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Resumo O quarto de Jack e análise psicanálitica

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UNIVERSIDADE PAULISTA DE CAMPINAS – UNIP
DESDOBRAMENTO DA TEORIA PSICANALÍTICA
O QUARTO DE JACK
CAMPINAS 
2016
DESDOBRAMENTO DA TEORIA PSICANALÍTICA
O QUARTO DE JACK
Trabalho apresentado a prof. Regina, da disciplina: Desdobramento da Teoria Psicanalítica, referente ao 6° semestre do curso de Psicologia/2016.
CAMPINAS – SWIFT
2016
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho têm como objetivo geral e específico relacionar as teorias psicanalíticas com a trama do filme “O Quarto de Jack”. 
O filme relata a história de uma jovem que é sequestrada aos 16 (dezesseis) anos e mantida em cativeiro à 07 (sete) anos, neste tempo, dá à luz a um filho de nome Jack e ambos recebem visitas periódicas do estuprador. 
Quando Jack completa 05 (cinco) anos, Joy decide revelar a história verdadeira ao filho, que até então, sua única realidade é o pequeno quarto que ambos vivem juntos.
No decorrer da história, Joy (mãe de Jack) elabora um plano que com a ajuda do filho lhe dará a chance de voltarem a realidade, que até então é negada ao Jack e recomeçarem suas vidas.
Jack consegue concretizar o plano da mãe, e ambos são retirados do cativeiro. Porém para Joy, a realidade não é a esperada, seus pais estão divorciados, sua mãe vive com outro homem e seu pai não aceita o neto que foi fruto de anos de abuso.
Já Jack é inserido em uma nova vida, distante daquele quarto que até então era sua única realidade, inserido em um mundo onde tudo acontece rapidamente com pessoas reais e um universo de curiosidade.
O filme relata o processo de adaptação de ambos e a relação de cuidado e facilitação do ambiente que a mãe oferece a Jack até que ele possa tornar-se, um sujeito em uma realidade concreta.
2. SÍNTESE DO FILME
	No primeiro ato da trama de “O Quarto de Jack”, nos deparamos com a jovem mãe e o seu filho Jack, na qual estão restringidos em um quarto sem aberturas de janelas, possuindo apenas uma porta que destrava somente quando introduzido corretamente o segredo. Somente uma pequena abertura permite a passagem de luz, e todos os outros cômodos do local estão anexos a esse com poucos metros de distância/cumprimentos quadrados.
Na trama há uma mulher padecente de um sequestro sem decifração, tolerando há sete longos anos em cárcere privado com seu filho que acabara de completar cincos anos. O único contato que os personagens têm com o mundo exterior é um aparelho televisor, que nada mais faz que lesionar os devaneios de Jack, bem como o Velho Nick, o dirigente do cárcere.
O diretor alcança o sucesso em criar em “O Quarto de Jack”, quando em dois momentos, ambos se correspondem a partir de discrepância. Um domínio inteiro repleto de haveres fora elaborado na harmonia solitária do quarto, enquanto o mundo exterior sufoca, reprime, asfixia e causa proporções alarmantes à exteriorização explosiva do emocional que aparece com o abalo e a dificuldade de adequação. Jack e a mãe, então, começam a traçar um plano de fuga.
O filme todo é repleto de um turbilhão de contradições. A mãe de Jack, muito jovem, é negada pelo pai que por sua vez, também nega-se a reconhecer o neto. Firmou que o papel de mãe é promover o sustento mesmo diante de grandes e insuportáveis tribulações. A trama se torna ainda mais interessante quando o espectador nota que não existe um final feliz para esta história. Ao mesmo tempo que a mãe não consegue recomeçar a sua vida, o avô não aceita o neto que foi fruto de anos de abuso e simplesmente decide que não quer contato com ele.
Há grandes indícios percebidos a partir do segundo ato, que o filme quis trabalhar com a ideia de claustrofobia: a predominância de cores suaves, o clima sombrio, e os movimentos sufocantes das lentes, realçam e deixam mais evidentes essa possibilidade. 
Apesar do cárcere, a grande preocupação da mãe é manter o filho feliz e seguro, e quanto à isso, a mesma não mede esforços. 
Evidenciados por uma catástrofe incapaz de se compreender, é Jack quem conquista forças e consegue unificar o que restou de sua pequena família. Justamente quem teria a maior empecilho em relacionar-se com a liberdade foi quem obteve o maior proveito dela. Os papéis dos personagens se revertem ao final do segundo ato, pois é Jack quem passa a cuidar de sua mãe: ele a orienta e faz de tudo para ajudá-la a manter a sanidade. 
A vulnerabilidade de Jack, a princípio preservada com o colo materno, aos poucos sede lugar para aquela curiosidade de quem está assimilando novos códigos, as novas figuras e desejos por novas experiências que o cerca. É na pureza de Jack que esta versão ficcional de tantas histórias reais estudadas pelo diretor consegue reascender o resquício de esperança que ainda resta, e que se faz tão necessária após uma tragédia pessoal tão difícil de desprender.
3. ANÁLISE
Para Winnicott o desenvolvimento emocional está estreitamente ligado a um princípio senado a organização entre o indivíduo e o meio ambiente, este último representado inicialmente pela mãe ou pelo cuidador. Este ambiente seria facilitador na medida em que provê cuidados ao bebê que serão a base da saúde mental. No filme “O quarto de Jack” Joy representa esse ambiente para o pequeno Jack, no qual é possível identificar um laço amoroso, sendo visível verificar a identificação de Ma com seu filho. Ma serve para Jack, como ego auxiliar, até que ele possa tornar-se, ele próprio, um sujeito. Ela oferece palavras ali onde elas ainda não estão, nomeia para o bebê suas sensações corporais, suas experiências, oferece contorno a um mundo que chegaria a ele como caótico, emprestando ao pequeno Jack, sua própria subjetividade. Além disso, Joy incentiva as fantasias de seu filho, criando uma rotina, estabelecendo obrigações, dizendo “não” quando necessário e corrigindo atitudes, conseguindo portanto, ser a mãe suficientemente boa que Winicott designa como
[...] A mãe suficientemente boa soube apresentar-se ao seu bebê como um suporte para seus esporádicos contatos com a realidade, como um ego auxiliar a mãe satisfaz as necessidade iniciais do bebê e promove, quando da saída desta matriz, a experiência fugaz de onipotência[...] (Winicott, 1945).
Jack conversa com seus amigos do quarto, se afeiçoa a um rato, acredita que se transforma em um dragão quando o aquecedor é desligado. A leitura fantasiada que ele faz de sua rotina é tão convincente para si mesmo que posteriormente, ele sente falta do quarto. 
Para desenvolver a vida de fantasia, segundo Winnicott, existe um mundo estritamente íntimo e pessoal, palco dos mistérios de cada um e que está no alicerce do que chamam em psicanálise de aparelho psíquico, cuja função é organizar os processos de pensamento. Sendo assim a fantasia é fundamental para a constituição do sujeito, participando desse processo tanto ou até mais que a própria realidade concreta.
 É possível ver que Joy faz um investimento na criação de um mundo para seu filho, que pudesse amenizar o impacto da situação extrema na qual se encontram, sustentando psicologicamente não apenas o filho, mas ela própria. Infelizmente, ao final do filme as diversas feridas de Joy se reativam no contato com o mundo lá fora, a percepção de tempo à afeta, que antes estavam escondidas ou não eram conhecidas emergem e fragilizam as relações, além da necessidade se se reestabelecer relações com quem ela já não via há muito tempo. Ambos precisarão se adaptar à esse novo universo que para eles se apresenta.
Palavra Chave: Identificação, Ego Auxiliar, Investimento e Self.
4. CONCLUSÃO
A partir da análise deste núcleo, é possível constatar que o ambiente é proporcionado a Jack através de sua mãe, denominada como Ma por ele.
É possível verificar que enquanto Jack e Joy estavam no cativeiro, houve uma perfeita adaptação da mãe as necessidade de Jack lhe permitindo a entrada do livre desenrolar dos processos de maturação.
Salienta-se que Joy representa para Jacka mãe suficientemente boa, pois reflete um ambiente suficientemente bom ao menino, importância vital para a saúde psíquica de Jack, mesmo que ambos estejam sendo mantidos em cativeiro em condições precárias.
	
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WINNICOTT, D.W. Desenvolvimento emocional primitivo (1945). In: Da pediatria à psicanálise, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1993
WINNICOTT, D.W. Preocupação materna primária (1956). In: Da pediatria à psicanálise. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1993.

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