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Microbiologia - Resumo III - Drogas anti-microbianas

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Drogas anti-microbianas
Resumo III - Microbiologia
Tortora
Introdução
Uma droga anti-microbiana é uma substância química que destrói microrganismos patogênicos causando dano mínimo aos tecidos do hospedeiro.
Os agentes químio-terapêuticos incluem substâncias químicas que combatem doenças no corpo.
A história da químio-terapia
Paul Ehrlinch estabeleceu o conceito de químio-terapia para o tratamento de doenças de origem microbiana. Ele antecipou o desenvolvimento de agentes químio-terapêuticos, que poderiam matar patógenos sem prejudicar o hospedeiro.
As drogas á base de sulfa tornaram-se notórias no final da década de 30.
Alexander Fleming descobriu o primeiro antibiótico, a peniclina, em 1929. Os primeiros testes clínicos foram realizados em 1940.
 
O espectro de atividade anti-microbiana
As drogas anti-microbianas afetam muitos alvos em uma célula procariótica.
As infecções causadas por fungos, protozoários e helmintos são mais difíceis de serem tratadas porque esses organismos possuem células eucarióticas.
As drogas com espectro de atividade limitado afetam somente um grupo seleto de micróbios – células gram-positivas. As drogas com amplo espectro de atividade afetam um grande número de micróbios.
As drogas hidrofílicas pequenas podem afetar células gram-negativas.
Os agentes antimicrobianos não podem causar danos excessivos á microbiota normal.
As super-infecções ocorrem quando um patógeno torna-se resistente á droga que está sendo usada ou quando a microbiota, normalmente resistente, multiplica-se excessivamente.
Ação de drogas anti-microbianas
De forma geral, a ação das drogas ocorre tanto matando diretamente os microrganismos (bactericida) quanto inibindo seu crescimento (bacteriostática).
Alguns agentes, como a penicilina, inibem a síntese da parede celular da bactéria.
Outros agentes, como o cloranfenicol, a eritromicina, as tetraciclinas e a estreptomicina, inibem a síntese proteica atuando nos ribossomos 70S.
Os agentes como a polimixina B lesam as membranas plasmáticas.
A rifampina e as quinolonas inibem a síntese de ácidos nucleicos.
Os agentes como as sulfanilamidas atuam como anti-metabólicos através da inibição competitiva de atividades enzimáticas.
Uma análise das drogas anti-microbianas comumente utilizadas
 Inibidores da síntese da parede celular
Todas as penicilinas contêm um anel beta-lactâmico.
As penicilinas naturais produzidas por Penicillium são efetivas contra cocos gram-positivos e espiroquetas.
As penicilinases (beta-lactamase) são enzimas bacterianas que destroem as penicilinas naturais.
As penicilinas semi-sintéticas são produzidas em laboratório pela adição de cadeias laterais no anel beta-lactâmico produzido pelo fungo.
As penicilinas semi-sintéticas são resistentes ás penicilinases e apresentam um espectro de atividade maior quando comparadas com as penicilinas naturais.
Os carbapenêmicos são antibióticos de amplo espectro que inibem a síntese da parede celular.
O monobactâmico aztreonam afeta somente bactérias gram-negativas.
A cefalosporina inibe a síntese da parede celular e é usada contra linhagem resistentes á penicilina.
Os poli-peptídicos, como a bacitracina, inibem a síntese da parede celular principalmente em bactérias gram-positivas.
A vancomicina inibe a síntese da parede celular e pode ser usada para matar estafilococos que produzem penicilinase. As estrepto-graminas são agentes bactericidas que inibem a síntese proteica e podem ser usados para matar bactérias resistentes á vancomicina.
A isoniazida (INH) inibe a síntese de ácido micólico nas mico-bactérias. A INH é administrada em conjunto com a rifampina ou com o etambutol no tratamento da tuberculose.
O anti-metabólico etambutol é usado com outras drogas para tratar a tuberculose.
 Inibidores da síntese proteica
O cloranfenicol, os amino-glicosídeos, as tetraciclinas, os macrolídeos e as estrepto-graminas inibem a síntese proteica nos ribossomos 70S.
As oxazolidinonas impedem a formação de ribossomos 70S.
 Dano á membrana plasmática
A polimixina B e a bacitracina lesam as membranas plasmáticas.
 Inibidores da síntese de ácidos nucleicos (DNA/RNA)
A rifamicina inibe a síntese de mRNA e é usada no tratamento da tuberculose.
As quinolonas e as flúor-quinolonas inibem a DNA girase para o tratamento de infecções no trato urinário.
 Inibidores competitivos da síntese de metabólitos essenciais
As sulfonamidas inibem competitivamente a síntese de ácido fólico.
A associação TMP-SMZ inibem competitivamente a síntese do ácido diidrofólico.
 Drogas anti-fúngicas
Os polienos, como a nistatina e a anfo-tericina B, combinam-se com esteróis da membrana plasmática e são fungicidas.
Os azóis e as alilaminas interferem com a síntese de esteróis e são usados no tratamento de micoses sistêmicas e cutâneas.
As equinocandinas interferem com a síntese da parede celular fúngica.
O agente anti-fúngico flucitosina é um anti-metabólito da citosina.
A griseofulvina interfere com a divisão celular eucariótica e é usada principalmente no tratamento de infecções da pele causadas por fungos.
 Drogas anti-virais
Os análogos de nucleosídeos e nucleotídeos como o aciclovir, o AZT, o ddI e o ddC inibem a síntese de DNA e e RNA.
Os inibidores de enzimas virais são usados para tratar a gripe e infecções por HIV.
Outros alvos das drogas anti-virais são a fixação e a decapsidação.
Os interferons alfa inibem a propagação dos vírus para novas células.
 Drogas anti-protozoários e anti-helmínticas
A cloroquina, a quinacrina, a diiodo-hidroxiquina, a pentamidina e o metronidazol são utilizados no tratamento de infecções causadas por protozoários.
As drogas anti-helmínticas incluem a niclosamida, o mebendazol, o praziquantel e a piperazina.
O mebendazol desorganiza os microtúbulos.
O pamoato de pirantel e a ivermectina paralisam os nematelmintos intestinais.
Testes para orientar a químio-terapia
 
Esses testes são usados para determinar qual o agente químio-terapêutico é o mais apropriado para combater um patógeno específico.
Esses testes são empregados quando a susceptibilidade não pode ser prevista ou quando surge resistência á droga.
 
 Os métodos de difusão
Nesse teste, também conhecido como Teste de Kirby-Bauer, uma cultura de bactérias é inoculada em um meio de agar, e discos de papel filtro impregnados com agentes químio-terapêuticos são sobrepostos na cultura.
Depois da incubação, a ausência de crescimento microbiano ao redor do disco é denominada zona de inibição. 
O diâmetro da zona de inibição, quando comparado com uma tabela referência padrão, é usado para determinar se o organismo é sensível, intermediário ou resistente á droga.
A CIM representa a menor concentração da droga capaz de evitar o crescimento microbiano e pode ser estimada usando o teste E.
 Testes de diluição em caldo de cultura
Em um tete de diluição em caldo, o microrganismo é cultivado em meio líquido contendo diferentes concentrações do agente químio-terapêutico.
A menor concentração do agente químio-terapêutico que mata a bactéria é denominada concentração bactericida mínima (CBM).
Efetividade dos agentes químio-terápicos
 Resistência ás drogas
A resistência pode ser consequência da destruição enzimática de uma droga, do impedimento da penetração da droga no seu sítio-alvo ou de mudanças metabólicas ou celulares nos sítios-alvo.
A hereditariedade de fatores de resistência a drogas ( R ) é transmitida por plasmídeos e transposons.
A resistência pode ser minimizada pelo uso discriminado de drogas em concentrações e dosagens apropriadas.
 Segurança dos antibióticos
O risco (e.g., os efeitos colaterais) versus o benefício (e.g., a cura de uma infecção) precisam ser avaliados antes do uso do antibiótico.
 
 Efeitosda combinação de drogas
Algumas combinações de drogas são sinergísticas; elas são mais efetivas em combinação do que quando sozinhas.
Algumas combinações de drogas são antagônicas; quando combinadas, ambas tornam-se menos efetivas do que quando administradas sozinhas.
O futuro dos agentes químio-terápicos
Muitas doenças causadas por bactérias, previamente tratáveis com antibióticos, tornaram-se resistentes a eles.
Compostos químicos produzidos por plantas e animais estão fornecendo novos agentes anti-microbianos denominados peptídeos anti-microbianos.
Novas drogas anti-microbianas incluem DNA complementar a genes específicos do patógeno. O DNA irá se ligar ao DNA ou mRNA do patógeno e irá inibir a síntese proteica.

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