................................................... 10 
ORGANIZAÇÃO DO CORPO ........................................................................................................................................... 11 
Níveis Estruturais e Funcionais de Organização .............................................................................................................. 11 
PRINCÍPIOS GERAIS DE CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO .............................................................................. 13 
FATORES GERAIS E INDIVIDUAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA.......................................................................... 14 
Fatores Individuais ........................................................................................................................................................... 15 
CAVIDADES DO CORPO ................................................................................................................................................. 15 
SISTEMA ESQUELÉTICO ................................................................................................................................................ 17 
JUNTURAS ......................................................................................................................................................................... 35 
SISTEMA MUSCULAR ..................................................................................................................................................... 44 
Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos ...................................................................................... 44 
Quanto à forma do músculo e arranjo de suas fibras: ...................................................................................................... 45 
PRINCIPAIS MÚSCULOS ................................................................................................................................................. 49 
MEMBRO SUPERIOR ....................................................................................................................................................... 49 
PEITORAL MAIOR ........................................................................................................................................................ 49 
PEITORAL MENOR ....................................................................................................................................................... 50 
DELTÓIDE ..................................................................................................................................................................... 50 
MANGUITO ROTADOR ................................................................................................................................................... 51 
MÚSCULO REDONDO MAIOR ................................................................................................................................... 52 
ANTERIORES DO BRAÇO ........................................................................................................................................... 52 
BÍCEPS BRAQUIAL ...................................................................................................................................................... 53 
BRAQUIAL ..................................................................................................................................................................... 53 
MÚSCULO BRAQUIORADIAL .................................................................................................................................... 54 
MÚSCULO DO DORSO................................................................................................................................................. 55 
ROMBÓIDE MAIOR ...................................................................................................................................................... 56 
SERRÁTIL ANTERIOR ................................................................................................................................................. 56 
GRANDE DORSAL ........................................................................................................................................................ 57 
MÚSCULOS DO ABDOMEM ....................................................................................................................................... 57 
Músculos da Coxa e Quadril ............................................................................................................................................ 61 
SARTÓRIO ..................................................................................................................................................................... 61 
TENSOR DA FÁSCIA LATA ........................................................................................................................................ 61 
ADUTOR CURTO .......................................................................................................................................................... 64 
ADUTOR LONGO .......................................................................................................................................................... 64 
ADUTOR MAGNO ......................................................................................................................................................... 65 
MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA ............................................................................................................................ 66 
Glúteo máximo ................................................................................................................................................................ 66 
GLÚTEO MÉDIO ........................................................................................................................................................... 66 
GLÚTEO MÍNIMO ......................................................................................................................................................... 67 
SISTEMA NERVOSO ........................................................................................................................................................ 74 
AÇÃO REFLEXA ............................................................................................................................................................... 75 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO ......................................................................................................... 75 
NEURÔNIOS ...................................................................................................................................................................... 75 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO ................................................................................................................................ 76 
Sistema nervoso autônomo .............................................................................................................................................. 79 
SISTEMA CIRCULATÓRIO.............................................................................................................................................. 83 
SISTEMA RESPIRATÓRIO ...............................................................................................................................................94 
SISTEMA DIGESTIVO .................................................................................................................................................... 103 
SISTEMA URINÁRIO ...................................................................................................................................................... 113 
SISTEMA GENITAL MASCULINO ............................................................................................................................... 115 
SISTEMA GENITAL FEMININO ................................................................................................................................... 119 
SISTEMA AUDITIVO ...................................................................................................................................................... 123 
COMO FUNCIONA O SISTEMA AUDITIVO ............................................................................................................... 126 
SISTEMA VISUAL........................................................................................................................................................... 127 
MEIOS TRANSPARENTES:............................................................................................................................................ 129 
SISTEMA TEGUMENTAR .............................................................................................................................................. 131 
Composição da pele ....................................................................................................................................................... 131 
 
Anexos da pele ............................................................................................................................................................... 132 
FISIOLOGIA DA PELE .................................................................................................................................................... 132 
SISTEMA ENDÓCRINO .................................................................................................................................................. 133 
GLÂNDULAS E HORMÔNIOS .................................................................................................................................. 133 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA 
 
 No conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a 
constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. Especificamente, a anatomia (Ana = em 
partes; Tomein = cortar) macroscópica é estudada pela dissecação de peças previamente fixadas 
por soluções apropriadas. 
 
 Conceito de variação anatômica e normal 
 Uma vez que a Anatomia Humana utiliza como material de estudo o corpo do homem, 
torna-se necessário fazer alguns comentários sobre este material. A simples observação de um 
grupamento humano evidencia de imediato, diferenças morfológicas entre os elementos que 
compõe o grupo. Estas diferenças morfológicas são denominadas de variações anatômicas e 
podem apresentar-se externamente (variação anatômica externa) ou em qualquer dos sistemas do 
organismo (variação anatômica interna), sem que isto traga prejuízo funcional para o indivíduo. 
 As descrições anatômicas contidas no Atlas ou nos livros textos obedecem a um padrão 
que não inclui a possibilidade das variações. Este padrão corresponde ao que na maioria dos casos, 
ao que é mais freqüente; para o anatomista o padrão é normal, numa conceituação, portanto, 
puramente estatística. 
 Anomalia e monstruosidade 
 Variações morfológicas que determinam perturbação funcional, como por exemplo, o 
indivíduo que possui um dedo a menos na mão direita, diz-se que se trata de anomalia e não de 
uma variação. Se a anomalia for tão acentuada de modo a deformar profundamente a construção 
do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com a vida, denomina-se monstruosidade 
(por exemplo, a agenesia - a não formação do encéfalo) 
 Fatores gerais de variação 
 Além das variações anatômicas ditas individuais, devem-se acrescentar aquelas decorrentes 
da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. 
 
 Nomenclatura anatômica 
 Como toda ciência, a anatomia tem sua linguagem própria. Ao conjunto de termos 
empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de 
Nomenclatura Anatômica. 
 A nomenclatura Anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre criticada e 
modificada, desde que haja razões suficientes para as modificações e que estas sejam aprovadas 
em Congressos Internacionais de Anatomia. A língua oficialmente adotada é o latim (por ser 
“língua morta”), porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. Foram abolidos os 
epônimos (nome de pessoas para designar coisas). Ao designar uma estrutura do organismo, a 
nomenclatura procura adotar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam 
também alguma informação ou descrições sobre a referida estrutura (como a forma, a sua posição, 
seu trajeto, sua função, etc.). 
 
 
 
 Divisão do corpo humano 
 O corpo humano é dividido em cabeça, pescoço, tronco e membros. 
 
Figura 1.1: Divisão do corpo humano. 
 
POSIÇÃO ANATÔMICA 
Para estudar e indicar as partes do corpo humano, toma-se como padrão ou modelo uma 
posição convencional, chamada posição anatômica para descrição do indivíduo. Segue abaixo a 
descrição da posição anatômica: 
Corpo ereto; Membros Superiores pendentes naturalmente, adjacentes ao corpo, de cada 
lado do tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente; Membros Inferiores estendidos, 
unidos, com os pés juntos e acolados e com as pontas dos dedos também dirigidos para diante; 
Olhar em direção ao horizonte. 
Esta posição é sempre utilizada como referência, podendo o indivíduo estar sentado, 
deitado em qualquer dos decúbitos para dissecação, necropsia, exame físico clínico, cirurgia, mas o 
observador deverá sempre descrevê-lo imaginando-o na posição anatômica. 
 
Posição Anatômica 
 
 
 
 
 
Corpo 
Humano 
-Cabeça 
-Pescoço 
-Tronco 
-Tórax 
-Abdome 
 Separados pelo músculo diafragma 
-Membros 
-Superiores 
(torácicos) 
-RaizOmbro 
-Parte livre 
-Braço 
-Antebraço 
-Mão (palma e dorso) 
-Inferiores 
(Pélvicos) -RaizQuadril 
 
-Parte livre 
-Coxa 
-Perna 
-Pé (planta e dorso) 
 
 
 
 
DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
O corpo humano pode ser dividido da seguinte maneira: 
 CABEÇA 
 PESCOÇO 
 TRONCO 
 MEMBROS 
Cada uma dessas partes apresenta-se subdividida da forma abaixo: 
- Cabeça 
Crânio 
Face 
- Tronco 
Tórax Abdome 
Pelve Dorso 
- Membros Superiores 
Porção Fixa (raiz): Ombro 
Porção Móvel: Braço, Antebraço e Mão 
- Membros Inferiores 
Porção Fixa (raiz): Quadril 
Porção Móvel: Coxa, Perna e Pé 
 Entre o braço e o antebraço, encontra-se a articulação do cotovelo; entre o antebraço e mão, 
encontra-se a articulação do punho. 
 Entre a coxa e a perna encontra-se o joelho; entre a perna e o pé encontra-se o tornozelo. 
Cada subdivisão apresenta ainda outras divisões e regiões de importância topográfica: 
- Cabeça 
Fronte (Região Frontal) 
Região Occipital (Occipúcio) 
Têmpora (Região Temporal) 
 
 
Região Mastoidea 
Orelha 
Região Zigomática 
Crânio 
Face: Olho, Bochecha, Nariz, Boca e Mento (Região Mentual) 
- Pescoço 
Região Cervical Posterior 
- Tronco 
Tórax: Peito (Região Peitoral), Região Mamária, Região Inframamária e 
Axila (Fossa axilar). 
Abdome: Região umbilical, Região Inguinal, Região Púbica. 
Dorso: Região Lombar, Região Sacral. 
- Membros SuperioresCíngulo do Membro Superior 
Região Cubital: Região Cubital Anterior (Fossa Cubital) 
Palma da Mão (Face Volar) 
Dorso da Mão 
Eminência Tênar e Hipotenar 
- Membros Inferiores: 
Cíngulo do Membro Inferior 
Região Glútea (Nádegas): Fenda Interglútea 
Região Poplítea 
Região Sural 
Planta do Pé 
Dorso do Pé 
Principais Partes e Regiões do Corpo Humano 
 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
 
 
 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
PLANOS ANATÔMICOS DE SECÇÃO 
Os planos anatômicos de secção são utilizados com o objetivo de cortar o corpo humano 
em partes ou metades, de modo a possibilitar o estudo de sua estrutura interna. Dentre eles, os 
mais importantes são: 
 Plano de Secção Sagital Mediano: divide o corpo humano em metades direita e esquerda. 
 Plano de Secção Sagital ou Sagital Paramediano: divide o corpo humano em partes direita e 
esquerda. 
 Plano de Secção Frontal ou Coronal: divide o corpo humano em partes anterior e posterior. 
 Plano de Secção Transversal: divide o corpo humano em partes superior e inferior. 
 
Planos de Secção 
 
 Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
ORGANIZAÇÃO DO CORPO 
Níveis Estruturais e Funcionais de Organização 
- Nível de Célula 
A célula é o componente estrutural e funcional básico da vida. Os humanos são 
organismos multicelulares compostos de 60 a 1000 trilhos de células. É no nível celular 
microscópico que tais funções vitais como o metabolismo, crescimento, irritabilidade (resposta a 
estímulos) reparo e replicação são executadas. 
As células são constituídas por átomos – partículas minúsculas que são ligadas entre si para 
formar estruturas maiores chamadas moléculas. Certas moléculas, por sua vez, são agrupadas em 
arranjos específicos para formar estruturas funcionais menores chamadas organelas. Cada organela 
realiza uma função específica dentro da célula. 
- Nível de Tecido 
Tecidos são camadas ou grupos de células semelhantes que executam uma função 
comum. O corpo inteiro está composto de apenas quatro tipos principais de tecido: epitelial, 
conjuntivo, nervoso e muscular. 
 
 
- Nível de Órgão 
Um órgão é um agregado de dois ou mais tipos de tecidos que executam uma função 
específica. Os órgãos localizam-se ao longo do corpo e variam grandemente em tamanho e 
função. Cada órgão geralmente tem um ou mais tecidos primários e vários tecidos secundários. 
No estômago, por exemplo, o tecido epitelial em seu interior é considerado o tecido primário 
porque as funções básicas de secreção e absorção acontecem dentro desta camada. Tecidos 
secundários do estômago são o tecido conjuntivo de sustentação e os tecidos vascular, nervoso e 
muscular. 
- Nível de Sistema 
Os sistemas do corpo constituem o próximo nível de organização estrutural. Um sistema 
do corpo consiste em vários órgãos que têm funções semelhantes ou inter-relacionadas. Exemplos 
de sistemas são o sistema circulatório, sistema nervoso, sistema digestório e sistema endócrino. 
Certos órgãos podem servir a dois sistemas. O pâncreas, por exemplo, faz parte dos sistemas 
endócrino e digestório; a faringe serve aos sistemas respiratório e digestório. 
 
Níveis Estruturais e Funcionais de Organização do Corpo Humano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003 
 
 
 
.Embora o corpo seja o resultado da integração de todos os sistemas, há alguns 
sistemas que, devido a relações mais íntimas no desenvolvimento, situação, função e devido a 
fatores didáticos, podem ser associados ou agrupados, caso em que recebem o nome de 
Aparelho. 
PRINCÍPIOS GERAIS DE CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO 
Pequenas diferenças, ainda que mínimas, são sempre notáveis entre os indivíduos. Não há 
dois indivíduos perfeitamente idênticos. 
Ao analisar a estrutura do corpo humano, reconhece-se que ela obedece: 
1 - Ao plano de organização dos vertebrados 
2 - A um plano de construção característico da espécie Homo sapiens 
3 - A um plano de constituição individual 
Como vertebrado, o ser humano tem o corpo com a construção geral que obedece aos 
princípios que se seguem: 
- Simetria Bilateral (Antimeria) 
O plano sagital mediano divide o corpo em metades semelhantes (não idênticas), que são 
denominadas antímeros direito e esquerdo. 
Do ponto de vista anatômico e fisiológico, não são perfeitamente idênticas, como o nome 
indicaria, pois não há exata correspondência entre as partes e órgãos dos antímeros direito e 
esquerdo. 
- Metameria 
O princípio da metameria é o do plano de construção de superposição longitudinal. Ele 
reconhece um tipo de estrutura que mostra segmentos semelhantes no corpo dispostos em série 
longitudinal, ou seja, superpostos no sentido súpero-inferior. 
A metameria pode ser bem demonstrada pela disposição das vértebras, a série de nervos 
espinhais ou mesmo pelas costelas. 
- Paquimeria 
O princípio da paquimeria ou da tubulação, pode ser definido como o plano básico de 
construção segundo o qual a porção axial (central) do corpo, é formada por tubos longitudinais 
ou súpero-inferiores. Um tubo é posterior, sendo largo na cabeça e estreito no tronco e o outro é 
anterior, estreito na cabeça e largo no tronco. O tubo posterior é o neural e o tubo anterior é o 
visceral. Eles correspondem ao paquímero posterior e ao paquímero anterior respectivamente. 
 
 
 
 
 
- Estratificação (Estratimeria) 
Este princípio refere-se a um tipo geral de construção do corpo e de suas partes, desde o 
nível macroscópico até o subcelular, segundo o qual as estruturas estão dispostas 
concentricamente em estratos, camadas, telas, túnicas. 
- Segmentação 
O princípio da segmentação ou da estrutura segmentar na construção do corpo humano é 
observado no tipo de subdivisão dos órgãos de acordo com a distribuição dos seus vasos, nervos e, 
quando houve, ductos, canais ou tubos relacionados com sua função. 
Em Anatomia e em Cirurgia, segmento é o território de um órgão que possua irrigação e 
drenagem sanguínea independentes, separado dos demais ou separável e removível 
cirurgicamente e que seja identificável morfologicamente. O segmento desempenha a mesma 
função do órgão ao qual pertence e embora seja reconhecível pela distribuição vascular 
sanguínea e, quando for o caso, pela distribuição de seus tubos, canais ou ductos, seus vasos 
linfáticos e nervos também se dispõem como satélites, acompanhando a angio-arquitetura 
segmentar. 
 
FATORES GERAIS E INDIVIDUAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA 
As variações em pormenores do plano geral de construção do corpo são características 
da espécie. Há também um plano constitucional que diferencia um indivíduo do outro. 
Essas pequenas modificações morfológicas não ocorrem ao acaso, eis que podem ser 
produzidas por fatores gerais e individuais. 
Fatores Gerais 
- Idade 
- Sexo 
- Raça 
- Biótipo 
 Há dois tipos extremos: longilíneo e brevelíneo. O longilíneo é alto e magro, com as 
extremidades ou membros predominando sobre o tronco. O indivíduo é mais desenvolvido 
longitudinalmente, como os jogadores de basquete. 
O brevelíneo é baixo e corpulento, com o tronco predominando sobre as extremidades. 
O indivíduo é mais desenvolvimento transversalmente, como os lutadores de sumô. 
Existem indivíduos mediolíneos, que são aqueles que apresentam características 
intermediárias às do longilíneo e do brevelíneo. 
 Ambiente 
Biorritmos 
Gravidade 
Esporte 
 
Trabalho 
 
Fatores Individuais 
Os fatores individuais são aqueles restritos a cada pessoa. Refletem as características 
individuais dos indivíduos.As variações individuais extremas podem ser usadas para identificação. A medicina legal, 
por exemplo, se beneficia das diferenças individuais nas impressões digitais e daquelas que podem 
ser observadas em radiografias, como das arcadas dentárias. 
 
CAVIDADES DO CORPO 
O corpo contém duas cavidades principais: a dorsal (posterior) e a ventral (anterior). Cada 
uma dessas cavidades é limitada por membranas e contém certa quantidade de fluido ao redor 
dos órgãos que se encontram dentro das mesmas. 
A cavidade dorsal tem duas subdivisões: a cavidade craniana, que aloja o encéfalo, e a 
cavidade espinhal (vertebral), que contém a medula espinhal. A cavidade espinhal comunica-se 
com a cavidade craniana através do forame magno, uma larga abertura na face inferior do osso 
occipital. 
A cavidade ventral também apresenta duas subdivisões. Elas são separadas pelo músculo 
diafragma em cavidade torácica, superior, e abdómino-pélvica, inferior. 
Cada uma dessas cavidades ainda é subdividida. A cavidade torácica é dividida em cavidade 
pericárdica, que se encontra ao redor do coração, e cavidades pleurais, direita e esquerda, onde 
se encontram os pulmões. 
A cavidade abdómino-pélvica é dividida, com propósitos descritivos, em cavidade 
abdominal, superior, e cavidade pélvica ou pelve verdadeira, inferior, por um plano imaginário, 
oblíquo, que passa através da margem superior da sínfise púbica, anteriormente, e pelo 
promontório sacral, posteriormente. 
A porção inferior da cavidade abdominal é limitada posteriormente pela porção alargada 
dos ossos do quadril, mas sua parede anterior é formada pela parede abdominal. Essa região 
expandida é chamada de falsa pelve. 
 
Cavidades do Corpo – Vistas Anterior e Lateral
 
17 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
 Os ossos são peças rijas, de número, coloração e forma variáveis. O estudo dos ossos 
inclui, no sentido mais amplo, o estudo do esqueleto. O esqueleto é o conjunto de ossos e 
cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar 
várias funções. Como funções importantes podemos apontar: proteção (para o coração, 
pulmões e sistema nervoso central), sustentação e conformação do corpo, local de 
armazenamento de íons Ca e P, sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos 
permitem os deslocamentos do corpo e produção de certas células sanguíneas. 
 Duzentos e seis ossos constituem o sistema esquelético, o qual fornece suporte e 
proteção aos demais sistemas do corpo e proporciona as fixações, nos ossos, nos músculos 
pelos quais o movimento é produzido. 
 
 Tipos de esqueletos 
 O esqueleto pode-se apresentar como: 
 - Esqueleto articulado: com todas as peças; 
 
18 
 
 - Esqueleto desarticulado: com os ossos isolados inteiramente uns aos outros; 
 
 Divisão do esqueleto 
 O esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções: 
 - Esqueleto axial: porção mediana, formando o eixo do corpo, e composta pelos ossos 
da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome). 
 - Esqueleto apendicular: são os osso que se unem ao esqueleto axial, por exemplo, os 
osso que formam os membros. 
 A união entre estas duas porções se faz por meio de cinturas: escapular (ou torácica, 
constituída pela escápula clavícula) e pélvica (constituída pelos ossos do quadril). 
 
 Número de ossos 
 No indivíduo adulto o número de ossos é de 206. Este número, todavia, varia, se 
levarmos em consideração os seguintes fatores: etários (nos adultos ocorrem sinastose-
soldadura dos ossos do crânio), individuais e critérios de contagem. 
 
 Classificação dos ossos 
 Há várias formas de classificar os ossos. Entretanto, a classificação mais difundida é 
aquela que leva em consideração a forma dos ossos (em relação ao comprimento, largura ou 
espessura). Assim, temos: 
- Osso longo: possui um comprimento consideravelmente maior que a largura e a 
espessura. Ex.: ossos do esqueleto apendicular (fêmur, rádio, ulna, falanges, tíbia). 
O osso longo apresenta duas extremidades, denominadas epífises e um corpo, a diáfise. 
Esta possui, no seu interior, uma cavidade- canal medular, que aloja a medula óssea. 
- Osso laminar: apresenta comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a 
espessura. Ex: Ossos do crânio, escápula, ossos do quadril. 
- Osso curto: Apresenta equivalência das três dimensões. Ex: ossos do carpo e ossos do 
tarso. 
 Existem ossos que não podem ser classificados em nenhum dos tipos descritos acima e 
são por esta razão e por características que lhe são peculiares, colocados dentro de uma das 
categorias seguintes: 
- Osso irregular: apresenta uma morfologia complexa que não encontra correspondência 
em formas geométricas conhecidas. Ex: vértebras, osso temporal. 
- Osso pneumático: apresenta uma ou mais cavidades (ou seios), de volume variável, 
revestidas de mucosas e contendo ar. Ex: ossos situados no crânio (frontal, temporal, 
maxilar, etmóide e esfenóide). 
- Osso sesamóides: desenvolvem-se na substância de certos tendões (osso intratendíneo) ou 
da cápsula fibrosa que envolve certas articulações (osso peri-articular). Ex: patela (osso 
intratendíneo). 
 
19 
 
OBS.: devido as suas peculiaridades morfológicas, há ossos que são em mais de um grupo. 
Ex: osso frontal é um osso laminar e pneumático; o maxilar é um osso irregular, mas também 
pneumático. 
 Tipos de substância óssea 
 O estudo microscópio do tecido ósseo distingue substância óssea compacta e a 
esponjosa. 
 Elementos descritivos da superfície dos ossos 
 Os ossos apresentam em sua superfície, depressões, saliências e aberturas que 
constituem os acidentes ósseos. As superfícies que se destinam á articulação com outras peças 
esqueléticas são ditas articulares (são lisas e revestidas de cartilagem hialina). 
 Periósteo 
 Membrana conjuntiva que reveste o osso, com exceção das superfícies articulares. 
 Nutrição 
 Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, 
irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. 
 
 Organização macroscópica 
 
Figura 2.1: Substância óssea compacta e esponjosa. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 Esqueleto axial 
 
Figura 2.2: Crânio em vista anterior. 
 
 
Figura 2.3: Crânio em vista lateral. 
 
 
21 
 
 
 Figura 2.4: Crânio em vista superior. 
 
 
Figura 2.5: Crânio em vista inferior 
 
 
22 
 
 
Figura 2.6: Costelas e esterno. 
 
 
Figura 2.7: Coluna vertebral. 
 
 
 
23 
 
 
Figura 2.8: coluna vertebral. 
 
 
 
Figura 2.9: Sacro 
 
 
 
24 
 
 
Figura 2.10: Vértebras cervicais, atlas e axis. 
 
 
 
Figura 2.11: Vértebra cervical 
 
OBS.: Características das vértebras cervicais: processo espinhoso bifurcado, forame transverso 
por onde passa a artéria vertebral e veias vertebrais e plexo simpático, exceto na 7ª vértebra 
cervical, corpo pequeno e forame vertebral triangular. 
 
 
25 
 
 
Figura 2.12: Vértebras torácicas. 
 
OBS.: Características das vértebras torácicas: corpo médio, forame vertebral circular, processo 
espinhoso alongado (pontiagudo), presença de faceta costal ou fóvea costal onde as costelas 
articulam-se. 
 
Figura 2.13: Vértebras lombares. 
 
OBS.: Características das vértebras lombares: processo espinhoso curto e quadriláteros, corpo 
grande e forame vertebral triangular. 
 
 
 
26 
 
 
 Esqueleto apendicular - membros superiores. 
 
 
Figura 2.14: Clavícula 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Figura 2.15: Escápulaem vista anterior 
 
 
 
Figura 2.16: Escápula em vista posterior e lateral. 
 
 
Figura 2.17: Úmero em vista anterior e posterior. 
 
28 
 
 
 
Figura 2.18: Rádio em vista anterior e medial. 
 
 
Figura 2.19: Ulna em vista lateral e anterior. 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.20: Esqueleto da mão (ossos do carpo e metacarpo). 
 
 
 
30 
 
 Esqueleto apendicular - membros inferiores. 
 
 
Figura 2.21: Ossos do quadril. 
 
 
31 
 
 
 
Figura 2.22: Ossos do quadril. 
 
32 
 
 
 
Figura 2.23: Fêmur em vista anterior e posterior. 
 
33 
 
 
Figura 2.24: Patela (osso sesamóide) 
 
 
Figura 2.25: Tíbia em vista anterior e posterior. 
 
 
34 
 
 
 Figura 2.26: Fíbula em vista anterior e posterior. 
 
 
 
Figura 2.27: Esqueleto do pé (ossos do tarso e metatarso). 
 
 
 
35 
 
 
JUNTURAS 
 
Juntura ou articulação é a conexão existente entre quaisquer partes rígidas do 
esqueleto, quer sejam ossos ou cartilagens. Possibilitam movimentos em numerosas partes do 
esqueleto. Algumas fazem união imóvel, mas a maioria permite flexibilidade. 
 
 Classificação das junturas 
 O critério utilizado para a classificação das junturas é a natureza do elemento que se 
interpõe ás peças que se articulam, podendo ser classificadas como fibrosas, cartilaginosas 
e sinoviais. 
 
a) Junturas Fibrosas 
O elemento que se interpõe ás peças que se articulam é o tecido conjuntivo fibroso, e a 
maioria delas se apresentam no crânio. É evidente que a mobilidade nestas junturas é 
extremamente reduzida, embora o tecido conjuntivo interposto confira uma certa 
elasticidade. Há três tipos de junturas fibrosas: 
 Suturas 
 São encontradas entre os ossos do crânio. 
 
Figura 3.1: Suturas no crânio de recém-nascido. 
 
A maneira pela qual as bordas dos ossos articulados entram em contato é variável, 
reconhecendo-se: 
 - Sutura plana: União linear retilínea. Ex.: entre o parietal e o temporal. 
 - Sutura escamosa: União em bisel. Ex.: entre o parietal e o temporal. 
 - Sutura serreadas: União em linha denteada. Ex.: entre os parietais. 
 
 
36 
 
No crânio do feto e recém- nascido, onde a ossificação ainda é incompleta, a 
quantidade de tecido conjuntivo fibroso interposto é muito maior. Há alguns pontos onde a 
separação dos ossos é ainda maior pela presença de maior quantidade de tecido conjuntivo 
fibroso. Estes são pontos fracos na estrutura do crânio, denominadas fontanelas ou fontículos e 
vulgarmente chamados de “moleiras”. 
 Na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido interposto (sinostose), fazendo 
com que as suturas, pouco a pouco, desapareçam. 
 Sindesmose 
 Não ocorre entre os ossos do crânio, e só registra um exemplo: sindesmose tíbio-fibular 
distal. 
 Gonfose 
 Une a raiz do dente ao seu respectivo alvéolo, preenchendo o espaço entre ambos. 
 
b) Junturas Cartilaginosas 
 O tecido que se interpõe é cartilaginoso e a mobilidade é reduzida. Quando se trata de 
cartilagem hialina, temos a sincondrose; nas sínfises a cartilagem é fibrosa. Então, temos: 
 Sincondrose (cartilagem hialina). Ex: sincondrose esfeno-occipital. 
 Sínfise (cartilagem fibrosa). Ex: sínfise púbica e o disco intervertebral (entre os corpos 
das vértebras). 
 
c) Junturas Sinoviais 
 O elemento que se interpõe ás peças que se articulam é um liquido denominado 
sinóvia ou líquido sinovial. Este tipo de articulação permite um grau desejável de 
movimentação. 
 Os meios de união entre as peças esqueléticas articuladas não prendem nas superfícies 
de articulação, como ocorre nas junturas fibrosas e cartilaginosas. Nas junturas sinoviais o 
principal meio de união é representada pela cápsula articular (manguito), que envolve a 
articulação prendendo-se nos ossos que se articulam. 
 São características das junturas sinoviais a cápsula articular, cavidade articular e líquido 
sinovial. 
 
 Superfícies articulares e seu revestimento 
 Superfícies articulares são aquelas que entram em contato numa determinada juntura. 
Estas superfícies são revestidas em toda sua extensão de cartilagem hialina (cartilagem 
articular). 
 
 Cápsula articular 
 Membrana conjuntiva que envolve a juntura sinovial como um manguito. Apresenta-se 
com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A 
primeira é mais resistente e pode estar reforçada por ligamentos capsulares, destinados a 
aumentar sua resistência. Em muitas junturas sinoviais existem ligamentos independentes 
 
37 
 
da cápsula articular denominados extra-capsulares ou acessórios, e no joelho, aparecem 
também ligamentos intra-articulares. A membrana sinovial é vascularizada e inervada, 
sendo encarregada da produção do liquido sinovial. 
 
 Discos e meniscos 
 Em várias junturas sinoviais, interposto ás superfícies articulares, encontram-se formações 
fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-articulares. Possuem funções discutidas: 
serviriam á melhor adaptação das superfícies que se articulam ou seriam estruturas 
destinadas a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. 
 Principais movimentos realizados pelo segmento do corpo 
 O movimento em uma articulação faz-se, obrigatoriamente, em torno de um eixo, 
denominado de eixo de movimento. A direção destes eixos é antero-posterior (ventral-
dorsal), latero-lateral e longitudinal (crânio-caudal). A direção do eixo de movimento é 
sempre perpendicular ao plano no qual se realiza o movimento em questão. Assim, todo 
movimento é realizado em um plano determinado e o seu eixo de movimento é 
perpendicular aquele plano. Os principais movimentos são: 
 - Movimentos angulares: nestes movimentos há uma diminuição (flexão) ou aumento 
(extensão) do ângulo existente entre o segmento que se desloca e aquele que permanece 
fixo. Os movimentos de flexão e extensão ocorrem em plano sagital e, portanto, o eixo de 
movimento é latero-lateral. 
 - Adução e abdução: são movimentos nos quais o segmento é deslocado em direção 
ao plano mediano ou em direção oposta, isto é, afastando- se dele. Os movimentos de 
adução e abdução desenvolve-se no plano frontal e seu eixo de movimento é antero-
posterior. 
 - Rotação: é o movimento em que o segmento gira em torno de um eixo longitudinal 
(vertical). Assim, nos membros, pode-se reconhecer uma rotação medial e uma rotação 
lateral. A rotação é feita em plano e o eixo de movimento é longitudinal. 
 - Circundação: em alguns segmentos do corpo, especialmente nos membros, o 
movimento combinatório que inclui a adução, extensão, abdução e flexão resultam na 
Circundação. 
 Classificação funcional das junturas sinoviais 
 O movimento das articulações depende, essencialmente, da forma das superfícies que 
entram em contato e dos meios de união que podem limita-lo. As articulações podem 
realizar movimentos em torno de um, dois ou três eixos. 
 
 Assim temos: 
 - Mono-axial: realiza movimentos apenas em torno de um eixo ou que possui um grau 
de liberdade. 
 - Bi-axial: realiza movimentos em torno de dois eixos (dois graus de liberdade). 
 - Tri-axial: realiza movimentos em torno de três eixos (três graus de liberdade). 
 
38 
 
 Articulações que só permitem flexão e extensão, adução e abdução, como a rádio-
cárpica (articulação do punho), são bi-axiais. Aquelas que realizam além da flexão, 
extensão, adução e abdução, também a rotação, são ditas tri-axiais, como as articulações 
do ombro e do quadril. 
 
 Classificação morfológica das junturas sinoviais 
 O critério de base para a classificaçãomorfológica das junturas sinoviais é a forma das 
superfícies articulares (“encaixe ósseo). Assim, temos: 
 - Plana: as superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas, permitindo 
deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção. O deslizamento 
existente nas articulações planas é discreto. Ex: articulação sacro-ilíaca, entre os ossos curtos 
do carpo, tarso e entre os corpos das vértebras. 
 - Gínglimo: este tipo de articulação é também denominado de dobradiça (devido ao 
movimento de flexão e extensão que ela realiza). Realizando apenas flexão e extensão, as 
junturas sinoviais do tipo gínglimo são mono-axiais. Ex: articulação do cotovelo e entre as 
falanges. 
 
 - Trocóide: neste tipo as superfícies articulares são segmentos de cilindros. Essas junturas 
permitem rotação e seu eixo de movimento é único, é vertical sendo portanto, mono-axial. 
Ex: articulação rádio-ulnar proximal responsáveis pelos movimentos de pronação e 
supinação do antebraço. 
 - Condilar: as superfícies articulares são de forma elíptica. Estas junturas permitem flexão, 
extensão, abdução e adução, mas não rotação. Possuem dois eixos de movimento, sendo 
portanto bi-axiais. Ex: articulação rádio-cárpica (ou do punho), articulação 
temporomandibular (entro o osso temporal e a mandíbula). 
 - Em sela: nesse tipo de articulação a superfície articular de uma peça esquelética tem a 
forma de sela, apresentando concavidade num sentido e convexidade em outro e se 
encaixa numa segunda peça onde convexidade e concavidade apresentam-se no sentido 
inverso da primeira. Esta articulação permite flexão, extensão, abdução e adução 
(consequentemente também circundação), mas é classificada como bi-axial. O fato é 
justificado porque a rotação isolada não pode ser realizada pelo polegar (só é possível com 
a combinação dos outros movimentos). Ex: articulação carpo-metacárpica do polegar. 
 - Esferóide: apresentam superfícies articulares que são segmentos de esferas e se 
encaixam em receptáculos ocos. Este tipo de juntura permite movimentos em torno de três 
eixos de movimento, sendo portanto, tri-axial (permitem movimentos de flexão, extensão, 
abdução e circundação). Ex: articulação do ombro e do quadril. 
 
 Junturas sinoviais simples e composta 
 - Simples: quando apenas dois ossos entram em contato numa juntura sinovial. Ex: 
articulação do ombro. 
 
39 
 
 - Composta: quando três ou mais ossos participam da juntura sinovial. Ex: articulação do 
cotovelo (úmero, rádio e ulna). 
 
 
 
Figura 3.2: Corte frontal de uma juntura sinovial. 
 
40 
 
 
Figura 3.3:Cápsula articular da articulação do quadril. 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.4: Articulação esterno clavicular, com um corte feito 
para evidenciar o disco intra-articular. 
 
 
 
 
41 
 
Figura 3.5: Articulação 
do joelho, vista posteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
Figura 3.6: Corte frontal da articulação do ombro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
SISTEMA MUSCULAR 
 
As células musculares são especializadas em contração e relaxamento. Estas células 
grupam-se em feixes para formar massas macroscópicas denominadas músculos, os quais se 
acham fixados pelas suas extremidades. Assim, músculos são estruturas que movem os 
seguimentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas extremidades 
fixadas, ou seja, por contração. Miologia os estuda. Os músculos são os elementos ativos do 
movimento, sendo os ossos os elementos passivos do movimento (alavancas biológicas). A 
musculatura não só torna possível o movimento humano como também mantêm unidas as 
peças ósseas determinando a posição e a postura do esqueleto. 
 
 Variedade de músculos 
A célula muscular está geralmente sob controle do sistema nervoso. Cada músculo 
possui seu nervo motor, o qual se divide em muitos ramos para controlar todas as células do 
músculo, a divisão mais delicada destes ramos, termina num mecanismo especializado 
conhecido como placa motora. Quando um impulso nervoso passa através do nervo, a placa 
motora transmite o impulso à células musculares determinando a sua contração. Se o impulso 
de contração resulta num to de vontade, diz-se que o músculo é voluntário (músculo estriado 
esquelético). Se o impulso de contração parte de uma porção do sistema nervoso sobre o qual 
o indivíduo não tem controle consciente, diz-se que o músculo é involuntário (músculo liso e 
estriado cardíaco). 
 
Figura 4.1: m. liso (involuntário) Figura 4.2: m. estriado esquelético (voluntário) 
 
Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos 
 Um músculo esquelético típico possui uma porção me dia e extremidades. A porção 
média recebe o nome de ventre muscular, sendo esta a parte ativa do músculo (parte contrátil). 
Quando as extremidades são cilindroides ou em forma de fita, são chamadas de tendões; 
quando são laminares recebem o nome de aponeuroses. 
 
45 
 
 
Figura 4.3: Ventre muscular; tendão Figura 4.4: Ventre muscular; aponeurose 
 
OBS.: Os tendões ou aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto, podendo fazê-lo em 
outros elementos: cartilagem, cápsulas articulares, septos intermusculares, derme, tendão de 
outro músculo. Em um grande número de músculos, as fibras dos tendões têm dimensões tão 
reduzidas que se tem a impressão de que o ventre muscular se prende diretamente ao osso; 
em poucos músculos, parecem interpostos a ventres de um mesmo músculo, e esses tendões 
não servem para a fixação do esqueleto. 
 Fáscia muscular 
 É uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. Par que o músculo 
possa exercer eficientemente o trabalho de tração é necessário que ele esteja dentro de uma 
bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia muscular. Outra função 
desempenhada pela fáscia é permitir o deslizamento dos músculos entre si. 
 
 Origem e inserção 
 Por razões didáticas convencionou chamar de origem a extremidade do músculo presa 
à peça óssea que não se desloca. Por contraposição, denomina-se inserção a extremidade 
muscular presa à peça óssea que se desloca. Origem e inserção são também denominadas de 
ponto fixo e ponto móvel. 
 Classificação dos músculos 
 
 Quanto à forma do músculo e arranjo de suas fibras: 
 A função do músculo condiciona sua forma e o arranjo de suas fibras. De um 
modo geral e amplo, os músculos têm as fibras dispostas paralelas ou oblíquas à direção 
da tração exercida pelo músculo. 
 
 Disposição paralela das fibras 
 Pode ser encontrado em músculos onde predomina o comprimento - músculo 
longo (ex: m. esternocleidomastóideo), quanto em músculos nos quais largura e 
comprimento se equivalem – músculos largos (ex: m. glúteo máximo). Nos músculos 
 
46 
 
longos é comum notar-se uma convergência das fibras musculares em direção aos 
tendões de origem e inserção, de tal modo que na parte média o músculo tem maior 
diâmetro que nas extremidades e por seu aspecto característico é denominado 
fusiforme (ex: bíceps braquial). Nos músculos largos, as fibras podem convergir para um 
tendão em uma das extremidades, tomando um aspecto de leque (ex: m. peitoral 
maior). 
 
 Disposição oblíqua das fibras 
 Músculos cujas fibras são obliquas em relação aos tendões são denominados 
peniformes. Se os feixes muscularesse prendem numa só borda do tendão falamos em 
músculo unipenado (ex.: m. extensor longo dos dedos do pé); se os feixes se prendem 
nas duas bordas do tendão, será bipenado (ex.: m. reto da coxa). 
 Quanto à origem 
Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se que 
apresentam mais de uma cabeça de origem. São então classificados como músculos 
bíceps, tríceps, quadríceps, conforme apresentam 2, 3 ou 4 cabeças de origem. 
 
 Quanto à inserção 
Do mesmo modo os músculos podem se inserir por mais de um tendão. 
Quando há dois tendões são bicaudados; três ou mais, policaudados (ex.: m. flexor 
longo dos dedos do pé). 
 
 Quanto ao ventre muscular 
 
Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões 
intermediários situados entre eles, são digástricos os músculos que apresentam dois 
ventres (ex.: m. digástrico) e poligástrico o músculo que apresenta número maior (ex.: m. 
reto do abdome). 
 
 Quanto à ação 
 
Dependendo da ação principal resultante da contração, o músculo pode ser 
classificado como flexor, extensor, abdutor, adutor, rotador medial, rotador lateral, 
supinador e pronador. 
 
 
 Classificação funcional dos músculos 
Quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento ele é um 
agonista. Quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, ele é denominado 
antagonista. Quando algum músculo atua no sentido de eliminar algum movimento 
indesejado ele é dito sinergista. 
 
47 
 
 
 
Figura 4.5: m. longo esternocleidomastóideo Figura 4.6: m. largo glúteo 
máximo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.7:m. bipenado reto da coxa Figura 4.8:m. bíceps braquial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 4.9: m. poligástrico (reto do abdome) 
 
 
48 
 
Tabela 4.1: Classificação dos músculos. 
 
 
 
 
49 
 
 
PRINCIPAIS MÚSCULOS 
 
REGIÃO LATERAL DO PESCOÇO 
 
ESTERNOCLEIDOMASTOÍDEO 
 
 
 
 
 
 
Origem: manúbrio do esterno e terço medial da 
clavícula. 
Inserção: processo mastóide. 
Ação: flexão lateral e rotação da cabeça. 
Inervação: motor: nervo acessório. 
 Sensorial: plexo cervical. 
Irrigação: artéria occipital e artéria tireóidea superior. 
 
 
MEMBRO SUPERIOR 
 
PEITORAL MAIOR 
 
Origem: metade medial da clavícula, esterno e seis 
primeiras cartilagens costais, aponeurose do m. 
oblíquo externo do abdome. 
Inserção: crista do tubérculo maior do úmero. 
Ação: adução e flexão do braço. 
Inervação: recebe inervação do plexo braquial 
Irrigação: ramos das artérias torácica interna e 
toracoacromial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
PEITORAL MENOR 
 
Origem: da 2ª à 5ª costela, próximo à união da cartilagem costal com a costela. 
Inserção: borda medial do processo coracóide. 
Ação: estabiliza a escápula. 
Inervação: n. peitoral medial. 
Irrigação: ramos da artéria axilar. 
 
 
 
 
 
 
DELTÓIDE 
 
 
Origem: espinha da escápula, acrômio e terço lateral da 
clavícula. 
Inserção: espinha da escápula, acrômio e terço lateral da 
clavícula. 
Ação: flexão, abdução e extensão do braço. 
Inervação: n. axilar. 
Irrigação: artéria circunflexa posterior do úmero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
MANGUITO ROTADOR 
Este grupamento muscular é composto pelos músculos: supra-espinhal, infra-espinhal, redondo 
menor e subescapular. 
 
 
 
 
 
 SUPRA- ESPINHAL 
 
Origem: fossa supraspinhal da escápula. 
Inserção: tubérculo maior do úmero. 
Ação: abdução do braço, e estabiliza o úmero. 
Inervação: n. supraescapular. 
Irrigação: artéria supraescapular. 
 
 
 INFRA- ESPINHAL 
 
Origem: fossa infraspinhal da escápula. 
Inserção: tubérculo maior do úmero. 
Ação: rotação lateral do braço, adução dele, e estabiliza o úmero. 
Inervação: n. supraescapular. 
Irrigação: artéria supraescapular e artéria circunflexa escapular. 
 
 
 REDONDO MENOR 
 
Origem:borda lateral da escápula (2/3 superiores). 
 
52 
 
Inserção: tubérculo maior do úmero. 
Ação: rotação lateral do braço, adução dele, e estabiliza o úmero. 
Inervação: n. axilar. 
Irrigação: artéria supraescapular e escapular dorsal, ramos da artéria subclávia. 
 
 
 SUBESCAPULAR 
 
Origem: face costal da escápula. 
Inserção: tubérculo menor do úmero. 
Ação: rotação medial do úmero; estabiliza o ombro. 
Inervação: n.subescapulares superior e inferior. 
Irrigação: artéria subescapular. 
 
 
MÚSCULO REDONDO MAIOR 
 
Origem:borda lateral da escápula (1/3 inferior). 
Inserção: crista do tubérculo menor do úmero. 
Ação: rotação medial do braço. 
Inervação: n.subescapulares e inferiores (de c5 e c6). 
Irrigação: artéria subescapular. 
ANTERIORES DO BRAÇO 
 
 
 
53 
 
BÍCEPS BRAQUIAL 
 
 
 
Origem: porção longa - tubérculo supra glenoidal. 
 porção curta - processo coracóide da escápula. 
Inserção: tuberosidade do rádio e, através da aponeurose do bíceps na fáscia do antebraço. 
Ação: flexiona a articulação do cotovelo e supina o antebraço. 
Inervação: nervo musculocutâneo (C5 -C7). 
Irrigação: recebe ramos arteriais da artéria braquial. 
BRAQUIAL 
 
 
Origem: 2/3 distais da face anterior do úmero. 
Inserção: tuberosidade da ulna. 
Ação: flexão do antebraço. 
Inervação: n. musculocutâneo. 
Irrigação: artéria braquial. 
 
54 
 
POSTERIORES DO BRAÇO 
 
MÚSCULO TRÍCEPS BRAQUIAL 
 
 
Origem: porção longa: tubérculo infraglenoidal da escápula. 
 porção lateral:face posterior do úmero acima do sulco para o n. radial. 
 porção medial:face posterior do úmero abaixo do sulco para o n. radial 
Inserção: face posterior do olecrano da ulna. 
Ação: extensão do antebraço. 
Inervação: n.radial do plexo braquial. 
Irrigação: artéria braquial profunda. 
 
 
LATERAIS DO ANTEBRAÇO 
 
MÚSCULO BRAQUIORADIAL 
 
 
 
 
 
Origem: crista supracondilar lateral do úmero. 
Inserção: face lateral do rádio logo acima do processo estilóide. 
Ação: flexão do antebraço. 
Inervação: n. radial. 
Irrigação: artéria recorrente radial. 
 
55 
 
 
 
MÚSCULO DO DORSO 
 
 
TRAPÉZIO 
 
Origem: linha nucal superior, protuberância occipital externa, ligamento nucal, processos 
espinhosos de todas as vértebras torácicas. 
Inserção: terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula. 
Ação: eleva, abaixa e retrai a escápula. 
Inervação: ramos do nervo acessório e do plexo cervical. 
Irrigação: ramos da artéria cervical transversa. 
 
 
 
ROMBÓIDE MENOR 
Origem: ligamentos nucais e processos espinhosos das 
vértebras cervical à 1ª torácica. 
Inserção:borda medial da escápula, parte superior à da 
inserção do músculo rombóide maior. 
Ação: retrai a escápula, a fixa junto à parede torácica, e 
inclina seu ângulo lateral para baixo. 
Inervação: n. escapular dorsal. 
Irrigação: artéria escapular dorsal. 
 
 
 
 
56 
 
 
 
 
 
 
Músculos conectando a extremidade superior à coluna vertebral. (O Rombóide menor é visível 
na parte central superior direita, perto do ombro). 
 
 
 
ROMBÓIDE MAIOR 
 
Origem: processos espinhosos da T2 até T5. 
Inserção:borda medial da escápula (da raiz da escápula até o ângulo inferior).Ação: retração e elevação da escápula. 
Inervação: n. escapular dorsal e ramos do plexo braquial. 
 
 
SERRÁTIL ANTERIOR 
 
 
 
 
 
Origem: 9 
primeiras 
costelas. 
Inserção: borda medial da escápula. 
Ação: protrai e estabiliza a escápula, auxilia na 
inspiração elevando as costelas. 
Inervação: pelo nervo torácico longo. 
Irrigação: torácica lateral, subescapular e dorsal da 
escapula. 
 
 
 
 
 
57 
 
GRANDE DORSAL 
 
 
 
Origem: processo espinhosos das 6 últimas vértebras 
torácicas, crista ilíaca e fáscia tóracolombar. 
Inserção:crista do tubérculo menor e assoalho do sulco 
intertubercular. 
Ação: extensão, adução e rotação medial do braço. 
Inervação: n. toracodorsal do plexo braquial. 
 
 
 
 
 
 
 
MÚSCULOS DO ABDOMEM 
 
 
 
 
 
RETO DO ABDOME 
 
Origem: cartilagem costal das costelas V e VII, processo xifóide do esterno. 
Inserção: púbis. 
 
58 
 
Ação: Ao contrair-se, flexiona o tórax ou levanta a pelve ao mesmo tempo que comprime as 
vísceras abdominais, desempenhando importante função na defecação e no parto. 
Precisamente esta ação de compressão abdominal o faz intervir na expiração, já que empurra o 
diafragma para cima e diminui o volume da caixa torácica. 
Inervação: recebe inervação dos nervos toracoabdominais. 
Irrigação: artérias epigástricas e torácica interna. 
 
 
OBLÍQUO EXTERNO 
 
Origem: face externa das 7 últimas costelas 
Inserção: ½ anterior da crista ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba. 
Ação: Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o lado oposto 
 Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal 
Inervação: ramos toracoabdominais de V a XII. 
Irrigação: artérias intercostais e lombares. 
 
 
OBLÍQUO INTERNO 
 
Origem: 3 últimas cartilagens costais, crista do púbis e linha alba. 
Inserção: Crista ilíaca, EIAS e ligamento inguinal. 
Ação: idem ao Oblíquo Externo, porém realiza rotação do tórax para o mesmo lado. 
Inervação: nervos toracoabdominais. 
Irrigação: artérias lombares, epigástricas, intercostais e circunflexa ilíaca. 
 
 
TRANSVERSO DO ABDOME 
 
Origem: face interna das 6 últimas cartilagens costais, fáscia toracolombar dos processos 
transversos das vértebras lombares, lábio externo da crista ilíaca e ligamento inguinal. 
Inserção: linha Alba nos três quartos superiores. 
Ação: aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da coluna lombar. 
Inervação: 5 últimos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal. 
Irrigação: ramos das artérias torácicas interna e circunflexa. 
 
 
MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR 
Os músculos do membro inferior podem ser divididos em músculos do quadril, músculos da 
região glútea, músculos da coxa, músculos da perna e músculos do pé. 
 
 
 
59 
 
MÚSCULOS DO QUADRIL 
 
 Ilíaco 
É um músculo plano e triangular que está situado na fossa ilíaca e é recoberto parcialmente 
pelo m. psoas. 
 
Origem: fossa ilíaca e espinha ilíaca ântero-inferior. 
Inserção: trocanter menor e linha áspera. 
Ação: flexão do quadril. 
Inervação: ramos musculares do plexo lombar. 
 
 
 Psoas 
É um músculo volumoso e fusiforme. Está situado ao lado da coluna lombar, na face posterior 
da cavidade abdominal. É composto por duas porções que também podem ser consideradas 
como músculos individuais. A maior porção dá-se o nome de psoas maior e à menor de psoas 
menor, está porção menor geralmente esta ausente. 
 
Origem: corpos vertebrais de T12 á L4 e processos costais de L1 á L4. 
Inserção: trocanter menor. 
Ação: flexão e extensão da coluna lombar; flexão e rotação do quadril. 
Inervação: ramos musculares do plexo lombar. 
Irrigação: o psoas maior é irrigado pelas artérias lombares, iliolombares, ilíaca externa e femoral. 
 
 
MÚSCULOS DA COXA 
 
Quadríceps femoral 
Localizado na face anterior da coxa, este músculo envolve quase que por completo o fêmur. É 
composto por quatro músculos que recebem nomes distintos, pois tem origens diferentes, mas 
possuem uma única inserção comum. São eles: 
 
 M. Reto Femoral: 
É o maior em comprimento. Está situado no meio da coxa e é um músculo bipenado. 
 
Origem: espinha ilíaca-ântero inferior. 
Inserção: tuberosidade da tíbia. 
Ação: flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do joelho. 
Inervação: N. femoral. 
Irrigação: artéria do quadríceps, ramo da artéria femoral. 
 
 
60 
 
 M. Vasto Medial: 
É uma lâmina plana e grossa que esta situada na face medial da coxa, se confunde com vasto 
intermédio na sua porção anterior. 
 
Origem: lábio medial da linha áspera. 
Inserção: tuberosidade da tíbia. 
Ação: flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do joelho. 
Inervação: N. femoral. 
Irrigação: artéria femoral. 
 
 M. Vasto Lateral: 
É o maior músculo do quadríceps. Recobre quase que toda a face antero-lateral da coxa. 
 
Origem: lábio lateral da linha áspera e trocanter maior. 
Inserção: tuberosidade da tíbia. 
Ação: flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do joelho. 
Inervação: N. femoral. 
Irrigação: artéria do quadríceps e da circunflexa femoral lateral. 
 
 M. Vasto Intermédio: 
Está recoberto pelo músculo reto femoral. É um músculo plano que forma a parte mais 
profunda do músculo quadríceps. 
Origem: face anterior do fêmur. 
Inserção: tuberosidade da tíbia. 
Ação: flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do joelho. 
Inervação: N. femoral. 
Irrigação: ramos da artéria do quadríceps femoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
Músculos da Coxa e Quadril 
 
 Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
 
 
SARTÓRIO 
É o músculo mais longo do corpo humano. É delgado e plano e esta situado anteriormente ao 
músculo quadríceps, cruzando a face anterior da coxa. Também é conhecido como 
músculo do costureiro, pelo movimento típico dos alfaiates que ele proporciona. 
 
Origem: espinha ilíaca antero-superior. 
Inserção: tuberosidade da tíbia, formando a pata de ganso. 
Ação: flexão, rotação lateral e abdução do quadril, flexão e rotação medial do joelho. 
Inervação: N. femoral. 
TENSOR DA FÁSCIA LATA 
É um músculo largo e plano, carnoso em sua face externa e tendinoso na sua face interna. Está 
situado na face lateral da coxa e do quadril. 
 
62 
 
 
Origem: espinha ilíaca antero-superior. 
Inserção: extremidade lateral da tíbia, abaixo do côndilo lateral através do trato íliotibial. 
Ação: flexão, abdução e rotação medial do quadril e estabilização do joelho. 
Inervação: N. glúteo superior. 
COXA- Vista Lateral 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
A Fáscia Lata e o Trato Íliotibial 
A fáscia lata recobre toda a coxa e recebe esse nome pela sua ampla extensão. Proximalmente, 
na face anterior da coxa, ela é a continuação das fáscias abdominais externa e toracolombar, 
nessa região ela se insere no osso do quadril e no ligamento inguinal. Na região posterior da 
parte proximal ela se continua à aponeurose glútea. Distalmente continua-se com a fáscia da 
perna, tendo limites imprecisos. Medialmente reveste a musculatura adutora e essa é sua 
porção mais delgada e não aponeurótica. Na porção lateral ela se insere na crista ilíaca e 
próximo ao trocanter maior do fêmur adquire um aspecto tendíneo chamado de trato iliotibial, 
que corre por toda a face lateralda coxa, sobre o músculo vasto lateral para se inserir na tíbia. 
 
 
 
63 
 
GRÁCIL 
É o músculo mais superficial da face medial da coxa. É fino e plano, em forma de cinta, 
considerado um potente músculo adutor. 
 
Origem: sínfise púbica. 
Inserção: extremidade proximal da tíbia, formando a pata de ganso. 
Ação: adução, flexão e rotação lateral do quadril; flexão e rotação medial do joelho. 
Inervação: N. obturatório. 
 
 
PECTÍNEO 
É quadrangular curto e achatado. Está situado entre o músculo iliopsoas e músculo adutor 
longo. 
 
Origem: linha pectínea do púbis. 
Inserção: linha pectínea do fêmur. 
Ação: flexão, adução e rotação lateral do quadril. 
Inervação: N. femoral e obturatório. 
Irrigação: compartilha a irrigação com os músculos adutores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
Coxa após remoção dos Músculos do Quadril 
 
 Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
 
 
ADUTOR CURTO 
Tem formato triangular e é bastante grosso. Está situado medialmente ao m. pectíneo e 
lateralmente ao m. adutor magno. 
 
Origem: ramo inferior do púbis. 
Inserção: lábio medial da linha áspera. 
Ação: adução, flexão e rotação lateral da coxa. 
Inervação: N. obturatório. 
 
ADUTOR LONGO 
É o músculo mais superficial do grupo dos adutores. É triangular, plano e robusto. Fica situado 
entre o m. pectíneo e o m. grácil. 
 
 
65 
 
Origem: púbis. 
Inserção: lábio medial da linha áspera. 
Ação: adução, flexão e rotação lateral da coxa. 
Inervação: N. obturatório. 
Irrigação: artéria circunflexa femoral medial, ramo da femoral profunda e pela artéria femoral. 
 
 
ADUTOR MAGNO 
É um amplo músculo triangular que se estende por toda a região medial da coxa. Possui uma 
grande porção muscular e uma aponeurótica que se insere quase que em toda a extensão do 
lábio medial da linha áspera do fêmur. Essa porção aponeurótica possui um hiato por onde os 
vasos femorais (artéria e veia femoral) ganham a fossa poplítea. Esse hiato recebe o nome de 
hiato dos adutores. 
 
Origem: ramo inferior do púbis e na tuberosidade isquiática. 
Inserção: lábio medial da linha áspera. 
Ação: adução, flexão e rotação lateral. 
Inervação: N. obturatório. 
Irrigação: artéria dos adutores e das artérias obturatória, femoral, circunflexa femoral medial e 
poplítea. 
 
MÚSCULOS ADUTORES - Visão anterior da Coxa 
 
Fonte: 
NETTER, 
Frank H.. 
Atlas de 
Anatomia 
Humana. 2 
ed. Porto 
Alegre: 
Artmed, 
2000. 
 
 
 
 
 
 
66 
 
MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA 
 
Glúteo máximo 
É um músculo plano, quadrangular e muito robusto. É o mais volumoso e o mais potente dessa 
região. É responsável pela manutenção da postura ereta. 
 
 
 
 
Origem: no ílio, posteriormente, à linha glútea posterior, face 
posterior do sacro e ligamento sacro tuberal. 
Inserção: tuberosidade glútea. 
Ação: extensão, rotação lateral e abdução no quadril e auxilia na 
extensão do joelho. 
Inervação: N. glúteo inferior (plexo sacral). 
Irrigação: artérias glútea, isquiática, primeira perfurante e circunflexa 
posterior. 
 
 
 
 
 
GLÚTEO MÉDIO 
É plano e triangular, está situado abaixo do glúteo máximo. Possui radiações que convergem 
para formar um forte tendão que o insere no trocanter maior do fêmur. 
 
 
 
 
Origem: face glútea da asa do ílio. 
Inserção: trocanter maior. 
Ação: flexão, abdução e rotação medial. 
Inervação: N. glúteo superior. 
Irrigação: ramo da artéria glútea. 
 
 
 
 
67 
 
 
GLÚTEO MÍNIMO 
É o menor dos músculos glúteos e também o mais profundo. É grosso e triangular, está situado 
na fossa ilíaca externa. 
 
 
Origem: no ílio, entre as linhas glúteas posterior e anterior. 
Inserção: trocanter maior. 
Ação: abdução e rotação medial da coxa. As fibras anteriores 
realizam flexão do quadril. 
Inervação: N. glúteo superior (L4 - S1). 
Irrigação: ramos arteriais da artéria glútea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos do Glúteo e Posteriores da Coxa 
 
 
68 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
PIRIFORME 
É um músculo plano e achatado, possui formato piramidal. Fica situado entre o músculo glúteo 
mínimo e o m. gêmio superior. 
 
 
Origem: fase pélvica do sacro (2ª à 4ª vértebras sacrais). 
Inserção: trocanter maior. 
Ação: abdução e rotação lateral da coxa. 
Inervação: N. para músculo piriforme (S2). 
Irrigação: artérias sacral, isquiática, glútea e pudenda interna. 
 
 
 
 
 
 
 
GÊMIO SUPERIOR 
É o menor dos gêmeos. 
 
 
Origem: espinha isquiática. 
Inserção: tendão do m. obturatório interno. 
Ação: rotação lateral da coxa. 
Inervação: ramos do plexo sacral. 
Irrigação: ramos arteriais da pudenda interna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GÊMIO INFERIOR 
Ele se funde ao tendão do m. obturador interno, tem formato fusiforme e é um pouco 
achatado. 
 
69 
 
 
 
 
 
Origem: tuberosidade isquiática. 
Inserção: tendão do m. obturatório interno. 
Ação: rotação lateral da coxa. 
Inervação: ramo do plexo sacral. 
Irrigação: ramo da artéria circunflexa medial. 
 
 
 
 
OBTURATÓRIO INTERNO 
É plano e triangular, ele reveste a maior pare do forame obturado. Está situado entre os dois m. 
gêmeos. 
 
 
Origem: contorno interno do forame obturado e membrana obturatória. 
Inserção: face medial do trocanter maior do fêmur; as fibras convergem para 
um tendão único que deixa a pelve através do forme isquiático menor. 
Ação: rotação lateral da coxa. 
Inervação: ramos do plexo sacral. 
Irrigação: ramo da artéria obturatória e outro da artéria pudenda interna. 
 
 
 
OBTURATÓRIO EXTERNO 
É um músculo triangular que se situa na face anterior do quadril e que cruza anteriormente a 
articulação coxo femoral. 
 
 
 
Origem: contorno externo do forame obturado e membrana obturatória. 
Inserção: fossa trocantérica. 
Ação: rotação lateral da coxa. 
Inervação: n. obturatório. 
 
 
 
 
 
70 
 
 
 
QUADRADO FEMORAL 
É plano, robusto e quadrilátero. Fica situado na zona de transição entre região glútea e coxa. 
 
 
Origem: borda lateral da tuberosidade isquiática. 
Inserção: crista intertrocantérica. 
Ação: rotação lateral e adução da coxa. 
Inervação:ramo do plexo sacral. 
Irrigação: recebe ramos arteriais da circunflexa medial e isquiática. 
 
 
 
 
MÚSCULOS DORSAIS DA COXA 
 
 
 
 
 
BÍCEPS FEMORAL 
Triangular e largo. É formado por duas porções, a porção 
longa é medial, maior e tem origem no tuber isquiático. A 
porção curta é menor e lateral, se origina da linha áspera do 
fêmur. 
 
Origem: Porção longa: tuberosidade isquiática. 
 Porção curta: linha áspera do fêmur. 
Inserção: Porção longa: cabeça da fíbula. 
 Porção curta: cabeça da fíbula. 
Ação: extensão, adução e rotação lateral da coxa e flexão e 
rotação lateral da perna. 
Inervação: N. isquiático. 
Irrigação: sua irrigação provém das artérias perfurantes da 
femoral profunda. 
 
 
SEMINTENDÍNEO 
É fusiforme e carnoso, recebe esse nome porque possui um tendão bastante longo. Fica 
situado medialmente ao m. bíceps femoral. 
 
71 
 
 
Origem: tuberosidade isquiática. 
Inserção: face medial do corpo da tíbia, proximalmente. 
Ação: rotação medial,extensão e adução da coxa e flexão e rotação medial da perna. 
Inervação: N. isquiático. 
Irrigação: é irrigado pela artéria circunflexa ilíaca profunda e ramos perfurantes da femoral 
profunda. 
 
 
 
SEMIMEMBRANÁCEO 
É delgado, plano e possui um tendão membranoso, daí seu nome. Está recoberto pelo m. 
bíceps femoral e m. semitendíneo. 
 
Origem: tuberosidade isquiática. 
Inserção: côndilo medial da tíbia, póstero-medialmente. 
Ação: rotação medial, extensão e adução da coxa e flexão e rotação medial da perna. 
Inervação: N. isquiático. 
Irrigação: recebe ramos arteriais das artérias perfurantes. 
 
 
MÚSCULOS ANTERIORES DA PERNA 
 
TIBIAL ANTERIOR 
É um m. robusto e triangular situado lateralmente à tíbia. 
 
 
 
Origem: côndilo lateral e 2/3 proximais da tíbia. 
Inserção: base do 1° metatársico e fase medial do cuneiforme medial. 
Ação: dorsiflexão e supinação do pé. 
Inervação: N. fibular profundo. 
 
 
 
 
 
 
EXTENSOR LONGO DO HÁLUX 
Origem: fíbula. 
Inserção: falanges do hálux. 
 
72 
 
Ação: extensão, dorsiflexão e supinação do pé. 
Inervação: N. fibular profundo. 
 
 
EXTENSOR LONGO DOS DEDOS 
 
 
Origem: extremidade proximal da tíbia. 
Inserção: aponeurose do 4° dedo. 
Ação: dorsiflexão e pronação. 
Inervação: N. fibular profundo. 
Irrigação: irrigado pela artéria tibial anterior. 
 
 
 
 
MÚSCULOS LATERIAS DA PERNA 
 
FIBULAR LONGO 
 
 
 
Origem: fíbula. 
Inserção: 1° metatarsiano. 
Ação: pronação e flexão plantar. 
Inervação: N. fibular profundo. 
Irrigação: ramos arteriais da tibial anterior. 
 
 
 
 
FIBULAR CURTO 
 
Origem: fíbula. 
Inserção: 5° metatarsiano. 
Ação: pronação e flexão plantar. 
Inervação: N. fibular profundo. 
Irrigação: ramos das artérias tibial anterior e fibular. 
 
 
 
 
73 
 
MÚSCULOS DORSAIS DA PERNA 
 
TRÍCEPS SURAL 
É composto por 3 porções: gastrocnêmio medial , gastrocnêmio lateral e pelo músculo sóleo. 
 
 
 GASTROCNÊMIO 
 
Origem: ventre lateral: côndilo lateral do fêmur. 
 ventre medial: logo acima do côndilo medial do 
fêmur. 
Inserção: ambos se inserem em um tendão único, tendão do 
calcâneo (tuberosidade do calcâneo). 
Ação: ao se contraírem esses músculos, o pé se estende 
(flexão plantar) sobre a perna e, se estiver apoiado no solo , 
eleva o calcanhar, ao mesmo tempo que flexiona a perna 
sobre a coxa. 
Inervação: nervo tibial. 
Irrigação: ramos arteriais da poplítea. 
 
 
 SÓLEO 
 
Origem: parte proximal e posterior da fíbula, linha do sóleo. 
Inserção: tendão do calcâneo. 
Ação: estende o pé (flexão plantar) sobre a perna, flexiona a perna sobre a coxa e eleva o 
calcanhar, o que o torna imprescindível para andar. 
Inervação: nervo tibial. 
Irrigação: ramos arteriais da tibial posterior e fibular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calcâneo (Aquiles) 
 
 
74 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
 
 
 Divisão anatômica do sistema nervoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5.1: Divisão anatômica do sistema nervoso 
 
 O sistema nervoso central é uma porção de recepção de estímulos, de comando e 
desencadeadora de respostas. A porção periférica está constituída pelas vias que conduzem os 
estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até os órgãos efetuadores as ordens 
emanadas da porção central. 
 
O sistema nervoso é um conjunto de estruturas cuja função é controlar as atividades 
do organismo. Para isso, possui as seguintes propriedades: 
• pode receber informações do ambiente através dos órgãos dos sentidos, como 
visão, tato; paladar etc. Veja este exemplo: quando estamos com determinadas doenças e há 
microrganismos no sangue, o sistema nervoso recebe informações e pode responder 
provocando um aumento de temperatura, que chamamos de febre; 
• pode receber informações de dentro do próprio organismo; 
• emite ordens para os órgãos trabalharem. Dessa maneira, podemos contrair os 
músculos para correr ou suar quando estamos com calor; 
• armazena informações. Essa capacidade é denominada memória; 
• controla as glândulas. Estas, por sua vez, regulam uma série de atividades, como a 
glândula hipófise, que regula o crescimento. 
Sistema 
 Nervoso 
- Sist. Nervoso Central 
 
-Sist. Nervoso Periférico 
- Encéfalo 
- Medula 
-Cérebro 
- Cerebelo 
- Tronco encefálico 
- Mesencéfalo 
- Ponte 
- Bulbo 
- Nervos 
- Gânglios 
- Terminações nervosas 
 
75 
 
 
AÇÃO REFLEXA 
 
Acompanhe este exemplo de uma 
função do sistema nervoso. 
Uma pessoa coloca a mão sobre 
uma caneca quente. Num espaço de 
tempo muito curto, afasta a mão. 
Para que isso tenha ocorrido, foi 
necessário que a informação partisse da 
mão e chegasse até uma estrutura 
denominada medula espinhal. Nesse 
ponto foi emitida aos músculos do braço a 
ordem para retirar a mão. 
Esse tipo de resposta bastante 
simples é denominado ação reflexa, ou 
arco reflexo simples. 
 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO 
 
Os invertebrados possuem dois cordões longitudinais ao longo do corpo, 
denominados gânglios cerebrais. Com eles podem tomar decisões simples, como fugir de 
um corpo quente, transpor um obstáculo, e outras. 
Nos vertebrados, há um centro nervoso denominado encéfalo. Essa estrutura permite 
o controle de atividades complexas, como a caça, a fuga do perigo com habilidade, o 
instinto de proteção aos filhotes etc. 
 Com o aparecimento dos primatas, principalmente do homem, ocorreu grande 
desenvolvimento de uma parte do encéfalo denominada cérebro. Isso possibilitou ao 
homem a capacidade de aprender. 
Aprender algo é utilizar o raciocínio e a memória para modificar o próprio 
comportamento. 
Essa diferença é fundamental entre o ser humano e os outros animais: enquanto estes 
repetem as mesmas ações por gerações e gerações, o homem é capaz de modificar-se. 
 
NEURÔNIOS 
 
Para poder receber, interpretar e responder a estímulos, o tecido nervoso é constituído 
de células muito especializadas, denominadas neurônios. Seus principais componentes são: 
• corpo celular: é a região onde se encontra o núcleo e a maior parte do citoplasma. 
Possui ramificações denominadas dendritos; 
CÉREBRO 
 
 
76 
 
• axônio: é um prolongamento do corpo celular que pode atingir até 1 metro de 
comprimento, revestido externamente por uma camada gordurosa, denominada bainha de 
mielina. Em sua extremidade também existem ramificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um neurônio liga-se a outro através da junção das ramificações do axônio com os 
dendritos do corpo celular. A essas junções damos o nome de sinapses. 
Os corpos celulares, quando juntos, formam a chamada substância cinzenta do sistema 
nervoso; os axônios constituem a substância 
branca. 
O impulso nervoso tem natureza 
elétrica, e a bainha de mielina serve para 
proteger o axônio, impedindo que o impulso 
se propague para o exterior. Podemos 
comparar essa bainha ao plástico que recobre os fios elétricos. 
 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO 
 
O sistema nervoso do ser humano pode ser dividido em sistema nervoso cérebro-
espinhal, que regula os movimentos da musculatura voluntária e os órgãos dos sentidos, e o 
sistema nervoso autônomo (SNA), que controla os movimentos da musculatura involuntária e 
muitas funções que não dependem de nossa vontade, como a regulagem do calibre dos vasos 
sanguíneos, a dilatação ou contração dos bronquíolos etc. 
 
 
 
 
CORPO CELULAR 
 
 
77 
 
SISTEMA NERVOSO CÉREBRO-ESPINHAL 
 
O encéfalo é a parte mais

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