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Microbiologia - Resumo IV - Doenças microbianas do sistema respiratório

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Doenças microbianas do sistema respiratório
Resumo IV - Microbiologia
Tortora
Introdução
As infecções do sistema respiratório superior são o tipo mais comum de infecção.
Os patógenos que penetram no sistema respiratório podem infectar outras partes do corpo.
 
Estrutura e função do sistema respiratório
O sistema respiratório superior consiste do nariz, faringe e estruturas associadas, como ouvido médio e tubas auditivas.
Pelos grosseiros no nariz filtram as partículas grandes do ar que penetram no trato respiratório.
As membranas mucosas ciliadas no nariz e garganta aprisionam as partículas conduzidas pelo ar e as removem do corpo.
O tecido linfoide, tonsilas e adenoides fornecem imunidade para certas infecções.
O sistema respiratório inferior consiste da laringe, traqueia, tubos brônquicos e alvéolos.
A escada-rolante ciliar do sistema respiratório inferior auxilia a impedir os microrganismos de atingir os pulmões.
Os micróbios nos pulmões podem ser fagocitados pelos macrófagos alveolares.
O muco respiratório contém anticorpos IgA.
Microbiota normal do sistema respiratório
A microbiota normal da cavidade nasal e da garganta pode incluir microrganismos patogênicos.
O sistema respiratório inferior normalmente é estéril devido á ação da escada rolante ciliar.
Doenças microbianas do sistema respiratório superior
As áreas específicas do sistema respiratório superior podem se tornar infectadas, produzindo faringite, laringite, tonsilite, sinusite e epiglotite.
Essas infecções podem ser causadas por várias bactérias e vírus, frequentemente em combinação.
A maioria das infecções respiratórias são auto-limitadas.
H. influenzae tipo b pode causar epiglotite.
Doenças bacterianas do sistema respiratório superior
 Faringite estreptocócica
Essa infecção é causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A, o grupo que consiste de Streptococcus pyogenes.
Os sintomas dessa infecção são inflamação das membranas mucosas e febre; tonsilite e otite média também podem ocorrer.
Um diagnóstico preliminar rápido é feito por testes de aglutinação indireta. O diagnóstico definitivo é baseado em um aumento nos anticorpos IgM.
A penicilina é usada para tratar a faringite estreptocócica.
A imunidade ás infecções estreptocócicas é tipo-específica.
A faringite estreptocócica geralmente é transmitida por gotículas, mas antigamente era comumente associada ao leite não-pasteurizado.
 Escarlatina
Faringite estreptocócica, causada por uma linhagem produtora de toxina eritrogênica de S. pyogenes, resulta em escarlatina.
S. pyogenes produz toxina eritrogênica quando lisogenizado por um fago.
Os sintomas incluem uma erupção de cor vermelha, febre alta e língua vermelha e aumentada.
 Difteria
A difteria é causada por Corynebacterium diphteriae, produtor de exo-toxina.
A exo-toxina é produzida quando as bactérias são lisogenizadas por um fago.
Uma membrana, contendo fibrina e células mortas humanas e bacterianas, forma-se na garganta e pode bloquear a passagem de ar.
A exo-toxina inibe a síntese de proteínas e pode ocorrer lesão do coração, rim ou nervos.
O diagnóstico laboratorial é baseado no isolamento das bactérias e no aparecimento de um crescimento em meio diferencial.
A anti-toxina deve ser administrada para neutralizar a toxina, e os antibióticos podem cessar o crescimento das bactérias.
A imunização de rotina nos Estados Unidos inclui o toxóide diftérico na vacina DTP.
Ulcerações cutâneas de cicatrização lenta são característica da difteria cutânea.
Existe disseminação mínima de exo-toxina na corrente sanguínea.
 Otite média
A dor de ouvido, otite média, pode ocorrer como uma complicação das infecções do nariz e garganta.
O acúmulo de pus causa pressão no tímpano.
As causas bacterianas incluem Streptococcus pneumoniae, Hemophilus influenzae não-encapsulado, Moraxella catarrhalis, Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus.
Doenças virais do sistema respiratório superior
 Resfriado comum
Qualquer um de aproximadamente 200 vírus diferentes pode causar o resfriado comum; os rinovírus causam cerca de 50% de todos os resfriados.
Os sintomas incluem espirros, coriza e congestão.
Infecções dos seios, do trato respiratório inferior, laringite e otite média podem ocorrer como complicações de um resfriado.
Os resfriados são transmitidos mais frequentemente por contato indireto.
O rinovírus se desenvolve melhor em temperaturas levemente inferiores á temperatura corporal.
A incidência de resfriados aumenta durante as estações frias, possivelmente devido ao contato inter-pessoal aumentado em ambientes fechados ou por alterações fisiológicas.
Anticorpos são produzidos contra o vírus específico. 
Doenças microbianas do sistema respiratório inferior
Muitos dos mesmos microrganismos que infectam o sistema respiratório superior também infectam o sistema respiratório inferior.
As doenças do sistema respiratório inferior incluem a bronquite e a pneumonia.
Doenças bacterianas do sistema respiratório inferior
 Coqueluche (tosse comprida)
A coqueluche é causada pela Bordetella pertussis.
O estágio inicial da coqueluche lembra um resfriado, e é denominado estágio catarral.
O acúmulo de muco na traqueia e brônquios causa tosses profundas características do estágio paroxístico (segundo).
O estágio de convalescença (terceiro) pode durar meses.
O diagnóstico laboratorial é baseado no isolamento de bactérias em meio de enriquecimento e seletivos, seguido por testes sorológicos.
A imunização regular de crianças tem diminuído a incidência da coqueluche.
 Tuberculose
 
A tuberculose é causada por Mycobacterium teberculosis.
Grandes quantidades de lipídios na parede celular respondem pela característica de álcool-ácido resistência, bem como pela resistência ao ressecamento e desinfetantes.
M. tuberculosis pode ser ingerido por macrófagos alveolares se não for morta, a bactéria se reproduz nos macrófagos.
As lesões formadas por M. tuberculosis são denominadas tubérculos; macrófagos mortos e bactérias formam a lesão caseosa que pode calcificar e aparecer no raio-X como um complexo de Ghon.
A liquefação da lesão caseosa resulta na cavidade tuberculosa em que M. tuberculosis pode crescer.
Novos focos de infecção podem se desenvolver quando uma lesão caseosa se rompe e libera as bactérias no sangue ou linfa; isto é denominado tuberculose miliar.
A tuberculose miliar é caracterizada por perda de peso, tosse e perda de vigor.
A químio-terapia geralmente duas drogas ingeridas por 1-2 anos; M. tuberculosis resistente a múltiplas drogas está se tornando prevalente.
Um teste cutâneo de tuberculina positivo pode indicar um caso ativo de TB, uma infecção prévia ou vacinação e imunidade á doença.
O diagnóstico laboratorial é baseado na presença de bacilos álcool-ácido resistentes e no isolamento das bactérias, que requer a incubação por até 8 semanas.
Mycobacterium bovis causa tuberculose bovina e pode ser transmitido aos seres humanos pelo leite não-pasteurizado.
As infecções por M bovis geralmente afetam os ossos ou o sistema linfático.
A vacina BCG para a tuberculose consiste de uma cultura viva avirulenta de M. bovis.
O complexo M avium-intracellulare infecta os pacientes nos estágios tardios da infecção por HIV.
 Pneumonias bacterianas
A pneumonia típica é causada por S pneumoniae.
As pneumonias atípicas são causadas por outros microrganismos.
 Pneumonia pneumocócica
A pneumonia pneumocócica é causada por Streptococcus pneumoniae encapsulados.
Os sintomas são febre, dificuldade de respirar, dor torácica e escarro cor de ferrugem.
As bactérias podem ser identificadas pela produção de alfa-hemolisinas, inibição por optoquina, solubilidade em bile e através de testes sorológicos.
A vacina consiste de material capsularpurificado de 23 sorotipos de S pneumoniae.
 Pneumonia por Hemophilus inflluenzae
Alcoolismo, desnutrição, câncer e diabete são fatores predisponentes para a pneumonia por H. influenzae.
H. influenzae é um cocobacilo gram-negativo.
 Pneumonia por Micoplasma
Mycoplasma pneumoniae causa a pneumonia por micoplasma; é uma doença endêmica.
M pneumoniae produz pequenas colônias em forma de “ovo frito”após 2 semanas de incubação em meio enriquecido contendo soro de cavalo e extrato de leveduras.
O diagnóstico é feito utilizando PCR ou testes sorológicos.
 Legionelose
A doença é causada pelo bastonete aeróbico gram-negativo Legionella pneumophila.
A bactéria pode crescer em água, como nas torres de resfriamento de ar condicionado, e então ser disseminada no ar.
Essa pneumonia não parece ser transmitida de pessoa a pessoa.
Culturas bacterianas, testes de AF e sondas de DNA são usados para o diagnóstico laboratorial.
 Psitacose (ornitose)
Chlamydua psittaci é transmitida pelo contato com fezes contaminadas e exsudatos de aves.
Os corpos elementares permitem ás bactérias sobreviver fora de um hospedeiro.
Os trabalhadores de aviários são mais susceptíveis a essa doença.
As bactérias são isoladas em ovos embrionados, camundongos ou cultura de células; a identificação é baseada na coloração com AF.
 Pneumonia por clamídia
Chlamydia pneumoniae causa pneumonia; é transmitida de pessoa a pessoa.
A tetraciclina é usada no tratamento.
 Febre Q
Coxiella burnetii, parasita intra-celular obrigatório, causa a febre Q.
A doença geralmente é transmitida aos seres humanos através do leite não-pasteurizado ou inalação de aerossóis em celeiros de fábricas de laticínios.
O diagnóstico laboratorial é produzido com a cultura das bactérias em ovos embrionados ou cultura de células.
 Outras pneumonias bacterianas
As bactérias gram-positivas que causam pneumonia incluem S. Aureus e S. Pyogenes.
As bactérias gram-negativas que causam pneumonia incluem M. catarrhalis, K .pneumoniae e espécies de Pseudomonas.
Doenças virais do sistema respiratório inferior
 Pneumonia viral
Uma série de vírus pode causar pneumonia como uma complicação de infecções como a gripe.
As etiologias normalmente não são identificadas no laboratório clínico, devido á dificuldade em isolar e identificar o vírus.
 
 Vírus sincicial respiratório (VSR)
O VSR é a causa mais comum de pneumonia em lactentes.
 Gripe (influenza)
A gripe é causada pelo Influenzavirus e é caracterizada por calafrios, febre, cefaleia e dores musculares gerais.
Espículas de hemaglutinina (H) e neuraminidase (N) projetam-se da camada dupla lipídica externa do vírus.
As linhagens virais são identificadas por diferenças antigênicas nas espículas H e N; elas também são divididas por diferenças antigênicas em suas capas de proteínas (A, B e C).
Os isolados virais são identificados por testes de hemaglutinina e inibição por testes de imuno-fluorescência com anticorpos mono-clonais.
As flutuações antigênicas que alterem a natureza antigênica das espículas H e N tornam a imunidade natural e vacinação de valor questionável. As alterações pequenas são causadas por desvios antigênicos.
Os óbitos durante uma epidemia de gripe ocorrem geralmente por infecções bacterianas secundárias.
Vacinas multi-valentes estão disponíveis para idosos e outros grupos de alto risco.
A amantadina e rimantadina são drogas efetivas profiláticas e curativas contra o Influenzavirus A.
Doenças fúngicas do sistema respiratório inferior
Os esporos fúngicos são facilmente inalados; eles podem germinar no trato respiratório inferior.
A incidência das doenças fúngicas vem aumentando nos anos recentes.
As micoses abaixo podem ser tratadas com anfotericina B. 
 Histoplasmose
Histoplasma capsulatum causa uma infecção respiratória sub-clínica que apenas ocasionalmente progride para uma doença grave e generalizada.
A doença é adquirida por inalação de conídios transmitidos pelo ar.
O isolamento do fungo ou sua identificação em amostras de tecido são necessários para o diagnóstico.
 Coccidioidomicose
A inalação de artrósporos de Coccidiodes immitis transmitidos pelo ar pode resultar em coccidioidomicose.
A maioria dos casos são sub-clínicos, mas quando existem fatores predisponentes como a fadiga e a desnutrição, uma doença progressiva lembrando a tuberculose pode ocorrer.
 Pneumonia por Pneumocystis
Pneumocystis jiroveci é encontrado nos pulmões humanos saudáveis.
Pneumocystis jiroveci causa uma doença em pacientes imuno-deprimidos.
 Blastomicose (blastomicose norte-americana)
Blastomyces dermatitidis é o agente causal da blastomicose.
A infecção começa nos pulmões e pode se disseminar, causando abscessos extensos.
 Outros fungos envolvidos em doenças respiratórias
Os fungos oportunistas podem causar doença respiratória em hospedeiros imuno-deprimidos, especialmente quando grandes números de esporos são inalados.
Entre estes fungos estão Aspergillus, Rhizopus e Mucor.

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