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Aula 5 Gestão da Cadeia de Suprimentos

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Gestão da Cadeia de Suprimentos
Aula 5) Tecnologia da Informação – papel e importância
A revolução da tecnologia da informação
O avanço da tecnologia de informação (TI) nos últimos anos vem permitindo às empresas executarem operações que antes eram inimagináveis. Atualmente, existem vários exemplos de empresas que utilizam a TI para obter reduções de custo e/ou gerar vantagem competitiva. Vamos ver, a seguir, três exemplos:
DELL COMPUTER
A Dell Computer investiu na venda direta e customizada de computadores pela Internet. O resultado foi um faturamento de US$ 12,3 bilhões em 1998, crescendo 60% em apenas um ano. Além disso, ela obteve um lucro de quase US$ 1 bilhão, sendo considerada como a de melhor desempenho no setor de tecnologia de informação pela revista Business Week em 1998.
WAL-MART
O Wal-Mart, maior varejista do mundo, possui 5.000 fornecedores em todo o mundo e 3.000 lojas localizadas nos Estados Unidos, controla e gerencia suas atividades baseando-se fortemente em TI.
SOUZA CRUZ
Todos estes exemplos denotam como a TI, tanto por meio de sistemas, quanto pelo avanço dos hardwares, é fundamental para o desenvolvimento da Logística.
Como este assunto é bastante abrangente, neste artigo serão ressaltadas exclusivamente questões relativas à utilização de sistemas de informação, não entrando em questões relacionadas ao hardware, que serão tratadas numa próxima oportunidade.
Atualmente existe uma verdadeira agitação no que diz respeito à implementação de sistemas de gestão empresarial, conhecidos como ERP. Não são apenas as grandes empresas que têm oportunidade para implementação desta solução: há pacotes de todos os tamanhos e para vários orçamentos.
Estes sistemas visam basicamente permitir a empresa "falar a mesma língua", possibilitando uma gestão integrada. Com isso, relatórios gerenciais com informações diferentes estão com seus dias contados.
Mas e a Logística? Como ela está sendo abordada? O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações logísticas.
Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque, movimentações nos armazéns, documentação de transporte e faturas são algumas das formas mais comuns de informações logísticas.
Antigamente
Antigamente, o fluxo de informações baseava-se principalmente em papel, resultando em uma transferência de informações lenta, pouco confiável e propensa a erros. O custo decrescente da tecnologia, associado a sua maior facilidade de uso, permite aos executivos poder contar com meios para coletar, armazenar, transferir e processar dados com maior eficiência, eficácia e rapidez.
Transferência
A transferência e o gerenciamento eletrônico de informações proporcionam uma oportunidade de reduzir os custos logísticos através da sua melhor coordernação. Além disso, permite o aperfeiçoamento do serviço baseando-se principalmente na melhoria de oferta de informações aos clientes.
Distribuição
Tradicionalmente, a Logística concentrou-se no fluxo eficiente de bens ao longo do canal de distribuição. O fluxo de informações muitas vezes foi deixado de lado, pois não era visto como algo importante para os clientes. Além disso, a velocidade de troca/transferência de informações limitava-se à velocidade do papel.
Atualmente, três razões justificam a importância de informações precisas e a tempo para sistemas logísticos eficazes.
	1
	Os clientes percebem que informações sobre status do pedido, disponibilidade de produtos, programação de entrega e faturas são elementos necessários do serviço total ao cliente.
	2
	Com a meta de redução do estoque total na cadeia de suprimento, os executivos percebem que a informação pode reduzir de forma eficaz as necessidades de estoque e recursos humanos. Em especial, o planejamento de necessidades que utiliza as informações mais recentes pode reduzir o estoque, minimizando as incertezas em torno da demanda.
	3
	A informação aumenta a flexibilidade permitindo identificar (qual, quanto, como, quando e onde) os recursos que podem ser utilizados para que se obtenha vantagem estratégica.
Exemplo
Um exemplo de posicionamento estratégico baseado em tecnologia da informação é o caso de empresas de entrega expressa. A Fedex foi a primeira a oferecer serviço de entrega para o dia seguinte em 1973 nos Estados Unidos. No final dos anos 80, com elevados investimentos em TI, ela passou a ter o controle de todo o ciclo do pedido do cliente. Com isso podia manter total rastreabilidade do pedido. Atualmente seu sistema processa 63 milhões de transações por dia, o que equivale a 3 milhões de pacotes entregues.
A UPS, maior empresa americana deste segmento, investiu US$ 1,5 bilhão entre os anos de 1986 e 1991 para atingir o mesmo patamar de sua concorrente com relação aos serviços prestados.
Outro exemplo de como a informação tem grande importância na logística é a interação entre fabricantes e varejistas no gerenciamento da cadeia de suprimentos, promovida no Brasil pelo Movimento ECR Brasil.
Com tal prática, algumas redes varejistas começam a disponibilizar informações do ponto de venda para seus fornecedores de modo que estes sejam responsáveis pelo ressuprimento automático dos produtos. Isto reduz consideravelmente o custo com estoque dos varejistas e possibilita aos fabricantes ter melhor previsibilidade da demanda, propiciando uma utilização de recursos mais racionalizada.
Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as operações logísticas. Estas operações tanto ocorrem dentro de uma empresa específica, bem como ao longo de toda a cadeia de suprimentos.
Logística
Hardware - Computadores e dispositivos para armazenagem de dados, instrumentos de entrada e saída do mesmo, tais como: impressoras de código de barras, leitores óticos, GPS, etc.
Software - Sistemas e aplicativos/programas usados na logística.
Esta aula explica que o enfoque integrador da Logística é cada vez mais reconhecido pelas empresas internacionais por seu potencial para reduzir custos e tornar-se mais competitiva, sem sacrificar, e muitas vezes priorizando, o nível de serviço oferecido.
Algumas questões são difíceis para o gerente de Logística responder, sem a assistência de um sistema construído com esse objetivo, tais como:
Quais as implicações no serviço ao usuário de diferentes estratégias de distribuição?
Onde deverão estar posicionados os estoques?
Qual a configuração da rede de um sistema logístico de mínimo custo que mantém certos critérios de serviço ao usuário?
Quais seriam as estratégias de redefinição da rede sob condições variáveis do sistema?
Agora iremos falar sobre a Evolução Tecnológica da Logística, a Integração da Tecnologia da Informação com a Logística, o Impacto da Tecnologia nas variáveis estratégicas na Logística, os Princípios básicos operacionais e algumas aplicações em Logística.
Entre 1950 e 1970
Tanto a Tecnologia da Informação, mais comumente chamada de TI, como a Logística surgiram em épocas muito próximas. A Logística surgiu antes de 1950 e era utilizada na área militar para planejar e realizar a aquisição, armazenagem, distribuição, manutenção e transporte de materiais. Entre 1950 e 1970, houve a necessidade de redução de custos devido à mudança de padrões e atitudes dos consumidores, implantação do sistema de análise de custos total, integração das diversas atividades logísticas na empresa e pela preocupação com o serviço de atendimento ao cliente.
Nos anos 70
Com o passar do tempo e o aprimoramento de suas técnicas e tarefas a executar, nos anos 70, a logística se preocupou em reduzir as necessidades de transporte e armazenagens, flexibilização no sistema de produção, desenvolvimento da informática e incorporação do atendimento ao cliente.
Nos anos 80
Nos anos 80, foram consolidados os conceitos da logística integrada, incluindo a administração de materiais e a distribuição física dosmesmos. Na década seguinte, surgiu o serviço total aos clientes, em que houve a integração de todos os elos da cadeia Logística, incluindo fornecedores e clientes. Esta integração está baseada no fato de que uma empresa é competitiva através da produtividade e da qualidade dos produtos oferecidos ao cliente. Tal integração se dá através do SCM - Supply Chain Management (programa utilizado para integrar os processos industriais e comerciais, partindo dos fornecedores iniciais até os consumidores finais) gerando produtos, serviços e informações que agreguem valor para o cliente. Portanto, uma estratégia de cadeia de fornecedores sincronizada tem por objetivo criar valor para todos os participantes dentro da rede de relacionamentos, não apenas para a maior empresa envolvida.
Nos anos 70 e 80
Devido a exigências do mercado em obter respostas rápidas para seus problemas, surgiu um setor vital para a economia atual, que é a economia da informação ou Tecnologia da Informação. Na busca pela competitividade, as empresas passaram a utilizar ferramentas como: JIT - Just in Time que em sua abordagem mais simples significa estoque zero, ou seja, só produz bens ou serviços quando tiver demanda. Mas não é de hoje que surge esta necessidade pela competitividade. Nos anos 70, ano de origem da Tecnologia da Informação, surgiu o MRP - Materials Requirement Planning (programa para resolver soluções de processamento das requisições de materiais a partir da previsão e estrutura dos produtos) identificando quais são os itens necessários, bem como quando e quanto deverão ser comprados ou fabricados. Com o aprimoramento do MRP, surgiu nos anos 80 o MRP II - Manufacturing Resources Planning passando a ter o planejamento dos recursos de manufatura, considerando-os recursos críticos, equipamentos, ferramentas, necessidade de mão-de-obra, programação consolidada e avaliação de capacidade infinita.
Nos anos 90
Nos anos 90, surgiu o ERP – (Enterprise Resource Planning), um dos programas mais importantes para a gestão empresarial, o qual é uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações integradas, geralmente dividido em módulos que se comunicam e se atualizam uma mesma base de dados. Tem a finalidade de dar suporte a todas ou à maioria das operações de uma empresa dentre elas aos departamentos administrativo, o de manufatura, o de distribuição, de recursos humanos e o de gestão da qualidade.
Dias atuais
Atualmente não se pode mensurar por completo todos os softwares existentes no mercado, pois a velocidade da informação é muito rápida. Alguns programas estão sendo bastante utilizados pelas empresas. Portanto a Tecnologia da Informação serve para designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da informação e está fundamentada em componentes como hardware, software, sistemas de telecomunicações e gestão de dados e informações. Enquanto a Logística (NOVAES, 2001) é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. Portanto a tecnologia da informação deve ser vista como suporte aos processos de logística e às decisões operacionais e de negócios das empresas. Ao se relacionar comparativamente esses dois segmentos, verifica-se que os mesmos são muito comuns, ou seja, apresentam características iguais ou semelhantes.
Integração da Tecnologia da Informação com a Logística
Segundo Bowersox (2001,177) os sistemas de informações logísticas são para interligar atividades em que se deseja criar um processo integrado e este se baseia em quatro níveis de funcionalidade: sistema transacional, controle gerencial, análise de decisão e planejamento estratégico.
Pode-se observar que as funcionalidades das informações das atividades logísticas estão dispostas em nível de importância, ou seja, para se ter um bom planejamento estratégico é preciso primeiro ter um sistema transacional, um controle gerencial e um apoio às decisões bem eficientes.
SISTEMA TRANSACIONAL
O sistema transacional é a base das operações logísticas; nele é realizado o principal processo logístico, o ciclo do pedido, no qual serão executadas tarefas, como entrada de pedidos, alocação de estoques, separação de pedidos, expedição, formação de preços e emissão de faturas. Esse sistema transacional é caracterizado por regras formalizadas, comunicações inter-funcionais, grandes volumes de transações e um foco operacional nas atividades cotidianas.
CONTROLE GERENCIAL
Terminado o sistema transacional, segue para o controle gerencial, que é o nível que utiliza as informações disponíveis no sistema transacional para o gerenciamento das atividades logísticas. Neste nível, podem-se encontrar atividades como mensuração financeira, gerenciamento de ativos, mensuração do serviço ao cliente e mensuração da qualidade e produtividade.
APOIO À DECISÃO
Seguindo uma escala de ascensão, parte-se então para o apoio à decisão, que é o nível que embasa as atividades operacionais táticas e estratégicas que possuem elevado nível de complexidade. Programação e roteamento de veículos, gerenciamento e níveis de estoque, configurações de redes são algumas atividades que se podem encontrar nesse nível de função logística.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Concretizados esses três níveis, parte-se para o quarto e último nível de funcionalidade da informação logística, que é o planejamento estratégico, em que as informações logísticas são sustentáculos para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da estratégia logística. Nesse nível, encontram-se atividades como formulação de alianças estratégicas, desenvolvimento e aperfeiçoamento de capacitação e oportunidades e análises do serviço ao cliente focadas e baseadas no lucro.

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