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1 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUEM FOI NADIA COMANECI E SUA INFLUÊNCIA NA GINASTICA ARTISTICA FEMININA- UMA CARREIRA CURTA E UMA INFLUÊNCIA QUE ULTRAPASSA DÉCADAS. SÃO PAULO 2018 2 COMPONENTE: NOME: FELIPE DE JESUS PEREIRA RA:D42FEE-1 TURMA: GRADUAÇÃO PLENA TURNO: NOTURNO QUEM FOI NADIA COMANECI E SUA INFLUÊNCIA NA GINASTICA ARTISTICA FEMININA- UMA CARREIRA CURTA E UMA INFLUÊNCIA QUE ULTRAPASSA DÉCADAS. Relatório de Atividade Prática Supervisionada (APS) elaborado para avaliação no semestre letivo do curso de Educação Física apresentado à Universidade Paulista - UNIP ORIENTADOR: Sérgio Carvalho. SÃO PAULO 2018 3 1. INTRODUÇÃO TEMA: QUEM FOI NADIA COMANECI E SUA INFLUÊNCIA NA GINASTICA ARTISTICA FEMININA- UMA CARREIRA CURTA E UMA INFLUÊNCIA QUE ULTRAPASSA DÉCADAS. OBJETIVO DA APS: Relatar a história de uma ginasta que com apenas 14 anos obteve a façanha de atingir a nota máxima em uma Olímpiada, se sobressaindo entre ginastas mais velhas e mais experientes. E mesmo com uma carreira tão curta conseguiu deixar um legado que inspira gerações de ginastas. JUSTIFICATIVA: Interesse em saber como uma jovem romena que em sua primeira Olímpiada encantou o mundo, como ela reagiu a isso e como isso cativa tantos atletas depois de anos. 2. DESENVOLVIMENTO Em 1976 nas Olímpiadas de Montreal, uma jovem talentosa ginasta de um país sem tanta expressão nesse esporte se tornava um dos assuntos mais comentados daquela época, chamada Nadia Elena Comaneci que competia nas barras assimétricas ganhava a primeira nota 10 já dada na ginastica, na época nem mesmo o placar estava preparado para tal apresentação pois no final da rotina das barras assimétricas ele apontava 1.00, algo que deixaria todos em dúvida por se tratar de uma séria considerada perfeita. Esses Jogos Olímpicos ficaram marcados na história da ginastica, nascia em Montreal um dos nomes mais influenciadores de toda a década, Nadia que havia conseguido um total de 7 notas 10 saia daquela olimpíada sendo aclamada pelos outros ginastas, técnicos e repórteres e com três medalhas de ouro, uma prata e uma de bronze e sendo consagrada a atleta destaque daqueles jogos. “Quando fiz a rotina nas assimétricas, pensei que havia feito um exercício muito bom, mas não perfeito. Nem sequer olhei o placar, porque já estava pensando na trave de equilíbrio. Então, ouvi um grande estrondo no estádio, virei para o painel e a primeira coisa que vi foi o 73, que era o meu número, e, em seguida, o 1,00 abaixo. Olhei para minhas colegas de equipe, e fizeram um gesto com os ombros como se não estivessem entendendo. Foi tudo muito rápido. O fato de o placar não conseguir mostrar o 10 adicionou mais drama à situação, ficou maior” (COMANECI, Nadia. Acesso em: 20 de maio). 2.1 QUEM ERA NADIA COMANECI ANTES DO PRIMEIRO 10 Nascida no dia 12 de novembro de 1961 filha de Gheorghe Comăneci e Stefania Alexandrina e irmã mais velha de Adrian e desde criança apaixonada por ginastica ela foi descoberta ainda no jardim de infância aos 6 anos, encantada com o talento da menina o técnico Bela Karolyi a levou para treinar com sua esposa Marta Eross. Aos 7 anos Nadia já participava de torneios infantis e sua primeira competição foi o Campeonato Nacional Romeno ficando na 13º colocação, porém sendo a mais nova ginasta atingido essa marca. Em seu primeiro 4 campeonato internacional Nadia venceu no individual geral e ajudou suas companheiras a conseguir a medalha de ouro por equipes. Em 1973 aconteceu o Torneio da Amizade Júnior, tido como um dos campeonatos mais importantes e Nadia ganhou nas barras assimétricas, no salto sobe o cavalo e no individual geral se tornando aos 12 anos uma referência de atleta disciplinada e já com boas conquistas. Sua entrada na equipe sênior da Romênia deu a ela o direito de participar da Copa América, lá ela alcançou as primeiras notas 10 nas provas de salto e tornou-se a primeira ginasta a realizar um duplo mortal invertido como saída das paralelas assimétricas. "Certo de que estava diante de um fenômeno, Béla Karolyi colocou Nadia para andar sobre a trave - aparelho que assustava a maioria das crianças. Nadia não se limitou a caminhar em cima do aparelho, mas saltou sobre ele com uma naturalidade impressionante. O primeiro treino da menina, cujo nome foi escolhido pelos pais por ser uma abreviação da palavra russa Nadiejda, que significa esperança, foi considerado por Béla como arrebatador. “Ela não conhece o medo”, definiu, ao lembrar do momento em que assistiu à exibição, anos depois. Por tudo que passou na vida, de fato esse sentimento nunca lhe foi apresentado."(KAROLYI, Béla. Acesso em 21 de maio). 2.2 O PRIMEIRO 10 DA GINÁSTICA E A DESPEDIDA Os Jogos de Montreal aconteciam 4 anos após a trágica Olímpiada de Munique, mas essa edição ficou lembrada por um acontecimento em especial, ter atletas extremamente novos disputando algumas modalidades era parcialmente normal, mas uma das questões era até onde eles poderiam chegar disputando com atletas experientes e mais aptos fisicamente. O exemplo de uma disputa talvez "desleal" foi Nadia Comaneci, a menina de 14 anos colocou no bolso atletas bem mais "rodadas" que ela. O primeiro 10 veio através de muito esforço, treinamento e do talento da ginasta, o mundo aplaudiu ela, ela se tornou um símbolo para aqueles atletas que pensam que por serem muito novos nunca vão alcançar seus objetivos, mas para poder desfrutar desses momentos eles tem que abdicar de outros, "Basicamente, eu tenho minha vida hoje como resultado do que fiz enquanto criança. O que eu perdi? Sim, perdi os passeios no shopping, acho, mas isso não é grande coisa porque você não ganha uma medalha por isso." (COMANECI, Nadia. 2008). 4 anos após a apresentação que revolucionou o modo como a ginastica era vista e praticada Nadia voltou para se despedir em Moscou 1980, com 18 anos ela conquistou o direito na fase classificatória de disputar 5 das 6 provas possíveis, ela não desempenhou suas melhores apresentações mesmo assim teve atuação destacada conseguindo dois ouros e duas pratas. Na época ela era tida como a melhor do mundo com tão pouca idade e mesmo tendo um futuro ainda promissor visto que antigamente era mais fácil participar de mais edições de jogos pois seu país ainda se tornava referência no esporte, mas não tinha atletas com talento para substitui-la. “Nadia era absolutamente diferente em tudo. Na técnica, na precisão. Era uma máquina de fazer ginástica. Era muito boa em todos os aparelhos, mas nas assimétricas 5 ninguém fazia como ela, nem mesmo as soviéticas” (GARCIA, Ramón. Acesso em: 22 de maio). 2.3 A VIDA FORA DA GINASTICA E A INFLUENCIA Após encerrar sua carreira depois de 1982, Nadia sofreu com os problemas políticos que ocorriam em seu país e teve que fugir para não ser prisioneira dentro de seu próprio país, ela passou por Hungria e Áustria até chegar nos Estados Unidos onde posteriormente seria explorada por um antigo amigo que tentaria usar de sua fama para conseguir a dinheiro. Superando essa acontecido ela acabou voltando para Montreal onde viveu o melhor momento de sua curta carreira até então, lá encontrou um ex- ginasta e amigo Bart Conner, eles acabaram se casando e ela ganhou a cidadania americana por ter se casado e se estruturado no país. Os dois juntos trabalharam em alguns projetos relacionadosa antiga carreira deles, nesse período ela escreveu uma autobiografia intitulada Cartas a uma jovem ginasta que conta toda sua história dentro e fora do mundo do esporte e também agradece as pessoas que ajudaram a chegar no seu auge com apenas 14 anos. Para dar continuidade no trabalho feito com seu marido, ela criou a Clínica Infantil Nadia Comăneci que ajuda crianças órfãs em Bucareste, além disso ela também administra palestras para jovens atletas falando sobre seu passado e o que teve que enfrentar para chegar onde chegou. “Eu sempre disse que desejava ganhar uma medalha olímpica. E ganhei nove” (COMANECI, Nadia. Acesso em: 22 de maio). A influência dessa atleta não se dá apenas pela nota atingida quando ainda era criança, mas por ter se mostrado forte para aguentar a pressão de revolucionar um esporte já conhecido e disseminado no mundo, e ainda assim se sobressair em outras questões que envolvem a vida política e pessoal dela. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A ginastica sofreu com alterações ao decorrer dos anos, não só nas regras, mas também na forma como ela é aplicada e vista mundo a fora. Nadia é a representação de diversos atletas que atingiram seus objetivos, mas não seguiram na carreira devido a ocorridos cada vez mais atípicos, mas que mesmo assim inspiram não só os atletas, mas a todas as pessoas a buscam a realização de um sonho. Cada vez mais somos influenciados por atletas e ex-atletas, justamente por eles nos mostrarem o lado humano, que o atleta é sim aquele que se sobressai entre muitos, mas também é aquele que nos inspira a buscar nossos sonhos e hoje aos 56 anos de idade ela ainda é o exemplo perfeito de uma atleta valorizada mesmo depois de décadas.
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