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Mandado de segurança GLAUCIA SAITA 9Rascunho)

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA _____ VARA CÍVEL E EMPERSARIAL DA COMARCA DE ITAITUBA-PARÁ.
ESPÓLIO DE RYUICI SAITA e CORINA DE SOUSA SAITA, representados por sua inventaria GLAUCIA KYIOKO SOUSA SAITA, brasileira, solteira, enfermeira desempregada, portadora do RG:3899975-SSP-PA e CPF/MF: 516.948.402-04 e-mails: gsaita@hotmail.com , residente e domiciliada na 18ª. Rua, nº 411, Bairro Bela Vista, nesta cidade de Itaituba, Estado do Pará, por meio de sua advogada (procuração em anexo), inconformada com ato ilegal da Prefeitura Municipal de Itaituba, Estado do Pará, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 1o e seguintes da Lei 12.016/09 e art. 5o, LXIX da Constituição Federal de 1988, impetrar 
MANDADO DE SEGURANÇA
contra ato ilegal e abusivo do DIRETOR(A) DE TRIBUTOS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAITUBA, podendo ser encontrado na Diretoria de Tributos da Prefeitura de Itaituba, localizada na 13ª Rua, esquina com a Rodovia Transamazônica, nesta Cidade de Itaituba, Estado do Pará, estando o impetrado vinculado ao MUNICÍPIO DE ITAITUBA, pessoa jurídica de direito público interno, devendo ser citado na pessoa de seu Procurador, podendo ser encontrado na Avenida Dr. Hugo de Mendonça, s/nº, CEP 68181-000, bairro Boa Esperança, frente à Praça Celso Mateus, nesta Cidade de Itaituba, Estado do Pará, pelas razões fáticas e jurídicas a seguir expostas.
DA JUSTIÇA GRATUITA 
A impetrante requer os benefícios da Justiça Gratuita tendo em vista que não está em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, tudo consoante com o artigo 5o, LXXIV, da Constituição Federal/88 e artigo 98 do Novo Código de Processo Civil, sendo, portanto, beneficiária da gratuidade de justiça, conforme declaração anexa.
DO CABIMENTO
Os atos administrativos, em regra, são os que mais ensejam lesões a direitos individuais e coletivos; portanto estão sujeitos à impetração de Mandado de Segurança.
 O objeto do Mandado de Segurança será a correção de ato ou omissão de autoridade, desde que ilegal e ofensivo a direito individual ou coletivo, líquido e certo do impetrante. 
 O Art. 5º, LXIX, da Constituição Federal está expresso nos seguintes termos:
 “Conceder-se-á Mandado de Segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.
 A disciplina do remédio constitucional, antes realizada pela Lei nº 1.533/1951, na atualidade, dá-se através da Lei n° 12.016/2009, que trouxe várias alterações para o ordenamento jurídico sobre o tema. 
Aduz o art. 1° da legislação atual:
“Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso do poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for ou sejam quais forem as funções que exerça”.
 Assim, além da previsão constitucional, o caso em tela encontra-se tutelado pela legislação infraconstitucional pátria, conforme mencionado acima.
De outro lado, não se desconhece o teor do artigo 5º, inciso I, da Lei nº 12.016/2009, a qual dispões que não se concederá mandado de segurança quando do ato impugnado couber recurso administrativo com efeito suspensivo, In verbis:
Art. 5º Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução;
Contudo, é bom que se diga que não há recurso administrativo com efeito suspensivo previsto para a hipótese questionada. 
DA TEMPESTIVIDADE
Dispõe o artigo 23, da Lei nº 12.016, de 07 de agosto de 2009 “Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.”
Com efeito, consiste o ato combatido em uma omissão do(a) Diretor(a) de Tributos da Prefeitura Municipal de Itaituba, tendo em vista que até o presente momento não responderam os petitórios em anexos, que objetivam cópias dos processos de transferências e/ou quaisquer documentos em nome de RYUICI SAITA e CORINA DE SOUSA SAITA.
Desta sorte, para efeitos de contagem do início de prazo para impetração deste Remédio Heróico, o último ato coator foi datado no dia 29.01.2018.
Neste diapasão, temos que este writ há de ser tido por tempestivo. 
SÍNTESE DOS FATOS – ATO COATOR
A impetrante, GLAUCIA KYIOKO SOUSA SAITA, ingressou com uma ação de inventário, haja vista o falecimento de seus pais RYUICI SAITA e CORINA DE SOUSA SAITA, indicando qual seria os bens a ser inventariados.
Com efeito, durante o curso da presente demanda, a requerente e inventariante, obteve informações que o patrimônio de RYUICI SAITA e CORINA DE SOUSA SAITA, estava além do indicado na exordial.
Nobre julgador, a requerente procurou a diretoria de tributos do município para obter cópias das guias de transferências destes imóveis, contudo sua tentativa restou infrutífera, haja vista não ter tido respostas.
Assim sendo, o agente público, está por violar o princípio da publicidade dos atos processuais, estando expresso no corpo constitucional, senão vejamos o que diz o art. 5, LX, da CF/88. “A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”
Como se vê a requerente e impetrante é pessoa legitima e interessada, pelo que deve ter seu direito amparado por este ordenamento, concedendo a esta, o acesso as guias de transferências de imóveis do Sr. RYUICI SAITA e Sra. CORINA DE SOUSA SAITA a terceiros.
Veja, Excelência, que a Lei não dá margem de discricionariedade ao administrador para decidir se fornece tal informação ou não. Negando o acesso a estas guias está tão somente violando um dever constitucional como também descumprindo o seu papel como agente público.
Em outras palavras, o acesso a estes documentos jamais podem ser negados pro tratar-se documentos públicos, tendo a impetrante o livre acesso a tais.
Ademais, estes documentos servirão parar fundamentar a pretensão da requerente na ação de inventário que tramita na 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Itaituba, sob o número 0003185-56.2013.8.14.0024.
Assim sendo, diante do ato ilegal e abusivo da autoridade coatora, que ilegalmente está impedido a impetrante de ter acesso as guias de transferências do imóveis do Sr. RYUICI SAITA e Sra. CORINA DE SOUSA SAITA a terceiros, não resta outra alternativa que não se socorrer do Poder Judiciário, via Remédio Constitucional, para fazer valer seu direito de acesso a estes documentos. 
DO DIREITO
Excelência, o mérito do presente mandado de segurança trata-se da possibilidade da Administração negar o acesso a documentos e informações de natureza pública. 
Nesse contexto, assinala-se que o juízo sobre a certeza jurídica inerente à pretensão envolve a extensão da regra constante do artigo 5º, LX, da CF/88, que assim dispõe “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.”
Outrossim, o não acesso a esta informação acabar por tolir outro direito fundamental encontrado no art. 5º, XXXIII, da CF/88, in verbis:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Podemos ainda concluir que acaba por ser um desrespeito para com a norma basilar que rege a Administração Pública qual seja aquela prevista no art. 37, §3º, II, do mesmo dispositivo, senão vejamos:
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública diretae indireta, regulando especialmente:
[...]
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
Assim, anotamos que o acesso a tais documentos é um direito, não sendo, portanto, um ato discricionário do administrador permitir ou não este acesso, isto é, sem o pagamentos de custas conforme disposição do art. 5º, XXXIV, b, do mesmo dispositivo, in verbis:
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
[...]
 b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Destaca-se ainda os ensinamentos do nobre Professor Mateus Carvalho em seu Livro Manual do Direito Administrativo, vejamos:
Com a intenção de evitar recusas infundadas ao direito de informação, a lei ainda estabelece que qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades públicas, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida, devendo ser essa informação prestada imediatamente.[1: CARVALHO, Mateus. Manual de Direito Administrativo – 4, ed. rev. ampl. e atual – Salvador. Juspodvim, 2017. 1216 p.]
Trata-se de uma evidente situação inadmissível para a Administração, que presumidamente depende dos servidores para plena satisfação de suas obrigações legais e constitucionais.
Vejamos ainda o que diz o Tribunal Regional Federal do Ceará e sua decisão sobre o assunto.
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. OMISSÃO EM FORNECER CÓPIAS DE DOCUMENTOS. INTERESSE DO CIDADÃO. DIREITO DE CERTIDÃO. ART. 5º, INCISOS XXXIII E XXXIV, CF. LEI N. 9.051/95. A CONSTITUIÇÃO FEDERAL GARANTE A TODOS O DIREITO "A RECEBER DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS INFORMAÇÕES DE SEU INTERESSE PARTICULAR, OU DE INTERESSE COLETIVO OU GERAL, QUE SERÃO PRESTADAS NO PRAZO DA LEI, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE" (ART. 5º, XXXIII), COMO TAMBÉM A "OBTENÇÃO DE CERTIDÕES EM REPARTIÇÕES PÚBLICAS, PARA DEFESA DE DIREITOS E ESCLARECIMENTO DE SITUAÇÕES DE INTERESSE PESSOAL"(ART. 5º, XXXIV). A OMISSÃO DA AUTORIDADE, AO NÃO FORNECER OS DOCUMENTOS SOLICITADOS PELO INTERESSADO NO PRAZO DO ART. 1º DA LEI Nº 9.051/95, CONSTITUI ILEGALIDADE VIOLADORA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO A SER REPARADA PELO MANDADO DE SEGURANÇA.
Aliás, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro já teve oportunidade de analisar o tema, e assim decidiu:
ADMINISTRATIVO. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. DIREITO À OBTENÇÃO DE CÓPIAS PELO IMPETRANTE. ART. 5º, INCISOS XXXIV, b, E LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ART. 3º , II, DA LEI Nº 9.784/99.
I - A Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso LV, estabelece que aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Já em seu inciso XXXIV, alínea b, consigna que qualquer pessoa, independentemente do pagamento de taxas, tem direito à obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
II – O art. 3o, inciso II, da Lei nº 9.784/99 assegura aos administrados o direito de, perante a Administração, ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, bem como obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas.
III - Não merece acolhida a alegação da ANAC a respeito da impossibilidade de cumprimento da ordem judicial, por não existir o procedimento administrativo, cuja cópia o impetrante pretende obter com a presente ação mandamental. Com efeito, tendo o impetrante formulado requerimento no âmbito administrativo, isso enseja a instauração de procedimento administrativo, com vistas à obtenção de elementos para análise de sua pretensão.
IV – A determinação judicial consiste na entrega ao impetrante do procedimento administrativo, mesmo que este se restrinja ao requerimento por ele formulado acompanhado de apenas um ofício, de modo que ele possa ter ciência de todos os elementos considerados pela Administração para indeferir seu pleito e adotar as medidas cabíveis à proteção de seu direito.
O fato de o constituinte, atento à natureza sintética da Constituição, ter submetido ao legislador ordinário o dever de estabelecer os requisitos formais e materiais necessários ao bom exercício de cada função, não dá ao legislador o direito de restringir, quando possível ampliar, a incidência de princípios constitucionais, tal como o princípio da acessibilidade a documentos ou da publicidade.
O princípio da efetividade, segundo o qual se deve "dar preferência, nos problemas constitucionais, aos pontos de vista que levem as normas a obter a máxima eficácia ante as circunstâncias de cada caso”, deve ser aplicado ao presente caso.[2: Luis Roberto Barroso, in Interpretação e Aplicação da Constituição, Ed. Saraiva, 1996, pág. 219]
Como bem doutrina Carlos Ari Sundfeld:[3: Fundamentos de Direito público, 2ª ed. São Paulo: Malheiros, 1993; apud Raquel Discacciati Bello, ‘O princípio da Igualdade no Concurso Público’, Rev. de Informação Legislativa, nº 131, pág 314]
"O Princípio jurídico determina o sentido e o alcance destas, (as regras) que não podem contrariá-lo, sob pena de pôr em risco a globalidade do ordenamento jurídico. Deve haver coerência entre os princípios e as regras, no sentido que vai daqueles para estas." (parêntese posto)
"aquele que só conhece as regras ignora a parcela mais importante do direito – justamente a que faz delas um todo coerente, lógico e ordenado. Logo, aplica o direito pela metade."
Lúcia Valle Figueiredo, ratificando os ensinamentos do Constitucionalista Português Canotilho, ensina, com propriedade, que "a discricionariedade do legislador deve ser aferida dentro dos princípios abraçados pela Lei Máxima, porque são os ‘vetores’ de todo o sistema normativo".[4: Figueiredo, Lúcia Valle. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros, 1994, pág. 41]
Sempre oportuna é a lição que nos dá o iluminado jurista Carlos Ari Sundfeld, a respeito da interpretação e aplicação do direito, in verbis:[5: Fundamentos de Direito público, 2ª ed. São Paulo: Malheiros, 1993; apud Raquel Discacciati Bello, ‘O princípio da Igualdade no Concurso Público’, Rev. de Informação Legislativa, nº 131, pág 314]
a) é incorreta a interpretação da regra, quando dela derivar contradição, explícita ou velada, com os princípios;
b) quando a regra admitir logicamente mais de uma interpretação, prevalece a que melhor se afinar com os princípios;
c) quando a regra tiver sido redigida de tal modo que resulte mais extensa ou mais restrita que o princípio, justifica-se a interpretação extensiva ou restritiva, respectivamente, para calibrar o alcance da regra com o princípio
Tal ensinamento serve a todos os operadores do direito, inclusive aos legisladores, que devem exercer a atividade legiferante de forma mais escorreita possível.
Outrossim, o acesso a estes documentos jamais devem passar por uma limitação do administrador, pois caso contrário, este estaria exercendo uma atividade que não lhe compete.
Sobretudo, a inércia quanto a resposta do petitório encaminhado a administração também configura ato ilegal, pois também inviabiliza o acesso a documentos públicos e o acesso livre a informações públicas.
No caso sub examine, resta translúcida a obrigação de fornecer tais cópias de documentos, pois comprovado está pela legislação cogente o direito líquido e certo da impetrante, bem como doutrinas e até jurisprudências sob o assunto, bem como juntada dos pedidos encaminhados aquela administração. Assim sendo, serve esta ação para sanar tal ilegalidade, como também ver satisfeito o direito da autora no sentido de receber cópias dos documentos inerentes aos imóveis de seus pais, bem como as guias de transferências dos imóveis que estão em anexo.
DOS PEDIDOS
Uma vez demonstrada a presençade todos os requisitos processuais exigidos para a impetração do presente Mandado de Segurança, requer, o Impetrante:
A concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 5o, LXXIV, da Constituição Federal/88 e Artigo 98 do Novo Código de Processo Civil. 
A notificação da autoridade coatora indicada a prestar informações no prazo de dez dias, devendo tais comunicações serem realizadas no endereço constante de sua qualificação inicial.
Citar o Município de Itaituba-Pa., através do Procurador Municipal para integrar a lide como litisconsorte passivo e, querendo, contestar o presente mandado de segurança (art. 7º, II, Lei 12.016/09);
A oitiva do Douto representante do Ministério Público Estadual;
Que, no mérito, em sede de sentença mandamental, seja concedida definitivamente a segurança, nos termos da liminar requerida, restando confirmada esta decisão em todos os seus efeitos;
Protesta pelas provas documentais ora juntadas na presente petição inicial e demais meios que Vossa Excelência entender necessários.
Dá-se a causa o valor de R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais), para fins meramente fiscais.
Nesses termos
Pede deferimento.
Santarém-Pa., 16 de fevereiro de 2018.
Josélia Amorim Lima
OAB-PA 9639
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