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Resumão Civil Estácio

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Resumo de Civil I:
	Direito Civil: orienta, estuda e regula a relação entre particulares, pessoas físicas ou naturais e pessoas jurídicas. As relações entre os particulares é campo do Direito Privado, e divide-se em relações pessoais, familiares, patrimoniais e obrigacionais, estando disciplinadas no Código Civil, conhecido entre os estudiosos por “constituição do homem comum”. 
	
	Estado Liberal e o Código de Napoleão: O Direito Civil teve seu auge no Estado Liberal, período marcado pela Revolução Francesa, em 1789, no qual se exaltava a liberdade e autonomia dos indivíduos nas relações privadas, sob o grito de liberdade, igualdade e fraternidade. Observa-se que o Estado Liberal marcou profundamente o Direito Civil por permitir com a codificação, sistematiza-lo. Entretanto, tinha um viés patrimonialista, haja vista a preocupação do Código Civil francês em estabelecer a máxima liberdade de contratar e a autonomia na defesa dos bens e da propriedade.
	O Código Civil Brasileiro: O Brasil, no período colonial, era regido pelo sistema jurídico vigente em Portugal, quando então vigiam as Ordenações Filipinas que tratavam de todos os aspectos jurídicos do país, desde a proclamação da independência de 1822, até o dia 1º de 1917, quando entrou o código civil (1916) elaborado pelo jurista Clóvis Beviláqua. 
	O Código Civil de 1916 era precedido por uma pequena lei, a LICC, LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL, que na realidade ao longo de décadas serviu como parâmetro de interpretação de todas as leis brasileiras. Após o texto da LICC, o Código Civil surgia trazendo a parte geral, que apresentava princípios gerais aplicáveis aos livros da parte geral. 
	A exposição de motivos do Código Civil (2002) vigente demonstra os objetivos da lei na ocasião e que o referido Diploma fora publicado. O Direito se realiza, em atenção às sociedades da sociedade de sua época, por isto é imprescindível que quem estuda o direito, busque compreender sua evolução histórica, e sua incidência no espaço e no tempo.
	Elaborado de modo a facilitar sua compreensão e uso prático, tornou-se muito mais didático que o Código Civil de 1916, desligando-se também da visão individualista, que brindava o cunho patrimonialista, inquinando-se a zelar pela socialização e por valorizar mais a dignidade da pessoa humana.
	Entre suas características marcantes, enfaticamente citadas na exposição de motivos da lei, o Código Civil (2002) buscou unificar o direito das obrigações, exclui matéria de ordem processual e adota o sistema de cláusulas gerais, permitindo ao juiz uma margem mais flexível de interpretação para proferir suas decisões a cada caso em concreto.
Ordenações Filipinas (1822) / C. Civil 1916 – Clóvis B. / C. Civil de 2002 – Reale.
Figura 
1
 - Organização do CC 2002.	O Código Civil de 2002 não foi uma obra solo, mas teve a participação de juristas de diversas regiões do Brasil, que ocuparam diferentes papéis como operadores do direito (magistrados, advogados e professores de direito), por conta de o notável saber jurídico, houve quatro versões iniciais do projeto, publicadas na imprensa oficial (1972 1973,1974 e 1975).
	
	
	A antiga LICC – Lei de Introdução ao Código Civil, instituída pelo Decreto-Lei n. 4.657/42, por muito tempo serviu como tábua rasa de auxílio a todas as demais normas do direito brasileiro, deixando de se tratar apenas de introdução ao Código Civil. Passou então a ser chamada de LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, por alteração legislativa introduzida pela Lei n. 12.376/2010, desaparecendo da parte introdutória do Código Civil novo.
	A Parte Geral passou a enunciar os direitos e deveres gerais da pessoa humana e estabelecer pressupostos gerais da vida civil. Na Parte Especial, disciplina as obrigações que emergem dos direitos pessoais. Pode- -se dizer que, enunciados os direitos e deveres dos indivíduos, passa-se a tratar de sua projeção natural, que são as obrigações e os contratos.
	O direito obrigacional traz extensa essa disciplina, diante da necessidade de tratar as questões já não abrangidas pelo Código Comercial de 1850, unificando as obrigações civis com as obrigações empresariais, termo adotado preferencialmente por Miguel Reale, pois a atividade econômica não se assinalava mais pelos atos de comércio de outrora, tendo uma projeção maior, por relevantes aspectos de natureza industrial ou financeira.
	Após o Direito das Obrigações, o Código Civil de 2002 trouxe uma parte nova, que é o Direito de Empresa, também no sentido de atender às necessidades de uma norma que pudesse regular situações em que aspessoas se associam e se organizam a fim de, em conjunto, dar eficácia e realidade ao que pactuam. Sem dúvida nenhuma esta foi uma inovação inigualável, por não existir codificação semelhante.
	Os Princípios norteadores do Código Civil: Eticidade, Socialidade e Operabilidade. 
	Quanto à eticidade, procurou-se superar o apego ao formalismo jurídico, conservando as conquistas das técnicas jurídicas (normas genéricas ou cláusulas gerais), sem a preocupação com o rigorismo conceitual, buscando com ênfase proteger a pessoa humana, priorizando a boa-fé, a justa causa, a equidade e outros critérios éticos. No que tange a sociabilidade, buscou-se afastar o caráter individualista da lei, primando pelo predomínio do social, dos valores coletivos sobre os individuais (surge então a função social nos direitos: posse, contrato, propriedade, etc.).
	A operabilidade busca as soluções simples que se estabeleçam de modo a facilitar a interpretação e aplicação e dar maior efetividade ao operador do direito. Característica que permeia o Código Civil, tornando-o mais didático e prático. Deste modo, o sistema jurídico misto brasileiro permite que as questões cíveis sejam julgadas conforme cada caso concreto. Isto é possível por conta dos conceitos vagos, que para obterem a melhor aplicação diante de casos em que exista dúvida ou lacuna interpretativa, permite a aplicação das cláusulas gerais, sempre primando por manter o respeito aos princípios norteadores do Código Civil.
	Do Campo de Incidência do Código Civil: 
	O campo de incidência do Código Civil se refere à área que abrange o seu alcance. Conforme pudemos aprender durante o estudo da estrutura do Código Civil, no seu Livro Geral, cuida das situações que envolvem o direito subjetivo relacionado às pessoas, aos bens e aos fatos jurídicos. Na Parte Especial, desenvolve a regulação do direito das obrigações, do direito empresarial, do direito das coisas, do direito de família e, finalmente, do direito das sucessões.
	Ao entrar em vigor, o Código Civil de 2002 provocou mudanças não apenas em relação ao direito das obrigações. Além das mudanças que já apontamos nos dois últimos tópicos de estudo, Rosa Maria de Andrade Nery esclarece que a legislação civil vigente revogou a Parte Primeira do Código Comercial (arts. 1º a 456), poupando apenas sua Segunda Parte (Arts. 457 a 796), que cuida do Comércio Marítimo.
	Entretanto, não se pode esquecer que o Código Civil de 2002 conserva a possibilidade de servir como fonte subsidiária do direito, ou seja, trata-se de fonte de integração da norma jurídica, aplicável quando houver alguma lacuna de norma, utilizado como instrumento de integração interpretativa do juiz (LINDB), ao julgar o caso concreto. Como se pode notar, o uso do Código Civil como fonte de integração da norma jurídica pelo juiz, sem dúvida nenhuma, dilata aumentando ainda mais o seu campo de incidência.
	A Pessoa Natural: Pessoa natural é o nome que o direito civil atribui ao ser da espécie humana, considerado enquanto sujeito de direito e obrigações. Para ser pessoa natural, basta existir, enquanto ser da espécie humana.
	Ao desempenho deste papel na sociedade, que permite à pessoa humana ser sujeito de direitos e obrigações ou deveres, chamamos de personalidade civil ou jurídica. 
	A personalidade civil ou jurídica é a aptidão genérica para ser sujeito de direitos e deveres, aptidão esta que poderá ser exercida a partirdo seu nascimento com vida e dura até a sua morte. O simples fato de nascer, constatado pela oxigenação de seus pulmões, é suficiente a lhe garantir a personalidade jurídica. 
	Contudo, ainda que não nascido, mas concebido, vivo e aguardando nascimento no ventre materno, garante-lhe o Estado a proteção da personalidade jurídica, pela qualidade de nascituro, ser humano concepto. 
	A existência de vida humana, ainda que em estado uterino, é o fato jurídico que torna o ser apto a ser considerado sujeito de direitos e obrigações na ordem civil. Tal aptidão da pessoa natural abre condições para que se estabeleçam as relações jurídicas com outros seres semelhantes a si mesmo (sociedade).
	A Natureza Jurídica do Nascituro: O nascituro é o ser já concebido, aquele que está por nascer. Nascituro é o ser humano em estágio fetal que se mantém vivo e ligado à sua mãe, aguardando que ela lhe dê à luz. A potencialidade do seu nascimento com vida deve ser certa, fato que pode ser constatado através de exames médicos. Não se deve confundir com nascituro, o natimorto, pois enquanto o primeiro permanece vivo com a expectativa de vidafora do útero, este último já se acha morto, embora ainda ligado ao útero materno. O natimorto não tem expectativa de deixar o útero materno com vida, pois o óbito ocorre durante o seu período gestacional.
	Descreve claramente o Art. 2º do Código Civil que: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. 
	Tríade Do Direito Civil – Código Civil: 
	Código Civil - PARTE GERAL
	Pessoas 
	Arts. 1º a 78.
	Bens 
	Arts. 79 a 103.
	Fatos Jurídicos 
	Arts. 104 a 232.
	Elementos Básicos de PESSOA: Personalidade Jurídica; Titularização de direitos e contratação de deveres; possibilidade de reclamar proteção básica e fundamental tendo a promover a sua existência digna. 
		Não podem invocar direitos de personalidade: condomínio edilício, massa falida, espólio. 
	Teoria Concepcionista: (Doutrina mais moderna), critica a teoria natalista – noção medieval. 
	Maria Helena Diniz: O marco do inicio da pessoa natural se dá não com o nascimento com vida, mas sim com a concepção. 	
	Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/05): Embriões congelados, não utilizados em um prazo de 03 anos sejam encaminhados para pesquisas de células tronco. 
	Animais, entes inanimados, metafísicos, celestiais, místicos não são titulares de direito e nem contraem obrigações. A legislação ambiental tutela de interesses maiores (necessidade de um meio ambiente mais equilibrado).
Teoria Natalista é a adotada pelo CC2002: Nascituro não é pessoa, só se considera pessoa após o nascimento com vida. Art. 2º. Legislação.
Teoria Concepcionista: Trata-se de uma doutrina mais moderna e que critica a Teoria Natalista de noção medieval: Ao reconhecer o direito ao nascituro, a lei o reconhece como possuidor de personalidade jurídica, devendo ser considerado, portanto, uma pessoa. Esse não é o entendimento do CC. Jurisprudência.
São Direitos da personalidade no âmbito psíquico: 
Imagem; privacidade; honra; nome civil, dentre outros.
Da Pessoa Jurídica: Conjunto de pessoas ou de bens arrecadados, que adquirem personalidade jurídica, ou seja, possui direitos e obrigações.
Não há que se falar em incapacidade civil da pessoa jurídica, pois nenhuma daquelas causas que ensejam a incapacidade da PF, podem acometer a PJ.
A existência dar-se-á a partir do memento em que houver o registro de seu ato constitutivo em órgão competente, cartório ou junta comercial. Art. 45 CC.
Cartórios: Fundações, Associações ou Sociedade Simples.
Junta Comercial: Sociedade empresarial. 
Exceções: Partidos Políticos – TSE;
Sociedade Simples de Adv: OAB.
Art. 52 CC – Aplica-se a PJ, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Art. 50 CC – Desconsideração da PJ: Juiz determina que os bens dos sócios ou administradores de uma empresa venham a responder pelas dívidas da empresa. Requerido pela parte interessada ou pelo MP.
Motivos: Desvio de finalidade – usa a empresa para fins ilícitos, visando prejudicar terceiros; Confusão patrimonial – o sócio utiliza capital da empresa para pagamento de gastos pessoais. A desconsideração da PJ não extingue-a, apenas após apurado o caso, a empresa retornará a funcionar (nesse período a atividade é suspensa). 
Dos Fatos Jurídicos e Negócios Jurídicos.
O Direito só existe em razão das pessoas, que por sua vez dão valores aos bens e se movem pelos fatos. A vida é uma sucessão de acontecimentos, fatos, originados das forças da natureza e/ou conduta humana. 
Fato Jurídico: O raio cai em uma casa com a cobertura de um seguro;
Fato Material: A casa não estava assegurada. 
O que distingue o jurídico do material são seus efeitos na órbita jurídica. 
Fato Jurídico Lato Sensu (sentido amplo): Todo o acontecimento da vida que trona-se relevante ao campo do Direito.
Fatos Naturais ou Stricto Sensu – É o grupo de fatos da natureza que independem do ato humano para se configurar, tais como a maioridade, o nascimento e a morte;
Ordinários: acontecimentos comuns, do cotidiano como o nascimento, morte.
Extraordinários: incomuns, excepcionais, que fogem do cotidiano. Terremoto, maremoto, tsunami. 
Ato Jurídico Lato Senso – São os fatos que tem repercussão mundial, mas para que aconteça, dependa de uma ação do homem.
Ato Jurídico em sentido estrito – é aquele que decorre da vontade humana intencional, mas cujo efeitos são todos disciplinados na lei (ex lege). Assim, malgrado a voluntariedade na manifestação da vontade, e cerceada disciplina a sobre os seus efeitos. Ex. a renuncia ou aceitação de uma herança, o sim no casamento, o perdão, a quitação, o reconhecimento voluntário da filiação.
Negócios Jurídicos: a vontade é criadora, estabelecendo novas categorias jurídicas que devem decorrer dos fatos. Ex.: contratos e testamentos, tem que haver composição de interesses e a declaração de vontades tem fim negocial.
Exemplo da violação da boa-fé objetiva nas relações negociais – questão do cheque pré-datado, ensejará em um dano, pois o requerente poderá argüir em juízo o dano sofrido. Súmula 370 STJ. 
Deveres que deve nortear todo negócio jurídico.
Dever de lealdade e confiança: as relações entre os negociantes devem estar sustentadas na transparência, na verdade, não devem existir comportamentos obscuros. A manifestação da vontade deve corresponder com a atitude.
Dever de assistência, cooperação: O negócio jurídico é feito para ser cumprido, e para que este objetivo principal seja alcançado, as partes devem ajudar-se mutuamente. 
O dever de informação: Todas as informações que ensejam na negociação devem ser transparecidas as partes.
Dever de sigilo e confidencialidade: As partes não podem divulgar informações da outra, sem expressa previsão nesse sentido 
Dos Negócios Jurídicos.
Um negócio jurídico deve ser analisado em 03 diferentes planos: Plano de existência – elementos essenciais; Plano de validade – elementos de validade; Plano da eficácia – elementos acidentais.
Plano de existência: Agente, Vontade, Objeto e Forma - AVOF. Na ausência de um deles o negócio não existirá. 
Plano de Validade: requisitos para que o negócio seja considerado válido, apto a produzir seus efeitos (Art. 104 CC).
Agente capaz, o incapaz não poderá celebrar negócio jurídico, salvo quando representado ou assistido;
Manifestação da vontade livre, da boa-fé, sem vícios, desembaraçada;
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 426 CC;
Forma adequada (prescrita ou não defesa em lei). Art. 425 e 107 CC.
Plano de Eficácia: existente e válido um negócio jurídico, o ordinário e habitual é que passe a produzir efeitos imediatamente. 
Condição: o evento é futuro e incerto; Suspensiva – precisa acontecer para que o negócio passe a produzir os seus efeitos; Resolutiva – quando o seu advento cessa os efeitos do negócio, que vinha propagando desde a sua celebração. OBS: A condição deve ser lícita: não contrariar alei, à ordem pública ou aos bons costumes. Não se admite condição: Que estipulam a proibição da pessoa casar. Que impliquem no desejo da morte. EX: vou te doar uma casa se eu morrer até o final do ano. (pacta corvina). Puramente potestativas: geralmente dispostas como “se me aprouver”, “se eu quiser”, etc. A conseqüência da ilicitude da condição é a invalidação do próprio negócio jurídico, como reza o art. 123 do CC/02.
Termo: o evento é futuro e certo. Por isso é que se diz que o termo interfere apenas no exercício do direito, pois este já foi adquirido, mas só poderá ser exercido com o advento do termo;
Encargo ou modo: é um ônus atribuído a determinada parte, que para gozar de certos efeitos do negócio jurídico, deverá cumpri-lo; Só se aplica nos atos de mera liberalidade - que não se envolve contraprestação. Ex.: doação. O encargo é coercitivo (o que não ocorre com as outras cláusulas acidentais), podendo o beneficiário ser constrangido a realizá-lo, sob pena de anulação da liberalidade.
Quanto à classificação dos negócios jurídicos:
a) Quanto à formação: unilaterais, bilaterais e plurilaterais. 
b) Quanto ao sacrifício patrimonial das partes (ou vantagens para as partes): onerosos e gratuitos. 
c) Quanto ao momento da produção dos efeitos: inter vivos e mortis causa. 
d) Quanto às relações recíprocas (ou quanto à independência ou autonomia): principais e acessórios. 
e) Quanto à forma: formais (solenes) ou informais (não solenes). 
f) Quanto às condições pessoais dos negociantes: impessoais e pessoais. 
g) Quanto à eficácia: consensuais e reais. 
h) Quanto à extensão dos efeitos: constitutivos e declarativos. 
Da invalidade do negócio jurídico.
Invalidade Absoluta: negócio nulo (nulidade). A sua violação afeta o interesse público, a própria pacificação social.
Invalidade Relativa: negócio anulável (anulabilidade). Sua violação afeta interesse privado, das partes.
O vício é menos grave, de modo que só a parte interessada (prejudicada), pode suscitá-lo.
Acarretam a invalidade absoluta – nulo ART. 166 CC:
A INCAPACIDADE ABSOLUTA DO AGENTE;
OBJETO ILÍCITO, IMPOSSÍVEL OU INDETERMINÁVEL;
INOBSERVÂNCIA À FORMA PRESCRITA EM LEI;
ESTIVER CONFIGURADA A SIMULAÇÃO (VÍCIO SOCIAL).
Também será nulo o negócio quando violar o que estiver expresso na lei.
Acarretam a invalidade relativa – anulável Art. 171 CC:
A incapacidade relativa do agente;
Estiver configurado algum dos vícios de consentimento (erro, dolo, coação, estado de necessidade, lesão) ou fraude contra credores (vício social).
OBS01: Negócio anulável - sentença será desconstitutiva: o negócio existe e fica produzindo efeitos, até a sua desconstituição.
OBS02: Se a anulabilidade não for argüida pela parte interessada no prazo correto, o negócio convalidará - passará a ser plenamente válido.
Regra: prazo de 04 anos, nos termos do art. 178 do CC. 
Se a lei não estipular prazo - será de 02 (dois) anos, art. 179 do CC. 
Ex.: art. 496 do CC.
Esse prazo começará a contar: 
I – Da data de celebração do negócio, nos casos de erro, dolo, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores; 
II – No caso de coação, da data em que esta cessar; 
III – No caso de celebração de negócio jurídico por relativamente incapaz, no dia em que cessar a incapacidade. 
Obs: Neste caso, o menor entre 16 e 18 anos não pode invocar a invalidade do negócio se ocultou dolosamente a sua idade, ou se mentiu. Veda-se que alguém se beneficie da própria torpeza.
Defeitos ou Vícios dos Negócios Jurídicos:
Vícios do Consentimento:
Erro; Dolo; Coação; Estado de Perigo; Lesão (Divergências doutrinárias: vícios do consentimento ou vício funcional?)
Vícios Sociais:
Fraudes contra credores.
Simulação: o CC/2002 deixou de tratar a simulação como vício do negócio jurídico e passou a considerá-la como hipótese de nulidade absoluta.
O erro consiste em uma falsa representação da realidade. O negociante engana-se sozinho, de tal forma que se soubesse da realidade, não celebraria o negócio.
Erro ≠ Ignorância.
Erro -> Falsa percepção da realidade.
Ignorância: a ausência completa de conhecimento sobre a realidade.
Espécies de Erro.
Erro Substancial: recai sobre circunstâncias e aspectos relevantes do negócio jurídico (se conhecida a realidade o NJ não seria celebrado).
Quando o erro recair sobre: 
A natureza do ato (erro in negotio): O negociante pretendia praticar um ato e pratica outro;
Ex.: Ana empresta um carro a João que pensara ser uma doação.
O objeto principal (erro in corpore): recai sobre objeto do pretendido ou atinge as suas qualidades essenciais.
Ex.: Compra do apto na rua Copacabana mas ao chegar era o nome de um bairro periférico. 
A identidade ou a qualidade da pessoa a quem se refere a declaração de vontade (erro in persona): Maria casou0se com João pensando ser um cara de bem mas era traficante.
Erro de Direito (error júris): Art. 139, III CC – Falso conhecimento, ignorância ou interpretação errônea da lei aplicável a uma situação. Ex: importei um produto ignorando a lei o proibindo. 
Erro Acidental: recai sobre elementos menos importante do ato. Se o agente conhecesse a verdade, mesmo assim realizaria o NJ. Não enseja anulação, apenas a retificação. Ex: doação a um sobrinho mas na verdade é o afilhado.
Dolo: é provocado pela outra parte ou por 3º, causando equivoco da vítima;
Erro: espontâneo (a vítima se engana sozinha). 
Dolo – Requisitos:
Intenção de enganar o outro contratante; induzimento ao erro do outro em virtude do ato; causar prejuízo ao outro contratante; angariar benéfico para o seu autor ou 3º; que o dolo tenha sido a causa determinante da realidade do negócio.
O silencia intencional de uma das partes sobre o fato relevante ao negócio também constitui dolo.
Espécies.
Dolo Principal: (essencial, dolus causam) – Art. 145 CC. A vítima do engano não teria concluído o negócio ou o celebraria em condições essencialmente diferentes, se não houvesse incidido o dolo do outro contratante.
Gerará a anulação do NJ com efeitos EX NUC.
Dolo acidental (dolus incidens) – Art. 146 CC. Existe a intenção de enganar, todavia o negócio aconteceria com ou sem o dolo. Não tem o poder de alterar o consentimento da vítima, que de qualquer maneira teria celebrado o negócio, apenas de maneira diversa.
Não gerará a anulação do negócio, apenas a satisfação em perdas e danos. Ex: escolha do automóvel cor metálica e entragam um de cor azul. 
Dolus bônus: é o dolo tolerável, destituído de gravidade, exercido com o propósito de ludibriar e de prejudicar. Consiste em atos, palavras e até mesmo no silêncio maldoso.
Dolus malus: é o revestido de gravidade, exercido com o propósito de ludibriar e de prejudicar. Consiste em atos, palavras e até mesmo no silêncio maldoso.
Dolo comissivo (positivo): acontece a partir de afirmações falsas sobre a qualidade da coisa;
Dolo Omissivo (negativo): acontece a partir de uma omissão dolosa ou reticente. Ex: safra de café com praga.
Dolo Bilateral: Art. 150 CC – Ambas as partes agiram com dolo, ou seja, má fé. Ex: João vende um imóvel pra José que não é seu e este paga com dinheiro falso. 
Dolo de terceiros: Art. 148 CC – pode ser proveniente do outro contratante ou de terceiro, estranho ao negócio. 
Dolo de representante: Art. 159 CC – quando o representante de uma parte induz ao erro a outra parte.
COAÇÃO: É a ameaça física ou moral considerável, suficiente para constranger alguém à pratica de um negócio jurídico.
Coator: aquele que pratica a coação;
Coacto, coagido ou paciente: aquele que sofre a coação. 
Requisitos da coação: grave violência psicológica; ameaça de dano iminente; a ameaça deve ser injusta; ameaça dirigida à pessoa, familiares ou pessoa próxima; declaração da vontade viciada.
Espécies:
Absoluta ou física: é o constrangimento corporal que retira toda a capacidade de querer.
Efeitos: inexistência do NJ, ou seja, nulo o negócio, por ausência do primeiro e principal requisito de existência, que é a declaração da vontade.Ex.: Alguém aponta uma arma para obter a assinatura em um documento. 
Relativa ou Moral: deixa-se uma opção ou escolha da vítima – não há aniquilação do consentimento. Ex: me vende a tua vasa ou vai sobrar pra tua família.
Coação Principal: quando a causa é determinante do NJ.
Coação Acidental: sem ela o NJ assim mesmo se realizaria, mas em condições menos favoráveis à vítima. 
Efeitos: somente obriga o ressarcimento do prejuízo. 
Estado de perigo, Art. 156 CC – Alguém, diante da necessidade de salvar-se ou salvar pessoa de sua família de grave dando de conhecimento da outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Ex: seqüestro do filho, pai vende a num valor muito inferior ao normal. 
Requisitos do Estado de Perigo:
É necessário que a parte que recebe a declaração viciada tenha conhecimento do perigo de dano que sofre o declarante; Elemento objetivo: obrigação excessivamente onerosa; Elemento subjetivo: vítima – necessita de salvamento / parte que se locupleta: dolo de aproveitamento. 
Enunciado n 148 da III Jornada do Direito Civil. NJ é anulável. 
Lesão Art. 157 CC: É defeito que se manifesta no prejuízo resultante da desproporção entre as prestações pactuadas, em virtude do abuso da necessidade ou inexperiência de uma das partes.
Requisitos: Elemento Objetivo ou material – é a desproporção entre as prestações pactuadas. Elemento Subjetivo ou Imaterial – é o abuso da necessidade ou da inexperiência de uma das partes. 
A vítima não precisa provar que a outra parte tinha a intenção de lesioná-la. Basta que se prove o abuso da necessidade ou a inexperiência da vítima na lesão. 
Causa a anulação do NJ.
Fraude contra credores – Art. 158 a 165 CC: É um vício social que decorre da transferência de bens realizada pelo devedor ou pelo perdão de dívidas com o objetivo de dificultar o adimplemento de outra obrigação. 
Ex: Maria deve a João 50 mil mas não possui o valor, apenas um carro no valor de R$: 45 mil e doa para a irmã, para impedir futura penhora.
Requisitos da Fraude Contra Credores: a existência de crédito anterior ao ato que se diz fraudulento; que do ato tenha resultado prejuízo a credores; prova da insolvência do autor; que tenha a intenção de fraudar; (alguns autores entendem dispensável a intenção de fraudar ou prejudicar, bastando o conhecimento de que se diminui a garantia dos credores).
Hipóteses Legais:
Transmissões onerosas art. 159; transmissão gratuita de bens ou remissões de dívidas art. 158 c/c 386; pagamento antecipado da dívida art. 162; concessão fraudulenta de garantias art. 163.
Da ação Pauliana ou Revocatória: meio para o reconhecimento da fraude contra credores.
Legitimidade para a ação: credores quirografários, não podendo beneficiar desta ação os que possuem garantias reais, apenas se a garantia tornar-se insuficiente.
Simulação como Hipótese de Nulidade Absoluta: No CC de 2002 passou a ser nulo absolutamente.
Na simulação celebra-se um negócio jurídico aparentemente normal, mas que, em verdade não pretende atingir o efeito que juridicamente deveria produzir.
Espécies: 
Absoluta – as partes celebram contrato destinado a não gerar efeitos jurídicos. Ex.: João para se separar transfere seus bens ao amigo para a ex não receber nada.
Relativa (dissimulação): as partes criam um negócio jurídico destinado a encobrir outro negócio que produzirá efeitos vedados por lei.
Ex: João doa o apartamento a seu amigo Pedro, para que ele doe depois para sua amante Maria.
Efeitos: nulidade absoluta do negócio jurídico. Art. 167, caput, CC.

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