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Direito Empresarial Unidades 1 e 2 Prof. Elaine Coléti Legenda In sem justo, commodo ut, suscipit at, pharetra vitae, orci. Duis sapien nunc, commodo et, interdum suscipit, sollicitudin et, dolor. In sem justo, commodo ut, suscipit at, pharetra vitae, orci. EPÍGRAFE “Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.” (Roberto Shinyashiki) Introdução ao Direito Empresarial 1.1 Definição de Direito Empresarial, Empresa e Empresário 1.2 Constituição Social da Empresa 1.3 Obrigações do Empresário 1.4 FaLência Unidade 1 Definição de Direito Empresarial O Direito Empresarial é o antigo Direito Comercial. É o ramo do Direito que estuda as relações que envolvem a empresa e o empresário As principais fontes do Direito empresarial são o Código Comercial (Lei no 556, de 25 de junho de 1850), o Código Civil (Lei no 10.406 de 10 de junho de 2002), os tratados e regulamentos comerciais, e também os usos e costumes do comércio. Definição de Empresa Empresa: É uma unidade econômico-social, integrada por elementos humanos, materiais e técnicos, que tem o objetivo de obter utilidades através da sua participação no mercado de bens e serviços. ATENÇÃO: Empresa não é sinônimo de empresário Definição de Empresário ● O Código Civil (Lei no 10.406 do dia 10 de junho de 2002), no seu artigo 966, traz expressamente o conceito de empresário: Art. 966: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. ATENÇÃO: Não devem ser confundidas duas expressões : Empresário é a pessoa que exerce a atividade econômica. Sócio é o investidor da sociedade empresária Constituição Social da Empresa ● A atividade pode ser classificada como sociedade empresarial , sociedade limitada ou sociedade simples. Elas podem se constituir vários tipos societários admitidos pela legislação brasileira: sociedade simples, sociedade em comandita por ações, sociedade em nome coletivo, sociedade anônima, sociedade em comandita simples, sociedade limitada e cooperativa. Vamos ver cada uma delas? Constituição Social da Empresa ● Sociedade Empresarial Quando uma atividade necessita de investimentos, de capacitação e de articulação, forma-se a sociedade empresarial ● Sociedade Limitada Como outros tipos societários, é formada por duas ou mais pessoas e tem como característica o fato de os sócios não responderem, via de regra, com seu patrimônio pessoal, pelas dívidas contraídas pela sociedade. ● Sociedade Simples Reservada às atividades não empresariais. Obrigações do Empresário Para que sejam considerados regulares, devem atender a três obrigações: * o registro do contrato na Junta Comercial; * a manutenção de registros regulares nos livros de registro; * e os balanços anuais. O registro da sociedade deve ser feito no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins (comumente chamado de Junta Comercial) de sua respectiva sede antes de iniciar o exercício de sua atividade. O empresário deverá manter registros regulares nos livros de registros obrigatórios, sendo o livro diário o único obrigatório para todos os empresários. A terceira obrigação é a elaboração anual do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico. Falência Assim como a pessoa natural chega ao seu final no momento de sua morte, a Pessoa Jurídica também pode se encerrar. Seu encerramento pode ocorrer, administrativamente ou judicialmente. Chega ao fim a sociedade por vontade dos sócios; administrativamente, em decorrência da inexequibilidade de seu objeto social; e judicialmente, por ordem do Poder Judiciário, como é o caso da falência O registro da sociedade deve ser feito no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins (comumente chamado de Junta Comercial) de sua respectiva sede antes de iniciar o exercício de sua atividade. Alguns requisitos devem ser observados para que ocorra a falência, quais são? Falência Alguns requisitos devem ser observados para que ocorra a falência, quais são? * Impontualidade injustificada O empresário poderá ter a sua falência decretada sempre que não pagar na data do vencimento. * Execução frustrada O empresário devedor poderá ter a sua falência decretada sempre que, ao ser executado por qualquer quantia não paga, não depositada, nem forem nomeados bens à penhora no prazo legal. * Atos de falência O empresário devedor poderá ter sua falência decretada sempre que praticar um dos comportamentos previstos nas alíneas do art. 94, II, chamados de atos de falência: • abandono do estabelecimento comercial, • sem deixar representante habilitado; • alienação irregular do estabelecimento empresarial; • descumprimento do plano de recuperação judicial. Sistema Cambiário Brasileiro Unidade 2 2.1 Teoria geral dos títulos de créditos 2.2 Princípios da cartularidade, literalidade e autonomia 2.3 Classificação dos títulos de crédito 2.4 Os atos cambiários 2.5 Teoria geral dos títulos de crédito O crédito é um dos pilares da sociedade de consumo, permitindo o fluxo de bens e de serviços. Nas palavras de Marlon Tomazette: O crédito representa, em uma ideia geral, a confiança no cumprimento das obrigações, o que facilita extremamente as transações comerciais, que nem sempre representam trocas imediatas de valores. Sem o crédito, a atividade empresarial não teria chegado ao nível atual de desenvolvimento. Foi ele que permitiu a expansão e o desenvolvimento das principais atividades econômicas existentes no mundo moderno. O crédito precisa, para se desenvolver de maneira harmoniosa, de uma relação de confiança entre as parte e de tempo para que se conclua a relação, por meio do pagamento Princípios da cartularidade, literalidade e autonomia Princípio da cartularidade: A palavra “cartularidade” é oriunda de “cártula”, que em latim significa “papel pequeno”. Afirmar que a cartularidade é uma das características principais do título de crédito quer dizer que o credor deve, para receber seu crédito, possuir o documento que o comprova, fisicamente. Princípio da literalidade: Literalidade significa que a obrigação do devedor está integralmente descrita no documento. “A literalidade significa que somente é considerado aquilo que no título estiver expresso, ou seja, não levam em conta os atos gravados em outro documento que não no próprio título, mesmo sendo a ele referido” Princípio da autonomia: Num mesmo título podem ser documentadas várias obrigações. O princípio da autonomia significa que cada obrigação, mesmo que referida no mesmo documento, é autônoma das demais, isto é, a sua validade não afeta a validade das outras. Classificação dos Contratos Os títulos de crédito podem ser classificados baseando-se em diferentes critérios, como o seu modelo, a sua vinculação, as suas hipóteses de emissão, ou, sua estrutura. a) Quanto ao modelo: O título pode ser livre quando não precisa atender a nenhuma forma própria prescrita em lei, bastando para sua validade a observância dos requisitos legais, como a nota promissória e a letra de câmbio. b) Quanto à circulação : O título vinculado pode ser ao portador. Isso significa que não possui o nome do beneficiário do título (credor), sendo considerado o portador o seu legítimo possuidor e circula pela simples tradição. O único título de crédito ao portador é o cheque. Classificação dos Contratos c) Quanto às hipóteses de emissão No que diz respeito às hipóteses de emissão, há duas possibilidades. O título pode ser: • Não causal, ou abstrato, podendo ser emitido para documentar qualquer espécie de crédito, não importando a causa que lhe deu origem. Exemplos: cheque e nota promissória; • Causal, emitidopara documentar determinados créditos, cuja causa esteja expressamente prevista e autorizada por lei. Exemplo: duplicata. d) Quanto à estrutura O título pode consistir numa ordem de pagamento, como o cheque, a letra de câmbio, ou, ainda, a duplicata. Os atos cambiários Os atos cambiários são aqueles que podem ser praticados perante um título de crédito. E quais são eles: O aceite é o ato cambiário pelo qual o sacado aceita a ordem de pagamento dada pelo sacador do título, vinculando-se ao pagamento do título como devedor principal. O aceite pode ser recusado no todo ou parcialmente pelo sacado. Dessa recusa surgem vários efeitos. O primeiro efeito da recusa do aceite é a não vinculação do sacado ao pagamento do título e o vencimento antecipado do título de crédito. O endosso é o ato cambiário pelo qual o credor de um título nominativo à ordem (endossante) o transfere a terceiro (endossatário), vinculando-se ao pagamento do título na qualidade de codevedor. O endosso consiste na simples assinatura do endossante no dorso do documento. Os atos cambiários O aval é o ato cambiário pelo qual o avalista garante determinada obrigação assumida pelo avalizado em título de crédito, em outras palavras: o ato pelo qual alguém assume a obrigação de pagar, total ou parcialmente, o título, nas mesmas condições que um devedor desse título. O protesto é o ato formal e solene necessário para a produção de determinados efeitos jurídicos. Existem três formas de protesto: * por falta de aceite, * por falta de devolução do título (no caso de duplicata) ou * por falta de pagamento. O protesto por falta de aceite tem por principal função provar que o sacado recusou-se a aceitar a ordem de pagamento dada pelo sacador, produzindo assim o vencimento antecipado do título de crédito. O protesto por falta de pagamento tem por principal finalidade provar que o devedor principal se recusou a pagar o título de crédito, razão pela qual passa a ser assegurado o direito de cobrar o título de seus codevedores. Direito Civil e Imobiliário – Sistema Registral e Documentação Cartorária Obrigada! Prof. Elaine Coléti
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