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Microbiologia - Resumo III - Distúrbios associados ao sistema imunológico

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Distúrbios associados ao sistema imunológico
Resumo III - Microbiologia
Tortora
Introdução
Febre do feno, rejeição de transplantes e auto-imunidade são exemplos de reações imunológicas nocivas.
Infecção e imuno-supressão são exemplos de falhas no sistema imunológico.
Os super-antígenos ativam muitos receptores de células T, resultando na liberação de quantidade excessivas de citocinas, que podem causar respostas adversas do hospedeiro.
Hipersensibilidade
As reações de hiper-sensibilidade representam respostas imunológicas a um antígeno (alérgeno) que levam á lesão tecidual em vez da imunidade.
As reações de hiper-sensibilidade ocorrem quando uma pessoa foi sensibilizada a um antígeno.
As reações de hiper-sensibilidade podem ser dividas em quatro classe: os tipo I, II e III são reações imediatas baseadas na imunidade humoral, e o tipo IV é uma reação tardia com base na imunidade mediada por células.
 
 Reações tipo I (Anafiláticas)
As reações anafiláticas envolvem a produção de anticorpos IgE, que se ligam aos mastócitos e basófilos para sensibilizar o hospedeiro.
A ligação de dois anticorpos IgE ajacentes a um antígeno faz a célula-alvo liberar mediadores químicos, como histamina, leucotrienos e prostaglandinas, que causam as reações alérgicas observadas.
A anafilaxia sistêmica pode se desenvolver em minutos após a injeção ou ingestão do antígeno; isso pode resultar em colapso circulatório e morte.
A anafilaxia localizada é exemplificada pela urticária, febre do feno e asma.
Os testes cutâneos são úteis em determinar a sensibilidade a um antígeno.
A dessensibilização a um antígeno pode ser obtida por injeções repetidas do antígeno, que levam á formação de anticorpos bloqueadores (IgG).
 Reações tipo II (citotóxicas)
 
As reações tipo II sã mediadas por anticorpos IgG ou IgM e complemento.
Os anticorpos são dirigidos a células estranhas ou a células do hospedeiro. A fixação do complemento pode resultar em lise celular. Os macrófagos e outas células também podem lesar células revestidas de anticorpos.
 O sistema de grupo sanguíneo ABO
O sangue humano pode ser agrupado em quatro tipos principais, denominados A, B, AB e º
A presença ou ausência de dois antigênicos carboidratos denominados A e B na superfície da hemácia determina o tipo sanguíneo de uma pessoa.
Anticorpos de ocorrência natural estão presentes ou ausentes no soro, contra os antígenos AB opostos.
As transfusões de sangue incompatíveis levam á lise mediada pelo complemento das hemácias do doador.
 
 O sistema de grupo sanguíneo Rh
Aproximadamente 85% da população humana possui outro antígeno de grupo sanguíneo, denominado antígeno Rh; esses indivíduos são denominados Rh+.
A ausência deste antígeno em certos indivíduos (Rh-) pode levar á sensibilização após a exposição ao mesmo.
Uma pessoa Rh+ pode receber transfusões de sangue Rh+ ou Rh-.
Quando uma pessoa Rh- recebe sangue Rh+, aquela pessoa produzirá anticorpos anti-Rh.
A exposição subsequente a células Rh+ resultará em uma reação hemolítica rápida e séria.
Uma mãe Rh- carregando um feto Rh+ produzirá anticorpos anti-Rh.
As gestações subsequentes envolvendo incompatibilidade Rh podem resultar na doença hemolítica do recém-nascido.
A doença pode ser impedida pela imunização passiva da mãe com anticorpos anti-Rh.
 Reações citotóxicas produzidas por drogas
Na doença trombocitopenia púrpura, as plaquetas são destruídas por anticorpos e complemento.
A agrunolocitose e a anemia hemolítica resultam de anticorpos contra as próprias células sanguíneas recobertas de drogas.
 Reações tipo III (imuno-complexos)
As doenças por imuno-complexos ocorrem quando os anticorpos IgG e antígenos solúveis formam pequenos complexos que se alojam nas membranas basais das células.
A fixação do complemento subsequente resulta em inflamação.
A glomérulo-nefrite é uma doença por imuno-complexos.
 Reações tipo IV (mediadas por células)
As reações de hiper-sensibilidade tardia se devem principalmente á proliferação das células Td.
As células T sensibilizadas secretam citocinas em resposta ao antígeno apropriado.
As citocinas atraem e ativam os macrófagos e inciam a lesão tecidual.
O teste cutâneo da tuberculina e a dermatite de contato alérgico são exemplos de hiper-sensibilidade tardia.
Doenças auto-imunes
A auto-imunidade resulta de uma perda da auto-tolerância.
A auto-tolerância ocorre durante o desenvolvimento fetal; as células T que são dirigidas a células-alvo do hospedeiro são eliminadas (deleção clonal) ou inativadas.
A auto-imunidade tipo I pode ocorrer devido aos anticorpos contra agentes infecciosos.
A doença de Graves e miastenia grave são reações auto-imunes tipo II em que os anticorpos reagem a antígenos de superfície.
O lúpus eritomatoso sistêmico e a artrite reumatoide são reações auto-imunes tipo III, em que a disposição de imuno-complexos reulta em lesão tecidual.
A esclerose múltipla, a doença de Hashimoto e a diabete melito insulino-dependente são reações auto-imunes do tipo IV, mediadas por células T.
 Reações relacionadas ao complexo de antígeno leucocitário humano (HLA)
As moléculas próprias de histo-compatibilidade localizadas nas superfícies celulares expressam as diferenças genéticas entre os indivíduos; esses antígenos são codificados pelos complexos de genes MHC ou HLA.
Para prevenir a rejeição de transplantes, os antígenos HLA e do grupo sanguíneo ABO do doador e do receptor são pareados o máximo possível.
 Reações aos transplantes
Os transplantes reconhecidos como antígenos estranhos podem ser lisados pelas células T e atacados por macrófagos e anticorpos fixadores do complemento.
O transplante para um sítio privilegiado (como a córnea) ou de um tecido privilegiado (como as válvulas cardíacas de porco) não causa uma resposta imunológica.
Células-tronco pluripotentes se diferenciam em uma variedade de tecidos que podem fornecer tecidos para transplante.
Quatro tipos de transplantes foram definidos, com base nas relações genéticas entre o doador e o receptor; auto-enxertos, iso-enxertos, alo-enxertos e xeno-transplantes.
A medula óssea (com células imunocompetentes) pode causar uma doença enxerto-versus-hospedeiro.
A cirurgia de transplante bem-sucedida frequentemente requer drogas imuno-supressoras para prevenir uma resposta imunológica ao tecido transplantado.
 Imuno-deficiências
As imuno-deficiências podem ser congênitas ou adquiridas.
As imuno-deficiências congênitas se devem a genes defeituosos ou ausentes.
Uma série de drogas, cânceres e doenças infecciosas podem causar imuno-deficiências adquiridas.
O sistema imunológico e o câncer
As células do câncer são células normais que sofreram uma transformação, dividem-se de modo incontrolável e possuem antígenos associados a tumores.
A resposta do sistema imunológico ao câncer é denominada vigilância imunológica.
As células T citotóxicas reconhecem e provocam a lise das células cancerosas.
As células do câncer podem escapar da detecção e destruição pelo sistema imunológico.
As células cancerosas podem suprimir as células T ou crescer mais rápido do que a resposta do sistema imunológico.
 Imunoterapia
O fator de necrose tumoral (TNF) e outras citocinas estão sendo testadas como tratamentos para o câncer.
As imuno-toxinas são venenos químicos ligados a um anticorpo mono-clonal; o anticorpo localiza seletivamente a célula cancerosa para liberar o veneno.
Uma vacina consistindo de antígenos tumorais tem sido efetiva em controlar um tipo de câncer em aves.
Síndrome da Imuno-deficiência Adquirida (Aids)
 A origem da Aids
Acredita-se que o HIV tenha se originado na África Central e tenha sido trazido para outros países pelos meios de transporte modernos e práticas sexuais inseguras.
 
 Infecção por HIVA AIDS é o estágio final da infecção por HIV.
O HIV é um retrovírus com RNA de filamento simples, transcriptase reversa e um envelope fosfo-lipídico com espículas gp120.
As espículas do HIV fixam-se ao CD4 e a co-receptores nas células do hospedeiro; o receptor CD4 é encontrado nas células T auxiliares, macrófagos e células dendríticas.
O RNA viral é transcrito em DNA pela transcriptase reversa. O DNA viral torna-se integrado ao cromossomo do hospedeiro, para a síntese direta de novos vírus ou para permanecer latente como um provírus.
O HIV evade o sistema imunológico na latência, em vacúolos, utilizando a fusão célula-célula e por alteração antigênica.
Grupos de HIV geneticamente distintos são classificados em sub-tipos.
A infecção pelo HIV é categorizada por sintomas: a Categoria A (assintomático) e Categoria B (sintomas selecionados) são relatadas como AIDS se as células CD4 estiverem abaixo de 200 células/mm3; a Categoria C (condições indicadoras de AIDS) é relatada como AIDS.
A infecção por HIV também é categorizada pelos números de T CD4: 200 células CD4/mm3 é relatado como AIDS.
A progressão da infecção por HIV á AIDS leva cerca de 10 anos.
A vida de um paciente com AIDS pode ser prolongada pelo tratamento correto das infecções oportunistas.
 Métodos diagnósticos
Os anticorpos anti-HIV são detectados por ELISA. Os antígenos HIV são detectados por Western Blot.
Os testes de carga viral no plasma detectam o ácido nucleico viral e são usados para quantificar o HIV no sangue.
 Transmissão do HIV
O HIV é transmitido por contato sexual, leite materno, agulhas contaminadas, infecção trans-placentária, inseminação artificial e transfusão de sangue.
Em países desenvolvidos, as transfusões de sangue não são uma fonte provável de infecção, pois o sangue é testado para anticorpos anti-HIV.
 A Aids no mundo
Nos Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Austrália, norte da África e países da América do Sul, a transmissão tem ocorrida através de usuários de drogas injetáveis (UDIs) e contato sexual entre homossexuais masculinos. A transmissão heterossexual está aumentando.
Na África sub-Saariana e no restante da América do Sul, a transmissão ocorre principalmente por contato heterossexual.
Na Europa oriental e na Ásia, a tramissão é por UDIs e contato heterossexual.
 Prevenção e tratamento da Aids
O uso de preservativos e agulhas estéreis previne a transmissão do HIV.
O desenvolvimento de uma vacina é difícil porque o vírus permanece dentro das células do hospedeiro.
Os agentes químio-terápicos atuais são dirigidos ás enzimas do vírus, á transcriptase reversa e á protease.

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