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Relatório de práticas Bioquímica Metabólica

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA 
Curso: Nutrição 
Disciplina: Bioquímica Metabólica 
Docente: Érika Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
AMANDA CAROLINE CORDEIRO DE OLIVEIRA 
KALYNE WIDELLY ARAÚJO COSTA 
TÂMARA RODRIGUES DOS SANTOS SANTANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador-BA 
 2018​. 
 
 
 
AMANDA CAROLINE CORDEIRO DE OLIVEIRA 
KALYNE WIDELLY ARAÚJO COSTA 
TÂMARA RODRIGUES DOS SANTOS SANTANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de atividades práticas de bioquímica metabólica 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado junto ao 
curso de Nutrição da UNEB 
(Universidade do Estado da 
Bahia), das atividades práticas 
de bioquímica do 2º semestre. 
Docente: Erika Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador – Ba 
2018 
 
1 
Prática 01: Identificação de Glicídios por reações coradas 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Carboidratos são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que liberam tais 
compostos por hidrólise. Os carboidratos constituem mais de 90% de matéria seca dos 
vegetais. Fornecem a maior parte das calorias da dieta da população humana, além de 
proporcionar texturas e palatabilidade desejáveis, também é importante para a lubrificação 
das articulações e é universalmente reconhecido poder edulcorante. Os mais utilizados pelo 
homem são o amido e a sacarose e, por isso, as plantas que os contêm são as mais 
cultivadas e consumidas. Nos animais, o principal açúcar é a glicose, a qual vai ser utilizada 
por no mínimo 5 vias metabólicas, e o carboidrato de reserva, o glicogênio,que é pouco 
solúvel e composto exclusivamente por monômeros de 
glicose unidos por ligação do tipo 1, 4. Nas plantas, há 
grande variedade de carboidratos, e o amido 
(polissacarídeo) é, por excelência, o de reserva, 
encontrado por exemplo, no tubérculo da batata e no 
agrião. 
 Nos açúcares as denominações das letras D e L, 
depende da posição do grupo hidroxila (-OH) no penúltimo 
carbono, ou seja, do carbono próximo ao grupo CH2, (-OH 
do lado direito, denominação D; -OH do lado esquerdo, denominação L). 
 A classificação mais simples dos carboidratos divide-os em três grupos: 
monossacarídeos, que são os açúcares simples com uma unidade de poliidroxialdeído ou 
poliidroxicetona, que é a glicose, a frutose e a galactose; oligossacarídeos, que são 
polímeros com 2 a 20 açúcares simples unidas por ligações glicosídicas, que é a sacarose 
(glicose + frutose), a maltose (glicose + glicose) e a lactose (glicose + galactose); e 
polissacarídeos, que são polímeros com mais de 20 açúcares simples unidos por ligações 
glicosídicas, que é a celulose, o glicogênio e o amido. 
 
2. OBJETIVO 
 ​ Essa prática teve como objetivo a caracterização e demonstração das reações clássicas, 
i​dentificação de glicídios, de redutores, diferenciação entre aldoses e cetoses. 
 
3. MATERIAL UTILIZADO 
➔ Tubos de ensaio 
➔ Pipetas (5,1,2, e 3 mL) 
➔ Pipetas de Pasteur 
➔ Conta-gotas 
➔ 1 copo de 500mL 
➔ Placa de aquecimento 
➔ Reagente de Barfoed 
 
4. MÉTODO 
Reagente de Benedict:​ dissolver 173g de citrato de sódio e 100g de carbonato de sódio 
em cerca de 800ml de água destilada quente. Filtrar para uma proveta e adicionar água até 
2 
perfazer 850ml. Entretanto, dissolver 17,3g de sulfato de cobre pentahidratado em cerca de 
100ml de água destilada. Adicionar, de seguida, água até atingir 150ml. Colocar a primeira 
solução num copo e adicionar lentamente a solução de sulfato de cobre com agitação 
constante. 
Reagente de Barfoed:​ dissolver 13.3g de acetato de cobre em cerca de 200ml de água 
destilada e adicionar 1,8ml de ácido acético glacial. 
Reagente de Seliwanoff:​ solução de resorcinol 0,05% em HCl 3N. 
Agua de iodo:​ pesar 0,6 - 0,7g de iodo comercial. Dissolver 2-3g de KI no menor volume de 
água possível. Adicionar a amostra de iodo na solução obtida e após a dissolução, diluir 
com água destilada até perfazer 250ml. 
- Ácido clorídrico 0,1M. 
 
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Teste de Barfoed: 
 Em cinco tubos de ensaio, foram identificados com as letras “Glu”, “Gal”, “S”, “M” e “A”, 
para representar as soluções dos glicídios redutores. Foi 
adicionado 1ml de cada solução no tubo correspondente, e 2ml 
do reagente de Barfoed. Em seguida os tubos foram levados 
para ​aquecer em banho à ebulição durante 5 minutos. 
 É considerado positivo o resultado dos tubos que obtiverem a 
cor azul escura. Permite a diferenciação entre monossacarídeos 
e dissacarídeos redutores. Só os monossacarídeos formam 
produto de cor azul.​ Os dissacáridos são redutores mais fracos e 
reagem mais lentamente. 
 No reagente de Barfoed os iões cobre (II) que vão sofrer a 
redução a cobre (I) encontram-se em meio ligeiramente ácido. 
 
6. DISCUSSÃO 
 
 Após retirar os tubos de ensaio do banho-maria, foi possível observar uma turvação ou 
formação de precipitado avermelhado para monossacarídeos redutores, em que estavam 
nos tubos 1 e 2, respectivamente, glucose e galactose, e ficou com sinal positivo (+), 
indicando reação positiva para o reagente. A frutose, também um monossacarídeo redutor, 
fica com sinal positivo para o reagente de ​Barfoed​. Já para os oligossacarídeos, e 
polissacarídeo utilizados nesta prática, sacarose e 
maltose, e amido, respectivamente, ficaram com 
sinais negativos (-), indicando que não existiu 
reação com o reagente de Barfoed. A hidrólise de 
dissacáridos pode originar algum precipitado. 
 
 
 
 
 
 
3 
Tabela 1: ​O sinal (+) indica reação positiva para o reagente, e o sinal (-) indica que não existe reação. 
CHO Benedict 
(Açúcar redutor) 
Barfoed 
(Monossacarídeos) 
Seliwanoff 
(Cetoses) 
Iodo 
(Polissacarídeos
) 
Água __________ ____________ _______ ___________ 
Glucose + + - - 
Frutose + + + - 
Galactose + + - - 
Sacarose - - + - 
Maltose + - - - 
Amido -/+ - - + 
 
 
Reação de Barfoed:​ esta reação é utilizada para a pesquisa de monossacarídeos. A 
reação também se baseia na redução do cobre, porém é efetuada em meio ácido, ao 
contrário da reação de Fehling. Nestas condições o cobre é reduzido a quente pelos 
monossacarídeos, com formação de óxido cuproso (precipitado avermelhado). Os 
dissacarídeos redutores também dão positivo para esta reação após um tempo de 
aquecimento bem mais prolongado. O reativo de Barfoed é composto por 13,3 g de acetato 
de cobre cristalizado e 1,8 ml de ácido acético glacial para 200 ml de água destilada. 
 
Reação de Seliwanoff:​ esta reação é utilizada para pesquisa de cetoses. A reação 
baseia-se na formação de furfural e hidroximetilfurfural por ação do ácido clorídrico sobre as 
cetoses e na formação de um complexo colorido pela reação dos compostos furfúricos 
como o Resorcinol. Nesta reação, a presença de ácido clorídrico em solução quebra as 
ligações glicosídicas, transformando os poli e oligossacarídeos em monossacarídeos. As 
cetoses originadas, então, sofrem forte desidratação pelo ácido clorídrico originando 
compostos similares ao furfural. Estes compostos furfúricos formam um complexo colorido 
pela reação de complexação com o Resorcinol presente em solução. 
 
Reação de Iodo: ​Os dois fatores que determinam o desenvolvimento de coloração quando 
o iodo interage com os polissacarídeos são o comprimento e a ramificação da cadeia 
sacarídica. A coloração é desenvolvida devido ao aprisionamento do iodo no interior da 
cadeia de amilose. Na presença do amido e de íons iodeto, as moléculas de iodo formam 
cadeias de I que se alocam no centro da hélice formada pela amilose contida no amido6 
(Harris, 2001). 
 A formação desse complexo amilose-I é responsável pela cor azul intensa, engendrada,6 
por sua vez, a partir da absorção de luz na região do visível das cadeias de I presentes6 
dentro da héliceda amilose. Quanto maior a ramificação da cadeia, menos intensa será a 
coloração desenvolvida, visto que a interação entre o iodo e a cadeia será menor. Os 
complexos iodo-glicogênio ou iodo-dextrina, por exemplo, apresentam cor avermelhada, 
4 
menos intensa do que a cor azul do complexo iodo amido. Tal diferença é justamente 
devido ao tamanho da cadeia e a ramificação. O glicogênio apresenta maior quantidade de 
ramificações do que o amido. Por sua vez, as dextrinas consistem de cadeias menores. 
Assim, no caso do amido, a coloração é mais intensa pelo fato de a cadeia de amilose ser 
maior, comparada às dextrinas, e menos ramificada do que o glicogênio. 
 
Reação de Benedict: ​O teste de Benedict é baseado na redução do Cu2+ a Cu+ devido ao 
poder redutor das carbonilas em solução alcalina. O íon cuproso (Cu+) produz o Cu2 O, 
composto de cor vermelha. Todos os monossacarídeos reagem positivamente, logo, 
frutose, glicose e o mel de abelha sofrem reação. Os dissacarídeos dependem da presença 
de uma extremidade redutora, fato que não ocorre no caso da sacarose. Todavia, a 
sacarose também pode levar a resultados positivos caso sofra hidrólise prévia. 
 
Qual a importância bioquímica do teste realizado? 
É de extrema importância para a Bioquímica a realização de testes para identificar glicídios, 
pois diante dos tais resultados observados e obtidos com a prática, é possível tirar 
conclusões que a partir de alguns testes de natureza química, é possível realizar uma 
seleção baseada nas características próprias dos carboidratos, pois é concebível identificar 
total ou parcialmente estes compostos, o que se torna importante também para a área da 
Nutrição. 
 
7. CONCLUSÃO 
 
 Conclui-se, através dos resultados obtidos pelos testes, que a amostra de glucose trata-se 
de um monossacarídeo redutor, visto que deu positivo para o teste de Benedict e Barfoed. 
Já a amostra de frutose, por ter tido resultado positivo para Seliwanoff, pode-se concluir que 
é uma cetose. A amostra de galactose, por apresentar resultado positivo para Benedict e 
Barfoed, conclui-se que é também um monossacarídeo redutor. A maltose é um açúcar 
redutor. Já a amostra de amido, apresentou resultado positivo para o teste de Lugol. 
 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
1. MELO FILHO, Arthur Bibiano de. Química de alimentos / Arthur Bibiano de Melo 
Filho e Margarida Angélica da Silva Vasconcelos. - Recife: UFRPE, 2011. 
2. VILELLA, BACILA, TASTALDI. Técnicas e experimentos de bioquímica. 1973 
3. DAVID L. NELSON & MICHAEL M. COX. Lehninger. Princípios de.bioquímica. 5ª 
edição. W . H. Freeman e companhia. Nova York. 
4. JUNIOR, Wilmo E. Francisco. (2007) Carboidratos: Estrutura, Propriedades e 
Funções. Disponível em: < http:qnesc.sbq.org.br/online/qnesc29/03-CCD-2907.pdf > 
Acesso em: 25 de maio 2018. 
5 
Prática 02: Dosagem de Glicose no soro 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Os carboidratos perfazem a mais abundante classe de biomoléculas da face da Terra. 
Sua oxidação é o principal meio de abastecimento energético da maioria das células não 
fotossintéticas. Além do suprimento energético, os carboidratos atuam como elementos 
estruturais da parede celular e como sinalizadores no organismo. Podem ser divididos em 
três classes principais de acordo com o número de ligações glicosídicas: monossacarídeos, 
oligossacarídeos e polissacarídeos. (JUNIOR, 2007.) 
 A glicose e a frutose, os dois monossacarídeos mais abundantes na natureza. Para os 
humanos, o metabolismo da glicose é a principal forma de suprimento energético. A partir 
da glicose, uma série de intermediários metabólicos pode ser suprida, como esqueletos 
carbônicos de aminoácidos, nucleotídeos, ácidos graxos e etc. (JUNIOR, 2007.) 
 Os tecidos individuais não funcionam isoladamente, mas formam uma comunidade na 
qual um tecido pode fornecer substratos a outro ou processar compostos produzidos por 
outros órgãos. A comunicação entre os tecidos é mediada pelo sistema nervoso, pela 
disponibilidade de substratos circulantes e pela variação nos níveis de hormônio 
plasmáticos. A integração do metabolismo energético é controlada principalmente pelas 
ações dos hormônios, incluindo a insulina, glucagon, catecolaminas, epinefrina e 
norepinefrina. As alterações nos níveis circulantes destes hormônios permitem ao corpo 
armazenar energia quando o alimento está disponível em abundância ou tornar disponível a 
energia armazenada. (CHAMPE, 1996, p.275) 
 
2. OBJETIVO 
 Analisar o resultado do nível de glicose no soro sanguíneo pelo método enzimático 
colorimétrico. 
 
3. MATERIAL UTILIZADO 
➔ Espectrofotômetro 
➔ Banho-Maria 
➔ Pipetador e ponteira 
➔ Galeria 
➔ Tubos de ensaio 
➔ Água destilada 
➔ Becker 
 
4. MÉTODO 
 
 A glicose oxidase (GOD) catalisa a oxidação da glicose para ácido glicônico e peróxido 
de hidrogênio. Através de uma reação oxidativa de acoplamento catalisada pela peroxidase 
(POD), o peróxido de hidrogênio formado reage com 4-aminoantipirina e fenol, formando um 
complexo de cor vermelha (quinoneimina), cuja absorbância medida em 500 nm, é 
diretamente proporcional à concentração de glicose na amostra. 
 
6 
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
 Identificar dois tubos de ensaio com “Teste” e “Padrão”, onde foi adicionado ao tubo teste 
25 l da amostra de soro, no outro tubo foi adicionado 25 l de solução padrão e 2,5 ml deμ μ 
reagente de cor em cada tubo. Em seguida foi feita a homogeneização e a incubação dos 
tubos a 37°C por 10 minutos em banho-maria. 
Após atingirem a temperatura do banho-maria as 
amostras foram levadas ao espectrofotômetro, e os 
resultados obtidos foram: 
 
Absorbância do teste: 0,112 
Absorbância do padrão: 0,369 
 
 
CÁLCULO 
Glicose (mg/dl) = ​Absorbância do teste ​x CP 
 Absorbância do padrão 
 
 
➔ 0,112 ​x 100 = ​30,3 mg/dL 
 0,369 
 
 
VALORES DE REFERÊNCIA: 
De 70 a 99 mg/dL Normal 
De 100 a 125mg/dL Pré-diabetes 
> 126 mg/dL Diabetes 
 
 
 
6. DISCUSSÃO 
 A glicose no sangue é capaz de alterar todo o nosso metabolismo sendo que ela varia de 
acordo com a quantidade de carboidratos que ingerimos e ainda sofre a interferência de 
alguns fatores fisiológicos e psicológicos a que estamos sujeitos no durante o dia. A glicose 
pode ter uma queda se for injetada insulina no organismo sendo que isto pode acontecer 
devido à liberação pelo pâncreas, pela injeção de medicamentos para diabetes, pela prática 
de exercícios físicos ou ainda pela ingestão de álcool. 
 A glicose pode aumentar no organismo, se a pessoa ficar muito estressada liberando 
hormônios que propiciam o aumento do açúcar no sangue, se utilizar anticoncepcionais, 
além da gravidez e algumas doenças que podem ocasionar um sobe e desce da glicose 
muito prejudicial a nossa saúde. Quando uma pessoa apresenta queda de glicose no 
sangue ela caracteriza um quadro de ​hipoglicemia​ e isto causa fraqueza, sudorese, 
desmaios e pode chegar ao coma.O quadro de hipoglicemia é mais sério, pois nosso 
7 
cérebro não armazena oxigênio nem glicose e se o nível de glicose baixar muito podem 
ocorrer lesões cerebrais graves com sequelas, podendo causar até a morte. 
 
 
1. Que condições clínicas explicam a hipoglicemia e a hiperglicemia de um 
paciente? 
 Existem dois tipos de​ hipoglicemia​: a de jejum e a pós-prandial, ou reativa, que pode ser 
causada pela produção exagerada de insulina pelo pâncreas, medicamentos utilizados no 
tratamento de diabetes, insuficiência hepática, cardíaca ou renal, tumores pancreáticos, 
consumo de álcool, deficiência dos hormônios que ajudam a liberar glicogênio. 
 A hipoglicemia pós-prandial ou reativa ocorre por volta de três a cinco horas depois das 
refeições, como resultado do desequilíbrio entre os níveis de glicose e de insulina no 
sangue. Em geral, ela se manifesta em pessoas predispostas depoisda ingestão de 
alimentos ricos em açúcar e nos pacientes submetidos à cirurgia do estômago, ou em fase 
inicial da resistência à insulina. 
 Os sinais da hipoglicemia podem ser produzidos pelos hormônios de contra regulação e 
pela redução da glicose no cérebro. No primeiro caso, os sintomas são: tremores, tonturas, 
palidez, suor frio, nervosismo, palpitações, taquicardia, náuseas, vômitos e fome. No 
segundo, confusão mental, alterações do nível de consciência, perturbações visuais e de 
comportamento que podem ser confundidas com embriaguez, cansaço, fraqueza, sensação 
de desmaio e convulsões. 
 O tratamento da hipoglicemia está diretamente associado à causa do distúrbio. A retirada 
cirúrgica de tumores, a abstinência de álcool em jejum, um novo esquema medicamentoso, 
por exemplo, são formas diferentes de solucionar o problema. 
 Quanto à hipoglicemia reativa, o melhor é prevenir as crises. Assim como nos casos de 
diabetes, é fundamental restringir ao máximo a ingestão de açúcares. 
A ​hiperglicemia​ acontece quando há pouca insulina no organismo ou quando o corpo não 
consegue usá-la apropriadamente. Ela pode ser causada por: 
● Dose incorreta de insulina, no Tipo 1; 
● Dificuldade do corpo para utilizar a insulina que está sendo produzida (resistência à 
insulina), no caso do Tipo 2; 
● Excesso de alimentação – e carência de exercícios físicos; 
● Stress causado por uma doença, como uma gripe; 
 O chamado ‘fenômeno do alvorecer’. Todas as pessoas passam por essa condição, 
tenham ou não diabetes. É uma onda de hormônios que o corpo produz entre 4h e 5h da 
manhã, todos os dias, e que provocam uma reação do fígado, com liberação de glicose e 
preparação do organismo para mais um dia de atividades. O corpo produz menos insulina e 
mais glucagon, mas as pessoas com diabetes não têm respostas normais de insulina para 
regular essa onda, e a glicemia de jejum pode subir consideravelmente. Para evitar essa 
condição deve-se: jantar no início da noite, fazer uma caminhada leve após o jantar, 
perguntar ao médico sobre medicamentos específicos ou ajuste do tratamento do diabetes, 
seja insulina ou outros medicamentos. 
 
 
 
 
8 
2. Explique o princípio do Teste de Tolerância à Glicose. 
 É um exame médico no qual é dado uma carga de glicose ao paciente via oral, através de 
uma bebida adocicada (glicose anidra), após um determinado tempo é colhida uma amostra 
do sangue para avaliar a taxa de glicose no sangue. 
 A principal indicação para o Teste de Tolerância à Glicose é o diagnóstico ou confirmação 
de Diabetes Mellitus. 
 Existe uma série de outras situações onde esse teste também pode ser de grande auxílio, 
como por exemplo: 
● Na detecção de Resistência à Insulina (um problema relacionado com a Diabetes 
Tipo 2); 
● Situações de Hipoglicemia Reativa, quando há sintomas de Hipoglicemia em torno 
de 4 horas após uma refeição muito rica em carboidratos; 
● No diagnóstico de Acromegalia, situação em que há excesso da produção de 
Hormônio do Crescimento – GH, geralmente por tumores benignos da glândula 
Hipófise; 
● Em situações raras de alteração do metabolismo dos Carboidratos. 
 
 O teste é realizado após o jejum de 8 a 12 horas, por isto geralmente é realizado pela 
manhã, coleta-se a primeira amostra sanguínea após o paciente receber uma solução com 
glicose, que será ingerida dentro de 5 minutos, geralmente a solução contém 75g de 
glicose, após duas horas será coletada uma nova amostra de sangue, logo é realizada 
análise e de acordo com o nível de glicose encontrado é comparada a valores de referência, 
estes podem variar de acordo com a condição da pessoa, podendo dizer que está com a 
Glicemia normal, tolerância à glicose diminuída (conhecida como pré-diabetes) ou diabetes 
mellitus. 
 
3. Explique o que é e para que serve o exame de hemoglobina glicada. 
 Os níveis de glicose sanguínea persistentemente elevados são tóxicos ao organismo por 
meio de três mecanismos diferentes: promoção da glicação de proteínas, hiperosmolaridade 
e aumento dos níveis de sorbitol dentro da célula. É mediante esse processo de glicação 
das proteínas que a glicose sanguínea liga-se à molécula de hemoglobina. 
 A quantidade de glicose ligada à hemoglobina é diretamente proporcional à concentração 
média de glicose no sangue. Uma vez que os eritrócitos têm um tempo de vida de 
aproximadamente 120 dias, a medida da quantidade de glicose ligada à hemoglobina pode 
fornecer uma avaliação do controle glicêmico médio no período de 60 a 120 dias antes do 
exame. 
 Quanto maior a quantidade de glicose no sangue, mais hemoglobina glicada é formada. 
Sempre é necessário individualizar o valor de A1c/HbA1c, levando em conta vários dados 
clínicos como:​ idade​, ​presença de outras doenças​, eventos frequentes de hipoglicemias​. 
 ​O resultado de um exame de HbA1c indica qual a porcentagem das hemoglobinas estão 
unidas à glicose. Assim, se o resultado for de 7%, então 7% das hemoglobinas estão 
glicadas. Atualmente, o consenso dentre várias entidades médicas nacionais e 
internacionais é de que o valor ​MAIOR OU IGUAL a 6,5% indica que a pessoa está com 
diabetes. 
9 
 Para quem já sabe que está com diabetes, recomenda-se que mantenha os valores de 
hemoglobina glicada no máximo em 8%. Isto indica que a glicemia está sendo 
razoavelmente bem controlada ao longo dos últimos meses. 
 Valores ótimos de hemoglobina glicada, seja para diabéticos, seja para pessoas que não 
sejam portadoras do diabetes, variam de 4 a 6.0%. 
 
4. Que condições podem alterar a Dosagem de Glicose? (Ex: Medicamentos, 
Atividade Física) 
Álcool e café:​ Nem uma gota de cerveja, vinho ou uísque 72 horas antes de submeter seu 
sangue a avaliações. O álcool agride o fígado, que responde liberando doses extras de 
triglicérides. Também ocorrem mudanças na glicemia, porque as bebidas contêm açúcar. Já 
a cafeína, se ingerida em excesso, pode reduzir momentaneamente a quantidade de glicose 
nas artérias. 
Gestação:​ Checar a saúde da mãe e do bebê constantemente é imprescindível. Mas as 
mudanças hormonais nessa fase exigem padrões diferentes em diversos exames 
sanguíneos. 
Atividade física:​ Os exercícios alteram a concentração de diversas moléculas no sangue. 
Praticar um esporte diminui a quantidade de glicose circulante, sabotando exames que 
flagram o diabete e acompanham sua evolução. 
Medicamentos: ​Evitar a ingestão de qualquer medicamento durante o período de jejum, 
pois eles podem interferir no resultado. 
 
 
5. É possível medir a concentração de glicose na urina em que condições? 
 ​ A urina de um indivíduo saudável contém menos de 0,1% de glicose que não pode ser 
detectada com exames de urina normal. 
 A urina normalmente não contém uma quantidade significativa de açúcar ou glicose 
porque os rins reabsorvem a glicose filtrada que volta para a corrente sanguínea. A glicose 
na urina pode ser encontrado apenas quando o nível de açúcar no sangue aumenta a fim 
de exceder a capacidade dos rins de reabsorver esta substância. 
 Existe um limiar renal para a glicose que varia de cerca 160 a 190 mg/dL. 
 Se o açúcar no sangue é muito alto e excede esse limite, os rins se enchem e não 
conseguem reabsorver a glicose. Como resultado, uma quantidade significativa de glicose 
pode passar para a urina. Esta doença é conhecida como glicosúria. 
Os valores de referência são: 
● Zero → em exames de urina simples, a glicose não deveria ser encontrada 
● 30 a 90 mg → no exame de urina de 24 horas, independentemente se o paciente é 
um homem, mulher ou criança. 
Uma quantidade pequena é aceitável: 0-15 mg/dl. 
Não existe um nível normal de glicose na urina porque a glicose não deve estar presente na 
urina. 
 O nível de glicose na urina é determinado pelo teste da glicosúria que diz se a glicose 
está presente ou não na urina. Este teste inclui uma hastee um tampão sensível, 
umedecido com produtos químicos específicos que reagem com a glicose. Quando a urina 
entra em contato com a tampão e a haste, o tampão muda de cor se existe glicose na urina. 
10 
Além disso, a tonalidade e a cor também indicam o nível de concentração de glicose na 
urina. 
Também existe o exame com tiras reativas. Quando estas tiras são mergulhadas na 
amostra da urina, mudam de cor na presença de glicose e indicam a concentração deste 
composto. 
 É possível fazer uma comparação com a tabela de cores de referência presente no kit 
para entender o significado das cores. 
 Quando o teste mostra níveis anormais de glicose na urina, são necessárias 
investigações adicionais. No entanto, para as pessoas com um limiar renal baixo para a 
glicose (glicosúria renal), a interpretação do teste de urina é difícil. 
 As pessoas que tomam medicação devem informar ao médico do problema. 
 
 
6. A Dosagem da Insulina poderia ser uma opção para identificar pacientes 
hiperglicêmicos? Justifique. 
 Não. A dosagem da insulina é útil em casos bastante selecionados, principalmente na 
investigação de hipoglicemia. Isoladamente, a dosagem de insulina não deve ser 
considerada, precisando sua interpretação ser conjunta com a glicemia, nos casos de 
investigação de resistência à insulina. Para a avaliação da reserva insulínica no diabetes, o 
peptídeo C deve ser utilizado em lugar da dosagem de insulina. 
 
 
7. CONCLUSÃO 
 
 Considerando-se uma faixa de segurança, em jejum, entre 60 e 100 mg/dL, concluímos 
que o paciente o qual cedeu a amostra está com um nível glicêmico baixo. 
 O paciente apresenta um quadro de hipoglicemia grave. 
 No entanto, uma vez instalada a crise hipoglicêmica, o paciente deve tomar um copo de 
suco de laranja, ou de refrigerante não dietético, ou meio copo de água adoçada com uma 
colher de açúcar, ou chupar balas para repor os níveis de glicose. O efeito será mais rápido 
se esses alimentos forem ingeridos junto com carboidratos de longa duração, como pães, 
pipocas, biscoitos, etc. Se o nível de consciência estiver comprometido, o paciente deve ser 
encaminhado para atendimento médico, a fim de receber a medicação adequada. 
Recomendações: 
● Refeições menores e mais próximas umas das outras ajudam a prevenir a queda da 
glicose no sangue; 
● Refeição leve, à base de carboidratos e proteínas, antes de dormir ajuda a prevenir 
crises noturnas de hipoglicemia. 
● A prática de exercícios físicos pode exigir o consumo de carboidratos para evitar a 
queda brusca dos níveis de glicose no sangue. 
 
 
 
 
 
 
11 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
1. CHAMPE, Pamela C; HARVEY, Richard A - Bioquímica Ilustrada. 2ed. Porto Alegre: 
Artes Médicas Sul (ARTMED), 1996. 
2. JUNIOR, Wilmo E. Francisco. (2007) Carboidratos: Estrutura, Propriedades e 
Funções. Disponível em: < http:qnesc.sbq.org.br/online/qnesc29/03-CCD-2907.pdf > 
Acesso em: 25 de maio 2018. 
3. NIEMES, Alan. Teste de tolerância à glicose, exame de curva glicêmica. (2016). 
Disponível em: < http:medsimples.com/teste-tolerancia-glicose > Acesso em: 25 de 
maio de 2018. 
4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de 
Diabetes: 2015-2016, 2016. Disponível em:http: www.diabetes.org.br/ sbdonline/ 
images/docs/DIRETRIZES-SBD-2015-2016.pdf. Acesso em: 25 de maio 2018. 
5. GLICOSE NA URINA. Disponível em : < http:www.fisioterapiaparatodos.com/p/ 
exame/glicose-na-urina/ Acesso em: 25 de maio 2018., 
6. VIEIRA, Suzana. Dosagem da insulina - do diabetes a hipoglicemia. Disponível em: 
https:drasuzanavieira.med.br/2017/08/05/dosagem-de-insulina/ Acesso em: 25 de 
maio 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Prática 03: Dosagem de Amilase 
 
1. INTRODUÇÃO 
 As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. Elas possuem 
extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos 
catalisadores produzidos pelo homem. Aceleram a velocidade da reação sem participar dela 
como reagente ou produto. A sua atividade catalítica depende da integridade da sua 
conformação proteica nativa. 
 Em algumas doenças, especialmente nas desordens genéticas herdadas, pode ocorrer 
uma deficiência ou mesmo a ausência total de uma ou mais enzimas. Outras condições 
anormais também podem ser causadas pela excessiva atividade de uma enzima. Medidas 
da atividade de enzimas no plasma sanguíneo, eritrócitos ou amostras de tecidos são 
importantes no diagnóstico de várias doenças. 
 A amilase é uma enzima catalisadora da hidrólise da amilopectina, amilose e do 
glicogênio em maltose e dextrinas. 
 O amido é a forma de armazenamento para a glicose nos vegetais, sendo constituído por 
uma mistura de amilose (amido não ramificado) e amilopectina (ramificado). A estrutura do 
glicogênio é similar ao da amilopectina, com maior número de ramificações. 
 Na saliva encontra-se uma forma de alfa-amilase denominada ptialina e no pâncreas, a 
amilase pancreática. Sendo uma enzima da classe das hidrolases que atua extracelular 
para clivar o amido e o glicogênio que são ingerido na dieta. 
 A dosagem de amilase garante suas principais aplicações clínicas nas enfermidades 
pancreáticas, principalmente no diagnóstico de pancreatite aguda. 
 
2. OBJETIVO 
 Medir a concentração de amilase no soro. 
 
3. MATERIAL UTILIZADO 
➔ Espectrofotômetro 
➔ Banho-Maria 
➔ Tubos de ensaio 
➔ Pipetas 
➔ Pipetador e ponteira 
➔ Água destilada 
➔ Galeria 
➔ Substrato de amido 
➔ Substrato de iodo 
 
4. MÉTODO 
 A amilase hidrolisa o amido liberando moléculas de açúcares e dextrina. Após a adição da 
solução de iodo ocorre a formação de cor azul com o amido não hidrolisado do substrato. 
13 
Nesta técnica, a atividade da amilase da amostra analisada é inversamente proporcional à 
intensidade de cor azul formada e é calculada em comparação com um controle de 
substrato. 
 
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 ​Identificou-se os tubos de ensaio como teste e controle, foi adicionado o substrato de 
amido em cada um dos tubos, logo em seguida foi incubado em banho-maria por 2 minutos 
a 37°C. Depois foi colocado 20µl, da amostra apenas no tubo teste. Feita a 
homogeneização, foi colocado novamente em banho maria por mais 07 minutos e 30 
segundos a 37°C. Em seguida foi adicionado 1,0ml de solução de iodo nos tubos teste e 
controle e 8,0 ml de água destilada nos dois tubos. Após esses procedimentos, as amostras 
foram levadas ao espectrofotômetro para determinar a absorbância. Um tubo por vez foi 
levado ao equipamento, zerando o aparelho com água destilada. A partir das absorbâncias 
encontradas, foi realizado o cálculo com a seguinte 
fórmula: 
 
 Amilase (U/dl) = ​Abs. Controle - Abs. Teste ​x 800 
 Abs. Controle 
 
Absorbância do teste: 0,254 
Absorbância do controle: 0,260 
 
Amilase (U/dl) = ​0,260 - 0,254 ​x 800 = ​18,46 U/dL 
 0,260 
 
VALORES DE REFERÊNCIA: 60 a 160 u/dl 
 
 
6. DISCUSSÃO 
 De acordo com os resultados obtidos ao compará-lo com os valores de referências que 
são de 60 a 160 U/dl, percebe-se que o nível de amilase no sangue está baixo. 
 Os valores de amilase baixa normalmente são sinal de lesão permanente nas células que 
produzem amilase, e por isso estão relacionados aos casos de pancreatite crônica, na 
pancreatite crônica os valores de amilase podem estar um pouco elevados, mas à medida 
que o pâncreas vai sendo destruído, o nível baixa. 
 No entanto, a amilase baixa também podem indicar problemas nos rins, sendo 
recomendado fazer outros exames para identificar o diagnóstico correto e iniciar o 
tratamento adequado. 
 
 
a) Em que classe de enzimas se encontra a amilase? Justifique sua resposta. 
 A amilase é uma enzima daclasse das hidrolases que catalisam o desdobramento do 
amido e glicogênio ingeridos na dieta. Hidrolisam as ligações glicosídicas que unem os 
resíduos de glucose em cadeias que compõem a macromolécula de amido. 
14 
Existem três tipos diferentes de amilases: 
a) A​ α-amilase​ (E.C. 3.2.1.1) cliva aleatoriamente as ligações glicosídicas α-1,4 internas 
nas cadeias de amido. A clivagem destas ligações gera produtos de baixo peso molecular 
como a glicose, a maltose (dissacarídeo composto por dois resíduos de glicose) e 
maltotriose (trissacarídeo composto por três resíduos de glicose), etc. 
Esta enzima também recebe o nome alternativo de α-1,4-glucan-4-glucano-hidrolase e 
como quebra ligações internas é classificada como uma endoamilase. 
A α-amilase é uma metaloenzima de cálcio, isto é, depende da presença do cálcio (Ca2+) 
para a sua estabilidade; o cálcio funciona como um cofator. 
b) A​ β-amilase​ (E.C. 3.2.1.2) é classificada como uma exo-amilase que atua a partir da 
extremidade não redutora da cadeia polissacáridea, clivando a segunda ligação glicosídica 
α-1,4, liberando, assim, sucessivas moléculas de maltose. 
c) A ​γ-amilase​ (E.C. 3.2.1.3) é a enzima que cliva as ligações glicosídicas α-1,6. 
Adicionalmente também hidrolisa a primeira ligação α-1,4 na extremidade não redutora, 
liberando unidades de glucose. 
 
b) Qual a importância da dosagem de enzimas no soro? Explique usando como 
exemplo a dosagem de amilase. 
 ​A determinação de enzimas no laboratório clínico tem uma grande aplicação para o 
diagnóstico, prognóstico e acompanhamento da terapia de diversas patologias, 
especialmente no caso das doenças hepáticas, cardíacas, ósseas, musculares e 
pancreáticas. Em alguns processos patológicos, as determinações enzimáticas contribuem 
significativamente para estabelecer a causa, localização e grau de extensão da lesão, para 
fazer o controle do tratamento e ainda para determinar a cura. Assim sendo, as dosagens 
enzimáticas são extremamente importantes para a compreensão e controle de inúmeras 
doenças. Na atualidade, cerca de 10 enzimas são dosadas nos laboratórios clínicos, 
compreendendo, aproximadamente, 20 a 25% do total de exames realizados. 
 
 
c) Em que situação o exame “Dosagem de amilase” é solicitado? Explique as 
consequências de um resultado anormal. 
 O exame de amilase geralmente é solicitado quando há suspeita de pancreatite 
(inflamação no pâncreas) ou outras doenças que afetam o pâncreas. 
 O nível de amilase pode aumentar até 6 vezes em casos de pancreatite aguda. O 
aumento ocorre dentro de 1 a 3 dias após o início da inflamação. Já na pancreatite crônica 
os valores de amilase podem estar um pouco elevados, mas à medida que o pâncreas vai 
sendo destruído, o nível baixa. 
 
 
d) Quais os principais interferentes neste tipo de exame “Dosagem de amilase”? 
Explique. 
15 
 Drogas que podem provocar um aumento na amilase sérica e urinária são:ácido 
aminosalicílico, analgésicos, narcóticos, anticoncepcionais orais, aspirina, azatioprina, 
corticosteróides, etanol, furosemida, glicocorticóides, metildopa, meios de contraste 
contendo iodo, e prednisona. 
 Drogas que podem diminuir os níveis de amilase no soro e na urina são: citratos, glicose 
e oxalatos. 
 
e) Além das glândulas salivares e do intestino, onde mais é encontrada 
“Atividade amilásica”? 
 A amilase é uma hidrolase de produção pancreática, sendo sua produção realizada nas 
células acinares do pâncreas para posterior liberação no duodeno. Bem como as glândulas 
salivares também são responsáveis por sua produção. 
 A amilase é responsável pela clivagem de polissacarídeos aos seus monômeros 
carboidratos, sendo essa hidrólise iniciada logo na boca no momento de ingestão do 
alimento pela amilase salivar. Essa amilase ao entrar em contato com o estômago é inibida, 
por causa do ácido clorídrico estomacal de pH muito baixo. Quando da chegada do alimento 
ao intestino, a amilase volta a atuar pelo suco pancreático, fragmentando os demais 
açúcares. 
 
f) Existem outros métodos para determinação da atividade amilásica? Caso 
afirmativo, mostre quais métodos explicando em que se baseia cada método? 
 
Sim. Metodologia Cinética Colorimétrica (Método do Cloro Nitrofenol) 
Fundamento Químico:​ A -amilase hidrolisa o substrato 2-cloro-4-nitrofenil-α α
-D-maltotriose (CNPG3), liberando 2-cloro-4-nitrofenol (CNP) e formando 2-cloro-4-nitrofenil-
-D-maltoside (CNPG2), maltotriose (G3) e glicose (G). A velocidade de formação doα 
2-cloro-4-nitrofenol é medida fotometricamente em 405 nm, possibilitando uma 
determinação direta da atividade da amilase na amostra analisada. 
 
VALORES DE REFERÊNCIA 
Soro: 22 a 80 U/L 
Urina: até 320 U/L 
Relação Amilase Urinária/Creatinina Urinária: até 400 U/g 
Relação Depuração Amilase/Depuração Creatinina: 1,0 a 4,0% 
 
 
 
7. CONCLUSÃO 
 Através da prática para dosagem de amilase no soro, foi possível identificar que o 
paciente analisado possuía o valor de amilase 18,46 u/dl. Valor este muito abaixo da média 
de referência. 
 Quando a amilase está baixa, é um sinal de que as células que produzem a enzima no 
pâncreas estão sendo destruídas. Isso pode ocorrer em casos de pancreatite crônica, 
câncer de pâncreas, fibrose cística avançada, cirrose, hepatites e ainda toxemia gravídica. 
16 
 A interpretação do resultado do exame de amilase deve ser feita pelo médico que 
solicitou o exame, que também levará em consideração outras informações, como a história 
clínica, presença de sinais e sintomas e o exame físico do paciente. 
 
 
 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
1. DAVID L. NELSON & MICHAEL M. COX. Lehninger. Princípios de.bioquímica. 5ª 
edição. W . H. Freeman e companhia. Nova York. 
2. ESTEVES, César. Amilase. Disponível em: http:knoow.net/ciencterravida/biologia/ 
amilase/ Acesso em: 26 de maio 2018. 
3. LOPES, Homero, J. de J. Enzimas no Laboratório Clínico: Aplicações Diagnósticas. 
Belo Horizonte - MG. 1998. Disponível em:< http:www.goldanalisa.com.br/arquivos/ 
%7BD24 E41CD-601C-4721 -BDA7-E5B1CB3512B3%7D_Enzimas_no_Laboratorio 
_Clinico[1].pdf > Acesso em: 26 de maio 2018. 
4. AMILASE. Disponível em: <https:www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/amilase> 
Acesso em: 26 de maio 2018. 
5. CÂMARA, Brunno. Enzimas de Diagnóstico. Disponível em: 
<https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/12/enzimas-de-diagnostico.html> 
Acesso em: 26 de maio 2018. 
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